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História Sensei - Impunes


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Olá gafanhotos e gafanhotas da tia! *U* Tudo bem com vocês? Estou ótima, graças a Deus. ♥
Então, assim que uma amiga minha me mandou essa fanart, eu imediatamente pensei "preciso fazer uma one com ela!". E bem, só não fiz antes, pq não deu msm. :c Mas hj sentei aqui e escrevi!
Espero q vcs gostem, pq eu adorei escrever esse amorzinho fdjkfskjg'
Boa leitura! ;)

Capítulo 5 - Impunes


Fanfic / Fanfiction Sensei - Impunes

O barulho da peça de metal caindo ecoou na cozinha, até aquele momento vazia, fazendo o pequeno de cabelos compridos xingar baixinho. O cômodo estava imerso na escuridão, sendo que nem a luz da lua tinha para minimizar a situação, já que era noite de lua minguante.

― Zura! – sussurrou em exasperação o de cabelos curtos escuros. E ignorando um “Zura jyanai, Katsura da!” do outro, continuou a reclamar. ― Se você nos dedurar por sua zarreza, eu juro que te jogo na frente de um trem! – avisou, ainda sussurrando, mas em um tom bastante ameaçador.

― Calem a bocas vocês dois, seus inúteis. – foi a vez de o terceiro mandar, também em voz baixa. ― Vamos de uma vez, antes que ele perceba que sumimos. – chamou já caminhando em direção ao armário, onde o alvo dos três pequenos encrenqueiros estava.

Caminhando com muito cuidado para não derrubarem mais nada, os garotos se aproximaram do móvel, já pensando em como iriam alcançar o prato sobre ele.

Naquela noite, Shouyou havia preparado biscoitos de sabores sorteados, para o café da manhã do dia seguinte. Obviamente os três queriam comê-los naquela noite mesmo, mas o professor não permitiu, considerando que haviam jantado tarde naquele dia e logo iriam dormir. Sendo assim, guardou os biscoitos prontos sobre o armário mais alto da cozinha, esperando que os alunos não os  alcançassem, já que nem mesmo com ajuda de uma cadeira conseguiriam chegar àquela altura.

A questão, porém, é que talvez ele houvesse subestimado seus queridos mini-samurais e a vontade deles de comer.

Naquele ponto, os três já discutiam como iriam furtar os biscoitos, aos sussurros, até que, a muito contragosto, Gintoki aceitou que Takasugi subisse em seus ombros e pegasse o prato para eles.

E assim foi feito.

Com muito cuidado pra não acabarem caindo um por cima do outro, Katsura ajudou Shinsuke a subir no pequeno Sakata, para então o de olhos verdes vibrantes alcançar o topo do móvel em madeira marrom, já pronto para tomar a porcelana repleta de deliciosos biscoitos feitos pelas mãos sagradas de Yoshida Shouyou – como eles mesmos diziam ao falarem sobre o talento do mestre na cozinha. As mãos do menino já estavam com o fruto proibido, quando a fresta de luz adentrou o cômodo amplo, assustando os pequenos e os derrubando no chão, com prato, biscoito e tudo.

Shouyou, minutos antes, estava na sala, lendo um de seus livros, como de costume, enquanto aproveitava que seus discípulos estavam no quarto, distraídos com um jogo de cartas. Após vários minutos, entretanto, percebera que o dojô estava estranhamente silencioso; o que era muito raro, considerando que mesmo no silêncio amplo do lugar, sempre corria alguns xingamentos aqui e ali entre as crianças com quem compartilhava a moradia.

Percebendo que aquilo era anormal, marcou a página que estava lendo e abandonou o objeto sobre o tapete fofo do cômodo, levantando-se em seguida e indo até o quarto que suas crianças dividiam. As cartas estavam jogadas no chão, junto dos futons e das cobertas, mas o local estava absolutamente vazio. Estreitando os olhos afiadamente, logo imaginou onde estariam e, sem dúvidas, não sairiam impunes da desobediência. Assim que abriu a porta da cozinha obviamente constatou que suas suspeitas eram verdadeiras, porque naquele momento, assistia à Takasugi cair sobre os dois que estavam embaixo, derrubando tudo e qualquer coisa que estivesse acerca dos três.

Serenamente, mas carregando uma áurea realmente assustadora, o mais velho se aproximou dos três, com seu costumeiro sorriso nos lábios.

