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História Sempre Você... (Camren) - "Eu prometo..."


Escrita por: Camren_Yes

Notas do Autor


Hey bolinhos!

É com meu coração feliz e tristinho que venho postar o último capítulo dessa história... Sim, último. Eu só tenho a agradecer a cada um de vocês que acompanhou tudo desde o início e aos que chegaram depois... Obrigada por não desistirem e por partilharem comigo cada pensamento ao longo dos capítulos.

Foram meses me dedicando a isso e jamais teria conseguido sem o apoio dos melhores leitores do mundo... Obrigada! Vocês são mais que especiais!

Leiam a tudo com atenção, cada duvida ao longo da fanfic foi respondida nesse capítulo escrito ao longe de dias e por favor, por favor, ouçam as músicas! Os links estão nas notas finais e na ordem. Coloquem para repetir, vou deixar indicado quando devem pausar a primeira e iniciarem a próxima... Ouçam, é muitíssimo importante!

Nos vemos nas notas finais...

Capítulo 58 - "Eu prometo..."


Camila

( Play)

Hematoma subdural. Isso é o que minha Lolo tem, de acordo com os médicos, resultado de uma pancada na cabeça na noite daquele maldito acidente.
“Um trauma que resulta no acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio. Eu sinto muito, isso pode levar à morte.” dissera o neurologista além de acrescentar que poderia ter sido diagnosticado muito tempo atrás com um simples exame de imagem, uma tomografia qualquer e pronto, saberíamos exatamente o que fazer.  As dores, vômito, até mesmo a confusão mental são sinais e sintomas claros de alguém que sofreu um traumatismo e que se mal interpretados levam a um diagnóstico errado. Daí a demora em se determinar a patologia, foram semanas, meses até que Lauren os desenvolvesse, o que a caracteriza como um caso crônico.

Quase três meses se passaram desde o dia em que ela sofreu uma forte crise e então fora levada para melhor ser examinada, o que culminou numa intervenção cirúrgica de emergência, tentativa de aliviar a pressão intracraniana. Quase três meses desde que Lauren perdera a consciência e assim permanece até hoje.

Lembro-me com todos os detalhes do momento em que uma Normani pálida e trêmula me dissera que minha esposa precisava de mim, lembro-me do caminho parecer dez vezes maiores, das horas se tornarem mais longas e angustiantes, contudo nada se compara ao choque de ver Lauren, muitas horas mais tarde, pequena e frágil numa cama grande, ligada a montes de fios e agulhas e monitores. Ela passara por tudo sozinha... Remorso é a palavra que me definia ao tê-la ali, tão delicada, logo ela que sempre temeu hospitais e tudo o que os envolve. “Sem promessas” era tudo o que me diziam... “Acordar ou não agora só depende dela, senhora, fizemos o possível.”

Desde então eu não a deixei, passando boa parte do meu dia e todas as noites ao seu lado na esperança de estar junto a ela quando acordar e sem coragem de outra vez deixa-la sozinha nesse lugar, saindo tão somente para tomar banho e fingir dormir por duas horas ou três, engolindo o que me dão sem apreciar o sabor e isso apenas porque o bebê precisa ser alimentado e isso só acontece se eu aceitar a comida.

O bebê... É ele quem me dá forças para continuar persistindo, pois eu me recuso a acreditar que Lauren nos deixaria a nós dois sozinhos aqui. Elliot... Ou pelo menos é o que espero afinal o médico nos deu a certeza, às garotas e a mim, de que se trata de um menininho e, bom, eu acabei sabendo que era esse o nome que minha esposa gostaria que nosso filho recebesse. A alegria dessa noticia mesclada a tristeza de não ter minha Lo junto ao meu lado para comemorar ainda é muito viva. Intensa.

Sento-me ao seu lado na cama encarando seu rosto pálido e sereno enquanto seguro sua mão gelada entre as minhas desejando que ela sinta minha presença ainda que não consiga se comunicar.

— Oi amor...

