P.O.V Amanda
Eu entrei em casa, e pude ver que Eric, estava com um menino que eu não conhecia. O mesmo, estava com uma mochila em suas costas. Eu perguntei oque estava acontecendo percebendo a expressão preocupada estampada no rosto dos dois.
- É... Tia...
- Sim?
- Esse aqui é o Dylan - Ele disse desviando o olhar para o amigo. - Ele é gay... O pai descobriu e...
- E expulsou ele de casa?!
- Sim, e...
- Ele não tem aonde morar, e você quer que ele fique aqui?
- Sim tia, isso mesmo.
- Ah, Ok. - Eu dei uma abraço apertado no rapaz. - Seja muito bem-vindo. Temos um colchão por aqui, você pode ficar nele enquanto não compramos uma cama pra você.
- Não precisa comprar a cama não. Eu fico no colchão mesmo, sem problemas. - Ele deu um sorriso enorme.
- Ei, oque é isso?! Você faz parte da família agora. É claro que precisa de uma cama.
- Muito obrigado tia. - Disse Eric me dando um abraço apertado.
- Não foi nada... Eu não posso falar muito com vc agora, porque tenho que ir ao médico.
- Oque aconteceu, está doente?. - Dylan perguntou com uma expressão preocupada.
- Não, não é isso... - Eu dei um sorrisinho sem graça. - Estou grávida, preciso ver como o bebê está.
- Ain... Serio?! - Ele respondeu colocando a mão na minha barriga- Como ta o bebezinho ai?
Eu segurei o riso, assim como Eric, Dylan percebeu, e ficou sem graça.
- Bom, eu vou indo gente. - Eu disse dando um beijo na bochecha de cada um.
Bom, eu havia mentido sobre ver o bebê. Na verdade, tenho que ir para a Kisses for the night, o meu "segundo emprego". Se eu contasse para o Eric, o porque, e que trabalho lá. Ele me mataria, ou melhor, sairia de casa; O mesmo que me matar. Eu gosto muito dele, muito mesmo, ele me alegra, e afinal de contas, é a única lembrança que tenho da minha familia... Da minha irmã...
Eu trabalho lá como prostituta, e striper. Em uma das minhas noites, um dos clientes me pediu para não usar a camisinha, e eu não posso recusar nenhum pedido dos clientes, então, daí que veio a minha gravidez. Eu não sei se deveria contar para o meu cliente, eu não sei muito dele, e ele é um dos meus clientes fixos, é o único que eu realmente gosto de satisfazer. Não gosto que me julguem me chamando de puta, vadia, ou algo do tipo. Não sabem o motivo, assim como Eric, e todo o resto.
Assim que cheguei na boate, ele já estava la, me esperando. O homem que me engravidou, chegava sempre ao mesmo horário. Antes de entrarmos para o quarto, disse que precisava conversar com ele, eu tinha que contar oque havia acontecido:
- Bom... Acontece que, em uma das nossas noites, acabei engravidando. - Fui direta.
- E como sabe que o bebê é meu? - Ele perguntou em meio a uma risada irônica.
- Eu tenho certeza! Você foi o único que me pediu pra ser sem camisinha.
- Ora, Aborte logo.
- Não, eu não vou abortar.
- E está esperando que eu assuma essa criança?
- Não. - Eu disse com os olhos cheios de lágrimas. - É o seu direito saber, mas foda-se se você vai assumir ou não. Eu não ligo. Mas vou dar uma ótima vida para este bebê, você estando presente ou não.
- Pretende fazer isso como uma prostituta?!?
- Não. Por isso, hoje mesmo, irei pedir demissão.
- OQUE?! VOCÊ NÃO PODE.
- Se tem uma coisa que eu posso, é pedir demissão. - Eu respondi com um sorriso irônico. - Adeus. - Eu disse dando um beijo demorado em seu rosto.
Não foi difícil pedir demissão, afinal, eles tem muitas outras por aqui. Assim que cheguei em casa, fui surpreendida por varias, e varias perguntas sobre o bebê. Porem, disse que não cheguei passar no medico a tempo, me tranquei em meu quarto e comecei a refletir.
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