― O que pensam que estão fazendo? – questionou no mesmo tom sereno de sempre, embora acarretando um arrepio perpassando pelas espinhas dos meninos, que sentiam o perigo daquela pergunta.

― Garantindo que os biscoitos estejam bem guardados pra amanhã? – o mais baixo fora quem sugerira, começando a se afastar do professor, dando passos para trás, e levando um sorriso tortuoso consigo.

― Claro que sim. E estão bons? – ironizou, agora já tendo encurralado Shinsuke e Kotarou contra o armário, os quais suavam aflitos, já esperando o castigo físico e sentindo antecipadamente a dor em suas cabeças, fechando assim os olhos. Shouyou, por sua vez, estava prestes a cascudear os menores, se não fosse o terceiro discípulo, ainda sentado no chão, entre os três.

Assim que ouviu o xingamento em meio a um quase ininteligível resmungo, parou imediatamente seu punho a meio caminho de acertar os outros dois. Olhou para baixo, próximo aos seus pés, já expressando certa preocupação, e então constatou o que suspeitava.

― Me deixe ver isso. – pediu firme, embora muito mais gentil, ao se abaixar e ajoelhar-se no chão, já tomando com cuidado o braço direito do pequeno, que o segurava com o esquerdo, sentindo a dor da lesão no membro.

― Quebrou? – Katsura fora quem perguntara primeiro, já ajoelhado ao lado de Takasugi e próximo aos outros dois, em preocupação, já que aquela arte dos três poderia ter saído muito cara pro companheiro de cabelos prateados.

― Esperamos que não. Consegue mexê-lo? – questionou, apoiando o braço em sua mão direita, aberta, permitindo assim que o garoto tentasse movimentá-lo.

Gintoki conseguira movê-lo, embora aquilo lhe causasse um desconforto ainda maior e uma careta de dor assumisse suas feições infantis. O gesto, porém, deixou o professor mais aliviado, já que mostrara que fora apenas uma torção. Profunda e dolorida, mas ainda assim menos pior que uma fratura. Com cuidado, ajudou o pequeno a se levantar, permanecendo apoiando o membro superior direito dele, enquanto já o encaminhava em direção à geladeira, que ficava na parede oposta.

― Venha, vamos colocar gelo nisso, para que não inche, e é melhor tomar cuidado quando for se deitar, para não piorar a lesão.

― Shouyou, isso não é nada de mais. – comentou despreocupado, enquanto esperava, segurando o braço em uma posição mais confortável, o professor pegar a bolsa de gelo.

Realmente, estava acostumado a sentir dores muito piores antes de conhecer seu mestre.

― Mas não queremos que piore, não é mesmo? – devolveu, sorrindo gentil, já se voltando para o pequeno e o encaminhando para o outro cômodo. ― Venham, vamos para a sala. Depois eu arrumo isso. – referenciou-se à bagunça que a pequena confusão havia causado.

(...)

Os três já dormiam quando Shouyou finalmente voltou à cozinha para arrumar as coisas espalhadas pelo chão. Não demorou muito tempo, contudo, na arrumação e logo voltou à porta entreaberta, que guardava suas três pequenas preciosidades adormecidas. Observou cada um deles mais uma vez, atento a qualquer coisa que pudesse estar deixando-os desconfortáveis, mas não vira nada que o preocupasse. Os meninos estavam espalhados por seus futons, ressonando alto, comodamente.

Atentou-se ao mais antigo de seus discípulos ali presentes, para certificar-se que a lesão de mais cedo não o tivesse importunando naquele momento e ficou satisfeito ao ver que ele levava um sono tranquilo, embora tivesse que manter o braço apoiado em um segundo travesseiro, para que não se machucasse novamente.

Com mais uma passada olho, lembrou-se então do motivo que levou Gintoki a se machucar naquela noite e só então percebeu que sequer havia punido os três pela travessura. Sua preocupação em cuidar do pequeno tomara sua mente por completo, expulsando até seus deveres como tutor e educador dos três.

Sorriu consigo mesmo, divertido. Haviam escapado naquele dia, mas, sem dúvidas, ainda teriam muitos dias naquela semana para os lembrarem da arte daquela noite.


Notas Finais


Vejo vocês nos comentários! Até a próxima ^^


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