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História Sentimentos Proibidos - Apenas Mais Um Dia? (Parte 1)


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores!!!
Muito bem vindos ao mundinho da minha primeira criação. Por favor sejam pacientes e perdoem qualquer errinho, comentem opiniões construtivas e se gostarem favoritem, compartilhem e aguardem por mais. Vou tentar, MESMO, ser contante e postar um capitulo por semana e levar a opinião de todos em conta até onde eu puder.
Leiam, Suspirem, Se apaixonem, Chorem, Se envolvam e coloquem suas próprias opiniões a prova!!!
(Obs: O nome do Kely não se lê Keli, é algo como Keili ou Queili. OK? É que algumas pessoas me reclamaram disso).

Boa Leitura...

Capítulo 1 - Apenas Mais Um Dia? (Parte 1)


Duas batidas na porta.

- Kethylin, Acorda, 15 Minutos. - Minha mãe grita do corredor.
Suspiro. Odeio quando ela faz isso, me tratando como uma adolescente irresponsável.

- Eu já estou pronta, mãe.- Grito de volta terminando de arrumar meu cabelo, mas ela fingi que não falei nada e continua gritando, agora pelo meu irmão mas novo.
O fato é que eu sempre fui uma garota responsável, mesmo na fase pré-adolescente tão temida pelos pais, na qual eu também fiz muita besteira, eu fui sempre pé no chão, sabendo exatamente até onde podia ir e resolvendo sozinha meus problemas, então acho que no mínimo ela podia me tratar como adulta, por que é assim que me sinto, mesmo tendo apenas 17 anos.
Pego minha bolsa e me olho no espelho pela última vez, minhas pele parda meio pálida contrastando bem com a calça jeans preta e a blusa verde água de seda, minha sapatilha preta e meus cachos negros cheio e definidos como raramente consigo deixá-los, a frente alta segura em uma presilha, penteado Poodle da Janine, como Keny, meu caçula de 8 anos, nomeou. É verdade, me deixa parecendo um Poodle fofo, mas não ligo, gosto assim, não que tenha muito escolha, não é tão fácil assim usar o cabelo cacheado acima dos ombros, pelo menos quando está seco. Meus olhos pretos estão brilhando rodeados pelos meus cílios longos e grossos, minha boca não tão carnuda mas bem definida tem uma cor escura sem graça, mas acho que ela combina com minha pele, e meu rosto esta como sempre coberto por várias manchinhas de cravos e da catapora do pior período da adolescência, outra coisa que com o tempo passei a aceitar. Usando o tempo que a maioria das garotas gastam pra se maquiar, saiu do meu quarto trancando a porta e desço pra comer alguma na cozinha.


Estou terminando uma maçã quando Keny desce correndo ao redor do balcão e enlaça minha cintura me abraçando. Keny é o garoto mas carinhoso do mundo, sempre foi a luz da casa, o único de nós que está sempre sorrindo e brincando com tudo e distribuindo beijos, abraços e comentários espertinhos cheios de criatividade, é simplesmente impossível não amar meu irmãozinho.

- Bom dia, Kethy. - Ele diz ainda agarrado a mim.

- Bom dia, Ken. - Dou uma bitoca no topo da sua cabeça castanha cacheada. Ele se afasta só um pouco me olhando nos olhos.

- O que tem pra mim? -

- Quer uma maçã? - Indico a minha quase acabada.

- Não, não Kethy. Eu sou uma criança não posso viver de frutas. - Ele me lança um olhar sabichão.

- E o que você quer então? -

- Que tal um daqueles biscoitos recheados que a mamãe vem escondendo de mim? - Ele sussurra pra mim. Solto uma gargalhada.

- Não sei se isso é uma boa ideia Ken, você é uma criança, não pode viver a base de biscoitos. - Mas estou sorrindo e ele sabe que vou ceder.