Quase espero que ela me responda com seu “oi Camz”. Quase.

— Hoje eu fui ao obstetra de novo. Ele marcou a provável data do parto.

Pode parecer besteira, contudo eu converso como ela exatamente como faria caso ela estivesse aqui, ouvindo e respondendo a tudo atentamente. De acordo com estudos, a audição é o último sentido que o ser humano perde então quem pode afirmar que ela não está me escutando?

Lembro-me de quando a trouxeram para esse quarto algum tempo depois de esperar que ela se recuperasse do pós-operatório e fosse estabilizada. A dor ainda latente era tão grande por não ter minha mulher ali de fato que num ato de desespero abracei seu corpo implorando para que ela respondesse, inutilmente, é claro. Eu só queria conversar com ela e foi quando Daniel, o enfermeiro que eu soube depois se tornou próximo de Lauren me falou sobre essa incerteza da medicina.

“Quem garante que ela tá me ouvindo?” perguntei segurando lágrimas raivosas por me expor tanto diante de um estranho.

“Quem garante que ela não está?” devolveu com um sorriso gentil saindo pouco depois.

Um bom moço esse Daniel...

— Eu tô com saudade Lo. Muita mesmo ̶ continuo— Eu quero que você volte logo, amor. Nosso filho nasce daqui a pouco e nós dois vamos precisar de você mais do que nunca.
Mas eu entendo se você precisar ficar por aí mais um pouquinho. Você sempre me compreendeu não é mesmo? Sempre me deu espaço, então eu acho que posso retribuir sendo um pouquinho mais paciente. Só um pouquinho. Você já dormiu bastante, bebê, mas leve o tempo que precisar sim? Eu não vou sair daqui. Vou ficar ao seu lado e cuidar de você pelo tempo que for necessário até que você fique totalmente recuperada.

Nesse instante seus olhos verdes se abrem e como sempre meu coração da um salto para afundar em seguida. Isso tem acontecido há semanas, ela abre os olhos por alguns segundos e então volta a fecha-los tranquilamente, o que de acordo com os médicos é bastante comum e não passa de reflexo involuntário do organismo humano.

— Eu sinto falta dos seus olhos sempre brilhantes Lolo. É bom vê-los assim de vez em quando, mesmo que você não esteja aqui de verdade. Ainda.

Beijo seus dedos pálidos na tentativa de aquecê-los me demorando um segundo mais para acariciar sua aliança que eu fiz questão de colocar novamente. Nunca gostei de vê-la sem e não seria agora que aceitaria isso. Minha Lolo também não gostaria. Mais uma característica “normal” para pessoas nesse estado, o que é até bom. Melhor que ter febre. Ou pelo menos é essa a desculpa que usamos para nos confortar.

Meus próprios dedos passeiam por seus cabelos escuros sentindo o perfume leve que nem mesmo meses nesse hospital conseguiram mascarar.

— Eu me esqueci de trazer a última ultra do nosso Elliot. Você vai adorar, da pra ver tudo certinho Lo! O nariz, a boquinha, as mãos, tudo! Ele vai ser igualzinho a você, tenho certeza.

Alguns dias atrás, durante um exame de rotina, Daniel notara que além da dilatação da pupila, Lauren “buscou” pela luz de uma lanterninha minúscula que ele usava na avaliação e depois de exames e médicos discutirem entre si, chegou-se a conclusão de que possivelmente minha esposa tenha recuperado a visão, o que endossou as esperanças de uma recuperação mais rápida. Mas já faz tantos dias e nenhum outro sinal foi diagnosticado...

Suspiro sentindo minha lombar protestar contra as horas demoradas em que estou sentada numa mesma posição.

— O seu filho é muito gordinho sabe? Eu tô parecendo uma bola, você ficaria toda boba...

Esse pensamento faz meus olhos arderem pelas lágrimas contidas. Estou tão cansada dessa incerteza, de hora ter esperanças demais e no instante seguinte ser decepcionada com a dura realidade da situação.

