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História Sentimentos Proibidos - Saudade...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Justificativa da vez: Bloqueio criativo.
Mas nem sonho em para de postar...
Já to escrevendo o próximo e espero poder entregar mais rápido...

Boa Leitura...

Capítulo 11 - Saudade...


Outubro e novembro passam voando.
Quando a quarta unidade começa, eu e Keny ficamos até o pescoço de tarefas e assuntos para os últimos exames. Ellen e Victor começaram a namorar e me arrastam para todos os restaurantes que vão. Acho que estão com medo que eu me sinta esquecida se passarem mais tempo namorando, que comigo. Ellen me leva para todos os ensaios e preparações para o baile, mas sempre acabo levando meus cadernos e estudando até irmos pra casa. Márcia definitivamente decidiu não afastar Ken e Renan, e vem ficando menos tensa quando me vê com Kely. Ainda fico confusa com a reação dela, não vejo nada que indique que ela sinta repulsa a nós. Raiva não é um sentimento normal nessa situação.
Kely conversou com ela, não quis me dizer como foi a conversa, mas disse que tudo estava bem...
Kely. Não vejo Kely a quatro dias.
A primeira viajem que ele fez foi de ida e volta no mesmo dia. Aquilo me deixou muito feliz, pensar que todas a viagens dele seriam daquele jeito me fez aliviar... Mas isso não durou muito.
Ele viajou quatro vezes em outubro, as duas primeiras de uma noite fora, uma de duas e outra de três. Esse mês já está na terceira viajem, a primeira também foi de três dias, a segunda de quatro e essa já faz quatro dias, e a ultima mensagem que ele me envio dizia que SE ele pudesse voltar ai ser só amanhã. Sinto uma dor vazia no peito só de pensar nisso...
Durmo na cama dele todas as noites, o que deveria me fazer sentir estranha. Mas não faz, é como se a cama fosse NOSSA.
Keny não reclama mais da minha comida. Isso por que achamos um restaurante barato perto da escola, onde compramos o almoço antes de vir pra casa de ônibus...
A rotina mudou, mas eu não senti muito. Minha cabeça esteve cheia a todo o momento...
Hoje é quinta, e já vai dar 18:00 da noite, ainda falta um bom tempo para que eu possa soltar os livros. Amanhã tenho minhas três provas mais importantes e tenho medo de qualquer nota abaixo de 7,5.
Keny está com Renan e a mãe na cobertura, e eu estou com inveja dele. Daria tudo por um mergulho agora. Mas simplesmente balanço a cabeça, me livrando dos pensamentos, e volto a focar nos livros.


Quando finalmente acabo já são 19:18...
Arrumo tudo o que vou levar pra escola e vou arrumar a casa, mas já estou tão acostumada a fazer isso que fico no automático, e meus pensamentos vagam.
O que será que Kely está fazendo? Trabalhando? Se divertindo? Pensando em mim? Com alguma garota? Suspiro. Sou tão ridícula.
Termino tudo e tomo um banho, visto uma camisola velha que adoro e me jogo no sofá com um enorme pote de sorvete e a 5 temporada de Pretty Little Liars, e tento parar de pensar.



Me entupo de sorvete até as 21:30, nesse momento ouço uma batidinha na porta e desligo a TV antes de atender.
É hora de dormir.
Quando Ken entra em casa está com uma expressão de cansaço cômica no rosto.

- Nem pense em ir dormir sem tomar banho... - É a primeira coisa que digo quando fecho a porta. Ele gemi.

- Só hoje, Kethy. - Mas dessa vez não cedo a sua carinha fofa.

- Se não se achar capaz de fazer isso sozinho eu mesmo posso fazer... - Levanto uma das sobrancelhas. Não importa que ele ainda seja uma criança, ele já tem aquele senso idiota de dignidade masculina.

- Tudo bem. - Diz, e segue rápido para o quarto. Faço uma nota mental de ir conferir ele depois.

