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História Sempre Tem Um Lado Bom - Sozinhos


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Booom diiiiaaa, povooo ! ! !
Aqui está mais um capítulo e relembrando, estou seguindo a fanfic com base na história original do que aconteceu antes e depois da Mansão Spencer... E neste, nossos herois retornam a delegacia sem a maior parte de seus companheiros.
E inédito nessa fic: Coloquei uma imagem de capa \o/ \o/ hahah, sempre esperei esse capítulo para colocar essa, eu sei, eu sei, mas me deixem ser feliz :-)
Espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 49 - Sozinhos


Fanfic / Fanfiction Sempre Tem Um Lado Bom - Sozinhos

Mortes...

Sangue...

Monstros...

Dor...

O que devo começar a descrever sobre tudo aquilo?

Encontramos a Equipe Bravo... Encontramos todos eles.

Quando Brad pousou, fomos ao helicóptero deles e investigamos a área. Encontramos o primeiro deles e uma parte do segundo.

Sim, uma parte... Um pedaço do braço para ser mais específica.

E foi Joseph que encontrou segundos antes de ser a próxima vítima dos “cães selvagens” que foram vistos na área da Montanha Arklay.

Eles não eram treinados para matar pessoas, agiam sozinhos porque tudo que tinham em mente era matar e devorar.

Joseph... Ouço os gritos de agonia dele e me lembro da cena deles o devorando ainda vivo e não fiz nada. Quando vi um amigo de meses sendo destroçado na minha frente, eu paralisei e se não fosse o Chris aparecer, eu seria a próxima.

Corremos para uma mansão pensando que pudéssemos nos abrigar dos monstros lá fora sem ter a noção de que os monstros reais estavam lá dentro... Mas que o principal monstro estava correndo ao nosso lado.

Cada passo que dei, cada sala que entrei e cada enigma bizarro que decifrei foram os suficientes para me fazer enxergar como existem pessoas doentes que são capazes de tudo.

Aquelas coisas... Os zumbis... Eram pessoas!

E aqueles cães devoraram pessoas inocentes!

Como alguém pôde dedicar a vida para criar essas coisas? São monstros!

E como é possível que uma pessoa com plena consciência de tudo isso nos levou propositalmente até lá para servirmos como cobaias?

Wesker... Wesker!

Apertei meus dentes com raiva e nojo de lembrar que o respeitava e admirava... Era meu Capitão, meu exemplo. Nosso líder. Ele nos usou. Desde o início nos levou lá para morrermos das “melhores maneiras” para conseguir o que queria.

Como ele pôde?

Nos conhecia há meses e mesmo sendo do jeito que era, jamais imaginei que seria tão baixo a ponto de encarar nossa morte como um sucedido experimento.

Não sabemos se conseguiu escapar com vida... E por mais que eu nunca tenha desejado um mal desses a alguém, espero que tenha queimado com todos os demais monstros que mesmo devorando pessoas, não eram tão desumanos quanto nosso antigo Capitão.

Fecho meus olhos e tudo se passa em minha mente como um filme de terror onde lutei por minha vida, enfrentei monstros para sobreviver assim como meus amigos.

Rebecca, Barry, Chris e eu... E os outros? Onde estão?

Mortos.

Brad escapou... Ele nunca foi necessariamente um covarde, mas sempre soubemos que ele não sabia agir sobre pressão e quando voou embora com nossa única chance de sair antes de tudo, tivemos que correr.

Sei que foi a pior atitude que ele cometeu, mas com isso descobrimos sobre a Umbrella e sobre Wesker... Encontramos Rebecca. A única sobrevivente da Equipe Bravo.

Porque os demais... Mortos.

Quando encontrei o primeiro zumbi depois da sala enorme de jantar onde Barry ficou examinando o sangue no chão, minha visão sobre o mundo e sobre as pessoas nele mudou radicalmente.

Eu não soube como agir, então fugi. Barry me ajudou. Chris estava desaparecido procurando por nós. E Wesker ficou no salão principal esperando a chance de se livrar de nós para se abrigar enquanto assistia ao show de nossas mortes.

Enrico, Richard, Kenneth, Edward... Forest... Joseph.

Todos mortos.

Mortos por termos confiado na pessoa errada.

Mortos por termos sido financiados por uma empresa que quando deu dinheiro para a delegacia para formar nosso esquadrão, pensou que estava dando dinheiro para comprar nossas vidas.

Mortos.

