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História Sempre Você... (Camren) - Caso Contrário...


Escrita por: Camren_Yes

Capítulo 8 - Caso Contrário...


—Me deixe dormir Camz...

―Nada disso, vai, acorda. Você precisa tomar café antes que eu saia.

—Por quê?

―Porque quero ter certeza de que esta se alimentando direito. Vai, depressa. Espero-te lá embaixo.

Viro-me a tempo de ver a porta se fechando.

Qual o sentido em não precisar ir trabalhar se ela vai me acordar cedo da mesma forma?

Ainda resmungando entro debaixo do chuveiro desejando voltar para a cama.

Chegando à cozinha encontro Camila já sentada a minha espera.

—Bom dia pra você.

―Eu já disse como você fica fofa assim, toda emburradinha?

Eu detesto ser acordada, ainda mais assim tão cedo.

—Pergunto-me como seus alunos suportam seu mau humor matinal Lo...

―Eles sabem o lugar deles e pronto.

—Deixa de braveza e toma logo seu café, vai...

Sem nem perceber o que era levo o garfo a boca tentando me manter acordada.

—Vero deve estar chegando, por favor, não vá ficar nesse bendito vídeo game o tempo todo, você precisa descansar, tá me ouvindo?

“Humhum” é minha resposta que a faz revirar os olhos. Tanto tempo juntas e ela não aprende...

―Tá com alguma dor?

Avalio rapidamente minha cabeça, braços, tronco e pernas e nego com a cabeça.

—Hummm... Seu remédio esta no armário do banheiro, peça pra Vero se precisar, ok?

―Camz, eu não sou criança, sei me cuidar.

Terminamos em silêncio e ela se levanta recolhendo tudo.

Solto o ar que prendia e caminho abraçando-a por trás.

—Você não precisa se preocupar amor. Eu tô bem.

―Me sinto mal por não poder ficar aqui com você.

—Você precisa trabalhar e eu poderia me virar sozinha aqui, você sabe.

―Me preocuparei menos sabendo que tem alguém aqui com você.

—Mesmo esse alguém sendo a Vero?

―Principalmente se esse alguém for eu Jaregay!

Acho que fui ao céu e voltei tamanho o susto. Não sei pra Camila teve a ideia de dar cópia da chave de casa para nossas amigas. Só dá nisso aí.

—Você tem problemas ou quê? Sabe avisar não?

―É que eu estava torcendo pra interromper alguma coisa, sabe?

—Tá vendo o que você me arranjou Camz?

―Deixe de resmungar. Oi Vero...

—E aí Mila. E não, eu já tomei café, obrigada.

Como eu posso ter essa menina como minha melhor amiga? Daqui a pouco me aparece Dinah Jane e aí eu tô feita!

―Eu vou indo. Vero, não sei como te agradecer por isso...

—Nem precisa, Laur e eu nos divertiremos muito!

Ai meu Deus!

―Nada de exageros, a Lo precisa ficar quietinha pra se recuperar logo.

—Sim senhora.

―E você mocinha, comporte-se e obedeça, entendeu? Seja boazinha.

—Amor, você esta me tratando como sua filha. Sinto-me sendo deixada aos cuidados de uma babá!

―Ah se eu tivesse tido uma babá gostosa como eu!

—Amor...

―Para de bobagem. Ela cuidará de você, não é Vero?

—Certamente Mila.

―Viu só? Eu estarei aqui na hora do almoço, tá? Ligue-me se precisar. E pode ir desfazendo esse biquinho, vai, eu já tô com o coração pequenininho de te deixar aqui.

Seguro sua cintura e junto nossos lábios num selinho breve.

—Fique tranquila, tá? Eu serei uma boa menina, tá?

―Sempre é. Beijo Vero.

—Tchau...

Observo à morena se afastar com um olhar já saudoso.

―Ela continua caidinha por você...

—E eu por ela Vero...

Vamos para a sala onde me jogo num sofá e minha amiga em outro.

―Você não precisava fazer isso, Camila está exagerando.

—Estou aqui por eu quero branquela. Você nos deu um susto e tanto ̶ seu tom lamentoso me chama a atenção―Nunca vi a Mila tão desesperada, pensei que ela enlouqueceria. Aquela garota é apaixonada por você de verdade Laur...

—Eu por ela. E só por isso aceitei essa coisa de ficar em casa esses dias e até ser pajeada, eu não quero preocupa-la mais.

―Você se lembra de tudo?

—Sim... E isso esta me angustiando.

—Como assim?

―Nós estávamos discutindo. O jantar com meus pais foi um desastre, você já deve imaginar a razão. Minha mãe ficou insinuando coisas sobre a Alexia e atacando a Camz e bom, sabe como ela fica sensível com isso. Ela me acusou de ser omissa nessa relação, se é que dá pra nomear assim, entre Clara e ela. Disse que me odiava e que odiava me amar. Ainda dói me lembrar disso.

—Laur...

―Eu a machuco Vero. Ela disse isso. Deixando minha mãe fazer essas coisas eu a machuco muito e não sei como lidar. Clara é minha mãe, mas eu amo a Camila. Eu larguei tudo por ela e faria de novo, contudo, às vezes parece não ser suficiente, sabe? Detesto quando não consigo tomar uma posição, mas também não consigo me impor diante delas.

—Lauren, eu sei como a tia Clara é e também conheço sua mulher e eu posso te afirmar que Alexia voltou pra fazer um inferno na sua vida e com a ajuda da sua mãe. Ela nunca suportou a Camila, mas sozinha não tinha meios para separa-las, porém, agora que a queridinha dela tá de volta... Pode esperar que a bomba vai explodir e vai ser logo.

―Eu não vou deixar Vero. Não vou permitir que nada se coloque entre Camila e eu.

—Pois então você precisa ser firme, caso contrário...

—“Caso contrário”...?

―Sei o quanto Mila e vocês se amam, só cuide disso, sim? Não se esqueça do que é realmente importante para você.

Algo em seu tom faz um arrepio percorrer minha pele.

Eu nunca poderia me esquecer do que sinto. Nem mesmo se meu coração fosse arrancado do meu peito.



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