Faço alguma coisa para Ken comer e levo até o quarto dele, depois que tenho certeza que ele tomou banho e comeu o bastante eu o coloco na cama. Ele ainda deixa que eu faça isso, acho que tem saudade de quando era mamãe que fazia. Depois volto para meu próprio quarto, que não é meu, e me enfio nua na cama depois de tomar meu próprio banho.
Antes que eu possa pegar no sono meu celular vibra. Meu coração acelera na esperança de ser Kely. Mas não é.

Posso buscar você e Keny amanhã?

Ellen pergunta.

Claro! Mas o que está planejando?

Porque tenho que está planejando algo? Não posso só querer fazer um favor?

Não.

Tá, eu queria que a gente fosse fazer compras amanhã... para a festa. Já é no domingo e ainda nem falamos disso.

Não sei se posso. Tem o Ken.

Não pode deixar ele com ninguém?


Já estou escrevendo um "Não" quando paro. Não posso deixar de sair e ficar presa aqui esperando Kely. Ele está trabalhando, eu posso me divertir e sair também.

Tem sim. Tudo bem, depois da aula deixamos ele no prédio e vamos. OK?

OK!!! Amo você, Kethelina...

Também te Amo, Ellen.


Jogo o celular de volta na cabeceira da cama e vou dormir.

Me acordo animada para o dia na sexta. Deixo Ken comer besteiras no café da manhã, e como com ele. Depois peço para ele perguntar se pode ficar na casa do Renan quando a aula acabar. Nós descemos mas cedo que o comum, mas Ellen já está nós esperando.

- Bom dia, Pessoas. - Diz quando fechamos as portas do carro.

- Cadê o Victor? - Pergunto olhando o banco do carona vazio.

- Ele foi no carro da mãe dele hoje. - Dá de ombros dando partida no carro. Suspiro.

- Vocês podem parar com isso, sabe? Eu estou feliz de estarem namorando e não me sinto excluída por isso. -

- Não estamos fazendo isso. - Levanto as sobrancelhas para ela pelo retrovisor. Acha que pode mentir pra mim? - Qual ideia teve para sua fantasia? - Muda de assunto tão descaradamente que acabo não insistindo.

Passamos o resto do caminho falando sobre quais fantasia definitivamente não vão rolar pra nós, e quais constam na lista de Talvez.

O dia na escola passa rápido, e eu incrivelmente não vejo Victor de beijinhos com Ellen nem uma vez. No começo do dia penso que é só por minha causa, mas quando chega a última aula e eles mal passaram minutos sozinhos eu começo a me preocupar.

- Vocês estamos brigados? - Sussurro pra Ellen no meio da aula.

- Quase sempre... - Mas não parece preocupada.

- Não estamos se falando? Ele fez besteira? - Ele sorri pra mim.

- Estamos bem, Kethelina. Só disse que queria passar o dia com você hoje. -

- Ellen, eu já disse que vocês não precisam... -

- É por mim... - Me interrompe com um sorrisinho carente. - Estou com saudade do nosso tempo juntas, esses dias foram tão corridos. -

- Há... Isso é... Também estou com saudade, Ellen. - Me estico e encosto a cabeça no ombro dela.

Quando as aulas acabam Ken me encontra antes de eu passa pra ir procura-lo.

- Posso ir para casa com o Renan? - Diz depois de me abraçar.

- A mãe dele teve a ideia? - Ele assente. - Então pode ir. - Beijo sua testa e deixo ele corre pelo corredor. Mas meu coração se aperta um pouco. Tenho passado pouco tempo com Ken, também estou com saudade.

- Pra onde vamos? - Pergunto a Ellen quando entramos dentro do carro.

- Shopping? - Me pergunta dando partida no carro.

- Então corre, não quero chegar em casa tarde. -

- Porque? Pensava que eles não ligavam em ficar em o Keny. -

- Não ligam... Mas quero passar um tempo com meu irmão. -

- Fofo... - diz, e começa a acelerar assim que pegamos a BR.



