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História Sentimental YoonSeok (Namjin) - Constragimentos


Escrita por: thebaddestpark

Notas do Autor


Desculpem a demora

Capítulo 47 - Constragimentos


*YoonGi POV
 

 - ...A que devo a visita? - Namjoon se encostou ao sofá - Não me digam que vão adiar o casamento.

 - Porque você pensaria nisso em primeiro lugar? - Hoseok falou com desprezo na voz.

 -Por causa das lesões do YoonGi. Não me admirava que vocês quisessem adiar a viagem pelo menos. - Pegou na chávena que estava em cima da mesa e bebeu.

 Eu observei ele com cuidado:

 -Desde quando você tem essa postura de homem rico com a gente? - Inclinei a cabeça.

 -Desde que me tornei adulto e não é postura de rico. É de gente crescida. Mas eu entendo que você não entenda, hyung.

 -Realmente fazer piadas sobre o meu tamanho é de "gente crescida".

 -Onde está o hyung? - Hoseok perguntou irrequieto.

 -Levou a Mikako a visitar o Luka e o Johyo. - Pousou a chávena.

 -Parece que alguém está fazendo bem o trabalho de papai. Você não consegue acompanhar? - Sorri.

 -Tenho trabalho para fazer. Ao contrário de vocês eu não escolha as minhas férias.

 -Ao contrário de nós, você é pago muito melhor. - Olhei em volta.

 -Porque você está cismado comigo, hyung? - Suspirou.

 -O Johyo não quer ficar com vocês. - Declarei observando os quadros que Namjoon tinha pendurado nas paredes brancas antes de olhar para.

 -...Hum? Porque está dizendo isso?

 -Porque é verdade. Ele não se sente bem com vocês, Namjoon. Confortável, quero dizer. Achámos que devíamos dizer antes que você o traga.

 -...O Jin não o vai querer deixar sozinho. E os meninos também não. Até eu não o quero deixar sozinho...

 -Ele não vai ficar sozinho. - Hoseok disse decidido e Namjoon sorriu para mim.

 -...Me conte mais, Hoseok. - Namjoon pediu sorrindo para mim como se eu fosse a coisa mais bonita que ele já tinha visto.

 -...Não sei se estou a gostar do que se está passar aqui... - Hoseok apontou para nós.

 -Não, não. Ali. - Apontei para Namjoon - Porque está olhando assim para mim?

 -No hospital, se lembra?

 -Atá. - Revirei os olhos.

-O... O que aconteceu no hospital?

 -Alguém estava achando engraçado essa ideia de eu querer uma família, mas parece que...

 -Ah tudo bem, cale a boca. - Me levantei impaciente.

 -O que tem? - Hoseok perguntou inocente.

 -Já dissemos o que queríamos dizer, temos mais negócios para resolver.

 

_

 

-Hyung, está sozinho? Onde está o Hoseok hyung? - Johyo subiu à cadeira à minha frente.

-Johyo, eu preciso de ter uma conversa séria consigo. - Segurei nas mãos pequenas dele e ele olhou-me curioso.

 -O que eu fiz de errado?

 -Nada, tonto. - Sorri fraco - Eu estive falando com o Hoseok e com os Kims sobre você. Eles entendem que você não quer ficar com eles.

 -Oh... Eles ficaram bravos? O Luka sabe? - Segurou me com força.

 -Não, claro que não. - Passei a mão pelo seu rosto macio e moreno - Eles respeitam a sua escolha e entendem você.  E o Luka ainda não sabe.

 -Ah... - Suspirou aliviado.

 -Mas nós não te queremos deixar sozinho. - Desviei o cabelo dos seus olhos - Você é muito novo...

 -Eu vou ficar ótimo! Eu vou conseguir sobreviver!

 -Johyo... - Olhei para baixo e ele agarrou nos meus ombros.

 -Hyung, nós vamos continuar nos vendo, certo? Vamos ser amigos! - Sorriu.

