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História Sentimental - Cereja do meu bolo


Escrita por: jonginmyeon

Notas do Autor


Ayo, wassup? Kjkjkjknk

Eu sou uma ridícula, sinceramente.
Eu estava ouvindo sentimental do winner quando escrevi isso aqui (grande revelação rs) e essa oneshot nem deveria estar sendo postada porque nossa, que vergonha de mim mesma, mas sei lá, eu me diverti escrevendo e queria compartilhar (vai entender).

É baeksoo porque adoro o otp e tô morrendo de saudades, af

Enfim, espero que não levem a sério porque não é sério, só vou jogar e sair correndo

BOA LEITURA~~~

Capítulo 1 - Cereja do meu bolo


Fanfic / Fanfiction Sentimental - Cereja do meu bolo

 

 

A madrugada parecia terrivelmente solitária enquanto Baekhyun continuava a encarar o teto, deitado na cama com uma garrafa de bebida na mão. A solidão batia em sua janela como uma brisa fria e nem sequer sabia como acabar com ela.

Era fácil fingir estar numa boa na frente das pessoas, mostrar um sorriso falso e fazer piadas irônicas, fingindo ter superado o término de namoro recente com o amor de sua vida — a cereja que ficava no topo de seu bolo, sua metade da laranja e vários nomes bregas que se recusava a citar. 

O difícil mesmo era... superar

Como poderia? Quase cinco anos de namoro terminados por causa de briguinhas bobas e falhas que Kyungsoo considerava irreparáveis, não eram nada fáceis de serem esquecidos.  

Seus amigos diziam que era só questão de tempo para voltarem e continuarem sendo o casal mais não-romântico e incrivelmente grotesco — porém bonitinho — que existe em Seul, e, apesar de torcer a cara e dizer que jamais voltaria com aquele anão bruto e sem coração, Baekhyun no fundo torcia para que estivessem certos, porque não aguentava mais suas noites de solidão. 

A verdade é que tudo aquilo era besteira, Kyungsoo era esquentadinho demais e Baekhyun testava sua paciência, o que custou em uma explosão e consequente separação. 

Baekhyun sabia que estava sendo infantil, mas Kyungsoo também estava, dando-lhe tratamento de silêncio e até mesmo trocando de parceiro de quarto. Quando Kyungsoo havia dito que estava tudo acabado, Baekhyun riu e revirou os olhos, achando que era mais uma daquelas vezes em que brigavam e depois voltavam a se amar como gatos se esfregando — segundo as palavras de seus amigos —, mas havia se enganado feio quando viu Kyungsoo pedindo para trocar de quarto com Chanyeol, que só concordou com a ideia por ter um pouquinho de medo do baixinho. 

No fim de tudo, ficou sem namorado e ainda ganhou de brinde um amigo que ronca muito à noite. 

Depois de duas semanas de tratamento de silêncio e comunicação através de bilhetinhos infantis, Baekhyun estava sentindo uma grande solidão por dentro, estava sentimental. 

Por isso agora encarava o teto e refletia sobre os anos passados ao lado de Kyungsoo, das implicâncias, dos carinhos, dos beijos… das transas, dos choros, dos tapas e até das brigas que aprendera a sentir falta depois de ser cruelmente ignorado. Kyungsoo fazia muita falta, apesar de todos os pesares.    

Apesar de sempre achar que está certo, apesar de surtar e ficar bravo por pequenas coisas — como a mania feia de Baekhyun sempre deixar as roupas sujas jogadas no chão e não lavar a louça —, apesar de apontar o dedo e esfregar em sua cara seus defeitos e uma lista quilométrica de “pesares” que Baekhyun sinceramente nem ligava mais porque sentia muita a falta de Kyungsoo e doía pra caralho. 

Doía tanto que precisava beber um pouquinho — ou muito, dependendo da intensidade da dor — antes de dormir e fazer uma ceninha digna de filme ao chorar e ouvir músicas tristes em uma playlist aleatória do youtube — isso quando Chanyeol não estava no dormitório. 

Mas naquela noite em especial, num sábado precisamente, decidiu mudar o roteiro. 

Decidiu mandar mensagem. 

E quando as pessoas dizem para não mandar mensagens ou ligar quando estiver bêbado, é porque falam sério e porque sempre dá merda. 

