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História Sempre Tem Um Lado Bom - Oportunidade Única


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boa tarde, povo *--*
Mais um capítulo fresquinho para vocês!
Esse está mais voltado para ação e desafio, espero que gostem!
E como sempre, encrencas à vista kkkkkkk.
Boa leitura...

Capítulo 37 - Oportunidade Única


A porta de atrás de nós se fecha e o lugar se invade pelo silêncio. Do outro lado estava a porta de passagem, mas claro que algo nos impediria de simplesmente passar por ela. Bruce me olha desconfiado e eu retribuo do mesmo jeito, então começamos a caminhar lentamente e com um barulho da parede olhamos e vemos algo parecendo uma arma automática mirar em nós.

Quando ela dispara, rolamos cada um para um lado notando a presença de mais trecos como aquele tentando nos acertar. Percebo que com um tiro do Bruce em um deles, a coisa para, então começo a atirar enquanto me esquivo e rolo nas direções mais distantes tentando não ser atingida já que não havia nenhum lugar para se proteger ali.

Ao parecer que todas tinham sido paradas, levantamos e olhamos ao redor percebendo que estávamos um pouco sujos de tinta por causa do chão, mas continuamos para sala seguinte.

Isso foi ridiculamente fácil e sem graça... Espero que a próxima sala seja mais criativa e desafiante.

Ao entrar, também tinha tinta pelas paredes e ao caminhar para o outro lado, as luzes diminuem e um jato de tinta horizontal alto corre rapidamente em nossa direção nos fazendo abaixar por reflexo.

Trocamos um olhar desconfiado outra vez e aumentamos o passo, mas novamente um jato vem, só que próximo aos nossos pés e com um pulo simples ele passa sem nos atingir. Já em seguida, vem mais um que passaria um pouco acima dos joelhos e eu salto por cima dele me jogando do outro lado. Bruce me ajuda a levantar e quando vemos, de atrás de nós vem mais jatos todos cruzados e corremos até a porta de saída sentindo eles baterem na porta assim que fechada.

            -Essa foi mais divertida... – Ele sorriu.

Caminhamos rapidamente pela sala até que eu escuto o Bruce cair. Eu viro e o vejo de costas no chão, estranhando seu estado.

            -O que acont...?

Antes de eu terminar, o pedaço de chão em meus pés some e caio em um buraco, mas ele me segura antes que eu despenque com tudo. Ele me puxa e vamos para a porta, mas com uma plataforma enorme desprendendo da parede, ela nos bate bruscamente para longe da porta novamente terminando com nós dois caídos.

Nossa, quanto eles pagaram para construir essa sala?

Levantamos e quando uma placa de metal surgiu para nos acertar, rolamos para lados diferentes. Corremos próximos as paredes opostas e vejo que ao lado do Bruce uma placa surge da parede e o faz dar de cara nela... Essa doeu.

Eu diminuo o passo não querendo levar uma dessa também e vejo uma placa sair da parede atrás de mim e outras mais rápidas a me seguirem, então corro dali em direção a porta com um taco de ferro surgindo para me acertar nas pernas, mas salto no último instante e chego a porta. Eu abro, mas vejo Bruce ainda correndo e se jogar entre dois tacos caindo já a meus pés e ele me empurra para dentro da outra sala fechando bruscamente a porta.

Quando me viro, vejo uma sala toda bagunçada. Um monte de armários e bugigangas espalhados pelo chão na maior anarquia e apesar da sala ser bem menor que as demais, devia ter muita coisa enfiada ali para dar essa bagunça toda.

            -Será que alguma coisa sairá voando em nós?

            -Espero que não...

Caminhamos meio receosos esperando algo nos atacar, mas nada aconteceu. Ele respirou fundo e ao esticar a mão para abrir a porta, nada aconteceu...

            -Trancada? Fala sério!

            -Então a chave deve estar em algum lugar nessa bagunça.

            -Nossa, francamente...

Eu olhei a tranca enquanto ele bufou ao olhar para a bagunça e quando notei que era uma tranca simples, das minhas favoritas eu ri.

            -O que é tão engraçado?

            -“Usem suas habilidades”, o Capitão Mason disse isso, não é?

            -Sim...

Enfiei a mão em meu bolso e tirei meu lock pick ouvindo o riso de meu parceiro quando me abaixei na porta.

            -Será que vale?

            -Não me lembro dele ter dito que não...

Eu gostaria de tirar a dúvida, mas sobre o teto de cada sala havia um vidro que não nos deixava ver a passarela onde os demais estavam.

Com um estralo, destranco a porta e a abro vendo a reação do meu parceiro que parecia surpreso e impressionado.

