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História Sempre Tem Um Lado Bom - Voltando a Sorrir


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Oláá povo!
Mais um capítulo fresquinho, espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 41 - Voltando a Sorrir


A claridade invadia meu quarto e quando me espreguicei senti o espaço sobrando na cama e mesmo sem me lembrar, sinto que algo está faltando ali. Abro os olhos e não vejo nada... O Chris não tinha ficado aqui?

O barulho da descarga me responde isso e quando ele sai meu coração dispara, e quando me dá aquele sorriso que usa para me fazer esquecer de como se respira, fico ali o observando feito boba.

            -Bom dia, Jill.

            -Bom dia... Está melhor?

            -Minha cabeça está martelando e meu estômago embrulhado.

            -Será uma viagem e tanto de volta, então...

            -Sim, com certeza.

Ele cruza os braços e se apoia na lateral da porta mantendo o olhar fixo embaixo da cama e me pergunto se comentará algo sobre ontem ou tentará alguma coisa... Provavelmente assim como eu, espera uma atitude. Temos que resolver isso de uma vez.

Já sentada na cama, passo os dedos no meu cabelo tentado causar uma impressão melhor já que ele me viu com a cara com que acordei e isso é complicado assim já meio de cara.

            -Você é tão linda enquanto dorme...

Eu levanto o olhar e ele me olha “daquele” jeito dele... Eu sorrio e ele me dá “aquele” sorriso torto dele e vou até as nuvens.

            -Ficou me olhando enquanto eu dormia?

            -Fiquei... Só um pouco.

Eu ri e ele me acompanhou parecendo meio constrangido em confessar e bagunçou o cabelo com os dedos ao se espreguiçar. Quando ele se aproximou e sentou na cama ao meu lado, meu corpo todo tremeu.

Embora eu saiba o que eu quero dizer, parece que minha garganta trava perto dele e só quero mesmo me jogar em seus braços.

            -E agora, Jill?

Meu coração acelerou dentro do meu peito e quando olho para ele, vejo o meu Chris assumir completamente o controle do meu colega de trabalho que tanto tentei evitar, mas não consegui.

            -Como ficamos?

O olhar dele mesmo sendo do meu Chris apaixonado, se mostrava preocupado e temeroso com minha resposta.

Precisamos conversar... Antes de me jogar em seus braços, precisamos estipular limites para isso dar certo e então... Aí tudo poderá ser do jeito que já devia estar sendo.

Eu coloco minha mão na dele que estava sobre sua perna e olho em seus olhos que parecem mais confusos e temerosos, então eu sorrio para tentar amenizar a situação e suas preocupações.

            -Vai me dizer que é para voltarmos a fingir que nunca aconteceu nada e que ontem não ia rolar?

Ele parecia já esperar o pior pelo meu gesto, então sorri suavizando mais o olhar e apertei mais meus dedos nos dele enquanto discordei com a cabeça.

            -Não... Acha que consegue me perdoar pelo que eu disse há um mês?

O olhar dele agora pareceu extremamente confuso, mas um sorriso se formou no canto da boca dele e ele desviou aumentando o sorriso. Eu o acompanhei e ele voltou a atenção em mim com aqueles olhos verdes brilhantes e meu mundo parou novamente.

            -Você pode?

Eu sentia toda a ansiedade transbordando de meu corpo a espera da resposta dele, mas quando desviou do meu olhar e perdeu o sorriso, meu coração murchou. Ele tirou a mão da minha encarando a parede mais distante agora sério parecendo realmente pensar em minha pergunta e meu corpo todo perde as forças.

Nada poderia ser tão fácil, não é? Ele não vai me perdoar...

Espero por ele e meu coração já me pune amargamente me jogando na cara tudo o que eu disse e me lembrei de como o deixei quando falei tudo aquilo, em como o magoei e como deve ter ficado depois de ouvir minhas palavras tão duras.

Claro que ele vai pedir um tempo para pensar e vou morrer por dentro com cada segundo que passar e eu pensar se ele vai dizer que não me perdoa e agora é ele quem não quer isso.