Passava de uma da manhã e tudo estava tão silencioso que nem um ai poderia ser ouvido. Baekhyun pegou o celular, procurou o número de Kyungsoo e, com a sonolência e lentidão de um bêbado solitário, digitou a mensagem.

 

Traste 

1:41 A.M 

Kungsoo? 

 

 A sorte de Baekhyun era que Kyungsoo estava acordado e, bem… disposto a conversar. 

 

 Amor 

 1:43 A.M 

  Que foi, caralho?

 

 Baekhyun nem ligou para o xingamento, simplesmente sorriu por não ter sido ignorado e digitou rapidamente. 

 

 Traste 

 1:46 A.M 

 Soo, nao beiga comigo

 Eu tw ami sz 

Por favor, pars de me ignotar ta 

 

 Amor

 1:48 A.M 

Baekhyun, você tá bêbado? 

 

Traste 

1:50 A.M 

Jhkjkhkhkhkhk eu bebsdo? Eu nao 

Vc ta? 

 

 Amor

 1:51 A.M 

Quem tá aí com você? 

 

Traste 

1:52 A.M

So ei e deus 

 

Amor 

 1:53 A.M 

 Não vai me responder? 

 

Traste

1:54 A.M 

 Ja respondi 

Eu ja disse que te smo? 

Pois eu te amo...

 

 Amor 

 1:55 A.M

Vai dormir

 

Traste

1:56 A.M

Nao, vem dormir comigo. 

1:57 A.M 

Kungsoo? 

1:58 A.M

Kyngsoo? 

1:59 A.M 

Amor, por favor, nao desligue o telefone. 

 

As mensagens continuaram chegando, Kyungsoo dormiu com um sorriso no rosto.

 

 

 X 

 

 

Acontece que Baekhyun incrivelmente conseguiu amolecer o coração de Kyungsoo com suas mensagens de bêbado — ou talvez o mais novo já estivesse cogitando a ideia de expulsar Chanyeol e voltar para seu lugar de direito ao lado de Baekhyun, não que ele fosse admitir algum dia — e na manhã seguinte, o baixinho estava na cozinha preparando um café bem amargo, quente e forte para espantar sua maldita ressaca, com um sorrisinho no rosto. 

Baekhyun ficou no mínimo assustado, porém não menos feliz. 

— Você tá horrível — Kyungsoo comentou, oferecendo a caneca de café que estava em sua mão.

Baekhyun aceitou de bom grado, estava precisando. 

— Me diz uma novidade — resmungou em resposta. 

— Eu vou voltar a ser seu companheiro de quarto — comunicou, como quem não quer nada. 

Baekhyun sorriu. 

— Não resistiu aos meus encantos? 

Kyungsoo revirou os olhos. 

— Suas mensagens tocantes me comoveram. 

— Bom saber. 

— Mas só volto com uma… Não, duas condições. 

Baekhyun colocou a xícara em cima do balcão, aproximando-se de Kyungsoo. 

— Que condições? 

— Você tem que me prometer que vai levar suas roupas na lavanderia, lavar a louça e- 

— Você disse duas condições — resmungou e fez um biquinho. 

— Duas vezes dez — brincou.

Baekhyun olhou para Kyungsoo e acariciou seu rosto com as mãos. ‘Tá certo que Baekhyun não estava nenhum pouco atraente, com os cabelos jogados em todas as direções e a cara amassada de sono, mas nem se importou com sua aparência quando respondeu: 

— Eu prometo qualquer coisa, contanto que você volte. 

Kyungsoo sorriu. 

— Você é tão brega. 

— Isso se chama romantismo no meu dicionário — respondeu e continuou —, além do mais, não suporto mais os roncos do Chanyeol, ele dorme de olhos abertos também, é assustador. 

Kyungsoo deu uma risada sonora. 

— Você é um interesseiro mesmo. 

Baekhyun piscou o olho. 

— Só por você. 

E se beijaram, com aquele gosto de café bem amargo, quente e forte, do jeito que gostavam e como funcionavam. 

Baekhyun nunca diria em voz alta, mas estava um pouquinho sentimental por Kyungsoo voltar para o dormitório, e não era por ter se livrado dos roncos de Chanyeol, era porque sentira falta dele e não queria experimentar esse sentimento horrível de novo. 

E, para sua alegria, não iria.                

 

 



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