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História Sensações - Amei...


Escrita por: Srhetfield

Capítulo 1 - Amei...


Fanfic / Fanfiction Sensações - Amei...

Paris,  15 de Outubro de 1998

"Des nuits d'amour à ne plus en finir Un grand bonheur qui prend sa place Des enuis des chagrins s'effacent Heureux, heureux en mourir."

Eu relato neste momento acontecimentos estranhos que ocorreram comigo. Eu já a conhecia à cinco anos e ela jamais me dera atenção, sim, eu estava feliz pois desde  que me lembro foi ela que me mostrou o que era se apaixonar.
Eu a amava desde o primeiro instante e só agora ela demonstrava reciprocidade, eu não sei por que mas desde que ela veio até mim no corredor da faculdade dizer que se interessava por mim, sensações estranhas se manifestam em meu interior.
Eu me lembro bem de como aconteceu, ela veio até mim com seu lindo vestido azul que tanto lhe caía bem e marcava seu corpo escultural. Ela caminhava suavemente, eu não sei se foi real ou se foi apenas minha mente estupefata pelo acontecido mas, eu jurava que ela ( e o mundo) moviam-se em câmera lenta. Nossos olhares se encontraram por um instante e, como em todas as vezes que ela me olhava, senti meu coração retumbar. Era uma manhã fria, que mostrava que o ameno outono francês estava para acabar.
– Olá Louis...
Eu suei frio e por um breve instante pensei que iria desmaiar, aquela linda ruiva de vinte e dois anos estava falando comigo...
–O-o-olá Maggie.
– Eu gostaria de saber se você aceitaria ir à minha casa hoje ?
–E-Eu ?
Eu estava estupefato, não sabia o que dizer... Eu esperei anos para dizer algo à ela mas, na verdade foi ela quem disse, ela veio à mim e docemente sorriu...
– Louis, eu sei que pode parecer estranho mas...eu quero lhe conhecer melhor.
– Tudo bem... Eu aceito ir à sua casa hoje.
Ela sorriu e, mais corada que um pimentão se retirou.
Eu não entendi a situação, pois depois de cinco anos ela veio à mim e do nada disse que queria me conhecer melhor...
Eu pensei nisso por um breve instante, e como todo tolo apaixonado eu me derreto apenas em pensar nas probabilidades de ela me amar.
Eu dei uma breve olhada de lado e a vi de costas, não pude deixar de olhar para seu traseiro, eu me senti tentado, senti minha boca salivar e uma breve ereção começar a aparecer em minha calça. Eu me detive... Não podia demonstrar tais coisas, eu não queria que ela pensasse que eu era um pervertido... Não... Eu não queria isso...
Eu não sabia muito bem que horas eu deveria chegar à casa dela e, por intuição imaginei que deveria chegar em torno das 19:00.
Eu esperei a aula acabar e fui em direção à minha casa para tomar um bom banho e decidir se levava flores ou uma garrafa de vinho, na dúvida decidi levar às duas coisas mesmo sem saber se ela gostava de flores ou se bebia.
Eu dirijo até a casa de Maggie, eu me lembrava de onde ela morava, eu já havia estado lá uma vez quando éramos adolescentes e eu fui convidado para uma festa de aniversário dela, ela morava próximo ao arco do triunfo em um sobrado antigo coberto por flores e trepadeiras.
Eu estaciono em frente à casa dela, desso do carro e toco uma campainha que encontro ao lado da porta, espero por cerca de cinco minutos até que uma voz estranha diz ao alto:
– Entreee !!!!!
Não era a voz de Maggie, mas mesmo assim obedeci.
Eu abri a porta e entrei, eu chamei pelo nome de Maggie por três vezes até que uma senhora de mais ou menos uns quarenta anos vem até mim e diz :
– Boa Noite meu jovem, a senhorita Maggie o espera na cozinha.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ela me pegou pelo braço e me levou até a cozinha. Quando passei pela porta pude vê-la, de frente à um balcão fatiando o que pareciam ser cogumelos.
Ela sorriu... Aaaah aquele sorriso, quando percebi sorria junto dela. Ela secou as mão e me cumprimentou com um doce beijo na bochecha.
Como um otário eu corei... Corei como um tomate recém colhido e no auge da maturação. Maggie cozinhava o que eu arriscaria dizer que era um bom Bife Bourguignon, ela estava em seu primeiro semestre da faculdade de gastronomia e ao que eu imaginei ela cozinhava muito bem.
Eu lhe entreguei as flores, quando as escolhi pensei que rosas seriam flores muito "clichês" então optei por comprar um buquê de tulipas, margaridas e lavanda, ela pareceu gostar.
Eu lhe entreguei a garrafa de vinho, ela buscou um abridor e taças, ela nos serviu e voltou a sua atenção aos legumes que fatiava.
Depois de conversamos sobre a faculdade e outras coisas sobre nossas profissões e ocupações nos dirigimos à sala de jantar e nos deleitamos de um maravilhoso prato típico francês, ela pareceu adivinhar pois, bife bourguignon era meu prato preferido. Como sobremesa, Maggie serviu carolinas que eu poderia afirmar com toda a certeza que estavam maravilhosas.
Maggie então me convidou para conhecer sua casa, eu a segui primeiro pela biblioteca, depois pelo jardim e por fim ela me levou até a sua sala de estar. Ao chegar lá me surpreendi ao ver um grande piano de calda no centro da sala, eu não sabia que ela era pianista e isso apenas me fez sentir  mais atraído por ela pois, por mais coincidência que parecesse eu também tocava piano. Eu me aproximei do instrumento e passei meus dedos sobre suas teclas, Maggie sorriu ao perceber que eu também entendia de tal assunto. Nós dois nos sentamos no piano e como que por magia começamos a tocar a mesma música, se me recordo bem foi  La vien a rose, de Edith Piaff.
Nós nos olhamos por um instante e, eu senti que era a hora, eu me aproximei e a beijei o mais intensamente o possível e ela retribuiu.
Depois de tantos anos foi o momento em que mais me senti apaixonado e excitado. Já eram 23:00 e Anny a empregada se Maggie já havia ido dormir. Eu peguei Maggie em meus braços e subi as escadas em direção ao quarto dela.
Eu a amava e, enquanto estávamos lado a lado deitados na cama ela admitiu que desde o primeiro momento me amou e que por razões idiotas e medos irracionais teve medo de ficarmos juntos.
Foi maravilhoso, e, a partir daquele momento a amei ainda mais.