            -Não ensinam vocês a abrir portas no trabalho?

            -Não com tanta agilidade...

            -Vou encarar como um elogio.

Passamos pela porta dando de cara com mais uma sala imensa e completamente vazia... Não farão mais placas nos atacarem, certo?

            -Esta é a última, não é?

            -Sim, é a quinta... Ele disse que eram cinco.

Caminhamos até a porta que era bem distanciada da entrada e novamente nada aconteceu, nos olhamos receosos e ele sorriu.

            -Vai que essa é vazia mesmo só para meter medo?

            -Eu ia gostar disso...

Ele pegou no trinco, mas quando o girou deu para ouvir um barulho dela se trancando e mais um barulho medonho.

            -Acho que não será tão simples assim.

De repente, as paredes laterais começam a se mover e vir em nossa direção. Eu arregalo os olhos em ver que se não saíssemos dali provavelmente seria doloroso ser esmagada por elas.

            -Estão zoando, não é...

            -Tem que ter uma saída!

            -A porta está trancada!

            -Então tem que ter um jeito de destrancar!

Eu caminhei pela sala começando a ficar tensa, claro que não nos esmagariam até a morte, mas seria doloroso e humilhante ficar presa aqui.

Quando levanto o olhar, vejo acima da porta de onde viemos um botão piscando uma luz vermelha e aponto para lá.

            -Deve ser aquilo, vem!

Corremos até lá e ele se encostou na parede me dando apoio para levantar em suas mãos e me ergueu. Apertei o botão e ele ficou verde nos permitindo ouvir um barulho na porta de saída.

Destrancou!

Corremos como dois loucos para lá e eu já sentia as portas quase nos encostando, mas o caminho era longo. Ele chegou bem antes de mim e abriu a porta a deixando aberta para mim e quando sinto a parede encostar em meu ombro, eu me jogo pela porta caindo com tudo do outro lado.

Eu fico ali largada tentando conter a respiração acelerada e escuto palmas. Olho para o lado e vejo os demais descendo da passarela atrás de Mason que fixa um sorriso no rosto enquanto levanto ainda cansada pela tensão da corrida.

Olho para o cronômetro e em comparação aos demais, saímos bem antes e quando o Bruce viu aquilo ele deu um berro de comemoração e eu revirei os olhos.

            -É isso aí, boneca!

           -Excelente... Nada como uma perfeita demonstração do que fazer com uma porta trancada, Jill. Imagino que toda sua equipe sentiu sua falta quando se deparou com aquela porta, não é?

Os meus riram e concordaram, mas o olhar e o sorriso de um se destacou e mesmo com uma piranha do lado, eu fingi que ela não existia.

            -Com certeza, sentimos sua falta, Jill. – Enrico sorri.

Eu ri com ele e os demais que novamente riram e o Bruce levantou todo sorridente ao passar o braço no meu ombro.

            -Sem dúvida, fiz a melhor escolha!

Os demais riram e eu tirei o braço dele de mim me afastando sabendo que alguém o devia estar fuzilando com o olhar.

            -Com diferença de minutos, vocês ganham sem discussão! Ponto de vocês, excelente trabalho em equipe!

            -Obrigada, Capitão.

            -Obrigado.

Eu voltei para o lado dos meus e o Capitão Mason nos encarou por alguns segundos antes de começar a falar.

           -Era justamente isso que eu queria, ver todos trabalhando juntos... Como eu disse desde o início, todos somos colegas aqui e trabalhamos com o mesmo objetivo, não devemos deixar uma competição boba influenciar nisso. – Ele suspirou – A partir de agora suas equipes voltam a ser seus aliados e a dupla se desfaz, mas isso não é razão para começarem com encrencas infantis novamente.

Ah, graças aos céus... Acabou. Pelo menos isso acabou.

           -Agora, teremos uma última parte do treinamento e depois estarão livres para treinar o que acharem melhor. E também ficará disponível no painel do refeitório a pontuação de cada equipe para saberem quem iniciará amanhã na competição.

Nossa... Temos que estar na frente, ganhamos tantos pontos... Se bem que perdemos também com a companhia dos demais, mas mesmo assim.

            -Mas antes de estarem livres, tem mais uma fase do treino que apenas alguns participarão, então me sigam assim que tirarem os protetores e estiverem prontos.

Tinha mais uma mesa no local onde deixamos todas as coisas que utilizamos do lugar e me senti bem melhor em saber que eu e o Bruce não éramos mais uma dupla e que não sou mais obrigada a andar com ele.

            -Parabéns, Jill, você arrasou! – Enrico sorriu.