Mesmo em uma velocidade altíssima, a viajem com Ellen continua a ser tranquila. A desenvoltura que ela tem para dirigir é invejável, ainda mas a mim que tenho um medo terrível da direção.
Mas não Kely.
O pensamento chega a minha mente sem permissão e em segundos começo a discorre mentalmente, involuntariamente, sobre a forma como Kely dirigi. A forma como sua expressão fica tensa de concentração, a boca franzida, os braços firmes, os cabelos castanhos ao vento... Imagens dos lábios e braços em mim, do cabelo roçando minha pele, pulam pra minha cabeça com a mesma rapidez que a pontada dolorosa de saudade perfura meu peito.
Balanço a cabeça para afastar as imagens e faço uma tentativa desesperada de conter minha mente.

- Então, tudo esta bem mesmo entre você e Vic? - Pergunto rapidamente. Ellen olha pra mim surpresa, como se ela mesma estivesse em meio a pensamentos.
Tento não comparar a expressão dela com a de Kely enquanto me responde.

- Ha, sim. Estamos bem... Ele falou comigo ontem, quer me levar para conhecer os pais dele. - Me olha com satisfação inconfundível.

- Que ótimo. Vai amar eles, não existe pessoas com as quais seja mas fácil de conviver que a família dele. - mas o sorriso de Ellen começa a diminuir.

- É. Eu tenho certeza que são ótimos. Mas não é eles com quem estou preocupada. - Ela não precisa falar duas vezes.

- Ha... - É minha estupida resposta.

- É. Não falei com ele, mas estou com medo que ele acabe pensamento que meu silencio é porque não quero apresentar ele a ela. - Suspira frustrada.
A mãe de Ellen é uma amor de pessoa, sim, mas depois da separação criou um senso critico implacável para com o sexo oposto. Um dos motivos para ainda não esta namorando? Bem provável.

- Pode tentar conversar com ela. - Sugiro.

- Acha mesmo que faria alguma diferença? - Me lança um olhar decepcionado.

- Não custa tentar. - Me encolho.

- Quando se trata disso, custa sim, e o preço lá em casa é meio alto... - Resmunga.

- Então fala com ele... -

- Como? Minha mãe é um teste de aptidão humano, tipo divergente, sem a opção "sem facção". Reprovou, morreu. -

- Vai ter que decidir entre um dos dois. Porque duvido que seja uma boa ideia fazer isso com os dois a cegas. -

- Eu sei... - Soa cansada. Lanço um olhar solidário, e deixo de falar.

Chegamos ao shopping em pouco mais de 15 minutos, um tempo recorde. Como qualquer prédio normal, o shopping é enorme, com muitas vitrines a mostra e varias pessoas saindo e entrando. Quase todos os lugares das paredes tem algo cobrindo a cor cinza e, mesmo os lugares que não tem, acabam não sendo notados quando tem muito mais o que se ver.
Ignoramos totalmente as praças de alimentação e os banquinhos convidativos perto de canteiros com plantas, e pegamos a escada rolante para o segundo andar, onde se concentram as maiores lojas de vestuário.
Acho que para honrar meu pedido de não demorar, Ellen não faz uma lista de lojas onde temos que ir, mas segue para um lugar específico. A loja não é muito grande e fica em uma parte particularmente escondida do shopping, atrás de uma grande loja de departamento. Mas só tenho tempo de ver um pequeno vislumbre da faixada gótica antes que Ellen me puxe para dentro dela.
Por dentro a loja era ainda mas gótica, com os paredes de um marrom escuro com luzes fracas e manequins com maquiagem escura. Ainda assim a loja é perfeita, para todo lugar que eu olhasse existiam fantasias para todos os gostos. Quanto mais nos aproximávamos do balção na parede inferior da loja, mas o ar ao nosso redor ficava nublado por uma estranha fumaça. Não consegui achar a maquina de fumaça.

- Bom dia, garotas. - Saúda a mulher atrás do balcão. Sorriso e voz alegre de mais para quem tem o cabelo, toda a maquiagem e roupas roxas.

- Bom dia. - Ellen responde com um imenso sorriso enquanto eu continuo estudando a estranha mulher.