Eu não sabia como nossa historia acabaria, mas sei que de alguma maneira eu e ela faríamos muitos duetos sentados naquele piano, tendo nossas melhores sensações e desejos realizados naquele antigo, porém cheio de amor, sobrado florido em Paris.

Quando percebi, cinqüenta anos já haviam se passado, eu e Maggie já estávamos casados à trinta e já tínhamos filhos e netos.
Tenho certeza que aproveitamos bem nossas vidas, viajamos pelo mundo e nos amamos o máximo possível, e mesmo que já façam dois anos que minha doce Maggie partiu desse mundo, posso jurar que em noites leves e frias de outono eu posso ouvir La vien en rose ecoar das cordas do piano.
Hoje eu ouvi, e posso jurar que foi pela última vez pois agora sinto que Maggie está por perto.
Eu relatei essa história para mostrar que todos nós vamos amar em algum momento e, quando ele chegar,  devemos aproveitá-lo o máximo que pudermos.
Eu tenho certeza que nesse mundo eu cmpri minha cina, eu amei e fui amado e agora, em enquanto as folhas e flores das trepadeiras do sobrado caem, eu posso me deitar e permitir que meu espírito descanse em paz ao lado dela.
Eu poderia terminar com poesias e frases belas mas tudo o que posso dizer é : Ame

            Dedicado a Maggie Luna Rossier, que abriu meus olhos e me ensinou a amar.

                       Eternamente apaixonado, Louis Francis Rossier



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