Minha cabeça girava com pensamentos infinitos e um desânimo de continuar a viver depois de toda a sujeira escondida na delegacia... Mas ao mesmo tempo meu coração batia cheio de vida para fazer alguém pagar por isso.

Olho para os demais no helicóptero, e vejo que os mesmos pensamentos os dominavam. Rebecca tinha lágrimas nos olhos, Barry mantinha a cabeça baixa e Chris tinha seus olhos friamente fixos em uma parte do helicóptero sem sequer piscar.

Então abaixo a cabeça e fecho meus olhos tentando por um instante escurecer toda a minha mente já que esquecer era impossível.

Meu cansaço por tudo e minha exaustão mental de descobrir tanta coisa podre ao meu redor me consumiram.

 

...

 

            -Jill, acorde...

Com uma voz doce, mas fria, escuto o Chris que serviu como meu apoio para um cochilo e embora eu olhasse ao redor pensando que tudo não passou do pior pesadelo, vejo os olhares dos meus únicos colegas ainda vivos.

Eles desembarcam e faço o mesmo com Brad desligando tudo e vindo ao nosso lado com olhos marejados e cabeça baixa.

            -Me perdoem...

            -Não é você quem deve nos pedir perdão, Brad.

Chris saiu em disparada depois do que disse e todos trocamos um olhar antes de sairmos de atrás dele. No caminho todos nos olhavam curiosos e notei que agora eu seguia o Chris em direção ao escritório de Irons.

Sim, se tem alguém que devia saber de tudo isso era ele...

Quando o Chris chega, simplesmente abre a porta e aperto o passo para já ver o Irons levantar assustado em nos ver e sua expressão sínica de felicidade me deixou enojada.

            -Que bom que estão bem, eu estava preocupado.

Chris se aproximou da mesa dele e acompanhei, mas Irons o encarou friamente e quando deu mais um sorriso, Chris socou a mesa colocando as duas mãos nela deixando o nosso chefe assustado.

            -VOCÊ QUER NOS EXPLICAR COMO NOSSO CAPITÃO TRABALHA PARA EMPRESA RESPONSÁVEL POR TUDO DE RUIM QUE ACONTECEU NESSA CIDADE? -Olha o jeito que fala, Redfield!

            -WESKER TRABALHAVA PARA UMBRELLA, A RESPONSÁVEL POR TUDO ISSO E VOCÊ SABIA!

            -Do que está falando?

            -A UMBRELLA CRIOU MONSTROS E MATOU PESSOAS PARA AVANÇAR EM EXPERIMENTOS!

            -A Umbrella? Você enlouqueceu?

O sorriso sínico dele ao nos encarar deixou claro que nada daquilo parecia surpresa para ele, ou seja...

            -Você sabia! – Eu disse.

            -Minha querida, por favor, quer me explicar o que está acontecendo?

          -VOCÊ JÁ SABE O QUE ACONTECEU, SÓ NÃO ESPERAVA QUE ALGUÉM ALÉM DO CRETINO DO WESKER VOLTASSE VIVO!

            -NÃO OUSO QUE ENTREM NO MEU ESCRITÓRIO E FALEM NESSE TOM COMIGO!

          -Chris, Jill... – Barry falou se aproximando – Irons, os outros estão mortos porque foram devorados por zumbis criados pela Umbrella e o Wesker sabia de tudo.

Irons sentou novamente na cadeira e se esticou nos olhando com uma cara de piada começando a rir e senti meu sangue ferver.

            -Zumbis? Querem mesmo que eu acredite nisso?

            -É verdade... E Wesker sabia de tudo.

            -Olha, eu sei que ele não é a pessoa mais adorada de vocês, mas isso não é razão para inventar uma mentira dessas sobre o coitado.

            -Não é mentira.

            -Onde ele está?

            -Morto.

Agora ele gelou parecendo finalmente se abalar com uma das perdas deixando mais óbvio que sabia de toda essa sujeira.

            -Só tem vocês?

            -Sim...

            -Isso vai gerar problemas a vocês, terão que dar muitas explicações...

            -VOCÊ TEM QUE NOS DAR EXPLICAÇÕES! – Chris explode de novo.

            -OLHA ESSE TOM PARA FALAR COMIGO, REDFIELD!

            -VOCÊ JÁ ESTAVA VENDIDO JUNTO COM AQUELE DESGRAÇADO!

            -NÃO PERMITO QUE FALE ASSIM COMIGO!

            -NOSSOS AMIGOS MORRERAM!

        -Lamento por isso, mas o máximo que posso fazer é lhes dar o resto do dia de folga para escreverem seus relatórios e conversamos amanhã de manhã.

