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História Sentimentos Proibidos - Primeiras Opiniões...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Primeiramente DESCULPA!!!!
Eu demorei três anos pra postar...
Na minha defesa digo que eu tinha o capitulo pronto quando postei o capitulo 9, mas meu celular bugou e apagou...
Então... Sintam o começo de um terremoto futuro...

Boa Leitura...

Capítulo 10 - Primeiras Opiniões...


Fanfic / Fanfiction Sentimentos Proibidos - Primeiras Opiniões...

Acordo quando sinto algo se arrastando pelo meu ombro.
Suspiro e olho por cima do ombro. Kely continua o caminho do meu ombro até minha mão com a ponta do dedo.

- Bom dia. - Sussurro. Kely me beija o pescoço.

- Bom dia... - E me beija na bochecha.

- Que horas são? - meu olhos finalmente começam a se focar.

- Vinte pras 5:00. - Beija o canto da minha boca.

- Então temos vinte minutos antes de ter que levantar? - pergunto sugestiva.
Kely concorda e sorri pra mim, um sorriso cheio de desejos. Então me beija...


Quando Ken aparece na cozinha eu e Kely já estamos prontos, e compostos, sentados no balcão tomando café.

- Posso faltar a escola hoje? - Pergunta antes mesmo de terminar de sentar.

- Porque? - Fico preparada pra alguma resposta espertinha. Mas pra minha surpresa não é isso que ele faz.

- Renan está estranho comigo desde domingo a tarde, não tenho muitos amigos além dele... - Fala dando de ombros, uma expressão realmente triste no rosto.

- Não fica assim, Ken. É assim mesmo, deve ser alguma coisa com ele, daqui a pouco tudo volta ao normal. Você vai ver... - Passo a mão nas suas costas enquanto falo. Ele balança a cabeça, mas não parece convencido. - Não pode faltar a escola por isso... Desculpa. - Dou um beijo no topo da sua cabeça e volto a comer.

Hoje as provas são mais facies do que as de ontem, isso porque dei umas lidas nos livros antes delas. Fiz isso no tempo em que normalmente conversava com Ellen. Mas ela e Victor estão impossíveis hoje e algo me diz que não vai acabar no fim do dia. Ainda assim eles tem noção de que a sala não é o melhor lugar pra isso. Então, quando o sinal toca no fim do primeiro horário eles trocam olhares, e por isso não vou atras deles quando se dirigem para o refeitório, fico fazendo hora na sala quando todo mundo vai embora.
Pego meu celular e abro o Spotify, coloco para tocar o novo álbum de Alex e Sierra e abro as mensagens.

Como estão as coisas hoje?

Nada de mas, mas eu recebi uma noticia hoje. Não vou poder ficar em casa hoje.

SERIO? QUE MERDA!!! :( Porque?

Não posso ficar falando agora, to meio ocupado aqui... A noite?

Tudo bem, eu devia esta comendo mesmo...

Então vai, de noite agente se vê. Tchau, Amor.

Tchau, K. X <3


Levanto da cadeira com um sorriso pregado no rosto, causado pelos "Amor" cada vez mais frequentes, guardo o celular e sigo para o refeitório pedindo aos céus que Ellen e Victor não estejam se pegando na mesa.


O dia de aula é estranhamente breve hoje, mau o segundo período começa e eu já estou indo encontrar Ken lá fora.
Acho ele no fim do gramado debaixo da arvore onde nós normalmente esperamos Kely.

- Kely não vai ficar em casa hoje, de novo... - Falo porque ele ainda esta com a expressão tristonha, como de manhã cedo, e eu sinto o impulso que distrai-lo.

- Você vai fazer o almoço de novo? - Ele me fita.

- Acho que sim... -

- Estão querendo me matar... - E coloca uma expressão trágica hilária no rosto.

Eu o empurro pro lado e começamos a sorrir.

- Podemos ir? -  Algum tempo depois ouvimos a voz de Kely perguntar ao nosso lado. Estamos deitados na grama, de olhos fechados, nem ouvimos o carro chegar.

Encaro Kely, e ele novamente me lança um enorme sorriao. Já amo esse sorriso.

Depois que o carro da partida, espero uns 15 minutos antes de falar com Kely, a essa altura Ken já esta num sono pesado.

- De que horas vai chegar hoje? - Sussurro mais inclinada para frente para que ele possa me ouvir.

- 6:00. Talvez mais... - Lança um olhar para Ken antes de falar.