Quando soube disso tudo, quando cheguei nesse hospital e ao longo de todos esses meses enfrentei emoções distintas e intensas de forma diferente e tenho passeado por cada uma delas todo esse tempo. Primeiro foi o medo. Medo do presente, do que estávamos vivendo. Medo do futuro agora incerto que tanto planejamos e sonhamos juntas. Medo de jamais ter minha Lauren de volta e de nunca mais ser a sua Camz. Um medo absurdo de perder o amor da minha vida que tanto se doou por mim.
Depois senti raiva. Muita raiva. Dela por quebrar a promessa de que ficaria bem e cuidaria da nossa família, dos médicos por terem sido negligentes, raiva do mundo, mas acima de tudo senti um ódio descomunal por mim mesma. Eu devia ter cuidado da minha mulher, devia ter estado atenta, ter sido menos egoísta por enxergar somente as minhas dificuldades esquecendo assim que ela também é humana e que precisa de atenção.
E por fim tive esperança de que isso não passasse de um pesadelo longo e assustador, acreditando que acordaria em pouco tempo e a encontraria no meio da nossa cozinha preparando nosso café quando era a minha vez.

Ouço o “clique” anunciar a entrada de alguém e o barulho dos saltos contra o piso impecável me poupa de virar-me para descobrir de quem se trata.

Ela se abaixa e deixa um beijo carinho na cabeça de Lauren, voltando seus olhos para mim.

— Olá Camila.

Aceno com a cabeça já de pé enquanto alcanço minha bolsa e então caminho até a cama outra vez deixando um selinho nos lábios frios.

— Eu já volto amor.

Sigo para fora do quarto cumprimentando algumas pessoas, pacientes e familiares que já conheço e paro diante do elevador.

Naturalmente eu não poderia impedir Clara de ver sua filha quando essa já não respondia por si mesma. Nem mesmo se pudesse teria feito. Ela é a mãe.
Desde então temos buscado manter uma convivência mínima e respeitosa. Por ela. Não houve longas conversas nem pedidos de desculpas, mesmo que eu note, algumas vezes, que ela sente vontade de me dizer algo. Mas então ela volta agir como sempre, exceto na parte de me atacar e isso já me basta. Assim é como temos levado. Ela chega eu saio. Eu volto, ela vai embora.
Sei como é não ter a presença de uma mãe e jamais tentaria privar ou mesmo dificultar essas visitas. Até porque agora eu também tenho meu filho e nunca aceitaria ser mantida longe dele, sendo assim, minha sogra tem praticamente morado em Seattle, indo à Miami esporadicamente e voltando sempre acompanhada do marido que precisava cuidar dos negócios da família. Ao menos é o que Michel diz, porém isso não nos engana. A verdade é que ele não suporta ver a filha mais velha nessa situação e não o julgo por isso, afinal não foi exatamente o que fiz por anos a fio?
Taylor, contrariando todas as expectativas ou nem tanto, mudou-se de vez para cá logo após conseguir a transferência de seu curso e desde então fica comigo, o que é ótimo. É bom estar em casa e ouvir uma voz que não venha da teve.

Até mesmo Alexia a viu. As garotas, Verônica principalmente, queriam impedir, contudo eu deixei. Não sei se por estar louca ou simplesmente por pena. Todas afirmavam que aquilo, o seu amor todo não passava de capricho e talvez tenham razão, mas ainda assim não me incomodei, o que foi surpresa para todos, inclusive para mim. Ela que era o motivo mais significante de todas as nossas discussões desde o inicio de nosso relacionamento pedia minha permissão para ver minha esposa. Acho que foi isso que me impediu de negar. Ela não quis impor sua presença. De qualquer modo já passou e embora eu saiba que ela se comunica com a mãe de Lauren, Alexia não voltou aqui. Nem acredito que voltará.

