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História Sentimentos Proibidos - Seguindo... (Parte 2)


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Que Saudade Gente ❤
Como tinha prometido, Aqui tá o começo da nova fase...
Não sei o que vocês vão pensar das coisas que aconteceram, mais vão ver que o que aconteceu ANTES não abandonou totalmente a Kethy 😭
É um novo começo e algumas coisas ainda vão acontecer por aqui, antes de TUDO se confrontar novamente...
Então, por enquanto, foquem na Kethy!!!

Boa Leitura...

Capítulo 16 - Seguindo... (Parte 2)


(SETE ANOS DEPOIS)

 

Termino de me enxugar e vou direto para a porta já aberta do guarda roupa.

- Kethy, vou esperar na garagem... - Keny grita da sala. Antes mesmo que eu possa falar qualquer coisa ouço a porta bater.
Ignoro o pequeno tremor do meu corpo.
E não me preocupo com Keny. Sei que ele vai cumprir a promessa, que jura que não sei que existe, de encontrar Renan antes da escola. Começaram a fazer isso quando ainda eram bem novos.
Um sorriso idiota se forma nos meus lábios ao pensar em como ele cresceu. Keny se transformou num "Cara lindo", como costumo ouvir as garotas mais novas chamarem quando saímos, em pouco tempo. Ele ainda era Ken quando tinha 12 anos, mas de 14 pra 16 cresceu tão rápido que fiquei com medo que fosse uma daquelas historias em que a pessoa tem um tumor que faz crescer mais do que deve.
Mas agora ele já estacionou um pouco e eu sosseguei, depois de levá-lo ao medico.
Hoje eu é quem chamo ele para me ajudar a pegar as coisas no alto. Mas ele aparentemente ainda é Ken, com o sorriso fácil, as gracinhas e os lindos cachos castanhos.

Termino de me vestir e arrumo meu cabelo. Pego tudo o que falta e coloco dentro da minha grande bolsa de couro. Paro mais uma vez na frente do espelho e aliso a saia do meu terninho preto, amasso mais uma vez meus cachos e pego as chaves em cima da cabeceira.

O corredor esta vazio.
Suspiro, como todo dia, me perguntando quando meu cérebro vai deixar de gravar esse detalhe.
Pego meu iPhone e coloco os fone, mesmo depois de tanto tempo ainda decido escutar Glory Days de Little Mix, o álbum inteiro, de uma forma infantil eu, mesmo com 24 anos, ainda me identifico com todas as musicas de uma forma diferente.
Chamo o elevador, vejo que esta ocupado por um casal quando entro, mas eles não vão precisar se preocupar com a minha presença.
Fecho os olhos e me concentro na musica na maior parte do caminho. Só abro os olhos algumas vezes, para ver em que andar estamos.
Elevadores me trazem lembranças dolorosas.
Isso eu não posso ignorar.

Desço cantarolando do elevador e tiro só um dos lados do fone do ouvido, estou seguindo para os portas duplas quando uma voz me chama.

- Kethy? - Ana sai do elevador ao lado do que eu acabei de sair e vem em minha direção. - Deus do Céu, você não para de trabalhar? Desde de ontem que te procuro e não acho em casa. - Fala, e chega perto de mim e sem hesita me abraça. Retribuo.

- Tenho andado um pouco ocupada esses dias... - Murmuro me desculpando assim que ela começa a me soltar.

- Não quero saber. Vai acabar morrendo de tanto cansaço se não tirar ferias... Então, suas ferias podem acontecer hoje a noite. - Ela diz com a voz animada, diferente de como se comportava perto de mim quando a conheci.
Ana e Ellen se entenderam tão bem desde sempre que acabamos não conseguindo mais nos desgrudar.
Víramos algo como as três espiãs de mais.
Só que minha amizade com Ellen não vai muito bem nesses últimos tempos.
Mas todo mundo parece não perceber isso.

- O que tem hoje a noite? - pergunto puxando a alça da bolsa mais para cima do meu ombro.
Não soou nada animada. Que, faz algum tempo, é o mais animada que consigo ser.

- Jantar surpresa na casa da Ellen... O Victor quem vai organizar. Vai ser ótimo, e você tem que ir. Não te perdoaria se não fosse. Você vai, não é? - Ele pega minhas mão e aperta de leve. Como se para ter certeza que não vou dizer nada que não um SIM.

- Tem certeza que é uma boa ideia? Na casa da Ellen e... - Não tenho tempo de terminar.

- Claro que é uma boa ideia! Porque não seria? Não me venha com desculpas... - O que eu disse sobre ignorar?

- Ok, Ok. Eu vou estar lá. - Tento soar o mas sincera possível.

- Ótimo, Ótimo... Não seria a mesma coisa sem você. - Ela me olha com carinho e mudo de assunto antes que possa mudar de ideia e chateá-la.

- E com vocês? Tudo bem? - Pergunto colocando uma das mãos em sua barriga redonda.

