As férias de verão passaram rápido, mal me dei conta e já estávamos de volta, estacionando o carro na garagem de casa, não via a hora de entrar, meu pai desceu e abriu a porta para mim, me senti libertada, já que atrás estavam comigo meu irmão mais velho, Liam, e minha irmãzinha de cinco anos Andy.
– Filha, leva a Andy para dentro, eu e sua mãe vamos pegar as bagagens. – Disse meu pai, entregando as chaves de casa na minha mão. – Ok. – Respondi, enquanto carregava Andy em meu colo ainda dormindo.
Abri a porta de casa com cuidado, subi até o quarto de Andy e a deixei em sua cama, dormindo como um anjinho. A casa estava totalmente organizada, como a tínhamos deixado, as duas escadas no centro que levavam para o segundo andar não podiam estar mais brilhantes. A cozinha totalmente limpa, e as salas de estar e jantar em perfeito estado. Entrei no meu quarto e me joguei de costas em minha cama de casal, aliviada por estar lá, no meu cantinho. Era um quarto comum para uma garota de dezesseis anos, tirando a parede preta de frases de livros, que eu mesma fiz, só para dar um toque único nele. Eu amo ler e escrever, tanto que tenho mais de oito diários, não que a minha vida seja tão interessante, só gosto de ter lembranças, pois há coisas do passado que foram importantes para mim, e se eu não escrever, corro o risco de esquecer.
(...)
Depois de alguns minutos que me deitei, pude ouvir a barulheira que estava lá em baixo, meus pais e meu irmão entrando em casa com as malas.
– Clair! Vem pegar suas coisas! – meu irmão gritou do andar de baixo.
Fui correndo, ao descer as escadas tropecei e caí, mas não de uma altura que possa machucar. Já era rotina cair da escada lá de casa, estava até com saudades.
– Ai... – Falei colocando uma das mãos na cabeça.
– Parece que a escada foi a que mais sentiu sua falta. – Disse Liam rindo e estendendo as duas mãos me ajudando a levantar. – Não brinca... – Falei sorrindo como que afirmando.
– Meu deus, filha, você está bem? – Minha mãe em um gesto preocupado colocou as mãos em meu rosto. – Sim, sim, já estou acostumada. – Respondi.
– É claro que está, estabanada do jeito que é. – Intrometeu-se Liam enquanto levava suas coisas para cima.
– E como. – Completou papai. – os dois caíram na gargalhada.
– Amor! – Mamãe disse como que brigando. – Tudo bem, é verdade. – Eu falei rindo da situação.
Peguei minhas coisas e subi para meu quarto. Era Domingo de manhã, as aulas começavam na segunda. Pensava enquanto guardava minhas roupas na gaveta que estava ansiosa para ver minhas amigas, Emily e Jade, eram incríveis e eu já não aguentava mais de saudade. Depois da escola sempre comíamos no Pierce’s, um dos restaurantes do meu pai.
(...)
Meu pai, John Pierce é dono de vários restaurantes aqui em Nova Orleans, é quase impossível não conhecer. Apesar de ganhar rios de dinheiro ele gosta de coisas simples, mas minha mãe Anna, é o oposto, adora coisas extravagantes, apesar de ser nutricionista, tanto que a casa, os móveis, carros e decoração, foram escolhidos por ela, além disso, também é muito vaidosa, adora pentear seus cabelos castanhos, e usar vários cremes de beleza, porém não usa maquiagem, mas com aquela pele branca perfeita e olhos verdes que hipnotizam qualquer um, nem precisa.
Meu irmão está na universidade, cursando medicina, dizendo ele, é desejado por todas as garotas, e eu não ouso duvidar, ele é demais, e adora pegar no meu pé. Minha irmã, Andy, é um doce magro e loirinho com um oceano nos olhos, uma princesinha e adora gatos, é meu xodó. Por falar nisso, temos um gato, Lui, uma verdadeira bolinha de pelos, brancos como a neve, com olhos azuis, o deixamos na casa da vizinha antes da viagem, mais tarde vou buscá-lo. E tem eu, a menina loira que adora músicas desconhecidas, inventar histórias e ler livros de ficção, apesar de não acreditar em nenhum deles.
Vendo as coisas dessa forma, somos uma família realmente feliz.
Com meu aniversário chegando e o início das aulas, nem sei o que pensar, com certeza mamãe vai querer dar uma de suas festonas e chamar metade da escola, já que ela é mais amiga deles do que eu. Na escola, eu não sei o que pensam de mim, mas dizendo Emily sou “A garota que todos os meninos querem ter, e todas as meninas querem ser”. Se bem que a Emily é um poço do exagero, não sei se é isso o que acham.
(...)
Depois que terminamos de arrumar todas nossas coisas, eu fui buscar o Lui, na casa da Sr. Ford, Voltei e vimos um filme em família, quando acabou já eram umas seis e meia, jantamos e fomos dormir, já que foi uma viagem longa.
O que será de amanhã?
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