Já na cantina peço o mesmo sanduiche que assim como em todos os outros dias deixo intocado na mesa forçando somente o suco aguado garganta abaixo deixando que minha cabeça volte no tempo... Por mais que me machuque não ter estado com Lauren naqueles dias, agora sou capaz de reconhecer que fiz o certo. Foram conversas dolorosas, palavras afiadas que quase cortaram minha carne, lembranças que rompiam barreiras levantadas com muito custo e que não cairiam assim tão fácil, mas foi o principio.
Meu pai, mesmo receoso, foi quem deu mais passos até hoje para melhor nos relacionarmos. Obviamente estamos longe de sermos pai e filha, mas acho que posso dizer que estamos alcançando o nível “amigos”. Ele pergunta por Elliot, que penso ser o responsável por sua aceitação, por Lauren e por mim. Sempre nessa ordem.

Sofia é um caso a parte... Estou ainda muito longe de conseguir seu perdão e tenho total consciência de que perdi para sempre minha irmãzinha. Sei que jamais voltarei a ser a “Kaki”, mas espero conseguir mostrar que a Camila é uma pessoa legal que tá se esforçando para encontrar a si mesma. Ou uma versão mais próxima disso.
Nos falamos de quando em quando, sempre de forma curta e firma. Mas estamos nos falando. Ao menos a mágoa e o desprezo têm deixado seu olhar pouco a pouco e não me importa quanto demore. Não vou desistir.

( Play link 2 )

Volto para o quarto quando Clara já se despedia da filha e assumo meu lugar novamente.

— Ontem fui ver a minha mãe. Tá ficando menos difícil Lo...
Eu contei tudo. Dessa vez eu tive coragem e falei sobre tudo o que vivi esses anos todos. Eu chorei, pedi perdão, sorri, chorei, dei risada, tipo, gargalhei mesmo. Aí chorei de novo. E de novo.
Ela só estava lá quieta e eu sei que não entendia nada, mas não é porque ela não se lembra que eu preciso esquecer. Demorou, mas eu entendi. Doeu como o inferno, mas eu entendi.
Contei que ela será vovó e prometi levar nosso bebê pra que ela o conheça. Eu queria tanto que você fosse comigo...

Continuo ali só velando seu sono, observando o subir e descer constante e ritmado do seu peito onde deixo minha cabeça descansar.

Nossas amigas chegam, conversam com ela, comigo, secam as lágrimas que eu finjo não ver e então vão embora com a promessa de voltarem no dia seguinte. E elas sempre voltam. Elas têm sido verdadeiros anjos estando logo ali distantes até receberem uma simples mensagem que faz com que corram até nós não importando onde ou o que estejam fazendo. Isso tudo sem jamais invadir nosso espaço.
Lembro-me da alegria de todas quando descobrimos o sexo do bebê. Dinah e Lucy fazendo mil projetos futuros, Vero chorando e sorrindo, Ally e Mani me abraçando. São as irmãs que escolhi para minha vida e que me aceitaram sem questionamentos. Mas elas não são a Lauren e sabem disso.

“—Eu acho que vou te comprar uma touca...

—A senhora é uma ciumenta boba e controladora...

—Controladora? Quem é que separa as roupas que devo usar no trabalho todas as noites, hein?

—Isso porque você é uma preguiçosa e se atrasaria todos os dias se eu não fizesse isso.

—Sei... Então não tem nada relacionado ao fato de minha pessoa estar à frente de uma sala com dezenas de estudantes transbordantes de ferômonios?

—Eles estão lá para aprender e não ficar de olho na professora casada!

—Muito bem casada... E eu sou a professora Jauregui, nada menos que isso.

—Pois aqui eu sou a senhora Jauregui, nada menos também.

Ouvi-la se autodenominar assim é sempre uma alegria ao meu coração.

—Ótimo. E não precisa descer, eu consigo abrir a porta. Sem bico.

—Você é uma chata Camz...

—Eu sei... Amo você...

—”Tchau amor...”