Ele volta a me olhar ainda sério, então o sorriso de canto dele apareceu e dessa vez fui eu quem não sabia o que fazer e nem que expressão carregar.

            -Acho que eu tenho que pensar sobre isso...

            -Tudo bem.

Quando desviou de novo, manteve o sorriso ao encarar o chão e ao me olhar de canto com seu sorriso aumentando mais. Então notei o jeito dele, ele está me torturando de propósito! A cada olhar de canto seu sorriso aumentava e do nada um sorriso se abriu em meus lábios e o empurrei o fazendo rir agora.

            -Fala logo e para de me torturar!

            -Não me atrapalhe, estou pensando se merece.

Eu bufei ainda sorrindo e fui para o banheiro enquanto o ouvi rir, mas antes de entrar, sinto o braço dele me puxando e estou na frente dele com ele me olhando daquele jeito profundo e avassalador.

            -Já pensei...

Ele coloca a boca na minha e meu mundo para sentindo novamente o calor daqueles lábios e o sabor delicioso e viciante que ele tem. Eu passo meus braços ao redor do seu pescoço e ele me puxa mais para ele e me leva até a parede, então acordo e o empurro com ele me encarando com as mãos ao alto e rindo comigo sorrindo e o encarando feio.

            -Precisava me torturar assim?

            -Eu tinha que te dar pelo menos um minuto de dúvida!

            -Não faça isso, quase me matou do coração.

            -Eu sofri por um mês e você por um minuto, não tem direito de reclamar, agora vem cá.

Ele me puxou pela cintura e colocou a mão em minha nuca, mas as palavras dele martelaram em minha mente me fazendo olhar para ele que me encarava todo bobo parecendo me admirar.

            -Me desculpe... Eu jamais devia ter dito nada daquilo.

            -Eu sei e sabia que em algum momento ia perceber que não vive sem mim.

Eu ri dele com ele me acompanhando e ao olhá-lo vi como realmente era impossível viver sem aquele sorriso e todo o carinho que me dá com simples gestos e palavras.

Meu Chris apaixonado voltou e nunca mais quero perdê-lo...

            -Me perdoa?

            -Sim, se prometer que nunca mais vai falar besteira outra vez.

            -Eu prometo.

            -Ótimo!

            -Mas tem uma coisa...

            -O quê?

            -Antes de qualquer coisa precisamos sentar e conversar sobre como serão as coisas, temos muito para falar.

            -Eu preferia fazer outra coisa...

Eu ri e ele me puxou em um abraço escondendo o sorriso malicioso de mim em mim mesma e o aperto mais para perto sentindo a paz e o conforto que aquele simples momento gerava em minha alma.

Nossa, como pude viver sem ele? Jill, como você foi estúpida e teimosa...

            -Mas é sério... Precisamos conversar.

            -Sobre o quê?

            -Sobre limites.

            -Limites? Que tipo de limites?

Ele afastou um pouco o rosto para olhar em meu rosto e vi que parecia desconfiado, mas toda aquela tensão e distância tinham sumido como um passe de mágica.

            -Nada de explosões por ciúmes...

            -É, minha tigresa. – Ele sorriu.

            -Para nós dois!

            -Certo... Posso tentar.

            -E acho que por enquanto é melhor mantermos isso em segredo.

            -Por quê?

          -Acho melhor... Eu não sei como as pessoas podem reagir e tenho medo que tentem nos prejudicar nos usando um contra o outro.

            -Não acho que isso possa acontecer, pequena...

            -Mas eu sim... Por favor.

            -Tudo bem, mas só por um tempo, certo?

            -Sim, só por enquanto... Vamos voltar para casa, voltar a rotina, ver como isso se desenrola e depois repensamos sobre isso.

            -Beleza.

            -Não fala para ninguém, nem para o Forest!

            -Não vou dizer, mas não vou conseguir disfarçar minha cara de bobo apaixonado.

Eu ri e ele me acompanhou me abraçando outra vez e ficamos ali por um momento e notei como ele parecia relaxado e leve agora, sorrindo com eu e parecendo com mais nenhuma preocupação.