Ele mudou a expressão tão rapidamente que mostrava que não ligava para nenhuma morte de nossos colegas que serviram para a Umbrella apenas como cobaias de experimento.

            -Depois dos relatórios feitos, conversamos.

            -Tem que mandar imediatamente investigarem as ações da Umbrella naquela mansão! – Chris falou menos alterado.

            -Não ordenarei nada até ter seus relatórios em minha mesa.

            -ELES MATARAM PESSOAS!

            -Relatórios. Amanhã. Na minha mesa.

Ele levantou e saiu dali fazendo o Chris novamente socar a mesa dele e tentar controlar a raiva com uma respiração super alterada.

Me aproximo dele e coloco minha mão em seu ombro o fazendo inclinar o rosto para sentir melhor meu toque e do nada ele levanta nos olhando ainda com o ódio nítido em seus olhos.

            -Vamos escrever esses relatórios detalhadamente, contando TUDO!

            -Se acalme, Chris... Vamos resolver tudo isso. – Barry falou.

            -Me acalmar como? Estão mortos, Barry!

            -Vamos escrever tudo e nos encontramos aqui amanhã, tudo bem?

Ele concordou com a cabeça e saímos de lá ainda notando os olhares curiosos e sussurros entre os demais policiais.

Ganhei carona do Chris até minha casa e mesmo vendo seu olhar irritado a ponto de explodir tentei conversar quando estacionou na frente da minha casa.

            -Quer conversar?

            -Quero explodir, Jill... Quero alguém sendo punido.

            -Eu também.

            -Ele sabia... Irons. Assim como Wesker.

            -Eu também acho isso.

            -Temos que dar um jeito nisso, a Umbrella não pode sair livre de tudo isso...

Ele vira para mim com um olhar agora rancoroso, triste e decepcionado.

            -Está comigo?

            -Sempre.

Tiro o cinto e vou na direção dele ao mesmo tempo que vem na minha para me abraçar e sinto sua tensão extrema por todo seu corpo.

            -Vamos conseguir, Chris...

            -Preciso de você do meu lado, Jill, ou vou explodir de vez.

            -Vamos lidar com isso de forma racional, encontraremos uma maneira de fazer todos pagarem por tudo.

Ele mergulhou o rosto em meus cabelos parecendo se acalmar agora, então fiquei ali por mais uns minutos até que se afastou.

            -É melhor eu ir para podermos começar a fazer os relatórios... Seja detalhista, Jill, conte tudo.

            -Pode deixar... E tente se controlar.

            -Vou tentar... Passo aqui amanhã para te pegar para o trabalho.

            -Tudo bem, obrigada... Até amanhã.

            -Até.

Assim que saí, ele acelerou indo para casa e fui em direção a minha onde entrei e senti que até o ar estava diferente. O silêncio que antes me deixava tranquila, agora me deixava agoniada porque minha mente estava mergulhada em uma escuridão repleta de dor e falsidade.

Quantas pessoas sabiam disso tudo... Quantos ajudaram na criação do vírus que acabou com parte da população de Raccoon City e nossos amigos... Quanta mentira e falsidade que nos envolvia e nem sabíamos.

Fui ao quarto tirar aquela roupa e fui ao chuveiro vendo a sujeira e o sangue escorrer pelo meu corpo. Apesar de sentir meu corpo relaxar um pouco, minha mente limpou para lotar mais de informações.

Coloquei uma roupa confortável e fui a cozinha preparando o café que o Chris comprou para mim ainda daquela vez e sentei disposta na cadeira pronta para contar em detalhes tudo o que vi... E com lágrimas nos olhos, descrevo as mortes e os corpos que encontrei no percurso.

Quando acabei, minha vista estava embaçada, minhas mãos tremiam e eu chorava como uma desesperada. Finalizei o que precisava e deixei tudo ali em cima indo para cama e abraçando meu travesseiro.

Meu Deus, como tudo isso é possível?

Eles estão mortos! Aquilo tudo não pode ter sido real, monstros e mortes de meus amigos são as piores penitências.

Eles não mereciam isso... Por que eu não morri? Por que estou viva?

Não importa, o que importa é que fiquei viva e por cada um deles meu dever é lutar para tudo isso não ter sido em vão. Ajudarei o Chris em tudo que ele propor e vamos desmascarar a Umbrella e todos que já a ajudaram...

 

...

 

Vejo sangue... Escuto gritos de agonia enquanto são devorados... Ouço latidos e gemidos desesperados por carne humana.