 -Johyo, oiça... Eu e o Hoseok estivemos falando e... é óbvio que é a sua escolha, mas nós queríamos de saber se você... De algum jeito gostava de ficar comigo e com o Hoseok? - Segurei nele trémulo.

 Ele olhou para mim sem saber o que dizer.

 -Hum... - Ele cruzou os braços olhando para baixo com uma expressão confusa - Ficar com vocês como...? Viver com vocês?

 -Sim. Temos um quarto a mais lá em casa.

 -E... Vocês seriam...

 -Os seus pais. Se você quiser...

 -E o que você quer? - Perguntou me inocente e muito confuso.

 -Eu quero o melhor para si. - Passei os dedos pelo cabelo dele, acho que se estava tornando um hábito - O Hoseok gostava muito que você ficasse connosco.

 -Você não está dizendo o que quer. Eu não fico triste se você não quiser que eu vá.

 -Não seja tonto, Johyo.! - Desviei a sua franja - Não há nada que eu gostava de fazer mais que te levar para casa e ver você feliz. Mas eu sei que é uma grande responsabilidade e eu não sei se sou o suficiente. Você merece alguém que não desaponte você, e eu tenho medo porque eu sou uma pessoa muito fria.

 -Você quase morreu por mim. - Ele sorriu - Como é que não é bom o suficiente? Você deve ser o que todas as crianças querem como pai, você é um super herói, hyung!

 -...Você acha isso? - Olhei para o seu rosto angelical.

 -É claro! Você e o Hoseok hyung foram incríveis naquele dia! Desde que me levam para sair com vocês eu percebo que vocês são homens normais, mas para mim são super heróis.

 Eu sorri e ele lançou os seus braços à volta do meu pescoço deixando me abraçar ele.

 -Vê? Você não é uma pessoa fria.

 -Eu estou sempre dando na sua cabeça, você já não está cheio?

 -Você faz isso porque gosta de mim.

 -Como você sabe? - Olhei para ele.

 -Porque você faz o mesmo com o Hoseok hyung. E eu sei que você o ama muito.

 -É assim tão óbvio?

 -Muito! Você olha para ele como se ele fosse precioso.

 Eu sorri corado e ele riu. Eu acho que também ficava olhando para ele do mesmo jeito. Johyo era um garoto que me deixava calmo de um jeito que apenas Hoseok conseguia.

 -Então... O que você diz? Fica aqui sozinho ou posso começar a preparar o seu quarto? - Sorri fraco.

 Ele sorriu e inclinou a cabeça envergonhado:

 -Posso chamar você e o Hoseok hyung de pai?

 -... É claro... - A minha voz quebrou de tão baixa que saiu. Aquilo era uma realidade, ele estava nos aceitando.

 Não fazia ideia que aquilo ia fazer ele chorar. Era choro de felicidade mas para mim era um pouco triste o ver assim, logo abracei ele com força.

 Johyo era uma criança pequena, magra e sensível. Ele me fazia lembrar eu próprio quando o via assim frágil, mas quando ele estava feliz e confortável era muito mais parecido ao Hoseok. Era animado e tinha um espírito sacana que adorava brincar comigo.

 -Desculpe, eu não quero chorar mais, mas... Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer. - Falou com as mãos trémulas.

 -Está tudo bem. - Coloquei os braços à sua volta e dei um selinho na sua testa.

 -Onde está o Hoseok hyung?

 -Ele está lá fora à espera. E... talvez você possa começar a tratar-nos por pai.

 -Eu quero muito mas é eu não estou habituado. - Sorriu envergonhado. Tão querido.

 -Eu gostava que você se habituasse. Não é estranho, está bem?

 -Sim... - E comprimiu os lábios fechando os punhos com um sorriso.

 -Vá. Diga. - Insisti com humor e ele abanou a cabeça - Não? - Fiz cócegas nele.

 -Pare...! Appa- Riu.

-Ai está o que eu queria ouvir. - Segurei ele sentando-o no meu colo - É muito difícil?