— Minha ciumentinha brava ̶ digo assim que a fisioterapeuta deixa o quarto — Você não existe. Sempre marcando território né? Sabe tô achando que vou prender o cabelo naquele coque e usar a saia que você fez questão de esconder no meio das suas... É, bonitinha, eu encontrei no uns dias depois, mas deixei lá. No fundo eu acho que você sempre soube ̶ não consigo evitar um sorriso triste em meio às lágrimas que marcam meu rosto — Você prometeu...
Você disse que cuidaria de mim... Agora é a minha vez Lo. Volta pra mim, amor. Pra nossa vida. Eu não tô mais aguentando...

Seguro firme sua mão alcançando o celular em meu bolso encontrando logo o que mais preciso escutar nesse momento. De novo.

 “Oi Camz! Bom... Eu acho que você não tá entendendo nada, então me deixe explicar. Eu tô aqui no quarto e consegui convencer Ally a me deixar sozinha um pouquinho, a baixinha não queria sair nem pra tomar água, eu posso com isso? Pois é, desconfio que tenha dedo seu nisso. Eu tô gravando esse áudio no celular do Daniel, o enfermeiro. Ele não é um fofo? Vai gostar dele quando o conhecer só porque elogiou a minha aliança ̶ sua risada rouca aquecendo meu peito dolorido — É que de repente eu senti uma vontade enorme de falar com você e como não quero te atrapalhar nem nada, quis ao menos deixar isso gravado pra que você escute quando voltar.
Quero começar me desculpando, amor. Eu tive medo e cheguei a pensar em desistir. Não do que sinto porque isso seria impossível, mas da gente. Eu pensei que não conseguiria te manter ao meu lado na situação em que estou, contudo eu estava errada. Abrir mão de você é só o que pode me destruir então prefiro acreditar que logo tudo vai acabar e que ficaremos bem. Eu te deixei ir pelos motivos equivocados, mas sei que foi a decisão mais acertada, pois você está buscando um jeito de se concertar e não posso dizer como isso me deixa orgulhosa.
Sempre acreditei que era eu quem cuidava de você, quem te protegia quando esses anos todos foi exatamente o contrário. Você, minha linda, sempre foi forte, guerreira mesmo. Amor, você é uma sobrevivente só por conseguir seguir adiante. Demorou sim, talvez tenha levado mais tempo do que o esperado, mas eu tinha certeza desde o nosso primeiro encontro, de que você era muito maior do que acreditava e queria demonstrar.
Eu me apaixonei por uma menina mulher de sorriso difícil, mas que ilumina a todos quando o faz. E isso é irrevogável. Eu sou sua desde que a vi segurando aquele livro onde tentava se esconder. Quando fecho os olhos consigo reviver aquele momento, consigo sentir novamente o arrepio que percorreu meu corpo quando nossos olhos se encontraram. Foi diferente. Quase ruim. Mas ainda assim eu sabia que aquele gelo todo escondia mais do que qualquer pessoa poderia imaginar. Quando falei com você, quando segurei sua mão e toquei seu rosto, ahh eu soube Camz, que você já me tinha completamente entregue. Aos poucos você foi me permitindo chegar mais pertinho até que já não desgrudávamos mais. Era Camz da Lolo e Lolo da Camz...
Eu nunca quis tanto alguém em minha vida, nunca desejei dividir os meus medos e vontades com alguém até que você chegou. Minha latina arredia... Minha menina.
Eu nem sei por que tô dizendo todas essas coisas, mas sei que preciso colocar pra fora. Deixar-te sair desse quarto foi à decisão mais dolorosa que já tomei amor... Não por receio de que você não voltasse, mas justamente por saber que logo estaria aqui outra vez e inteira enquanto que eu já não era a mesma. E isso te quebraria em pedacinhos que eu já não seria capaz de juntar. Foi como arrancar um pedaço de mim... Um pedaço da minha alma.