- Isso vai ser péssimo. Já não temos quase tempo juntos... Isso é tortura. -

- Acredite... Não é só você que se senti assim. - E me lança um olhar triste pelo retrovisor. Não conversamos mais pelo resto do caminho. Mas não precisamos, quando nossos olhares se encontram através do vidro eles falam por si só.

Kely nós deixa em frente ao prédio e vai embora. Não sei se um dia vou parar de ficar tonta quando vê a altura que isso tem.
Eu e Keny nós dirigimos para o elevador pela recepção, mas antes que consigamos alcança-lo uma vozinha me chama.

- Kethilyn... - Reconheço a vozinha é de Ana. Dessa vez não caiu. Me viro e volto alguns passos até o balção.

- Bom dia, Ana. -

- A senhorita esta melhor? - Reviro os olhos. Antes dos 25 ela já vai ter cabelo branco se continuar assim.

- Estou ótima, Ana. - E é verdade. Meu nariz voltou ao normal, mau sinto meu joelho, tudo desinchou e minha boca, bom, minha boca tem um gosto estranho em cima do corte, não sei como Kely não percebeu, mais não sangra, então deve esta tudo bem.

- Que bom... Isso me deixa aliviada. - Percebi-se.

- Ótimo. Eu tenho que ir... Não posso deixar o pestinha morrer de fome. - Aponto para Keny jogado em cima de uma das cadeiras da recepção. - Foi bom te ver... - E vou pegar Ken.

- A senhorita também. - Diz, um tom sincero.

Quando eu e Ken avistamos o elevador ele esta quase se fechando. Então corremos o resto do caminha e colocamos as mãos nas fendas e voltamos a abri-lo.
Dentro do elevador encontramos Renan e a mãe dele.
Assim que Keny os vê muda rapidamente para um ser alegre e vai para perto de Renan. Mas antes que possam realmente começar a conversar a mãe de Renan dá um passo a frente e puxa ele pra trás pelo ombro, se colocando entre ele e meu irmão. Ken suspira e vem para meu lado.
Franzo as sobrancelhas e observo Ken, com os ombros curvados e a expressão tristonha, observo Renan, o máximo que consigo com a mão dele na frente e vejo que ele não parece melhor.
Então observo a mulher ao meu lado. Ela usa uma saia longa em blusa folgada de seda hoje, mas parto do seu corpo direto para sua expressão. Não sei identificar o que ela está sentindo.

Mas um instante depois a verdade bate em mim sem que eu precise ver mas nada.
Ela sabe... Ela sabe sobre mim e Kely.
Quando a compreensão bate em mim como um carro num acidente, tudo muda.
Minha mente começa a se encher de formas de ajeitar essa situação... Mas antes que eu consiga me resolver de qualquer coisa o elevador se abre e ela pega bruscamente a mão e de Renan e começa a sair nas pressas.
Num ato desesperado eu dou dois passos a frente e agarro seu braço a parando.

- Márcia, podemos conversar? - Ela olhar raivosa para a minha mão que a segura.

- Não. Eu estou ocupada. - Mas não deixo que se solte quando tenta.

- Por favor. É importante. - Insisto com a voz um pouco mais firme. Ela me olha com ira, mais para e olha para Renan. Eu faço o mesmo e me impressiono com o quanto o garoto é perspicaz.

- Posso levar Keny para jogarmos um pouco? - Ele pergunta. Márcia concorda, mas não parece nada feliz com isso. Diferente dos dois que ficam radiantes em nos deixar pra trás.
Assim que Renan fecha a porta ela é a primeira a falar.

- Fique longe do meu filho. - O tom de ameaça da sua voz me faz suspirar.

- Márcia você não po... -

- É Sra. Clear pra você. - Meu pensamento vagam por meio segundo. Clear? Ela é mulher do Doutor? Mas parece ser mais...
Balanço a cabeça, não é hora pra isso.

- Sra. Clear, não pode fazer isso com eles... -

- Eu não posso fazer alguma coisa? Você e seu irmão não podem fazer essa coisa doen... -

- Sra. Clear... - Interrompo em tom de advertência. Eu não quero perder a postura, mas se ela termina-se essa frase eu sei que não conseguiria me segurar. - Não estamos discutindo meu relacionamento com Kely. Nós somos adultos e o que fazemos ou deixamos de fazer não lhe diz respeito. Isso não é da sua conta. -

- ÓTIMO. NÃO É DA MINHA CONTA. MAS A VIDA DO MEU FILHO É E EU NÃO VOU PERMITIR QUE ELE CONVIVA COM PESSOAS QUE... -

- Isso também não é sobre ele conviver comigo e Kely, e sim sobre Keny. Não pode faze-los pagar pelas nossas decisões. -

- SUAS DECISÕES... - Ela aponta o dedo para o meu rosto. FODA-SE.