- Por favor, Kethy. - Ele me lança um olhar pidão e então dou o biscoito a ele, como se eu fosse conseguir dizer não.


Eu e Keny estamos brincando de pedra, papel, tesoura, quando ele desce pela sala nós ignorando totalmente e sai pela porta.

- Crianças, vão ter que pegar carona com o Kely hoje, eu e seu pai vamos ao aeroporto confirmar nossas passagens de avião. - Minha mãe grita do andar de cima, ela sempre está gritando!

- Que ótimo.- Bufo e mando Keny pegar a bolsa dele pra nós sairmos.

Não estou com raiva por meus pais estarem indo confirmar as passagens de segunda lua de mel, afinal depois dos nossos nascimentos eles mal tiveram tempo pra ficar juntos e mesmo que odeie como eles me tratam as vezes, isso não quer dizer que eu os odeie, de jeito nenhum, eles são boas pessoa, e mesmo que não tenhamos um laço muito forte, pós somos meio distantes, eles me deram a vida é me criaram da melhor forma que puderam, então sinto um tipo de amor singular por eles.
O que realmente me deixa puta da vida é o favoritismo ridículo deles por meu irmão mas velho!!! Kely é o tipo clichê de Bad Boy idiota, ele é o cara que me via sofrendo bullying na escola e fingia que não me conhecia, o tipo esnobe capitão do time que fica com todas, mas não faz nada além de ficar!! Do tipo cínico, que usa sarcasmo 24 horas por dia e ama irritar as pessoas e ainda pior, do tipo que se revoltou e saiu de casa sem o mínimo de consideração a dois anos. Mas então ele voltou esse ano, o que os meus pais fizeram? O receberam como se ele fosse o filho pródigo. Só porque ele terminou os estudos, conseguiu uma bolsa numa boa faculdade por causa do futebol e tem um trabalho como ajudante de um famoso arquiteto, que é o faculdade que ele está fazendo também. Mas a questão aqui é que ele fez mais idiotices na vida que uma sala inteira de adolescentes com os hormônios a flor da pele e não duvido nada que por de baixo dos panos ele continue fazendo besteiras que ninguém descobriu... Ainda. E como se não bastasse o carro, o MEU Volvo Prateado lindo, foi dado a ele quando voltou, em vez de ser guardado pra meu aniversário no próximo ano. A junção de tudo isso me faz me ressentir totalmente do meu irmão, não importa o quanto mamãe insista que ele mudou depois que completou 20 anos, tento com todas as forças deixa-lo bem longe da minha mente e não esbarar com ele, fingir que ele ainda não voltou pra casa, mas isso é quase impossível. Quase.

Keny volta e nós gritamos um "tchau" pra nossos pais e vamos em direção ao carro de Kely, nos dirigindo diretamente pra o banco de trás, não sei qual o pior, ficar atrás dele é ter ele tão perto, ou ficar do lado e ver ele de perfil, mas Keny decide por mim indo sentar no assento atrás de Kely.

- Oi, Kely. - Ken diz, meio hesitante, quando estamos acomodados dentro do carro. Ele também não se acostumou ainda com a volta repentina de Kely a nossas vidas.

- Oi, Keny. - Kely diz virando pra trás e lançando um meio sorriso pra o caçula. Então olha pra mim como quem também vai dizer "oi", mas eu viro o rosto e o ignoro, ele desisti.

- O que vai ter de bom na escola hoje? - Ele pergunta para Ken enquanto da partida no carro.

Continuo olhando pra janela, fitando as casas grandes da vizinhança, e o ignoro a viajem toda enquanto Ken conta pra ele sobre um filme que a turma vai assistir hoje. Eu estou sendo infantil, eu sei. Ele provavelmente não tem culpa se meus pais não tem por mim metade do respeito que tem por ele, mas não sei como descontar isso nos meus pais, não somos próximos o suficiente pra isso, então ele é a única opção.