Quando se afasta um pouco, deixa nossas testas encostadas e me olha nos olhos me fazendo sorrir mal acreditando que aquilo estava acontecendo.

            -Ainda não estou acreditando que mudou de ideia, cabeça dura. – Ele sorriu.

            -E eu não estou acreditando que está comigo outra vez.

            -Podíamos ter estado juntos esse tempo todo...

            -Eu sei, me desculpe.

            -Não vamos mais falar nisso, só vamos aproveitar.

            -Mas ainda temos que conversar quando voltarmos!

            -Você é muito preocupada.

            -Um pouco... Mas só quero que dê certo dessa vez.

            -Você está certa.

            -Estou sim.

Ele sorriu e me beijou e fiquei contemplando aqueles lábios macios e calorosos nos meus, mas quando intensificou o beijo e senti sua língua invadir minha boca, eu o empurro de novo e ele me olha parecendo frustrado.

            -Eu não escovei meus dentes!

            -Depois de um mês sem você, aceito de volta até com bafo.

Eu ri e ele me acompanhou, mas quando veio me abraçar eu me esquivei para não me beijar de novo, então parei lembrando do gosto bom dele.

Ele bebeu litros ontem, vomitou, acordou agora e está com gosto bom?

            -Como você está com um bom hálito depois de tudo?

            -Sempre tenho gosto bom!

Ele sorriu e eu o olhei desconfiada, então ele desvia indo para porta com um sorriso e eu decifro em minha cabeça o gosto bom e seus passos de distância.

            -Você usou minha escova de dentes.

            -Prove!

            -Você não está com gosto de bebida ou vômito... Chris!

            -Desculpa, eu precisava!

            -Então que fosse pegar a sua!

            -Ah, não dê um chilique como se eu nunca tivesse compartilhado minhas bactérias com você... – Ele riu.

            -Minha escova!

            -Pois é, está no lugar, pode usar.

Eu o encaro com um meio sorriso apenas e aquele sorriso lindo de garoto sapeca se abre em seu rosto e meu mundo volta a ter sentido outra vez e minha braveza vai embora.

            -Desculpa... Vou me trocar, nos vemos no café.

Ele piscou para mim e saiu rapidamente ainda esperando que eu o atacasse, mas apenas ri dele já com saudade. Eu fiquei ali sorrindo como boba por alguns minutos e fui ao banheiro fazer o necessário e escovar meus dentes... Não tinha gosto estranho e pela baba dele, como ele mesmo disse, já provei direto da fonte então não posso reclamar.

Depois de me trocar, ainda carregando o sorriso bobo, arrumei minhas coisas na bolsa e arrumei a cama. Saí do quarto e fui para o refeitório ainda sorrindo com meus pensamentos e ao ver o Enrico e o Richard em uma mesa, sigo até lá.

            -Bom dia!

            -Bom dia, Jill.

Eles respondem e vejo que tem uns quitutes no centro da mesa e começo a comer quando vejo os demais sentando na mesa e o Chris me empurrando mais para o Enrico para sentar ao meu lado no restante do banco.

            -Bom dia campeões! – Joseph sorriu.

Ele e Forest me encararam de um jeito bem marcante, ambos carregando um sorriso estonteante no rosto e quando piscam para o Chris eu o encaro.

Você contou para eles!

Como se lesse minha mente, ele se encolhe ainda com um sorriso e levanta os ombros como se não tivesse culpa. Escuto os dois rirem na nossa frente e encaro o Forest...

Pode ficar aí se arreganhando, mas nem pense que vai fugir de mim! Eu vou me vingar do jeito que você merece...

Ao prender os olhos nele me lembro subitamente dele pelado e dou uma gargalhada alta fazendo os demais me olharem e não consigo mais parar de rir. O Forest desvia provavelmente já sabendo o porquê, mas os demais me encaram começando a rir apenas pelo meu estado.

Tento voltar a comer, mas não consigo me lembrando do estresse em que fiquei ao pensar que era o Chris e ver esse bocó peladão com a piranha.

            -Você quer contar a piada para nós, Jill?

            -Não! Não, ela não quer! – Forest respondeu.

