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História Sentimentos Proibidos - Entrevista...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores!!!
Não disse que ia tentar postar mais rápido?
Aqui está!!! 🙂 😘

Boa Leitura...

Capítulo 19 - Entrevista...


- Sério, eu desisto... - Falo, assim que entro pela segund vez na tarde no apartamento de Márcia, e me jogo no sofá.

- Ok. Pode desistir por mais cinco minutos antes da próxima... - Ela me diz.

- Está sendo cruel... - Resmungo, mas a culpa não é dela e nós duas sabemos.

Arrumar um trabalho não é mais tão fácil, ou divertido, como era a anos atrás. Pelo menos quando eu ia procurar por ter me cansado do último.
Mas no começo, quase me senti como agora.
Quando completei dezoito anos e peguei a guarda de Keny, eu e Márcia não éramos tão íntimas ainda e eu era orgulhosa de mais para pedir ajuda logo de cara, sem tentar me virar sozinha primeiro.
A verdade é que eu precisava de um emprego, e tudo sempre fica mais difícil quando se está desesperada. E era exatamente como eu estava.
As lembranças de quando o dinheiro estava acabando e eu não sabia mais para quem recorrer invadem minha cabeça, as noites em claro preocupada com o futuro de Keny misturadas com o remorso do que fiz. Acordar com olheiras enormes e sem esperança de melhora.
Meu primeiro emprego não foi o melhor salário que consegui, mas até hoje sinto o carinho pelas lembranças de poder trabalhar e receber o dinheiro no fim do mês. Poder dar brinquedos e pagar agrados a Keny...

Agora, claro, não vou passar por isso.
Tenho uma bom dinheiro no banco, a escola de Keny já está acabando e tenho um carro já pago, meu apartamento está quase totalmente pago e minha dispensa está cheia e não tenho realmente nada com que eu tenha que me preocupar...
Mas ainda assim não consigo afastar totalmente as lembranças terríveis daquele tempo...

- Qual a próxima? - Pergunto a Márcia, deixando as lembranças de lado.
A uma semana estamos procurando um emprego novo pra mim, já fiz duas entrevistas, uma ontem outra hoje, mas senti que não são o tipo de lugar onde eu deva trabalhar, e tenho uma terceira ainda hoje.

- Essa é uma empresa de arquitetura, fazem casas e hotéis, decoram e vendem, eu gostei. É conhecida mundialmente e fez sucesso bem rápido assim que abriu. O dono é bem novo, Sr. Masel, arquiteto famoso também. É preciso disponibilidade para viajar, experiência em administração de arquivos, experiência com secretariado e algumas coisas a mais... Mas tem tudo no seu currículo. - Ela fecha o computador e se levanta. - Tenho que trabalhar agora, você tem uma hora do máximo, mandei um email para seu celular com o endereço do lugar e todo o resto, toma um banho e come alguma coisa antes de ir, OK? - Ela me abraça e segui para seu escritório
- Boa sorte... - Diz antes de se trancar.

Vou para casa e tomo um longo banho de banheira, que mandei instalar em todas as suítes dos quartos, com direito o água morna, uma taça de vinho e Jazz no rádio. Quando acabo me sinto totalmente relaxada e finalmente capaz de enfrentar mais um entrevistador, visto um vestido preto de gola alta sem mangas e abaixo do joelho. Coloco uma tiara preta e fina no cabelo depois de fazer cacho por cacho.
Pego minha pasta de veludo preto fecho a casa e desço.

Quando já estou no térreo, meu telefone começa a tocar, não reconheço o número.

- Alô. -

- Há, Meu Deus, Ela atendeu mesmo... - Uma voz familiar que eu não reconheço de primeira fala.

- Quem é? - Pergunto descendo a rampa do estacionamento.

- Assim você fere meus sentimento, Kethy. É o Lucas, do clube... -

- Lucas? Deus, Quanto tempo... Como conseguiu meu número? Tá me perseguindo agora? - Ouço seu riso alto.

- Jane me deu. Todo mundo aqui está sentindo falta de perder de você nas competições... Quando vai aparecer? - Escuto alguém pulando na água ao fundo. Sinto uma súbita saudade...

- Esse fim de semana sem falta. Juro! - Digo entrando no carro. - Mas agora vou ter que desligar, eu tenho uma entrevista de emprego e não posso me atrasar. -

- Então, perdeu o emprego é? -

- Sábado, Lucas. Sábado a gente conversa... Beijo. - E desligo antes que ele fale mais alguma coisa.

Dirijo devagar até os limites da cidade.
O GPS avisa quando chego às coordenadas que digitei nele, e paro o carro em um estacionamento pago a dois quarteirões do lugar.
As ruas aqui são movimentadas, mulheres e homens de terno andam de um lado para o outro, exalando elegância e profissionalismo.
Prédios pequenos e grandes, carros luxuoso.
Ando devagar e chego ao prédio da empresa de arquitetura, todo envidraçado e enorme. O nome da empresa na fachada escrito com letras finas em cor madeira.
Paro por um minuto na frente do grande, lindo e impotente prédio e pela primeira vez sinto a vontade verdadeira de trabalhar em um lugar.
É estimulante...