- NOSSAS DECISÕES. É A SENHORA QUE TOMOU A DECISÃO EGOÍSTA DE SEPARA-LOS, POR ALGO QUE ELES NÃO TEM NADA A VER. KEN É TÃO INOCENTE QUANTO RENAN NESSA HISTORIA, A SENHORA ESTÁ SENDO UMA MEGERA EGOÍSTA TENTANDO SEPARAR DUAS CRIANÇAS TÃO AMIGAS, POR CAUSA DISSO... - Grito a plenos pulmões e quando acabo vejo que consegui diminuir muito da determinação dela.

- Fique longe do meu filho. Você, e seu Irmão. - Diz e começa se dirigir para o seu apartamento. Não me lembro de ter soltado ela.
Começo a pensar numa nova tática, mas não preciso pensar muito...
Sra. Clear está quase entrando em casa quando volta um pouco o corpo e me encara, pra minha surpresa, com uma expressão cheia de culpa.

- Antes das 21:00 eu levo ele pra casa. - E entra batendo a porta com força, como se para deixar claro que isso não foi por mim.
Mesmo assim suspiro aliviada.


A primeira coisa que quero fazer quando entro no apartamento e ligar para Kely. Mas me impeço.
Não sei o que ele esta fazendo e não quero atrapalha-lo se estiver ocupado. Então decido contar quando ele chegar.

Mas passar o dia sozinha em casa não é a coisa mais fácil que já fiz, tento passar o dia de forma normal. Já que Ken não esta, como pão com ovo assado com queijo, depois lavo os pratos da manhã e da tarde, lavo os três banheiros, arrumo todas as camas, espano os moveis e passo pano na casa, limpo até mesmo a CPI do computador. Tudo na tentativa de parar de pensar.
Mas não funciona, claro. Passo o tempo inteiro pensado que a Sra. Clear sabe de tudo e pode contar pra qualquer pessoa, provavelmente já contou ao marido, e se isso se espalhar pode ser uma tragedia.
Tento me convencer que isso foi desde sábado e que se ninguém, além dela, mudou, quer dizer que ela não falou nada. Mas isso não me acalma. Nada me acalma.
Curioso que não vi nojo em seu olhar, apenas raiva. Não é reconfortante, mas acho que doeria mais se ela me tratasse como uma leprosa...
Suspiro e olho para o relógio acima da porta de entrada na sala. São mais de quatro horas e eu definitivamente não aguento mais um segundo dentro dessa casa. Então vou até meu quarto, pego meu maio dourado com traços irregulares pretos e vou ao banheiro, lavo os cabelos antes de vesti-lo e pego meu celular e uma tolha, saiu de casa trancando a porta e sigo para o elevador.

Quando chego a cobertura, sigo diretamente para o caminho que leva a piscina. As únicas pessoas que avisto lá são duas senhoras, mas só as vejo de lado, mesmo quando elas me analisam, enquanto coloco meu celular e chaves enrolados na toalha sobre uma mesa perto de onde estou e sigo para a beira da piscina, eu as ignoro totalmente.
Fecho os olhos e mergulho.

Mamãe obrigou eu e Kely a aprender a nadar quando tínhamos 10 e 12 anos. Isso porque um garoto na nossa rua morreu afogado numa festinha infantil, nós nem tínhamos indo a festa. Mas no fim eu tomei gosto pela coisa.
Por isso decidi nadar. Quando estou debaixo da água o mundo todo não importa muito, eu estou submersa, distante, intocável.
Todas as preocupações que guardo na minha mente, o meu futuro com Kely, se é que temos um, a criação de Ken, o que vou fazer quando as aulas acabarem, onde vou arrumar trabalho para ajudar Kely com as despesas, tudo começa a sumir a medida que vou nadando.
Em pouco tempo tudo o que existe é a temperatura fria e reconfortante da água, o ritmo dos meus braços e pernas, meu corpo subindo e meus pulmões enchendo de ar, então descendo e lentamente deixando o ar sair.
Não sei a quanto tempo estou nesse estado de submersão, mas de alguma forma em uma das voltas meus olhos se voltam para uma silhueta me observando na beira da piscina. Dou mas duas voltas antes de ir até a borda e começar a sair.

- Querendo morrer de pneumonia? - Kely me pergunta me estendendo a toalha. - Ou tava com preguiça de tomar um banho normal? - Ele ainda sorri como de manhã. Tenho a consciência que devo estar horrível, os olhos vermelhos, a pele encolhida, o cabelo lambido. Mas não é assim que me sinto sobre o olhar do homem a minha frente.

