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História Sempre Você... (Camren) - Efeito Cabello


Escrita por: Camren_Yes

Notas do Autor


Heeey bolinhos!!!!!!!! Eu voltiiiiii!!!

Desculpem, tive alguns problemas esses dias, por isso não estava conseguindo escrever, contudo, cá está o capítulo.

Aproveitem, beijooooooooooo

Capítulo 38 - Efeito Cabello


Como pude ser tão cega?

Estava ali, debaixo do meu nariz, mas eu me recusei a aceitar. Custava-me acreditar que minha mãe agia de modo reprovável, para não falar nada pior, porque é má. É não vejo nenhuma outra palavra para representa-la. Minha mãe é má e nunca fez questão de esconder isso, eu é que não queria enxergar.

Ouvi-la dizer todas aquelas coisas enviou cacos de vidros afiadíssimos direto ao meu coração e agora aqui estou eu tentando encontrar forças inexistentes para me levantar. Quando foi que eu a perdi assim? Quando foi que minha própria mãe se transformou num monstro? E o pior, onde eu estava e porque não tentei impedir? Sim, porque isso só pode ser minha culpa. Não que eu me arrependa de minhas decisões, contudo, talvez se eu tivesse sido mais firme, quem sabe algumas coisas poderiam ter sido diferentes?

É meu filho! Tem o sangue dela!

—Lauren?

Sua voz chega aos meus ouvidos e quando me volto para a direção de onde veio seus olhos também me alcançam enquanto desço os meus por seu corpo parando em seu ventre acariciado por sua mão, o que me deixa de cenho franzido, não pelo carinho do gesto, mas pelo modo como ela o faz como se quisesse embalar o sono do bebê. Como se quisesse... Protegê-lo...

—Lauren?

Só consigo continuar encarando o suave roçar de dedos por sobre sua camiseta e desconfio de seja algo involuntário.

—Perdão...

—Amor... Não...

Só então suas pernas rápidas caminham até onde estou sentada e logo sou rodeada por seus braços enquanto sinto seu queixo repousar em minha cabeça.

—Perdão por... Por tudo o que ela disse...

—Foi ela quem falou não você.

—É minha mãe...

E estas três pequenas palavras fazem irromper de dentro de algum lugar esquecido lágrimas dolorosas e profundas.

Eu queria agora ser “menos coração”, queria não sentir, quem sabe machucaria menos. Queria ser “gelo” e não fogo puro. Queria ser indiferente e não assimilar tantas emoções.

Os dedos frágeis agora brincam em meu cabelo dando-me o tempo que eu sequer precisei pedir. Acho que essa sempre foi uma das coisas que mais gostei em minha esposa. Ela não precisa que lhe digam algo para que saiba o que está acontecendo quando seus olhos espertos apreendem tanto.

Não sei quantas foram às horas ou os minutos que me mantive ali numa mesma posição nada confortável, contudo, quando enfim me movi já não sentia o peito tão pesado.

Efeito Cabello penso eu.

—Perdoa Camz?

Leva sua mão ao meu rosto afastando uma mecha teimosa que insistia em cobrir meus olhos.

—Ainda que houvesse algum motivo para isso, sabe que sempre vou te perdoar, sempre teremos outra chance. Eu amo você, Lauren, nada do que aconteça ou que alguém diga vai mudar isso. Nem mesmo você. Nem mesmo se eu quisesse que fosse diferente e ele  ̶ leva minha mão até sua barriga—Só veio para fortalecer ainda mais tudo o que sentimos.

Volto a inclinar-me, desta vez levando meu ouvido direito para ocupar o exato lugar onde minha mão estivera e prendo a respiração numa tentativa frustrada de ouvir alguma coisa ou ao menos sentir qualquer movimento. Nada.

—Será que ele escutou tudo?

—É muito pequeno, amor...

—Mas eu li que os bebês desenvolvem a audição bem depressa...

—Bom, se for assim, então ele sabe que já é muito amado por nós duas, pelas garotas e que o vovô Michel não tá se aguentando de ansiedade por sua chegada.

Camila sempre sabe o que dizer.

Sempre.

***

Sou acordada no meio da noite por uma dor pulsante em minha cabeça e logo vou à procura de um analgésico, fazendo o que minha esposa faria se não estivesse num sono profundo e tranquilo.

Meu estômago protesta contra a água e me forço a não devolvê-la ali mesmo, no chão da cozinha, enquanto inspiro profundamente em busca de um pouco mais de oxigênio.

