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História Sensei - Conforto


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Yeeyyyy! Olá, pessoas do meu kokoro. :3
Aqui estou atualizando essa coletânea lindona e agradacendo à Ginko porque foi ela que me deu a imagem para a qual me inspirei (após vários surtos, caps locks e gritos) para fazê-la! :3
Espero que gostem! *u*
Boa leitura! ;)

Capítulo 4 - Conforto


Fanfic / Fanfiction Sensei - Conforto

A noite chegava em seu auge e a chuva caía torrencialmente lá fora, quando, por fim, o professor finalmente decidiu ir dormir. Já era perto de uma da manhã, quando Shouyou ajeitou-se melhor sobre seu futon e largou o livro que lia na pequena pilha próximo à sua cabeça. O barulho das gotas caindo sobre o telhado do dojo só fora interrompido poucos minutos depois de se deitar, assim que a porta do quarto fora aberta com cuidado e fechada da mesma forma. Os passos ecoaram devagar pela madeira e o mestre sorriu, já imaginando quem seria o intruso.

― Pensei que já estivesse dormindo há, pelo menos, mais de duas horas. – comentou enquanto observava na penumbra do cômodo o garoto largar seu travesseiro na parte mais baixa do futon, junto da espada deixada de lado no chão.

― Eu tentei. Mas é impossível com o Takasugi no mesmo lugar. – resmungou deitando no cantinho que arrumara e se tapando com a coberta marrom em seguida. ― Ele é insuportável até dormindo. – concluiu beirando a irritação, fazendo o mais velho rir baixinho.

― E o que ele fez dessa vez? – quis saber, ainda muito tranquilo.

Obviamente, nem eram tão raras as vezes que compartilhava o futon com seu discípulo, considerando que muito dificilmente ele conseguia dormir em paz no seu próprio quarto. Fosse por seus pesadelos constantes, por seu medo do sobrenatural ou por suas desavenças com os outros dois companheiros com quem moravam. Isso, contudo, de longe o incomodava. Até porque, na época em que eram apenas os dois, ambos sempre haviam dividido o quarto.

― Ele apenas decidiu que queria tomar meu futon. – ironizou.

― Tomar seu futon? – questionou um tanto quanto surpreso.

― É. Seja lá com o que ele tenha sonhado, simplesmente me empurrou pro chão e se espalhou pelo meu futon e pelo dele. – explicou, agora realmente voltando a se irritar.

― E por que não o acordou ou o empurrou de volta pro dele? – provocou.

― Olha aqui, se você não quer que eu fique, é só falar que eu vou dormir no tapete da sala. – sentou-se, irritando-se ainda mais pela insinuação subjetiva do mestre.

― Não seja bobo. – puxou o pequeno pela parte de trás da gola do kimono, fazendo-o se deitar novamente. ― Você sabe que não me incomodo com isso. – comentou ainda calmo, mas agora sorrindo divertido, fazendo outro bufar insatisfeito.

Sem dúvidas, implicar com o mais novo era um de seus passatempos preferidos.

― Eu tentei. – anunciou após se cansar de ficar irritado por aquela noite. ― Acordá-lo e mandá-lo de volta pro futon dele. Ele voltou, mas cinco minutos depois estava com o pé na minha cara de novo, me empurrando pra fora.

Shouyou riu com vontade.

― Certamente ele está tendo sonhos bastante agitados. – brincou. ― De qualquer forma, acho melhor nós dois dormirmos também. – voltou a se ajeitar sob as cobertas, agora de forma que não atrapalhasse o sono do garoto durante a noite. ― Então, boa noite, meu pequeno samurai. – desejou bagunçando, num carinho de leve, os cabelos prateados do menor.

― Noite. – respondeu já bocejando e se virando pra dormir melhor, ouvindo a partir de então apenas a chuva caindo sobre o teto.

(...)

A manhã ainda era chuvosa em Edo e Shouyou naquele momento se levantava devagar para não acordar seu inquilino noturno, com intuito de ir até a porta do quarto e abri-la. Sempre gostou de ter a luz natural entrando no cômodo logo cedo, parecia dar ânimo para o dia que se seguiria. Assim que o fez, respirou fundo o ar com cheiro de terra molhada, satisfeito por ainda estar chovendo, já que realmente se dava melhor com aquele tipo de clima.

Já com os raios solares penetrando por entre as nuvens densas e alcançando o quarto recém-aberto, o mestre voltou para o seu futon, decidido a terminar de ler o livro que havia pausado na noite anterior, enquanto não dava o horário de acordar as crianças. Ainda com cuidado para não despertar Gintoki, deitou-se de bruços, apoiando os cotovelos sobre o travesseiro, e abriu na página marcada. Assim ficara, e por alguns minutos leu tranquilamente, sem interrupções. Passado algum tempo, porém, enquanto pegava outro dos livros colocados na pilha, sentiu algo pesando em suas costas e virando-se para descobrir o que era, divertiu-se ao enxergar o pequeno adormecido sobre si. Aparentemente, na mente adormecida de Gintoki, ele achava suas costas muito mais confortáveis do que o futon.

Sorriu com ternura e em seguida voltou-se ao livro, não estando nenhum pouco propício a acordar o menino para fazê-lo voltar ao lugar.

Não fazia ideia de quando foi que começara a amar aquela criança da forma como amava, quando preferia deixá-lo dormir ali por quanto tempo durasse seu sono ao invés de acordá-lo. Assim como não fazia ideia, antes de conhecê-lo, do quão grande podia ser aquele sentimento humano. A presença do pequeno jamais lhe incomodou. Muito pelo contrário, não lhe trazia nada além de conforto, ternura e uma felicidade sem tamanho.

Sem dúvidas, naquele momento, ele poderia com toda a certeza afirmar que compreendia perfeitamente o amor de um pai ou de uma mãe para com seus filhos. Porque, em algum momento de todo aquele tempo compartilhando sua vida com seus pequenos samurais, percebera que era exatamente esse sentimento que o tomava.

Um amor tão puro quanto doce. Um amor imensurável, que jamais poderia descrever em palavras.


Notas Finais


Estarei esperando os comentários. ♥
E até mais! :3


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