- Bem. Ela chuta de mais, mais amo quando ela faz isso, sabe... É bom sentir que ela está feliz e forte dentro de mim... - Ouço as emoções em sua voz e sei que seus olhos estão marejados mesmo antes de olha. Ela tem estado bem sentimental nesses últimos meses.

- Ela vai ser a garotinha mais linda, feliz e forte do mundo... - Digo colocando mais uma vez os braços ao redor de Ana.

Ana continua a mesma de sempre. Se tirar os traços mais adultos, a barriga enorme e a forma mais alegre, ela é a mesma Ana preocupada de sempre. Mas a insegurança se foi. Isso tudo posso dizer que teve uma grande ajuda de Andrei pra acontecer.
O primeiro encontro no baile não levou a lugar algum no começo, passaram um tempão sem se ver. Mas de alguma forma isso foi bom pra eles. Quando se reencontraram de novo já estavam mais velhos e maduros, e o relacionamento deles sempre foi de dar inveja.
A mim principalmente, já que não posso chamar nada que tive de um "Real Relacionamento".
Estão noivos a um ano e vão se casar no começo do ano que vem. E nossa pequena Anne, tão ansiosamente aguardada, vai poder estar presente também.
Hoje em dia Ana tem o sorriso de uma pessoa realizada a cada momento do dia.
E não consigo deixar de me sentir deprimida, por não ter certeza se um dia vou poder ter esse sorriso também.

- Eu tenho que ir, ainda vou levar os garotos a escola. Mande um "oi" ao Andrie por mim. - Dou um beijo estalado em sua bochecha, e ela devolve.

- Mando sim. Não se atrase... - Diz e nós separamos. Ela segui para a porta atrás do balção se recepção. Provavelmente falar com as meninas sobre o dia de trabalho.
E depois disso vai acabar voltando a sua mesa e continuar a cuidar do prédio.
Do qual agora é gerente..

Tiro meus fones antes de passar pela porta que leva ao estacionamento. Encostados na minha linda 4x4 preta estão Keny e Renan.
Esses dois são uma incógnita que não consigo explicar realmente.
Claro que já eram amigos quando crianças, mas até pra mim o tamanho e a força que a amizade deles tem até hoje é surpreendente.
Nunca tiveram uma briga realmente seria ao longo dos anos. E Deus sabe que não existem no mundo duas criaturas que cresceram e ficaram mais diferentes que esses dois.
Keny é o cara dos livros, música e calmaria. Renan é o cara dos esportes, baladas e adrenalina.
Keny é o cara de cachos revoltos e sorriso fácil, sempre meio desgrenhado.
Renan é o cara dos dreads brilhantes, sempre amarrados de uma forma estilosa e do sorriso malandro, sempre culto e imperturbável, mas com um ar rebelde.
Nunca entendi, nem acho que vou entender, qual o elo que os uni.
Mas a visão deles juntos é tão certa,  que dificilmente consigo imagina-los separados.

- Bom dia, tia Kethy. - Diz Renan, assim que chego perto deles.
Sorriu. Amo ser chamada de tia.
Isso começou quando eu comecei a ser a pessoa que acompanhava eles onde queriam ir, e não podiam sozinhos. Quando comecei a bancar alguns dos passeios deles.
E isso aconteceu quando, surpreendentemente naquela época, Márcia levou a mim e a Keny para morar com ela.
Mas essa nem foi a parte mais surpreendente de tudo. A parte mais surreal, depois dela ter aceitado a minha guarda e a de Keny pelos poucos meses que eu ainda tinha como menor, e numa audiência que eu nem ao menos sabia quando tinha acontecido, o mais surreal mesmo foi o que Márcia virou.
Minha confidente.
Eu não entendia, e não entendo ainda, o que ela sentia em relação a mim e... Ele. Mas assim que me mudei para sua casa pareceu que todo o ressentimento se foi, substituído por um carinho e uma amizade que no começo me fez ficar muito desconfiada.
Mas a medida que o tempo passava eu ia me abrindo em ela, e ela comigo, e quando as palavras "Ele vai voltar um dia" saíram da sua boca fiquei surpresa, por não me sentir nada surpresa.
Com o tempo fomos ficando mais amigas, e depois que ela se separou do marido tudo pareceu ainda mais fácil. Também nunca entendi porque sempre senti que tinha algo errado naquele casamento.
Hoje em dia nem mesmo Victor sabe tanto sobre mim como Márcia.
Mesmo depois que voltei para meu apartamento...
Uma sensação de gratidão invade meu peito ao pensar no quanto ela me ajudou.

- Bom dia, Renan. - Chego mais perto e dou um beijo em sua bochecha enquanto aperto o chaveiro, que tirei do pequeno bolso na frente da bolsa, e destravo as portas do carro.

- Vocês vão sair? Ou tem algo para fazer depois da aula hoje? - Pergunto terminando de me acomodar no banco do motorista.