Poucos menos de 20 minutos depois Kely está entrando com o carro no estacionamento da escola, ele não precisava fazer isso, podia simplesmente não deixar no portão, é uma gentileza da parte dele, não que eu vá agradecer.

Eu e Ken descemos do carro já na frente da porta da escola, o gramado já está cheio de gente, quero ir procurar Ellen na mesma hora, mas Ken pega minha mão e insisti em ficar vendo Kely manobrar o carro pra sair do estacionamento, mesmo não me agradando nem um pouco eu fico, por Ken.
Kely mudou nos últimos 2 anos, Pelo menos na aparência, a pele clara está ainda mas bronzeada que no tempo que ele jogava, o cabelo que ele gostava mas curto agora está com os fios lisos dourados quase louros chegando até a gola da camisa. Ele é todo a nossa mãe, o rosto dele começou a ficar bem marcado e com ar mas maduro, ainda mas quando ele está concentrado em algo, como manobrar o carro sem atropelar ninguém, seus olhos castanhos estão mas chocolate ele também cresceu no tamanho. Kely é um cara bonito, considerado Lindo por algumas garotas, ainda mas agora que tem o bônus de ser universitário, canso de ouvir as garotas falando sobre ele quando me vêm, mesmo que nós sejamos totalmente diferentes, se ele não fosse tão famoso na escola provavelmente nem saberiam que somos irmãos.
O Volvo some pelo portão e Ken me dá mas um abraço.

- Tchau, Kethy. - Ele grita já correndo pra encontrar com os amigos que estão chegando.

Ainda estou sorrindo pra Ken quando alguém coloca os braço ao redor dos meus ombros.

- Oi, linda. - Victor diz me dando um beijo no rosto. Victor é meu melhor amigo desde do 6° Ano, nos éramos os mais esquisitos nesse tempo, era nossa ligação, no começo achei que ele era gay, mas no fim descobri que não.

- Oie, Vic. - Digo devolvendo o beijo.

- Teus pais te abandonaram hoje? - Ele observa o portão por onde o Volvo saiu.

- Foram confirmar as passagens, esses dias vão ser um inferno!! - Suspiro.

- Minha casa está sempre aberta caso não consiga suportar ele por mas que duas horas. - Ele diz sério, Victor também não vai com a cara de Kely, isso por que ele foi um das vítimas do meu irmão quando ele decidiu se tornar o carrasco dos corredores no 2° Ano médio.

- KETHELINA, MEU AMOOR - Sorriu, não tenho tempo de responder antes de Ellen vim gritando na nossa direção. Ellen é um lindo complexo de cabelo azul. Eu e ela nos conhecemos no primeiro ano médio, eu me sentia deslocada, ela era novata, eu comecei a me soltar um pouco mas no começo daquele ano, ela sempre foi O fogo de artifício, eu nunca fui muito popular, todo mundo sempre notou e amou Elleonor, de todo mundo que quis ela como amiga ela me escolheu, ela é maluca e me envergonha sempre, mas é leal e corrija, é a irmã que eu não tenho.
Ela para na minha frente com as mão na cintura, uma mini saia laranja, uma blusa roxa e o tênis verde cintilante, várias pulseiras, colares e maquiagem pesada, totalmente maluca e linda.

- Quem é o deus grego que você arrumou como motorista? Como eu não o conheço? - Faço uma careta. Ellen é bem alheia as fofocas da escola quando não há interessam, dei graças a Deus por ela não ser uma das membros do fã clube do Kely, mas agora que ele voltou parece que isso não vai durar muito.

- É o Kely. - Digo de forma vaga.

- AQUELE É O SEU IRMÃO?- Ela arregala os olhos e eu solto um gemido sofrido, lascou, agora ela vai falar dele o resto da semana. - Como você nunca me apresentou?? Deus Ket, ele é LINDO! Eu PRECISO conhecer ele! Que tipo de amiga você é guardando aquilo tudo em casa?-

- Ellen eu nã...- Mas o sinal toca me impedindo de mostrar o quando meu parentesco com Kely não me agrada. Ellen começa a correr pra primeira aula, a Sra. Fermes não gosta muito de esperar.