            -Peguei o Forest pelado ontem com a piranha no quarto de vocês!

Todos eles riram da cara dele que desviou não parecendo bravo, mas como sempre, os que zoam com os outros não gostam que zoem com eles... Mas aguarde, meu caro. Ainda vou me vingar, porque ninguém joga o Chris nos braços de outra e continua caminhando por aí normalmente e feliz da vida.

            -Como foi isso?

            -Ah, eu...

Droga, como explico agora?

            -Ela devia estar procurando outra pessoa e se deparou comigo pelado.

            -Que trágico, Jill. – Richard riu.

            -É, ela devia estar achando que era outro com a Micaela...

Ele vai me provocar e tentar me expor, mas dane-se, ele vai me pagar e vou rir muito!

            -Quem mais leva uma mulher para o quarto e nem é capaz de trancar a porta? – Eu pergunto.

            -Eu estava com as mãos ocupadas quando entrei no quarto.

            -Imagino que sim... Mas que bom para vocês, são iguaizinhos, se merecem! Lindo casal!

            -Digo que valeu a pena!

            -E digo que para quem se acha tanto com a mulherada, você literalmente não é “grande coisa”!

Os outros agora caíram na gargalhada e voltei a comer com um sorriso no rosto... Tenho que pensar em um jeito de pegar na alma dele. Mas é melhor guardar para casa, assim o efeito dura mais.

            -Você estava longe!

            -Mas perto o suficiente para saber.

            -Ficou olhando, é?

            -Não, eu estava ocupada rindo da sua cara!

Os demais continuaram a rir e ele me encarou. Dei um sorriso irônico e continuei com minha comida ainda contente pelo meu dia, então sinto uma mão pegando na minha por debaixo da mesa e meu sorriso aumenta quando o Chris entrelaça seus dedos com os meus.

Continuamos a comer e agora eu devoro a comida apenas sentindo o calor de sua mão e seu dedo solto me fazendo carinho nos dedos. Todos conversam e eu fico pensando que minha casa deve estar uma sujeira sem fim, três dias, ou melhor, quatro dias de poeira se acumulando e se o Barry levou as meninas para lá, deve estar ainda mais bagunçado.

Ah, Barry... Brad e Rebecca! Que saudades... Parece que ficamos um mês aqui, aconteceu tanta coisa. E o melhor, é essa mão acariciando a minha... Como fui boba! Como pude tentar afastar o homem da minha vida de mim? Eu devia estar muito perturbada mentalmente...

Eu podia tê-lo perdido... Para Brendha ou qualquer garota de Raccoon e até mesmo para piranha do shorts ou simplesmente ele poderia ter dito que não me perdoaria pelo o que eu fiz.

Que bobagem a minha, arrisquei tanto por... Nem sei mais o porquê! Apenas sei que juntos, vamos superar tudo o que vier.

Depois que terminamos, fomos aos quartos pegar as coisas e fomos para fora arrumar tudo no nosso lindo veículo que nos levaria de volta para casa.

Quando estava enfiando minha bolsa no porta-malas, uma sombra bateu em meu rosto e ao olhar consigo perder meu sorriso antes fixo desde manhã no meu rosto.

            -E aí, boneca?

            -Não estrague mais do que já estragou, vá embora, Bruce.

            -Quero me desculpar, eu já estava meio alto ontem quando fui falar com você...

            -Isso não é desculpa para me agarrar.

            -É que eu também não podia te deixar ir embora sem eu roubar um beijo!

            -Chama aquilo de beijo?

            -Uma tentativa!

            -Pareceu mais um desentupidor de pia.

Ele me encarou com um sorriso de canto e eu ri sem saber o porquê... Acho que estou tão de bem com a vida que nada me irrita hoje.

            -Está tudo bem aí, Jill?

Richard apareceu ao meu lado encarando feio o Bruce que apenas o olhou como se não fosse nada de mais.

            -Estamos indo embora e não veremos mais ninguém daqui, notícia melhor não há! E com o troféu na mão! – Eu sorri.

            -Assim me magoa, boneca...

