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História Sentimentos Proibidos - Interrompidos...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Primeiro, eu sei que disse que ia postar ontem...
Mas o cabo da internet deu defeito e agora mesmo estou postando pelo celular de um Amigo porque não tem net em casa...
Desculpem...
Segundo:
Só o que tenho a dizer é:
Peguem os lencinhos...
(E perdoem os erros de português. Sem net. Sem corretor.)

Boa Leitura...

Capítulo 15 - Interrompidos...


Tudo fica totalmente paralisado por um momento.

Meus olhos estão presos aos de Verônica. Kely parece ser o mas paralisado, ainda nós meus braços, nem o escuto respirar.
Ainda assim, ele é o primeiro a se mexer.
Devagar, como se com medo de me quebra, se afasta de mim, ainda sem tirar as mãos da base do meu corpo, e tenta me colocar sobre meus próprios pés.
No começo a tentativa é inútil, mas forço minhas pernas a pararem de tremer e segurem meu peso.
Kely pega sua camisa do chão e vesti, ainda em câmera lenta.
Então, ainda sem olhar na direção de Verônica, ele se coloca ao meu lado e segura minha mão, e volta a paralisar.
É como se ele me pergunta-se o que eu quero fazer.
No primeiro momento penso seriamente em deixar simplesmente o elevador ser chamado por alguém, e nós saímos daqui. Mas a certeza de que nada de bom pode resultar em deixar Verônica aqui com uma informação DESSAS me faz descartar a idéia.
Então aperto a mão de Kely e forço minhas pernas para a frente.

Assim que ficamos a dois metros, Verônica se recompõe mais rápido do que eu posso piscar.

- Eu sabia que tinha algo estranho entre vocês... Só não sabia que era tão... Tão... - O veneno na sua voz me da ânsia de vomito.

- Isso não é da sua conta. - O tom duro da voz de Kely assusta tanto ela quanto a mim. Mas eu escondo melhor minha reação.

Kely me força a não parar de andar. Mesmo que seja devagar quase parando. 
Enquanto passamos vejo pelo canto do olho os ombros de Verônica encolhendo.
Sua confiança diminuindo.
Por um ingênuo e maravilhoso segundo eu me permito pensar que é isso. Que ela não pode fazer nada com isso. Que ela saber disso não vai mudar nada. Que vamos entrar em casa e esquecer disso. Que vamos dá essa resposta a todas as pessoas de agora em diante.
Me permito pensar que vencemos.

- Ha, mais eu tenho certeza que isso é da conta do irmãozinho mais novo... - Verônica fala quando já estamos quase na porta do nosso apartamento.
Eu e Kely nós viramos tão rápido que nossas mãos quase se afastam. Quase.

- Keny não tem nada a ver com isso... - Rosno ao ver o sorriso no rosto dela quando percebe que conseguiu nos atingir. 

- Tem certeza? - Pergunta como desfio. E antes mesmo que ela abra a boca, eu vejo o brilho da ideia brilhando em seus olhos. Meu mundo começa a desmoronar a partir dai. - Tenho certeza que o juiz do juizado de menores e uma assistente social discordariam disso... - O mundo paralisa em um silêncio ensurdecedor enquanto a imagem de Keny sendo levado para longe de mim passa pela minha mente. Em seguida a imagem do que eu faria com Verônica se eu conseguisse colocar as mãos em seu pescoço. Essa ultima imagem me anima, quase me impulsiona.
Mas eu estou paralisada com o mundo.

- Você não pode fazer isso... - Kely fala, soa muito longe. Ainda assim consigo ouvir a insegurança na sua voz. Mais uma parte do meu mundo cai.

- Não posso, K? Tem certeza? Depois de todo esse tempo que estudamos juntos acha que não posso fazer isso? - Kely não responde, e mais uma parte do meu mundo cai quando me dou conta que ela pode mesmo fazer isso.

- Não pode fazer isso com Keny... - Uma voz muito parecida com a minha corta o silêncio que tinha se formado.