- Não, vamos direto para a calçada... Vai demorar hoje? - Renan fala.

- Não, acho que hoje é normal pra mim. Que milagre que não vão sair numa quarta, não tem aquele grupinho que sempre sai com vocês? - Pergunto dando partida no carro.

- É, mas Ana pediu para gente ir a um jantar na casa da Ellen... - Keny responde.

- Humrum, ótimo, agente pode ir junto então! -

- Junto? -

- Para o jantar! -

- VOCÊ VAi? - Os dois praticamente gritam. Sabe aquela coisa das pessoas ignorarem minha situação com Ellen? Keny é uma exceção. E tudo o que Keny sabe, Renan sabe também.

- Vou. Pelo amor de Deus, falem baixo... - Quando os encaro pelo retrovisor eles desviam o olhar. Bufo e fico quieta.

- Vai ficar até o fim? - Por fim Keny pergunta.
Mas eu ignoro sua pergunta e fico calada. As vezes tenho a impressão que Keny sabe de mais sobre mim.
E tem coisas que ele realmente não gostaria nada de saber.

Em menos de dez minutos já estamos na frente da escola.
Tirei Keny dá escola onde estudei assim que terminei os estudos. Sem carro ficava muito complicado para levá-lo até lá. É claro que Renan também insistiu em mudar para a mesma escola.
E gostaram tanto dela que mesmo quando tiveram a chance de voltar a outra, não quiseram.

- Não demorem muito a aparecer... - Falo enquanto desvio dos outros carro que trazem mais alunos e volto a estrada.

Passo uns vinte minutos, quase sem trânsito, para chegar ao trabalho. Paro o carro na minha vaga do outro lado da rua, na frente do prédio branco com a pintura descascando.
Tive uma número enorme de empregos desde que acabei a escola.

Já trabalhei em loja, em supermercado, em secretaria de escola e mais, e mais...
Meus empregos nunca foram o que eu realmente queria, de forma total. Foi como uma experiência para que eu pudesse descobrir o que realmente queria fazer.
E eu descobri.
Uma descoberta bem estranha.
Então meu sonho, eu descobrir, era ser secretaria administrativa.
O que reconheço, é aparentemente entediante.
Mas de alguma forma há algo gratificante nisso pra mim. Em imprimir e buscar documentos, em atender telefonemas importantes, em digitar e reservar restaurantes chiques e fazer viagens de negócios... em saber que estou ajudando alguém a fazer algo maior.

É exatamente por esse motivo que não sinto nada muito alegre quando começo a atravessar a rua em direção a porta da frente do prédio.
Aceitei o trabalho, numa pequena distribuidora estadual, exatamente por querer pelo menos um gostinho do trabalho que sempre sonhei em ter.
Mas ele acabou sendo tudo o que eu não queria.
Mal tenho contato com a vida humana.
Recebo minha ordem digitadas em uma folha, não que isso seja realmente ruim. O meu chefe de longe não é uma parte boa do meu trabalho.
Nunca saiu do minha salinha e as reuniões são totalmente desinteressantes.
Se não pagasse bem eu não acho que ainda estaria aqui...

Entro pela porta e a ruiva, recepcionista da qual realmente não lembro o nome, nem mesmo levanta o olhar pra mim.
Não nos damos bem desde que entrei para trabalhar aqui, e eu realmente não estou interessada em me esforçar nada para mudar isso.
Sigo direto para a porta das escadas, subo dois vão antes de chegar a minha salinha ao lado da sala do meu chefe.
A folha com minha tarefas já está presa em baixo do meu teclado.
Guardo minha bolsa em baixo da mesa, ligo meu computador, suspiro e começo mais um entediante dia de trabalho.

Quase caiu ajoelhada na chão quando finalmente o relógio bate 5:30, e eu FINALMENTE posso ir embora. Pego minha bolsa e saiu agradecendo a Deus por Luiz não ter aparecido hoje.
Passo pela porta,  e o ar da noite é como água no deserto. Então abro bem a janela e dirijo devagar, aproveitando. Os garotos só largam as seis então tenho tempo para comprar uma vitamina numa lanchonete no caminho e sentar um pouco num banquinho da praça.

Uma vontade de estar sozinha no meu quarto me invade. Isso sempre acontece quando fico sozinha com tempo pra pensar. A teoria de Ana de trabalhar até me cansar não é de toda falsa. Ficar pensando na vida sempre acaba sendo uma má ideia pra mim.
Então, queria mesmo apenas pegar os meninos e me tranca em casa pelo resto da noite.
Me levanto suspirando...

Tenho um jantar pra ir...


Notas Finais


Então? Cometem se deixei algo passar e o que acham que rolou nesse últimos sete anos!!
Espero ter esclarecido um pouco do que deixei pendente no fim do último capitulo...
E não se preocupem que tem muito mais notícias e informações vindo por ai...
Reviravoltas aconteceram!!!
Até...

XoXo...


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