Cadáveres... Em minha frente... Minhas mãos sujas de sangue e quando sinto as lágrimas escorrerem eu começo a cair até chegar em uma pilha de mais cadáveres e olhando desesperada ao redor eu vejo... Vejo ele... Chris... Morto...

            -NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!

Acordo toda suada e mal conseguindo respirar. Deito novamente tentando me conter, mas as imagens me perseguem e jogo as cobertas para longe indo em direção a cozinha preparar café.

Me arrumo de qualquer jeito mesmo e tomo meu café tentando me manter acordada até que escuto a buzina lá fora e sigo para lá trancando a casa.

Quando entro no carro encontro um Chris sério e centrado, não explodindo agora, mas cansado e parecendo não ter tido uma noite boa de sono também.

            -Oi...

            -Oi, Jill.

Ele parte sem dizer mais nada, mas reparo que ele está com o dobro de papelada do que eu e vamos mergulhados no silêncio.

Ao chegar, ele pega suas coisas e caminhamos juntos até o escritório do Irons comigo agora batendo na porta e ouvindo uma voz sínica ao outro lado.

            -Entrem...

Abri a porta e assim como o Chris fui reto a mesa dele e deixei a papelada ao lado das outras que ele lia com um sorriso irônico na boca, mas com uma passada rápida de olhos leio o nome do Barry.

            -Depois que acabar de ler, chamo vocês para uma reunião.

            -Tudo bem. – Respondi.

Saímos de lá sem o Chris dizer nenhuma palavra e seguimos ao escritório encontrando Barry e Rebecca de cabeça baixa nas mesas.

Sento em minha cadeira e o Chris senta na da minha frente. Não dizemos nada, apenas ficamos encarando chão por vários minutos a fio até que alguém com um sorrisinho torto surge na porta.

            -Chefe Irons pede a presença de vocês em seu escritório.

Já?

Com o mesmo pensamento nos demais, nos entreolhamos e seguimos para lá sem eu esconder meu temor do que poderia estar por vir.

Ao entrarmos na sala damos de cara com Irons em pé fumando um charuto acompanhado de um sorriso extremamente sínico no rosto e esperamos ele falar, até que pegou um de nossos relatórios, puxou a lata de lixo e o jogou dentro assim fazendo com todos os outros.

          -Que bobagem é essa escrita aqui? Monstros, zumbis e... Como é, Terrante, não espera, Tyrant-alguma-coisa? Vocês estão brincando com a minha cara e com a do resto da população da cidade ao alegar essas mentiras?

            -Não é mentira! – Rebecca disse.

      -É MENTIRA! NADA DISSO É REAL, VOCÊS ENLOUQUECERAM SE PENSAM QUE PASSAREI ESSES RELATÓRIOS FANTASIOSOS ADIANTE!

            -A Umbrella tem de ser investigada! – Eu disse.

            -Vocês criaram um ódio sem sentido da empresa que nos banca...

            -Eles criaram monstros e deixaram que isso escapasse!

            -Não sei se estão brincando comigo ou se realmente acreditam nessas mentiras, mas não vou considerar nenhum relatório...

            -Você é um cretino!

            -Jill...

Sinto uma mão na minha e a voz do Chris me faz parar de falar quando sou encarada friamente pelo nosso chefe que observa nossas mãos e ri contornando a mesa e assinando alguns papeis.

            -Serão rebaixados de cargo... Nenhum merece o título que tem depois dessa brincadeira sem graça.

            -Para que departamento vamos? – Barry perguntou.

            -Para um onde vão poder pensar nas palavras certas da próxima vez.

            -E como você pensa? – Chris sorriu – Devemos usar as palavras certas como você usa as que te pagaram para dizer?

Irons riu e entregou um papel assinado para cada um de nós nos fazendo um sinal para sair e todos o encaramos com nojo sabendo que trabalhamos para um homem vendido a Umbrella todo esse tempo.

Assim como o Wesker, para Irons éramos vistos como cobaias melhoradas para os bichinhos deles.

Eu saí de lá e ouvi os demais me seguirem pelo corredor, então olho para minha ficha e leio “almoxarifado”.

            -Vamos trabalhar nas posições mais baixas da delegacia...

            -Ele não quer que nos envolvamos em mais nada para não descobrir mais podres dele e da Umbrella. – Rebecca disse.

            -Temos que tomar a frente e investigar sozinhos... Esse é o único jeito.

Com as palavras do Chris, olhamos para ele que parece decidido a seguir com isso adiante e concordo sem demora.

            -Eu concordo.