            -Obrigada...

            -Sim, você humilhou.

A voz do Chris me fez ter de me segurar para não me desmanchar, então apenas retribui o sorriso dele.

            -Como está a mão?

            -Normal... Nada demais. – Ele sorriu – O importante é que agora voltamos a ser uma equipe!

            -Sempre fomos...

            -É isso aí. – Ele pisca para mim.

Eu fico sem graça pelo sorriso torto dele e desvio para ninguém ver meu jeito de boba apaixonada.

Quando todos terminaram, seguimos o Capitão Mason que nos guiou para uma sala diferente fazendo eu me perguntar qual era o tamanho total daquele lugar. Ele caminhou até próximo a uma rinha estilo luta livre só que maior do que as normais, então nos encarou com um sorriso no rosto.

         -Os nomes que eu chamar, por favor sigam comigo, os outros ficam... Thom, Dean, Micaela, Bruce, Thomas, Freddy, John, Josh, Luck e Jill.

O quê? Por que eu?

Senti o olhar dos demais em mim e levantei os ombros antes de caminhar com os outros até perto da rinha, então me veio algo na cabeça... Eu perdi um ponto ontem. Assim como a piranha, mas o Chris não teve culpa, por isso não foi chamado e... Bruce? Não lembro, mas dois caras eu reconhecia como aqueles que brigaram ontem já no início e o Mason descontou deles.

Será que fará mais uma luta? Ótimo, se me colocar contra a piranha, já está no papo.

         -Agora ofereço a oportunidade... Todos aqui fizeram suas equipes perderem pontos durante os treinos e agora lhes dou a oportunidade de recuperar isso.

Vejo que eles se entreolham e eu foco no Capitão, porque se eu olhar para minha equipe sei que vou receber olhares apreensivos e um negativo do Enrico dependendo do que for.

Preciso recuperar aquele ponto...

            -É muito simples... Todos vão para rinha e quem for o último em pé, vence.

O quê? Todos juntos? Isso vai ser uma pancadaria brutal...

          -Não vou obrigar ninguém, vai quem quer... Porque não haverá regras, vence quem não cair. Basta lembrarem que nem sempre a força está em primeiro lugar, mas sim a agilidade... – Ele me olhou – A agilidade, a astúcia e a agressividade sempre vencem.

Acho que essa foi para mim... Ele quer que eu vá? Vou virar carne moída!

            -Quem vencer recupera o ponto e ganha mais dois, ou seja, três pontos por esta façanha.

Droga... Três? Isto pode mudar muito o placar...

            -Isso pode mudar bastante o placar para iniciar amanhã, então pensem bem, é uma oportunidade única.

Droga... Droga, droga, droga, droga.

            -Quem não quer participar, pode voltar para sua equipe.

A piranha foi a primeira que saiu e em seguida dela, mais um cara que transparecia medo no olhar. O Capitão esperou os demais que assim como eu esperavam mais deles saírem para mediar a condição.

O que eu faço agora? Não podemos perder uma chance dessa, mas se eu arriscar, depois posso sair da rinha dentro de um saco preto...

            -Alguém mais?

Mais um rapaz saiu dali cabisbaixo e o meu nervosismo aumentou. Eu estava com um pé lá e outro ali sem saber o que fazer, apenas sabia que não devia olhar para o Enrico e os demais porque me mandariam voltar.

O que eu faço?

            -Alguém mais?

Eu olho ao redor e somos em seis... Todos grandes e fortes, podendo facilmente me atingir mesmo já tendo estado numa situação parecida em meus treinos. Mas nada em tanta quantidade assim.

O que eu faço agora? Tenho a chance de colocar minha equipe em primeiro e assim o troféu já estará praticamente em nossa mão, mas também tenho chance de dar a minha equipe um corpo para velar depois... “Sem regras”, isso piora tudo, eles vão agir como completos brutamontes aqui.

            -Alguém mais?

Eu levanto o olhar e vejo o Capitão Mason me encarando fixamente como se esperasse que eu saísse, mas ao mesmo tempo esperançoso de que eu ficasse para ver no que aquilo poderia dar...

O que eu faço?


Notas Finais


O que será que ela deve fazer? E o que vai fazer?
Vamos ver... Muahaha.
Bom final de semana e até a próxima!
Bjooon :-)
...
MAIS UMA COISA: Se tem alguém aí que gosta de Valenfield (kkkkkkkk), talvez curtam uma one que eu liberei hoje, convido à todos que gostam de um bom romance e quem não gosta também...

https://spiritfanfics.com/historia/uma-tarde-de-sexta-feira-6918731


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