O que eu quero dizer, Camila, é que você é tudo o que me importa. Você trouxe luz a minha vida e sei que jamais se importará em guiar os meus passos se eu não puder caminhar sozinha. Só quero que saiba que eu tô tentando. Por você e por nosso bebê... O que me lembra... Daniel enviar esse áudio par o meu celular que não estou usando porque Dinah ficou jogando e deixou descarregado. Ele também vai trocar a senha, a intrometida descobriu a anterior... CAMELOT. Não faça essa cara, eu posso explicar! Eu queria alguma coisa que juntasse o seu nome com o do bebê. É ainda não sabemos o sexo então eu chutei. Eu acho que é uma menina e pensando nisso eu gostaria muito que fosse nossa Angel. Se você concordar, claro... Daí eu pensei e pensei e não consegui um jeito de juntar o seu nome ao dela que não ficasse tão estranho, então parti para a segunda opção. Você gosta de Elliot? Eu acho bem bonito e ficou legal junto ao seu... Se for um menino, vai ser nosso príncipe. Nosso presente de Deus... A gente decide quando estiver de volta de qualquer forma.

Acho que já deu, preciso devolver o celular do meu mais novo amigo...
Vamos escutar isso aqui juntas e abraçadinhas tá? Pra eu poder dizer que não importa quão distantes a gente esteja, sempre estaremos juntas. Assim a gente vai saber que nunca, em circunstancia alguma estaremos sozinhas.
Não sabemos quanto tempo temos aqui, amor, mas eu prometo te amar como se fossemos nos perder amanhã, porque desse jeito será sempre intenso, vivo, apaixonado! Eu prometo sempre te beijar como a primeira vez, longa e carinhosamente, porque é assim em tudo o que fazemos... Eu prometo te abraçar forte o bastante pra que você sinta meu coração acelerado gritando seu nome e o quanto te amo. Eu prometo estar com você mesmo sem estar, se é que isso faz algum sentido... Acima de tudo, meu amor, eu prometo voltar pra você e te encontrar, porque se é pra me perder, que seja com você...

Não sei há quanto tempo, mas então percebo um carinho leve em meus cabelos e vagarosamente, com medo de uma nova decepção e de romper esse contato delicado, levanto minha cabeça encontrando duas esperas verdes e brilhantes me encarando, apreendendo cada detalhe e então com dificuldade ouço bem baixinho:

— Oi Camz...


Notas Finais


Link 1- https://www.youtube.com/watch?v=5Pze_mdbOK8

Link 2- https://www.youtube.com/watch?v=otMgGp7XJEE

Bom... Eu não espero que vocês compreendam o final que dei para essa história, mas foi isso... Ela tratou acima de tudo de confiança. Em si mesmo e em alguém que amamos a ponto de colocar nossa vida em suas mãos.

Espero que tenham gostado, talvez não do desfecho, mas do conjunto todo e se uma única pessoa me disser que essa história serviu para alguma coisa, eu já ficarei imensamente feliz, é isso o me importa... Essa fanfic termina aqui, sem mais, sem epílogo, deixo a cargo de vocês imaginar uma possível continuação, afinal, o futuro é sempre incerto não é?

Mais uma vez, obrigada! Não podem imaginar como é bom o retorno que vocês me dão e não tô falando só dos comentários não, mas de cada pessoa que mesmo escondidinha me manda uma msg que sempre me deixa desconcertada tamanho o carinho que sinto em cada uma delas... Vocês são incríveis...

Agora vamos lá... Já estou trabalhando numa nova fanfic, dessa vez com a colaboração de duas gurias maravilhosas,bolinhos chatos que amo... "Lilacabeyo 12", "jjjauregui" e eu estamos adaptando um dos meus livros favoritos, reescrevendo tudo ao nosso jeito e garanto a vocês, será uma história linda e que logo logo será postada...Camren, claro... Amanhã eu volto e deixo o link dela aqui mesmo, caso vocês queiram dar uma olhada... Sem "mas" nem "mais" agora... Beijooooo...

P.S. só pra não perder o costume... Como estamos??????


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