Os acontecimentos da noite anterior voltam todos de uma única vez e sinto o mundo girar ao meu redor mesmo quando fecho os olhos. Já não dói como antes, entretanto, não acredito que poderei um dia esquecer o que minha mãe falara. Acho que é isso o que chamam de instinto materno, porque, se ela tivesse atacado a mim, bem, isso seria ruim, contudo, tolerável, mas ao meu filho? Atacar um bebezinho que sequer veio ao mundo? Estou longe de ser uma mulher tão evoluída.

—Amor? Hey, porque está dormindo aqui?

—Hã?

—Aqui, Lauren? Porque não voltou pra cama?

Pouco a pouco compreendo suas palavras e olhando em volta me dou conta de que ainda estou na cozinha, mais precisamente sentada e com os braços apoiados na bancada fria.

—Eu... Eu não sei...

Seu rosto mantém uma expressão suave e logo seus lábios tocam os meus brevemente.

—Não devia ir trabalhar hoje...

—Você fica em casa comigo?

—Eu bem que gostaria amor...

Levanto-me sentindo os músculos das minhas costas protestarem pela noite mal dormida.

—Tá tudo bem? Sem enjoos?

—Humhum... Vai lá tomar seu banho, eu preparo o café e depois vou.

—Nãooo... Vamos juntas?

Acho que devo ter exagerado mesmo na voz manhosa, porque seus dentes prendem seu lábio inferior na tentativa de esconder um sorriso divertido.

—Tá sabendo que a grávida que precisa ser mimada aqui sou eu, né?

—Humm... Só hoje, vai?

—Só porque senti falta de acordar com você do meu lado, tá ouvindo?

—Ahh claro, claro que tô...

Seguro suas mãos trazendo-as para frente do meu corpo e a puxo sentindo sua barriga colar-se as minhas costas.

—Vamos?

—Assim? ̶ concordo — Vamos chegar ao banheiro amanhã...

—Sem problemas... Sabe que paciência é comigo mesma!

***

—ELA FEZ O QUE?

—Não grita Allysson! Tô com dor de cabeça!

—Mas, Lauren, isso é um absurdo! Eu não acredito!

—Pois foi exatamente o que aconteceu.

—E seu pai?

—Ele distraiu Camila enquanto minha mãe e eu... Tentávamos não nos matar. Depois, Camz me disse que ele praticamente arrastou Clara até o carro, porém, não disse nada. Se o conheço bem, e acho que sim, dessa vez as coisas vão ficar bem feias lá em casa. Digo, na casa deles.

Não dava pra simplesmente considerar meu um lugar onde minha família não é bem vinda.

—Poxa... Amiga, eu nem sei o que dizer...

—Nem precisa ̶ levo meus dedos à minha testa massageando devagar—Eu finalmente acordei, Ally. Todos esses anos eu me negava a aceitar que uma relação saudável entre minha mãe e Camila é impossível, mas depois daquele jantar, o que mais quero é distância entre elas e meu bebê.

—Vocês podem contar coma gente, Laur. E ainda tem seu pai e Taylor... Por falar nisso, ela já sabe?

—Não. Quer dizer, eu não contei nada, já meus pais eu não sei. Ainda assim, acho que ela teria me ligado...

—É...

Ficamos assim, olhando uma para a outra até que a loirinha é chamada para sua próxima aula deixando-me sozinha na grande sala, corrigindo alguns trabalhos enquanto luto com o latejar chato de meu cérebro.

Já sentia meus olhos arderem quando ouço meu nome ser chamado por uma voz fina e impaciente que segurava um aparelho de telefone.

—Já tenho muito que fazer sem precisar ser garota de recados, professora Jauregui.

O tom agressivo pouco me surpreende, afinal, a secretária deste bloco da Universidade não é conhecida por sua simpatia contagiante.

—É minha mulher?

Ignorando minha pergunta ela o coloca na mesa à minha frente e sai pisando forte deixando claro seu desagrado.

—Eu hein... Oi amor, eu deixei o celular no carro, desculpe.

—Humm quanto tempo desde que fui chamada assim por você, Michelle. Gostei.

Aperto tanto o aparelho junto ao meu ouvido que poderia quebra-lo num instante, se não estivesse mais preocupada em entender essa ligação.

—O que você quer Alexia?


Notas Finais


Como estamos agora???????


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