Nathaniel POV'S on
— N-não era pra ele chegar agora... — Olhei para o Castiel com os olhos arregalados.
— Vou ter uma palavrinha com seu pai... — Castiel bufou e foi até a porta.
Não tive tempo de impedi-lo, quando vi o mesmo já tinha destrancado a porta e estava olhando para o meu pai com desprezo. Meu pai ainda estava com sua mão levantada no ar para bater na porta, e agora estava olhando para o Castiel de um jeito supreso e raivoso.
— Quem... é você? — Meu pai falou entre dentes.
— Meu nome é Castiel... — Castiel me olhou de lado e voltou o olhar para o meu pai novamente. — Sou amigo do seu filho.
— E o que você está fazendo com ele trancado no quarto? — Meu pai cerrou os olhos para o Castiel.
— Trabalho... O que mais seria? — O Castiel sorriu debochado para ele.
— Nathaniel, tire esse moleque da minha casa agora. — Agora meu pai me encarava.
— E-eu... — Eu olhava do meu pai para o Castiel tentando achar algo para falar, mas foi em vão.
— TIRE ESSE MOLEQUE DAQUI AGORA, SEU VIADINHO!
Eu me assustei com o tom de voz dele, e recuei um pouco para trás. Mas eu vi o meu pai vindo na minha direção com a mão levantada, e quando vi que ele ia me bater ali mesmo fechei os olhos fortemente. Mas quando não senti nada, abri os olhos e vi meu pai jogado no chão e o Castiel com o punho levantado.
— Assim que você trata o seu filho, velhote? — O Castiel abaixou e pegou no colarinho do paletó do meu pai levantando-o no ar. — De hoje em diante, Nathaniel está emancipado de você, de todos.
— Você acha que é assim? — Meu pai riu para ele. — Você sabe que eu e a Natasha temos que assinar a papelada.
— E você vai, a não ser que queira ser acusado de agressão verbal e física no tribunal. — Meu pai arregalou os olhos e o Castiel riu. — Com certeza a sua esposa vai colaborar para não ter seu nome sujo, não é?
O Castiel soltou o meu pai no chão, e o se virou para mim.
— Arrume sua mala com tudo que vai precisar, me encontre lá embaixo. — Eu assenti e fui direto para o closet.
Eu não acredito que isso esteja acontecendo...
Depois de alguns minutos a minha mala já estava cheia, então fechei a mesma e saí do meu quarto correndo. Quando cheguei lá embaixo vi que todas estavam reunidos, até a minha irmã.
— Como eu disse lá em cima, assim espero que sua esposa colabore. — Minha mãe assentiu e me olhou por alguns segundos. — Nathaniel, se despeça de todos para nós irmos embora daqui.
Eu dei a minha mala para ele, e me virei para a minha família. Primeiro fui em direção a minha mãe, eu encarei ela por alguns segundos e logo lhe dei um abraço. Ela se assustou mas logo retribuiu, e sussurou um "Eu te amo" no meu ouvido, eu sorri e falei a mesma coisa para ela. Depois fui até a minha irmã, mesmo depois de tudo o que aconteceu ela ainda é minha irmã... Eu a abracei e disse que a amava, e que falaria com ela melhor na escola. Ela sorriu para mim e também disse que me amava, e que sentiria saudades do jeito certinho aqui em casa. Por último fiquei de frente ao meu pai, e o mesmo me olhava com desdém.
— Sabe, vai ser até melhor você sair dessa casa. Então não precisa de despedir de mim... — Ele sorriu de lado para mim.
— E quem disse que eu ia me despedir? — Eu ri e olhei para ele. — Ia fazer algo muito melhor...
Eu levantei a minha mão, e desferi um soco no olho do meu pai. O mesmo cambaleou para trás quase caindo, e se recompôs ainda com a mão no seu olho.
— Garoto desgraçado, nunca mais coloque seus pés aqui!
— E nem vou. — Olhei para a minha mãe e minha irmã. — Amo vocês, quando der vamos nos falar...
Eu me virei para o Castiel e o mesmo sorriu me encarando, e saímos daquela casa. A moto do Castiel estava ali na calçada, então subimos e já estavam andando rapidamente em direção a nossa casa.
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