Eram dois garotos. Rebeldes, jovens e inconsequentes, aprendendo a lidar com o mundo que deveriam chamar de casa. Apaixonados um pelo outro, imersos na imprudência de seus atos.
Eram felizes passeando pelas diferentes ruas com as quais se deparavam e sequer sabiam o nome, sentando-se em uma calçada qualquer para fumar cigarros baratos e observando a fumaça se dissolver na atmosfera como quem observava fogos de artifício preencherem a imensidão escura do céu.
Eram os sorrisos leves, toques singelos e beijos calorosos um do outro.
Sentiam alegria e sentiam tristeza. Sentiam o frio de uma breve separação e o calor de mãos entrelaçadas. Sentiam um ao outro, e era isso que os tornava únicos em meio a tantas pessoas que haviam há muito se esquecido do amor e de como amar.
Eram audaciosos por viverem juntos compartilhando do mesmo sentimento num mundo tão recluso para a felicidade.
Eram perfeitos. Entre as lágrimas e os sorrisos, as risadas e os gritos, os encontros e desencontros, eles sabiam que bastava somente um olhar para as borboletas em seus estômagos sussurrar-lhes o óbvio guardado em seus pensamentos.
Se pertenciam.
Trilhando seus próprios destinos como quem trilha as linhas de um universo, sabiam que na bagunça de abraços inocentes e toques ousados em que se encontravam havia a mais profunda alegria.
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