- Sim, eu posso... - Ela me lança um olhar de ódio. - Mais como eu sou uma pessoa muito boa, eu vou deixar a decisão na mão de vocês... - Não é bondade que eu escuto na voz dela quando ela fala. - Dou até amanhã pra você. Não me importa como, mas quero ter certeza que amanhã isso... - Aponta com nojo um dedo para as nossas mãos juntas. - Acabou. Ou então tratem de dizer adeus ao seu irmão... - Ela nós encara por mais alguns segundos antes de se virar, entrar no próprio apartamento e bater a porta.

Mas um pedaço do meu mundo desmorona.
Ela venceu.

 

Kely literalmente me arrasta para dentro de casa. 
Quando entramos ele bate a porta tão forte quanto Verônica e olha pra ela pelo que parece ser muito tempo antes de virar pra mim.

- Eu vou resolver isso,  Ket... - Ele afirma. Mas escuto a incerteza em sua voz.
Dou um passo para trás quando ele tenta se aproximar.

- Não, você não vai... - Recupero aos poucos a minha voz. E falo tudo movida pela imagem de Keny sendo levado. Movida a dor dilacerante que esse pensamento me trás. - Fomos tão idiotas de pensar que isso poderia acontecer. Que daria certo. Que poderíamos fazer mesmo isso... É obvio que não vai dar certo. - Kely não parece intender o que estou dizendo de cara. Mas quando entende outra parte do meu mundo desmorona. A sua expressão é tomada por tanta dor e agonia que não consigo olhar. Encaro o chão quando ele fala.

- O quer dizer com isso? - E não consigo falar de imediato. Porque só pensar em pronunciar as palavras dói tanto que minha visão fica embasada. Mal percebo que comecei a chorar, estou dormente pela dor, quando falo a frase que nunca pensei que precisaria.

- Temos que parar com isso... - Mal consigo falar. Minha garganta esta fechada. As lagrimas rolam sem filtro pelo meu rosto.

- Não... Não vamos fazer isso... Não pode... - Ele não consegue encontrar as palavras certas. Não acho que elas existam.
Mesmo com os olhos pregados no chão e totalmente nublados por causa das lagrimas, eu sinto quando ele vem em minha direção.

E então eu corro.
Eu corro porque se ele me tocar eu não vou conseguir fazer isso.
Porque se ele me tocar ele vai consegui juntar meus pedaços e eu não vou ter forças para deixa-lo.
Porque se ele me tocar, e eu senti a sensação da sua pele na minha, vai doer muito mais saber que não vou poder mais ter isso.
Então eu corro e me tranco no meu quarto um minuto antes do som dele se chocando contra a porta.

Kely força a maçaneta da porta.

- ABRA ESSA PORTA AGORA, KETHYLIN! - Ele grita e então eu começo a soluçar alto.

- NÃO PODEMOS, KELY. ELE JÁ PERDEU MAMÃE E PAPAI. NÃO PODEMOS PERMITIR QUE TIREM ELE DE NÓS... - Grito de volta. Mas minha voz esta embargada e não sei ele entende.
A porta começa a ranger quando Kely volta a jogar o corpo contra ela. Me jogo contra ela também. Mas não para ele não entra, faço isso para tentar fazer essa dor ser maior que a dor das minhas palavras.

- PARA, KELY. POR FAVOR, PARA. NÃO INSISTE. NÃO PODEMOS CONTINUAR COM ISSO... ISSO TEM QUE ACABAR! - Grito por cima do som da porta e meus pés escorregam na cerâmica do chão. Caio sentada aos pés da porta. Continuo empurrando.

A porta é forçada mais algumas vezes antes que tudo pare e fique em silêncio. Ouço Kely escorregando do outro lado da porta. E eu sei, sinto, que ele está sentado ao meu lado.

- Por favor, não faz isso... - Ouço Kely sussurra do outro lado. Então o resto do meu mundo cai aos meus pés de uma só voz. 
Não tenho mas chão.
Nem barreiras.
Sou um monte de lagrimas e dor.
E eu quero morrer agora.
Quero morrer a um minuto atrás,  antes de saber que eu causei a dor que escuto na sua voz torturada.
Que eu causei os soluços vindos dele.
Não sei de onde vem tantas lagrimas, mas elas escorrem ainda mais rapidamente agora.
E eu quero morrer pelas palavras que tenho que falar.