 -Não...! - Sorriu - É bom dizê-lo.

 -Que bom... O Hoseok vai ficar muito feliz.

 -E você? Está feliz, appa?

 -...Muito, meu bebé. - Beijei a sua testa de novo recebendo outro abraço dele.

 Aqueles carinhos eram outra coisa.

 O meu amor pelo Hoseok tinha começado por ser desejo, ou impulso, como queiram interpretar, e tinha se tornado obsessão. Era a história do romance da minha vida. O carinho, a proteção, tudo o que eu sentia pelo Hoseok era algo que eu considerava único e especial. Eu amava aquele homem com tudo o que eu tinha e nunca pensei em ter outra pessoa na minha vida com um sentimento tão poderoso.

 Eu ainda não conhecia bem aquela criança mas honestamente, eu sabia que ele era especial. Talvez estivesse destinado. Eu não o amava, ainda não pelo menos, mas sentia algo forte por ele. Um sentido de proteção tão forte que me deixava quase histérico ele ter aceite ficar comigo e com Hoseok.

 Eu teria oportunidade de protegê-lo, de criá-lo, de brincar com ele e fazê-lo feliz. Era a oportunidade de fazer a diferença na vida de alguém.

 -Appa... - Repetiu sem olhar para os meus olhos - Quando eu posso ir consigo para casa? - Perguntou tímido finalmente olhando para cima.

 Aquela pergunta tinha deixado uma dor no meu peito.

 -Ah... essa a parte má. - Suspirei - Acho que ainda vai demorar um bocado para eles deixarem nós te levarmos connosco. Será que devia roubar você? - Abracei ele para falar ao seu ouvido.

 -Appa, não podemos! - Riu.

 -Porquê?

 -Você é bom, não pode fazer isso! - Segurou o meu rosto - Podemos passar tempo juntos?

 -Hum... Depois do casamento eu e o Hoseok vamos passar umas férias em França. Não podemos levar você, mas... Estávamos pensando em pedir para você ir dormir lá a casa pelo menos uma noite antes de partirmos. Passava o dia connosco, íamos à procura dum cão...

 -Eu vou ter um cão?! - Tapou a boca com as mãos.

 -Claro que vai. E um quarto só para você.

 -E quando tiver idade, posso aprender a dirigir?

 Fiz um olhar pensativo:

 -Por favor, appa! Eu vou me esforçar para dirigir bem! - Declarou sorridente.

 -Eu depois vejo... Vamos lá para fora para contar ao seu pai. - Sorri.

 -Posso mesmo chamar ele de pai?

 -É claro. Ele vai ficar muito feliz. - Pousei ele no chão e ele estendeu a mão para eu segurá-la e segui-lo.

 Eu segurei a pequena mão dele e segui-mos caminho para fora do quarto. Hoseok estava no corredor encostado à parede. Tinha o polegar entre os dentes, provavelmente ansioso. Johyo largou a minha mão e correu até Hoseok gritando "Papai". Acho que tinha sido das melhores coisas que eu alguma vez veria na minha vida.

 Uma criança tão doce e inocente correndo para os braços da melhor pessoa que eu tinha conhecido. Deixava me quase emotivo. Era inspirador. Deixava me confiante sobre o nosso futuro como uma família.

 Hoseok abraçou Johyo e levantou-o do chão feliz.

 -Meu pequeno...! - Hoseok abraçou ele com força - Eu sabia que você não nos ia deixar sozinhos!

 Eu aproximei me lentamente não querendo interromper o momento de Hoseok que começou a chorar enquanto dava muito carinho à criança que se sentiu humilde com aquele amor todo.

 -...Hobi-ah, meu amor. - Acariciei o ombro de Hoseok - Fique um pouco com o Johyo eu volto já.

 -Onde vai?

 -É segredo. - Andei pelo corredor.

 Estava decidido em tratar da adoção o mais depressa o possível. Mas precisaria de ajuda, por isso me dirigi ao jardim onde Mikako brincava com Luka e Jin os observava sentado num banco.

