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História Sentimentos - Jimin, me ajuda


Escrita por: mandazzling

Notas do Autor


Oioi
Nada muito especial para dizer aqui
Espero que gostem
Boa leitura

Capítulo 23 - Jimin, me ajuda


[...]

 

Tinha acabado de chegar da escola, um pouco mais tarde do que o normal. Queria aproveitar aquele último dia com ele e a tristeza já batia ao saber que no início do ano seguinte, ele não estaria mais lá.


“Hoje era seu último dia.”
“Eu realmente não sei o que vai ser do próximo ano.”

 

Mandei, triste, enquanto me jogava no sofá de qualquer jeito e deixava todo aquele sentimento tomar conta do meu corpo preguiçoso.


“Me deixa triste te ver assim”
“E o pior é que eu nem ao menos posso tentar fazer alguma coisa.”

 

Você bem que poderia não ter passado esse ano pra estudar comigo no ano que vem, não é? Mas você perderia sua bolsa pra aquela faculdade que você tanto queria. Isso é egoísmo da minha parte.


“'Tá tudo bem, realmente não tem o que ser feito.”
“Eu só não tinha me preparado psicologicamente pra quando esse dia chegasse.”
“Você sabe quais eram meus planos…”

 

Esse era um dos únicos dias que eu queria que nada do que aconteceu realmente tivesse acontecido, que eu não tivesse me apaixonado por ele, que eu não tivesse aquela ideia boba de mandar mensagens anônimas para ele.


“Claro.”
“Simplesmente me esquecer quando eu terminasse minhas aulas.”

 

Por que as coisas não podem ser fáceis? Por que nada colabora para um final feliz? Eu só queria que tudo continuasse como estava até hoje, que pudéssemos estar juntos o tempo todo, poder presenciar seus momentos de felicidade constantes e diários.


“Eu não sei se eu vou conseguir isso.”
 

Bufei alto.

A melancolia começava a se apossar de mim e todos aqueles sentimentos ruins que eu não sentia há algum tempo voltavam a me assolar. Diversas perguntas rondavam pela minha cabeça. Eu queria acreditar que tudo ficaria bem, mas algo dentro de mim ria, ria com aqueles meus pensamentos e me dizia baixinho que nada daria certo, que tudo acabaria por aqui. Eu não queria aquilo.


“E eu nem quero que tente.”
“É sério, Taehyung.”
“É apenas um ano, eu sei que você consegue.”

 

Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto eu escrevia a próxima mensagem. Estava doendo muito tudo aquilo. Eu só queria poder abraçá-lo e nunca mais deixar que ele se afastasse de mim.


“Um ano.”
“Um ano que você vai estar longe.”
“Um ano que nos veremos poucas vezes.”
“Um ano que você não estará sempre ao meu lado.”
“Eu tenho medo, sabe.”

 

Quem me visse ali, acharia cômica a cena, se não fosse trágica. Eu estava agora deitado no tapete da sala, desleixadamente, chorando compulsivamente, com meus soluços ecoando pela casa vazia.


“Medo do quê?”
 

Cada palavra que Hoseok escrevia para mim, me fazia chorar ainda mais. Eu não queria abrir mão do que eu finalmente havia conseguido, não queria abrir mão de quem eu tanto amo e que eu me tornei apegado. Não conseguia me ver sem ele ao meu lado, com todo aquele seu jeito brincalhão, arrancando risadas de todos, aquele seu jeito carinhoso de quando alguma coisa acontecia e ele se preocupada até demais com uma coisa simples, seu jeito espontâneo, sempre disposto a tudo. Ele era meu equilíbrio, quem me completava.


“Medo de que essa distância interfira em alguma coisa.”
“Medo de que um dia você possa se cansar de mim.”
“Ou quem sabe achar alguém mais interessante.”

 

Aquela insegurança que eu não via desde que realmente nos conhecemos havia voltado e parecia estar com todas as suas forças. Eu tentava lutar contra tudo isso, mas parecia que meus esforços eram à toa.


“Até parece que eu te dei motivos para pensar assim.”
“Ou que não confia em mim.”
“Você sabe que eu não faria algo assim.”

 

Eu confiava em Hoseok mais do que eu confiava em Jimin, mais do que eu confiava em mim mesmo, mas eu não confiava nos outros.


“Eu não sei, Hoseok, realmente não sei o que pode acontecer nesse ano.”
 

Eu tinha muito medo. Muito medo de ele chegar naquela universidade e se deparar com pessoas melhores que eu, mais interessantes e simplesmente me dizer que havia encontrado alguém que fosse melhor. Eu tinha medo de que em um piscar de olhos eu não o ter mais em meus braços.


“Você não confia em mim, é isso?”
“Eu nunca sequer te dei motivos pra desconfiar de alguma coisa ou pensar algo errado.”
“Pensei que confiasse mais em mim…”

 

Meu choro era alto, como eu não costumava chorar. Meu olhos já ardiam de tantas lágrimas que por ali escorreram, minha garganta se fechava e parecia que a falta de ar me consumiria a qualquer instante.


“E eu confio!”
“Mas eu te conheço, Hoseok, sei o quanto você é carente.”
“Porque era comigo que você acabava com essa carência.”
“Vamos ficar muito tempo sem nos ver e eu sei que você vai precisar de alguém do seu lado.”

 

Eu sabia que aquilo era verdade, mas eu nem ao menos gostava de dizer aquilo.


“Esse foi o melhor momento pra você ter dito isso.”
“Porque agora eu sei que você não tem fé em nós.”

 

Eu me desesperei com as suas mensagens. Nós era tudo que eu mais queria e tentava preservar, mas todas essas hipóteses abalavam as minhas estruturas e me faziam pensar no pior.


“Eu tenho. E eu te amo muito, muito mesmo.”
“Só não quero ficar por aí sofrendo depois.”

 

Eu esperava que Hoseok me dissesse que não me faria sofrer, que estaria ao meu lado não importasse a distância, mas as palavras que ele me disse me deixaram em total pânico.


“Acho que é melhor darmos um tempo.”
“Não sei nem se posso chamar isso de 'um tempo’.”

 

Não, ele não poderia estar falando a verdade.


“Hoseok, não.”
“Por favor, me escuta.”

 

Hoseok nem ao menos deixou que eu continuasse a escrever o que eu queria que ele supostamente me ouvisse, mas ele já deixou bem claro que ele não estava brincando quando disse aquilo.


“Só me dá um tempo.”
 

Eu nada respondi, não conseguia nem ao menos raciocinar direito, as lágrimas embaçaram minha visão e meu choro aumentou. Ele queria um tempo. Um tempo longe de mim, um tempo…

Eu precisava falar com Jimin, ter seu ombro amigo como amparo ou eu desmoronaria em qualquer lugar.


“Jimin, me ajuda.”


Notas Finais


Tae inseguro ataca novamente.
Joguei a bomba e saí


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