Vejo o Chris se aproximar também e já penso em mudar de assunto porque imagino que ele nem sabe de ontem... Mas talvez não seja escolha minha.

Bruce olhou para o Chris já com cara de quem queria aprontar e meu homem apaixonado o encara friamente.

            -Já pode sair, Bruce, adeus e tenha uma boa vida!

            -Podia me dar seu telefone...

            -Acho que não.

            -Ou seu endereço...

            -É muito longe, não vai querer me visitar.

            -Ah, está enganada... Assim como imaginei, você tem um gostinho de morango e quero mais!

            -Como é que é?

Chris falou agora e o Bruce riu adorando saber como podia provocá-lo e eu revirei os olhos, mas meu estressadinho já parecia pronto para briga.

            -Vá embora, Bruce!

            -Não te contaram? Ah, eu e a Jill demos uns pegas na festa de ontem, hum, delícia! – Ele riu.

            -Bem, você tentou, não é?

            -Ele te agarrou? – Chris perguntou.

            -Não importa! Por favor, não dá um piti agora...

            -É, ainda mais porque estava no banheiro e não sabia de nada.

Eu encarei o Bruce do jeito mais feio possível e ele riu da minha cara... Idiota! Ele tentou me enganar então, porque sabia de tudo!

            -Você viu ele ir no banheiro e insinuou para mim que tinha ido com aquela piranha?

            -Ué, eu precisava jogar com todas as armas... Só quis me oferecer como objeto de uso para vingança pessoal.

            -Eu nunca iria para cama com você!

            -Nunca diga “nunca”, minha boneca moranguinho...

Chris o empurrou e ele perdeu o sorriso vindo na direção dele, mas eu me enfiei no meio dos dois segurando levemente o peito do Chris.

            -Por favor, Chris... Me mostre que isso pode dar certo, se controle. – Eu sussurrei.

Ele olhou para mim parecendo se lembrar do que conversamos e amenizou o olhar irritado enquanto o Bruce ria novamente.

            -Controla seu namorado, ele é facilmente manipulável, moranguinho.

           -Pode continuar idiota, mas quem vai para casa com ela sou eu enquanto você fica aí chupando o dedo e se martirizando por ser um inútil.

Bruce perdeu o sorriso e Chris me puxou dali e eu vi o olhar intrigado do Richard em nós, apenas observando a situação... Quem tinha dito “segredo”?

            -Seu namorado é muito temperamental.

            -“Namorado”? – Richard perguntou com um sorriso.

Quando vejo o Bruce se aproximar já vejo o Enrico surgir do nada parecendo animado, mas ao ver o Bruce também perde o sorriso... Ele tem o dom de fazer as pessoas odiá-lo!

            -É, namorado dessa boneca linda... Não sabia?

Ah, seu imbecil...

            -Ah, saquei, era segredo.

Eu o encaro e vejo que o Chris faz o mesmo... Não vou me entregar agora, não por causa desse bocó!

            -Não me olhe assim, você que me disse que tinham um lance!

            -Talvez porque não parava de me encher com cantadas escrotas!

            -Ah, vai dizer que falou isso para me manter longe?

            -Nossa! Quem diria que você tem um cérebro e usa de vez em quando!

            -Há-há, como se isso fosse me parar.

            -Percebi que minha tentativa foi frustrada.

         -Ah, deixa disso, agora todo mundo já sabe do romancezinho de vocês, o que não é novidade, afinal, olha o jeito desse aí comigo!

            -Você que perguntou se eu tinha algo com ele e eu só concordei para ver se me deixava em paz!

            -Corta essa, olha o jeito assassino com que ele me olha!

            -Ah, se for por isso, eu namoro com todos eles porque todos já me defenderam do seu jeito podre.

            -Aham, está bem... Vou fingir que acredito para não brigarmos mais em nossa despedida, boneca. – Ele sorriu – Mas ainda tem um gostinho de morango que jamais vou esquecer!

Ele se aproximou do Chris e eu fiquei cautelosa enquanto ele encarava friamente aquele ser ainda sorridente.

            -Ela tem esse gosto no corpo todo, hein?