- NEM PENSE QUE ISSO ACABOU!!! - Ela grita antes de desaparecer pela porta da escola.

- Merda.- xingo baixinho, Victor aperta mas meus ombros e me lança um olhar solidário, mas não fala nada.
Encosto a cabeça no seu ombro, temos a primeira aula juntos, seguimos devagar pelos corredores lotados.


O Começo do dia passa normal, assisto as aulas junto com Victor anotando tudo o que os professores passam e ouvindo música escondido da professora. As aulas são tão monótonos quanto sempre, agradeço a Deus por esse já ser o terceira bimestre, nem acredito que vou me livrar da escola esse ano, se bem que talvez eu acabe sentindo um pouco de saudade da minha rotina, é sempre difícil sair da zona de conforto.
A professora de sociologia está falando sobre ética e ninguém está realmente ouvindo até que... meu celular toca no bolso e Jessie J. começa a cantar Bang Bang no último volume.
A professora para no meio da frase é me encara, Merda. Pego o celular com uma mão enquanto dou uma tapa no fone de ouvindo, pedindo a Deus que ela não tenha visto. Não reconheço o número na tela, mesmo assim atendo.
Que não seja a operadora, que não seja a operadora, sue não se...


- Kethylin? - Paraliso. 

Em exatos 2 anos que ele passou fora ele nunca, NUNCA, ligou pra casa.
Nem uma só vez.
Nem pra dizer que estava vivo.
Meus pais literalmente quase infartaram e ele nem ao menos mandou um "parem de se preocupar" por torpedo. E agora ele me liga no meio da aula?

- Kethylin? - a voz profunda dele chama de novo.

- Si-im? - gaguejo incrédula.

- Você está em aula? -

- Claro que estou. - Digo irritada, a professora do outro lado bate os dedos na mesa impaciente.

- Passe para o professor. -

- O que? -

- Kethylin, faça o favor de passar a merda do celular para o professor. - ele levanta a voz só um pouco, é o máximo de reação que já vi, ou melhor, ouvir de Kely.
Me levanto e vou até a professora, Sra. Jhonson estreita os olhos pra mim quando lhe estando o celular.

- É pra senhora. - Ela hesita um segundo, mas acaba pegando. Ouço as gargalhada da turma enquanto espero, e entendo, é ridículo alguém ligar pra mim pra falar com um professor. Vou matar Kely.
Depois de alguns "hums" e "ãrãns" a professora volta a passar o celular pra mim, não parece mas zangada.

- Pegue Keny é me espere no portão da escola. -

- Kely o que vo...? - mas ele já desligou. Olho para a Sra. Jhonson pedindo uma explicação.

- Vá buscar seu irmão, querida. - Ela me lança um olhar de PENA? QUERIDA? Há, Dane-se!!!
Vou até minha banca e pego minhas coisas, lançando um olhar perdido para Victor quando ele me pergunta o que aconteceu.

Tenho que tirar Ken da aula no meio do filme, a professora o libera como se também tivesse recebido uma ligação, ele não esta nada contente, então prometo que vamos assistir o filme depois é ele me segue sem reclamar.
Quando já estamos no portão ele me pergunta o que está acontecendo. Eu não tenho o que responder.


Kely aparece logo depois de chegarmos no portão. Entramos no carro e ele dá partida sem falar nada, parece nervoso, Ken também perceber então não pergunta nada. Eu por outro lado mereço uma explicação.

- O que Aconteceu Kely? Me diga que tem um bom motivo pra isso tudo! - Pergunto o fitando pela primeira vez em anos.

- Papai e mamãe sofreram um acidente. -


Notas Finais


Então é isso, Leitores, espero que tenham gostado e até logo mais com o segundo capitulo...

XoXo...


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