- O que estão procurando? -

- Fantasias para uma festa. -

- E já tem algo em mente? - Pergunta saindo de trás do negro balcão e se dirigindo para um lugar ainda mas embaçado da loja.

- Algo sexy... - Ellen ganha toda minha atenção.

- Sexy, é? - Sussurro irritada.

- Sim. Eu quero agradar meu namorado e você... Se não levar ele, pode alegra-lo mais tarde. - Dá de ombros e segue a vendedora. Bufo e a sigo.

A vendedora alegre nos mostra as fantasias mas sexy que tem. Todos elas estão separadas em uma arara perto dos provadores, como se esperando por nós.
Não demoro nada para escolher a minha, quando vejo o tecido vermelho sangue rendado de preto eu sei que encontrei o que queria. Sou a primeira a tomar o provador e quando me olho no espelho não sou mas eu, e sim a encarnação de uma diaba chamada luxuria. A fantasia parece basicamente com um espartilho, mas a parte de baixo chega a ser um short, mesmo que muito pequeno, um flash fecha o tecido de forma apertada, mas não desconfortável, ao redor do meu corpo, coberto primeiro por uma segunda pele de corpo inteiro super transparente. Os sapatos pretos sugeridos pela vendedora, fechados e impotentes na frente, agulha super fina e com detalhes vermelhos atrás, são perfeitos. Chifres e um rabo de encaixe na fantasia fazem parte do pacote e eu já estou totalmente equipada.
Mas Ellen não é tão rápida quanto eu. Tenho fé que ela se decida na terceira ou quarta prova, mas ai ela chega na sétima e então eu desisto, coloco minhas compras, que paguei com o dinheiro que Kely tem me dado de mesada, em um canto do provador ocupado por ela, e vou xereta a loja.
No começo nada chama minha atenção, umas fantasias aqui, outras roupas estranhas ali, mas então, no meio daquele chata neblina eu vejo algo que me prende.
O manequim está meio escondido atrás de outro e mesmo seus tons escuros não conseguem se esconder do meu olhar. Dou a volta em algumas araras e lá está, encostado em um canto inferior da parede.

- Quanto custa esse? - Falo alto o bastante para a vendedora esculta. Em poucos segundos ela esta atrás de mim.

- Ha, esse não é fantasia... - Não, não é. Mas por algum motivo o terno preto com camisa preta e a mascara negra com detalhes vermelhos me lembrou Kely. É um impulso, nem sei se ele vai poder ir ao baile, mas eu quero isso.

- Pode trocar a gravata preta por uma vermelha? - Não paro de fitar o manequim.

- Ha... Claro. - Diz indo procurar algo, provavelmente a gravata, numa gaveta perto do balcão.

- Então embrulha tudo. Eu vou levar... -


Ellen acaba decidindo levar um fantasia de fada. Um vestido bege cheio de glitter rosa, meia calça, asas rosa... Ela ficou linda, mas demorou três seculos.
- Vai levar alguém para a festa? - Ela me pergunta quando acomodo duas sacolas de compras no banco traseiro.

- Talvez... - Ela sorri, mas não pergunta. O que é bom, já que eu não iria responder.

Colocamos musica no radio do carro e cantamos pelo caminho, sem muita vontade de conversar.


- Venho te pegar de novo amanhã? - Me pergunta quando paramos na frente do meu prédio.

- Não sei... Te mando uma mensagem. Valeu, Ellen, te amo. - Solto um beijo para ela antes de começar a entrar no hall do prédio.

- TAMBÉM TE AMO, KETHELINA... - Ouço gritar enquanto sai com o carro.

Sigo direto para o meu próprio apartamento, para depois ir buscar Ken. Quero trocar de roupa e sair com ele, mas não sei se ele vai estar afim ou cansado...
Estou colocando a chave na fechadura quando esculto vozes dentro do do meu apartamento.

Meu coração acelera.

Kely esta em casa...


Notas Finais


Próximo capitulo tem Hot...

XoXo...


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