          -Vamos fazer o que ele pediu... Seguir fingindo que conseguiu nos silenciar, mas vamos investigar sozinhos. Podemos fazer isso.

            -Não podemos deixar isso em pune... Também concordo. – Rebecca sorriu.

            -Eu também. – Barry assentiu.

          -Então vamos trabalhar em nossas novas áreas sem reclamar, mas tentando puxar mais pessoas para o nosso lado de maneira discreta.

            -Vamos contar a verdade...

            -Sim, vamos tentar mostras as pessoas a verdade sobre a Umbrella.

            -Isso aí.

Mas não puxamos mais pessoas para o nosso lado...

Os dias se passaram.

Trabalhamos em nossas áreas sem reclamar, mas era evidente que viramos motivo de chacota na delegacia, ninguém acreditava em nós e mesmo com nossa tentativa de levar a história a imprensa... Bom, digamos que conseguimos descobrir que a Umbrella controla um número de pessoas muito maior do que pensávamos.

Eu não conversava com as pessoas da delegacia e como Irons foi cuidadoso em nos manter longe um do outro, no trabalho fingíamos que tudo estava bem. Mas durante algumas noites nos encontramos para analisar papeladas que pegamos da delegacia ou que conseguimos por favores de amigos de outras áreas da cidade.

Mas até estes estavam nos dando as costas... Era evidente em como a Umbrella nos queria longe de tudo e toda noite quando eu voltava para casa eu sentia que alguém me observava.

Os dias continuavam a passar e o que não passava despercebido era o comportamento tão diferente do Chris... Ele estava frio e pensativo. Distante. Barry me disse que ele estava agindo estranho no trabalho de propósito para ver se ganhava uma suspensão para se manter um tempo afastado.

Então em uma tarde escuto que ele conseguiu... Como éramos o motivo de fofocas todos os dias, a suspensão do Chris gerou mais sussurros e risinhos que me davam vontade de estrangular as pessoas com minhas próprias mãos.

Ele se afastou do trabalho. Não nos encontrávamos mais. Ele não ligava. Barry me dava carona e dizia que não tinha muita notícia dele, a não ser a de que estava trancado em seu apartamento investigando a Umbrella.

Ele estava obcecado... Eu tinha medo disso.

Eu não via mais meu Chris apaixonado há meses e meu coração tão vazio e afundado em escuridão implorava por uma luz.

Em casa, durante a noite, eu não conseguia dormir... Acordava gritando e chorando agoniada, então o máximo em claro que eu podia ficar, eu encarava. O café era minha salvação, eu sobrevivia na base da cafeína já que não conseguia comer direito vindo a cabeça toda a carnificina que assistimos.

Novamente eu estava sentada no sofá com uma caneca de café enquanto em minha mente passavam flashes de tudo de pior que aconteceu naquele lugar... Os monstros pareciam brinquedos de criança quando eu me deparava com a imagem de meus amigos mortos.

O telefone toca...

Levanto e vou até ele ouvindo a voz que eu tanto esperei.

            -Jill, você está sozinha?

            -Sim, eu...

            -Arrume suas coisas, estou indo te buscar.

Chris desligou e encarei o telefone ouvindo um barulho em meu quarto. Levanto os olhos e escuto o estalar do assoalho quando alguém pisa próximo ao guarda-roupa e puxo a arma debaixo do balcão indo em direção a porta de saída quando um homem estranho surge pela porta do meu quarto com um sorriso nos lábios.

            -E então gracinha... Temos que ter uma conversa.

            -Parado!

Ele para de caminhar e sorri para mim, mas quando vejo a porta da lavandaria ser aberta por mais um homem estranho com uma pistola apontada para mim, fico aflita.

Os dois vestiam macacões negros com um símbolo familiar no lado esquerdo do peito, um desenho que jamais sairá de minha memória onde está cravado com sangue e falsidade... Umbrella.

            -São da Umbrella?

            -Boa garota... Digamos que nossa empresa não anda satisfeita com o que você e seus amigos andam espalhando por aí.

            -Vieram para me matar?

Ele sorri maldosamente já me dando a resposta e de trás dele puxa uma pistola que saca em minha direção e o barulho de um tiro sendo dado por uma arma, ecoa dentro da minha casa...


Notas Finais


É claro que a Umbrella não deixaria os S.T.A.R.S. por aí tentando convencer as pessoas de que realmente é culpada por tudo de ruim, certo?
Corre, Chris! Jill está precisando de você!
Espero que tenham gostado *--*
Até a próxima!
Bjooon :-)


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