- Você decide... - Usar as mesmas palavras que ela me deixa em carne viva. - Se estiver aqui amanhã, eu vou entender que tenho que ir embora. Mas se você tiver ido, é porque não vai voltar... - E não consigo continuar. Escuto um soluço dele, e então um meu, e não consigo mais... Eu não consigo mais me segurar.
E Deus, dói mais que qualquer dor física.
Eu quero morrer, e levar comigo todas as palavras que disse.
Eu quero abrir a porta de abraça-lo, e dizer que não estou falando serio.
Que vamos arrumar outra forma de ajeitar isso.

Mas não faço, porque é mentira...

- Eu te amo, Ket. Não faz isso comigo. Não faça isso com a gente. Não me peça pra te deixar... - Sua voz torturada chega as meus ouvidos, e eu me arrasto para longe da porta.
Por medo.
Porque não tenho mas certeza se vou conseguir continuar com isso.

E eu quero dizer que o amo.
Eu quero dizer que o amo tanto, que não posso aguentar saber que nossa relação pode prejudica-lo.
Quero dizer que o amo mais que qualquer coisa, e que ele não me deixe.
Mais não falo...
Porque se eu falar, nada mas vai poder me segurar...
E saber que vou ter que deixa-lo ir sem saber disso faz a dor aumentar, ao ponto de que eu queira morrer, só para deixar de senti-la.

- Acabou, Kely... - É só um sussurro. Mais sei que ele pode ouvir. Eu queria tanto que ele não ouvi-se...

 

Não sei quanto tempo passamos calados. Apenas os soluços de Kely cortando o silencio. Minhas lagrimas constantes lavando meu rosto e encharcando a parte da frente da fantasia.
Meu corpo dói pela posição encolhida na qual me encontro. 
Mas nada dói mais que o meu peito.
Minhas mão tremem pelo esforço que tenho fazer para deixa-las longe da chave da porta.
Mas então escuto Kely se levantar, e eu paraliso...
Só então percebo que uma parte de mim estava agarrada a ideia de que ele estava apenas me esperando mudar de ideia. 
Que ainda estaria ali quando eu não conseguisse mas aguentar a dor. 
Que ia me rodear nós seus braços, me proteger quando o mundo desmoronasse em cima de nós.
Mais eu o escuto abrir portas, eu escuto coisas sendo jogadas e depois de mais alguns anos de silêncio...
Eu escuto a porta da frente sendo aberta...
Paro até mesmo de chorar, mas não a escuto fechar...
Numa última faísca de esperança eu levanto, eu abandono a ideia idiota de que eu poderia realmente deixa-lo ir e corro até a porta do meu quarto...
Mas assim que eu a abro escuto a porta da frente bater... E meus pés param.

Eu devia correr, eu devia ir atrás dele, eu devia impedi-lo de ir.
Mas não faço.
Eu caiu de joelhos no chão...
E quando a realidade me atinge eu não tenho mais coração...
Sinto um enorme vazio no lugar onde ele deveria estar, mas de alguma forma ele ainda consegui doer...
Me enrolo no chão em posição fetal e tento diminuir a dor...
Ela não diminui...
E eu não consigo mais chorar...

Eu só consigo tremer...
Só consigo sentir a dor...
Eu só consigo enxergar escuro e vazio para onde quer que eu olhe...
Eu só consigo ouvir uma palavra sendo repetida, e repetida muitas vezes no meu ouvido...

Acabou...

Acabou...
Acabou.


Notas Finais


Esse é o fim da primeira parte gente... 😭
Não me lixem, PLEASE... 🙌
Já que estou sem net, não posso dar uma data de entrega para o próximo capítulo (Ignorem, já tem a data lá em cima).
Mas vão torcendo ai para ela voltar e qualquer coisa eu posto por aqui de novo ❤
Comentem o que acharam dessa primeira parte é digam o que acham que vai acontecer na segunda...

(Sete Anos Depois)...

XoXo...


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