            -Sinto muito, mas nunca vai saber.

            -Podia me contar para tirar minha curiosidade pelo menos!

            -Acho que não.

            -Ou talvez porque nem você saiba! – Ele riu.

Quando eu achei que ele ia avançar, vejo o Chris sorrir de um jeito frio, mas ainda parado onde estava. Ao ver ele dar uma piscada para o Bruce, vejo que o nojentão levanta as sobrancelhas para ele e a linguagem masculina pelo olhar toma conta deles.

Eu noto o olhar do Richard e do Enrico que analisam eu e o Chris parecendo que não os convenci muito, então encarno na personagem de ofendida e bufo alto.

            -Dá para vocês pararem de agir como se um de vocês soubesse alguma coisa sobre mim? Ah, homens...

Eu dei as costas para entrar logo quando vejo o Forest e o Joseph rindo sem parar lá dentro ouvindo a conversa.

            -Adeus, boneca! Ainda formamos a melhor dupla, confesse!

            -É, pode ser... Agora vá embora!

Ele sorriu me jogando um beijo no ar e entrei sentando na janela e chutando os dois na canela para pararem.

            -Já chega!

Quando vemos o Chris e o Richard entrarem, Enrico assume o volante e saímos de lá com o Richard puxando assunto com Forest sobre o trabalho e virei para o Chris que agora sentava ao meu lado.

            -Será que eles acreditaram no Bruce? – Perguntei em voz baixa.

            -Acho que você os deixou na dúvida.

Eu viro para a janela não sabendo em que pensar, então com uma cutucada dele o olho novamente e vejo o desenho de um sorriso em seus lábios.

            -Não se preocupe com isso... Estamos voltando para casa, já acabou.

            -Verdade... Não vou me preocupar.

            -De volta ao lar, só que agora bem melhor.

Ele sorri e pisca para mim e tenho que controlar a vontade que tenho de me aninhar em seus braços e sentir o perfume de sua pele, o calor do seu corpo e o poder de seu carinho.

            -Obrigada por se controlar...

            -Vou aprender... Vou melhorar, Jill, eu prometo. Por você.

            -Eu também. – Eu sorri.

            -É, minha tigresa... Minha pequena.

Com sua leve piscada para mim, eu sorrio junto com ele enquanto via o caminho correr pela janela... De volta para casa, muita coisa vai acontecer.

 

...

 

            -Jill, acorda...

Com uma voz suave em meu ouvido, abro os olhos enxergando ainda meio embaçado e levanto a cabeça do ombro em que eu dormia. Chris me olha de um jeito carinhoso e sorri, mas ao olhá-lo, vejo que estamos parados na frente da delegacia.

            -Nossa, eu apaguei mesmo...

            -E babando no ombro do Chris! – Forest riu.

Ele pula para fora e o Chris vai de atrás comigo junto e me espreguiço lá fora sentindo o sol em meu rosto.

Três dias trancada não é brincadeira!

As bolsas ficaram lá, conosco caminhando para delegacia e o Enrico com o troféu nas mãos e nós com nossas medalhas. Os meninos as colocaram para chamar a atenção das garotas e eu a mantive na mão por enquanto como o Chris que caminhava ao meu lado.

Quando entramos na delegacia, todos estavam lá e bateram palmas para nós que ficamos surpresos em ver todos os funcionários reunidos ali.

Ao fundo vi Barry, Brad e Rebecca sorrindo para nós e eu sorri de volta com a saudade florescendo em mim, então olho para o Chris também sorrindo meio sem jeito para todo mundo, mas desvia deles para retribuir ao meu olhar... O sorriso de canto dele me faz suspirar novamente.

Agora, de volta em casa e com o Chris do meu lado nada mais pode dar errado...

E posso voltar a sorrir, finalmente.


Notas Finais


De volta ao lar *--*
Tem só mais uma coisinha para acontecer e... Spoiler: Alguns assassinatos bizarros começarão a acontecer em Raccoon City... Aguardem!
Espero que tenham gostado!
Até a próxima e como eu já avisei, não prometerei mais datas dos próximos capítulos...
Bjooon :-)


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