 -Ei de novo. - Sentei me ao seu lado assustando-o.

 -O-oi.

 -Precisava de falar consigo.

 -Hum... - Olhou para mim desconfortável - Sim? Diga.

 Eu olhei para ele confuso:

 -Tá, primeiro de tudo e não relacionado com o assunto: O que porra é isso? Porque você age assim ao pé de mim? Ou você é assim com toda a gente?

 -Você não é propriamente uma pessoa com que eu me sinta à vontade, lamento.

 -Sim, eu sei disso, mas porquê?

 -Eu... Você está sempre zangado, apenas não quero estar no seu caminho ou irritar você.

 -Você não me irrita, eu apenas não conheço você para mostrar confiança. E também não é fácil ser simpático consigo quando a maior parte do tempo em que estamos juntos eu estou em sofrimento. Mas você não precisa ter medo de mim.

 Ele acenou sem me olhar:

 -...O que você realmente pensa que eu faria para ter tanto medo?

 -Não sei, você simplesmente impõe muito respeito com a sua atitude. É difícil lidar consigo num ambiente que não seja informal.

 -Você namora com o Namjoon, como é capaz de me dizer isso? Ele é a pessoa mais formal de sempre. - Falei com humor e ele sorriu olhando para baixo.

 -Ah ele é diferente, ele pode ter aquela postura mas é um homem com um coração bondoso e é romântico. - Falou com um ar descontraído como se pudesse falar do Namjoon durante o dia todo. Por algum motivo eu acreditava nisso.

 -Tá, eu só quero acabar com esses constrangimentos.

 -Eu vou tentar ajudar com isso.

 -Ótimo... E eu preciso da sua ajuda com outra coisa. 

 -Sim, diga. - Pediu com os braços cruzados vendo Mikako correndo atrás de Luka.

 -Quando você está pensando em levar o Luka para sua casa?

 -Eles estão legalizando os meninos. Quando os papeis de ambos estiverem em ordem. Porquê?

 -Eu estive falando com o Namjoon hoje, antes de vir aqui porque... o Johyo não se sente confortável em ir para vossa casa.

 -...Mas... Porquê? - Observou me - Porque você acha isso?

 -Ele contou me. É porque ele sente que está a mais junto de Mikako e Luka.

 -Mas ele se dá tão bem com eles... Eles gostam dele como um irmão.

 -Ele também gosta deles. Mas não sente que pertença com junto de vocês. Então... Não iríamos deixar aqui. Eu falei com ele e eu e o Hoseok decidimos ficar com ele. Ele gostou da ideia.

 -Vocês vão ficar com ele? - Fitou me surpreso e eu acenei.

 -O que você acha disso?

 -Hum... Não acho mal. Vocês se amam, são boas pessoas... O Johyo é um garoto muito amoroso e positivo. Acho que ele é muito especial. E também aprecio vocês quererem ficar com ele. Principalmente porque moram perto e assim o Luka não vai ficar triste por não poderem brincar juntos.

 -Você não fica triste por não ser pai dele?

 Jin fez uma expressão um pouco desapontada:

 -Ele vai ficar em boas mãos. Eu ainda tenho a Mika e o Luka e vou poder ver o Johyo crescer. Numa distância, mas se ele é feliz com vocês eu não fico triste.

 -O Hoseok, eu e o Namjoon somos como família. Se você está com ele é parte da família. E os nossos filhos também, por isso... - Dei de ombros.

 -O importante é que ninguém se sinta sozinho.

 Eu concordei com ele.

 -O que me chateia mais é quanto tempo vai demorar para os tirarmos daqui... Você acha que não um jeito?

 -...Será que podemos falar com a direção da instituição? Eles sabem que nós somos da agência, temos a confiança deles, acho que eles não se importariam se nós pedíssemos que eles ficassem connosco uns dias.

 -Quer ir tentar?

 Ele acenou e pela primeira vez não estava sendo constrangedor.



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