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História Sensei - Décimo Primeiro


Escrita por: PortugaGirl

Capítulo 11 - Décimo Primeiro


Laura e eu acertávamos alguns apontamentos pois mais exames estavam para vir - Estás a pensar em fazer algo amanhã? - ela perguntou-me então

- Sobre? - terminava de editar alguns textos no meu notebook
- Sobre fazer uma  semana em que andas com… - silenciou-se. Ainda tenho que decidir que nome poderia dar para identificar ou referir Kouyou.
- Nada de especial. Comemorei meu aniversário com ele, creio que foi suficiente. - sorri brevemente.
- Que falta de atenção, Rachel. Homem como aquele precisa de ter sempre o que fazer…em relação a ti. - minha amiga falou divertida enquanto me passava novos apontamentos a editar e ela passava a ler outros.
- Ainda não questionei mas ele deve ter trabalho para fazer no fim-de-semana. Tu sabes… - baixei meu tom de voz e aproximei meus lábios da orelha dela, visto que estávamos na biblioteca da Universidade - corrigir os exames de terça. - Laura anuiu.
- Mesmo assim, à noite podia sair um pouco connosco…e depois lá se entendia contigo. - falou para mim

Reconheci aquela mala mala negra assim que esta foi pousada a meu lado naquela mesa e logo minha linha de visão captou a cintura dele, sorri e elevei meu olhar a fim de acompanhá-lo enquanto este se sentava ao lado de Laura e de frente comigo - Olá Takashima. Tudo bem? - Laura atirou simpaticamente

- Longo dia mas tudo óptimo. - ele respondeu-lhe
- Muito trabalho? - eu perguntei
- Comecei a corrigir exames, então é algum trabalho. - suspirou
- Almoçaste, ao menos? - lancei nova questão e ele afirmou.
- Sim, almocei com os outros professores da área. - respondeu prontamente e lançou um breve olhar sobre as coisas em que trabalhávamos - Mais exames? - aqui optou olhar para minha melhor amiga.
- Sim, irá começar a semana do sofrimento a partir da próxima segunda. - ela respondeu-lhe
- Tenho que confessar uma coisa, Tillman… - toda a concentração de Laura focou-se no professor - pensei que fosses fazer maior alarido após seres informada dos acontecimentos da semana. - sorriu para mim.
- Takashima, em área de Universidade eu irei conter meu histerismo. A partir do momento que saia do campus algo vai acontecer nesta cidade. - riu-se.
- Não irás desapontar-me, sendo assim. - Takashima falou brincalhão.
- Toda minha inveja sobre a minha melhor amiga. - aqui ela encarou-me - Eu quem delirei, eu quem consegui fotos e ela quem estava a aproveitar tudo. Ah. - soprou.
- Fotos? - o homem olhou-a de novo
- Claro. Tenho meus contactos. - retirou discretamente seu telemóvel do bolso e logo lhe mostrou a foto do professor a ele mesmo, a foto que Macy conseguira no sábado.
- Tu jogas alto,não? - atirei a Laura.
- Cala-te que se não fosse eu, tu não tinhas tal foto no teu próprio telemóvel. - empinou até nariz e Takashima conteve uma gargalhada.
- Pela qual te estou bastante agradecida, amiga. - respondi-lhe e mostrei a mesma foto como fundo de ecrã do meu telemóvel - E não é arriscado porque tenho um código de segurança fantástico. - ri-me.
- Julguei não me surpreender mais com vocês. - o professor falou.
- Mudas-te o código…não é mais nossa data de amizade? - Laura quis saber e eu neguei - Fazes bem, houve quem soubesse desse código. Fizeste bem. - suspirou e guardou algumas coisas.
- Por mais animador que seja ouvir-vos…eu vou ter que ir. Só passei para…saber se tudo ia bem.
- Claro… até porque eu tornei-me importante Takashima. - Laura brincou.
- Entende como quiseres… Laura… - sussurrou-lhe e minha amiga voltava a entrar num modo estatua por culpa de Kouyou e isso era bem divertido de testemunhar.

Como de prever a sexta-feira passou com muita calma e fora na aula eu não pudera ver Takashima, enquanto aguardava a chegada do bus à paragem da Universidade fui surpreendida com o surgimento de Ryan ali - Olá! - cumprimentou-me e eu observei-o atentamente - Deixaste de me falar, Rachel. - disse.

