História Sentimentos Dos Bichos Da Jungle - O Famoso Gromp

Cresce e morre, cresce e morre, cresce e morre... Sabe, eu tenho observado isso á um tempo. Outros sapos como eu sempre pisam naquele cogumelo e crescem, simpesmente para serem mortos por esses caçadores, eu sou só um sapo qualquer que qualquer dia pode pisar nele também por alguma razão que atualemente desconheço, mas enquanto tenho essa consciência, não farei. Será que essas pessoas nem sequer pensam em nós antes de nos matar ?

Não temos família, não temos amigos praticamente, pois, aparentemente, poucos são racionais como eu. Já tive um bom amigo, porém ele acabou caindo nesse cogumelo e ... Não preciso dizer o que aconteceu depois, ele me chamava de Trubo e eu o chamava de Kambi. Bons tempos.

Sempre fico vendo essas pessoas extremamente poderosas e abilidosas batalhando entre si e nunca entendo o motivo. Por que matar seres como nós, considerando que existem esses soldadinhos que vivem batalhando também, e, sinceramente, eles parecem robôs, porque vivem entrando nessas estatuas gigantes que todos chamam de torre, elas são fatais e matam esses homenzinhos com alguns tiros.

Tenho muitos pensamentos diferentes sobre tudo e todos, porém, infelizmente, a maioria não tem uma conclusão, uma reposta, um final...

Hoje vai ser o dia que eu finalmente vou sair daqui e me afastar um pouco desses pensamentos e de toda essa matança, irei pelo mesmo lugar que alguns como eu, racionais, vão e ver no que vai dar. Queria poder falar com alguém antes de partir.

Vou andando na “base superior”, como eles chamam, e encontro a saída. Um buraco, próximo a parede no início da “rota inferior” e não penso duas vezes. Pulo sem me importar com o que virá pela frente.

Estou rolando por uma floresta. Está doendo um pouco, mas nada que eu não possa aguentar para me livrar daquelas coisas... Não consigo enxergar nada já que estou girando. Aterricei. Finalmente. Santo Gromp Amado, que lugar ÍNCRIVEL.

Uma floresta parecida com a que eu vivi sempre, mas só de estar aqui ja me sinto diferente. Sinto uma energia boa, uma coisa que me alegra, um ar muito diferente daquele lugar horrível. Deito no primeiro conjunto de folhas que vejo. Tão macias, aconchegantes, fresquinh...

Acabei dormindo. Acordo e olho para cima, para o Sol. Aparentemente, dormi umas 2 horas. Logo me levanto e ando um pouco pela floresta. Encontro muita vida. Passaros, insetos, seres mágicos, e o melhor, SAPOS. Será que são como eu ? Devo falar com eles ?

Vou rapidamente na direção deles, deixando todo o resto de lado, após me aproximar, eles percebem minha presença. 3 sapos iguais a mim. Na minha frente. Desejei isso por muito tempo. Finalmente tenho a oportunidade. Logo digo:

- Ei, vocês pensam ? Sabem falar ? – Durante uns segundos nimguém diz nada. Quase chóro, mas de repente...

-Sim, todos aqui somos assim. Como você. – Disse um dos sapos, o maior dos 3.

-Meu Gromp do céu. Isso não pode ser real. – Me emociono, tenho de segurar o choro, se não, desabaria em lágrimas na frente deles. – Vocês também vieram daquele lugar horrendo ? – Indico o lugar com um gesto de cabeça.

-Sim, mas esqueça aquele lugar. Aqui você terá amigos, muitos amigos. Terá maior liberdade e se divertirá mais. Apenas tenha cuidado, porque em todo lugar há perigo. Isso não se pode negar. – Ele sorri, dessa vez quem me respondeu foi outro dos 3. – Vá, explore essa floresta. Explore esse novo mundo!

Me dispeço deles e saio correndo sem rumo. Subo em arvores, nado nos lagos, pulo nos lugares, faço tudo que posso até me cansar. Não sinto fome em momento algum, acho que é por causa da empolgação. E então durmo.

Dormi algumas horas, quando acordei já era a noite. Não me importo com o horário, já que quero aproveitar o máximo possível essa aventura.