- Tava precisando me distrair. - Digo, me secando um pouco e depois enrolando a toalha na cintura.

- Onde está Keny? - Pergunta quando começamos a seguir para o corredor do elevador.

- Está na casa do Renan... - Espero até chegarmos dentro do corredor até continuar. - Kely... A mãe dele sabe sobre nós. - Digo. No mesmo instante Kely para de andar e me encara. Primeiro não fala nada, mas então reencontra a voz.

- Como ela sabe? - Me pergunta, mais surpreso que qualquer outra coisa.

- Não sei. Mas ela sabe, foi por isso que o Renan tava estranho com a Ken, ela tava interferindo. A gente discutiu no corredor do apartamento dela mais cedo, no fim ela... Bom, enfim, acho que ela não vai mas tentar separa-los. Mas ainda estou preocupada com o que ela pode fazer com a informação. - O encaro o tempo todo. Vejo quando a surpresa se transforma em raiva e então, subitamente, em determinação.

- Eu vou resolver isso, Ket. - E finalmente eu relaxo, acredito totalmente no que ele diz.



Passamos o resto do caminho todo mantendo uma distancia cuidadosa entre nos. Mesmo quando entramos no elevador e uma eletricidade súbita toma conta do ar, minhas mãos formigam e meu corpo treme para estar junto ao dele, fico longe. Sabemos que precaução é uma das coisas que mais precisamos agora.
Dou graças a Deus quando o elevador finalmente para no nosso andar e nós saímos.
Mas amaldiçoou a rapidez dele assim que levanto o olhar.
Verônica está nos esperando encostada no batente da porta com mais um dos seus sensuais baby dolls. O ódio toma conta de mim tão depressa que me impressiona.

- Oi Kel, que coincidência encontrar você. Eu ia na casa da dona Mariene para pedir açúcar para um café... - COM ESSA ROUPA? POBRE DONA MARIENE... - Mas é ótimo te ver, não quer cumprir aquela promessa de conversar agora? - Ela chega bem perto de Kely, PERTO DEMAIS, e passa uma das unhas vermelhas no seu peito.
Kely se retrai ao toque e me fita com um olhar de desculpas. Mas não interessada nisso, quero esganar essa puta de baby doll preto tão curto e transparente que posso ver sua bunda. Verônica me ignora totalmente.

- Kely, temos que ir... - Nem me dou a trabalho de disfarçar o tom raivoso da minha voz.

- É verdade... Quem sabe depois, Verônica. - Diz Kely, saindo de perto dela, pegando minha mão e me guiando até o apartamento.

Quando finalmente entramos em casa nos jogamos imediatamente no sofá. Nossas cabeças sob o encosto do sofá e nossos olhos alisando o rosto a frente.
Kely sorri e devagar se inclina na minha direção e encosta os lábios nos meus. Mas não de forma faminta e desesperada como costuma ser, é de forma demorada e apreciativa, como se tivéssemos todo tempo do mundo. Depois se afasta, cedo de mais, ele me envolve com seus braços e me aperta delicadamente contra o peito. As vezes estar nós braços de Kely, sentindo a calma e normalidade com a qual nossos corpos se encaixam com perfeição, nossas respirações sincronizadas, é a melhor coisa do mundo.

- Qual a noticia que recebeu? - Pergunto, depois de séculos em um silencio confortável.

- Claro, já tinha esquecido. Meu chefe pegou o projeto de um prédio futurista que está tomando todo seu tempo ultimamente. Mas ele não pode descuidar dos outros projetos por causa disso. Como ele já me conhece a um tempo e agora sou efetivado. Ele me colocou para fazer algumas viagens para ver terrenos e fazer relatórios. Alguns lugares são bem longe, posso ter que ficar sem dormir em casa alguns dias. - Termina com a voz infeliz.

- Haaa, sério? - Faço um biquinho que ele não ver. - Já estou com saudades. - Digo. A voz abafada pela sua camisa.

-  Eu também. - Mas um momento calados, então sinto o coração  de Kely começar  a celebrar - Então, não vamos desperdiçar esse tempo juntos, e sozinhos, lamentando, né? Tenho uma ideia melhor... - Diz sugestivo.
Giro a cabeça para encara-lo e não me surpreende quando sua boca toma a minha de forma violenta.
Retribuo o beijo e me perco no mundo de emoções, prazer e paz que só os braços de Kely podem me dar...  


Notas Finais


Até o próximo amores....
Cardápio: pequena corrida com preparação para uma festinha pra balançar esse mar sem ondas...

XoXo...


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