- Quando não existe nada mais para dizer. - respondi-lhe por fim e ele sentou-se a meu lado no banco da paragem - E o teu carro? - perguntei
- Na oficina, tive um acidente na segunda. Não deves ter percebido a minha ausência no campus esta semana. - suspirou suas palavras. Meu coração ainda palpitou mais fortemente ao ouvir que Ryan havia sofrido um acidente e por isso eu estudei melhor sua aparência, reparei no golpe que tinha na testa e percebi que uma de suas mãos estava ligada.
- Realmente não me dei conta, Ryan. Mas fico contente em saber que estás bem. Mais alguém envolvido no acidente? - desviei meu olhar do dele.
- Mais ninguém, estava sozinho. - informou-me e eu assenti - Rachel… - respirou fundo - minha atitude foi errada e não fui acertado na hora de me explicar. - pousou sua mão enfaixada sobre a minha que eu mantinha sobre minha perna e massajou suavemente - Estupidamente foi em ti quem pensei no momento em que embati com o carro, tu realmente eras a minha amiga perfeita e nós tínhamos tudo para dar certo, tu eras indicada. - um tímido sorriso surgia em seus lábios.

Afastei sua mão da minha num rápido mas cauteloso gesto a fim de não o magoar - Percebeste isso demasiado tarde, Ryan. - o bus chegava na estação e entramos, fui seguida de perto por ele até me ver obrigada a ficar sentada a seu lado.

- Eu estava errado e deixei que as coisas tomassem caminhos inesperados. Minhas sinceras desculpas, Rachel. Gostaria de reaver a tua amizade e depois talvez…
- Depois talvez o quê? - interrompi-o - Exatamente o quê, Ryan?
- Talvez dê para nos acertamos juntos, desta vez com toda a sinceridade…desta vez seria bem claro que estava contigo por gostar de ti e querer manter um relacionamento sério.
- Volto a repetir que vieste demasiado tarde, Ryan. Magoaste-me imenso e mesmo que eu estivesse em outra situação de momento eu não iria voltar a estar contigo. A minha amizade…talvez um dia a recuperes mas não será mais a mesma de antes.
- …em outra situação… - ele repetiu minhas palavras - não estou a perceber.
- Eu estou com uma pessoa, Ryan. Alguém que esteve ao meu lado mesmo que de modo inesperado quando tu me deste aquele desgosto amoroso, alguém que me fez sorrir e despertou meu interesse profundo por si. Eu estou com uma pessoa. - ditei-lhe e saí naquela paragem mesmo não sendo esta a da minha casa.

Caminhei alguns metros até chegar naquela outra paragem e mais ao lado ter o prédio onde Takashima mora, sorri e entrei, sabia que aquele homem já estava em casa e eu precisava de o ver.

Abriu-me a porta de seu apartamento e mostrou-se surpreendido por me ver ali - Que nos encontrávamos à noite. - recordou enquanto eu entrava; sem nada lhe dizer eu simplesmente me abracei a si e ouvi a porta do apartamento ser fechada - Rachel? - chamou-me mas eu mantinha-me abraçada a si, inalando aquele aroma suave de seu perfume habitual, memorizando a firmeza daquelas costas contra minhas mãos - Rachel? - chamou-me novamente e só aí eu afastei meu rosto do seu peito e lhe sorri.

- Cometi um erro, Kouyou. - anunciei-lhe
- Um erro? Algo sério? - mostrou-se confuso e puxava-me consigo até ao centro da sala - Conta-me.
- Um erro que não devia ter permitido, culpa minha, totalmente minha. Tenho medo que seja realmente muito grave.
- Estás a me assustar. - uniu suas mãos ao meu rosto - Que erro possivelmente grave é esse, Rachel?
- Apaixonei-me por ti. - confessei-lhe - Não foi súbito de uma semana, agora percebo isso. Desde o momento em que surgiste eu permiti a mim mesma em sonhar acordada contigo e se não tivesse colocado esse carinho em ti desde o primeiro dia, eu não teria sido ousada daquele modo eu… - baixei meu olhar - desculpa. - terminei.
- Estás a pedir desculpa pelo quê? - suas mãos ainda unidas ao meu rosto fizeram-me voltar a encará-lo - Queres que te desculpe pelo quê, Rachel?
- Porque…porque me apaixonei por ti e…tudo confuso e eu julgo que não aches acertado esta confissão,tens mais com que te preocupar do que com uma estúpida aluna que…
- Rachel. - chamava-me novamente e eu parei de falar - Eu falei-te que não eras passatempo, eu aceitei juntamente contigo em deixar acontecer para ver o que daí se criava…tu não és estúpida, sendo ou não minha aluna, tu és a mulher que me tem feito bem feliz e tem me enlouquecido. Acho que isso é o mesmo que estar apaixonado. Eu também me apaixonei por ti. - acabou por me confessar.
- Não estás chateado comigo por ter criando sentimentos reais por ti? - ele negou - Também te apaixonaste, Kouyou? - balbuciei minha questão.
 - Sim, também me apaixonei. - atraiu meu rosto para si e beijou-me demoradamente.

Eu não havia criando expectativas erradas e feito de Takashima o homem que não era, não, tudo acontecia de verdade e realmente percebia perfeitamente que eu não estava a ser levada por engano, ele demonstrava-me a realidade das coisas e confirmava minhas questões mesmo que eu não as coloca-se.



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