Vou correndo para uma direção que ainda não havia explorado da floresta. Um pouco mais escura do que as outras. Corro para lá sem me importar muito, pois aparentemente a floresta era segura. Entro lá e exploro normalmente. Vejo as arvores que tinham um tom mais sombrio, o céu era mais escuro, não havia muitas plantas, a água era mias suja... Começo a ficar assustado, com medo, preocupado. Tento sair desse lugar, porém me perdi e não encontro a saída. Andando desatento acabei escorregando e rolando colina abaixo, isso me lembrou a hora que eu saí daquela arena, também me acalmou um pouco, já que me lembrei daqueles sentimentos bons de liberdade. Mas quando chego no chão me deparo com algo nada agradável. Lobos. Dois deles. Não me viram, mas estão bem próximos. Entro em pânico. Tento me acalmar, porém não consigo, já que são muito assustadores. Eles me lembram aqueles lobos da arena.

Ando silenciosamente, mas isso não foi o suficiente. ME VIRAM ! FUD** !! Corro desesperadamente, como eu nunca corri na minha vida (não que fosse comum corrermos lá na arena), eles são muito rapidos, e muito assustadores. Subo em uma arvore, eles começam a escalar com as garras. Quando eles finalmente sobem, eu salto da ponta de um dos galhos e corro o mais rápido que posso, o que não é grande coisa mas é o meu melhor (preciso me exercitar mais ;-;), procuro um lugar estreito para que eu possa despistá-los. Entro em um tronco oco ( ͡° ͜ʖ ͡°) que havia no chão. Cada lobo está em uma extremidade do tronco, não consseguem entrar, graças a Gromp. Fico mais tranquilo e fico esperando até eles saírem. Um deles saí, bom melhor um do que dois certo ? Porém agora, ele está batendo no tronco com toda a força. Pelo tronco ser oco ( ͡° ͜ʖ ͡°) ele não vai resistir muito, então entro em desespero. Já não sei mais o que fazer ! Os dois começam a bater juntos. Ferrou !!

O tronco está quase se abrindo. Eles param. Não faço ideia do motivo. Ouço o som deles correndo prara longe. Não entendo nada. 2 segundos atrás eles queria me matar e agr simplesmente desistem quando o tronco está quase quebrando ?

Quebrou ! O tronco quebrou ! FERROU !! Quando eu olho quem ou o que partiu o tronco percebo que não era nenhum animal selvagem nem nada do tipo. Era uma mumia. Eu já tinha visto ela uma vez na Arena. Esse ser era um dos poucos que pareciam ser legais. E realmente era !

Ele me pegou na mão e disse :

-Prazer, meu nome é Amumu. – ele estava chorando – Eu não vou fazer nada com você só vim ajudar !

Agora eu me lembrei. Ele sempre chorava. Nunca entendi o motivo. Mas ele me me lembra eu.

-Vou te levar para sua casa. – ele sorri, ainda com lágrimas no rosto – Só não podemos demorar muito, porque eu tenho que ir para Summoner’s Rift logo.

Eu nunca soube o nome daquele lugar. Agora sei. Summoner’s Rift. Eu indico pra ele ir para a “arena” e então ele diz:

-Ahhh, você é um daqueles sapos. Sabe, eu sempre senti receio em matar esses bichos. Mas nós somos meio que “obrigados a fazer isso”. – ele fica meio triste.

Eu sabia que ele tinha bom coração. Eu sinto algo por ele que eu nunca senti, ou cheguei perto de sentir, por ninguém. Acho que vou fazer uma coisa que eu nunca pensei em fazer...

Está tudo tranquilo durante o caminho. Vejo os sapos de mais cedo e eles me dão tchau, retribuo o gesto. Estamos chegando já. Não acredito que vou fazer isso. Ele sobe comigo, me deixa no meu antigo “lar”, se é que posso chamar aquilo de lar, e vai em bora para se preparar.

Alguns minutos se passam e lá estão eles. Todos os “campeões”, preparados para a batalha. Todos já estão posicionados. Lá está ele. A mumia. Amumu. Ele está ali, esperando para fazer o de sempre. Um sapo vai pisar no cogumelo e sá sacrificado novamente. Mas dessa vez. Esse sapo será eu ! Então pulo no cogumelo.

Me sinto maior, muito maior. Ele me reconhece. Hesita em me sacrificar, porém ele percebe que é isso que eu quero. Eles me batem. Não sinto dor, mas sei que estou morrendo, pelo menos morrerei feliz. E então aquele brilho amarelo caí sobre mim.

-Adeus Amumu.