Assim que dou o primeiro passo uma comoção atrás de mim começa. Várias buzinas soam de uma vez, viro a tempo de ver sair uma brilhante Mercedes que estava parada na frente do prédio impedindo a passagem de vários carros.
Balanço a cabeça me livrando da distração e volto a entrar no prédio.
Passo as portas de vidro esfumaçada e entro numa sala totalmente diferente do que imaginava.
Entro numa pequena recepção com um balcão e as paredes revestidas de madeira, um lindo tapete creme no chão e uma única lâmpada.
Apenas uma recepcionista está atrás, uma mulher baixinha, mais que eu, de cabelos pretos e um terninho com o logo da empresa bordado.

- Bon dia... - Saúdo hesitante, lembrando da minha última experiência com recepcionistas.

- Oh, bom dia, senhorita. No que posso ajudar? - A mulher me cumprimenta com um sorriso.

- Eu vim fazer uma entrevista. Assistente administrativa... - Sorriu de volta, agradecendo a Deus por achar alguém simpático. E pedindo aos Céus que minha vontade cada vez maior de trabalhar aqui não seja em vão.

- Sim, Sim, Claro... É no andar da presidência, vou ter que dá um crachá de visitante a senhorita. Pode me dizer seu nome? - Depois de assinar um papel e pegar um mapa com os nomes dos andares para que eu não me perdesse, passo por mais uma porta de vidro esfumaçado.

Os corredores são como a recepção, com as paredes forradas de madeira e pisos forrados de tapetes. O elevado, com apenas uma parede espelhada, me mostra que estou realmente bem.
Só que agora vem a parte mais difícil.
O patrão.
Tive bastantes patrões ótimos desde que comecei no mercado de trabalho, e mesmo que eu me repreenda e censure o tempo todo, não consigo parar de pensar em Luiz. Isso não me ajuda muito.

Muitas pessoas chamam o elevador antes que eu consiga finalmente chegar ao °40 andar do prédio, que diferente dos andares que vi, não é nada tumultuado e cheio de estilos. Alguns tinham até uns tecidos e palhetas de cores espalhados com algumas esculturas estranhas, acho que era a área de decoração e designer. Aqui a coisas são bem mais calmas.
Um pequeno balcão estava a alguns metros de duas grandes portas de magno. Uma senhora de idade, já com cabelos grisalho e meio curvada, estava sentada atrás com alguns papéis nas mãos.

- Bom dia, Sra. Martins. - Digo depois de ler seu crachá - Eu vim para a entrevista... - A mulher levanta os olhos do papel por dois segundos e me examina antes de me ignorar.

- Pode entrar... Camile vai falar com você. - Diz, mas nem mesmo presta atenção em mim.
Sinto vontade de pergunta se não é o Sr. Masel que vai me receber, mas pela cara fechada da mulher acho que não vai ficar nada feliz com perguntas.
Então me calo e sigo para as grandes portas a minha frente.

Quando finalmente consigo empurrar a pesada e fria porta para se abrir e entro na sala, a primeira coisa que noto é o enorme contraste entre a decoração de todo o prédio e a dessa sala.
Vi vários tons de madeira e tapetes bonitos e coloridos pelo caminho...
Aqui as coisas são bem diferente.
Todas as paredes são de vidro grosso, a maioria está embaçado de jeito estranho, provavelmente uma função especial deve deixa-los assim, uma mesa enorme, grande e em forma de U quadrado está a frente da única parede transparente de onde se tem um linda vista da fronteira verde da cidade. O chão é forrado por um enorme tapete negro, da mesma cor da grande cadeira de couro atrás da mesa. Duas grandes estantes abarrotadas de livros cobrem a parede esquerda do grande espaço da sala, a sua frente e lindo sofá cinza de veludo em forma de L posicionado quase encostando na parede. Uma mesa quadrada de mármore cinza na frente.
Do outro lado da sala uma mesa média está posicionada ao lado da entrada, ela é de madeira, mais de uma madeira cinzenta com uma cadeira quase da mesma cor atrás.
Uma mulher está sentada atrás da mesa menor, com alguns papéis na sua frente também. Ela é loira, com os cabelos cortados de uma forma curta e moderna, também usa um terninho com o logo da empresa.
Depois de uns segundos ela levanta e vai até uma das duas portas que estão na parede direitas, separadas por um pequeno quadro de uma paisagem que me parece levemente familiar e não tem nada a ver com o resto da decoração. Ou a falta dela.

- Pode me ajudar? - Ela pergunta assim que começa a voltar da sala com duas cadeiras. Coloco minha pasta na mesa de magno e vou até ela. Colocamos as cadeiras na parte de baixo do U da mesa.

- Senti-se, por favor, Srta. Marie, não é? - Faço que sim com a cabeça colocando minha pasta no meu colo após me sentar. - Eu sou Camile, sou do setor de vendas. O Sr. Masel não vai poder atende-la por que teve uma reunião pra ir. Eu irei lhe entrevistar, certo? - Balanço a cabeça concordando novamente. Acho até que fiquei muda. Mas o nome certo é medo.

Ela levanta e pega mais alguns papéis na outra mesa antes de voltar a sentar e começar a falar.
- Seu currículo e impecável. Cobre todas as nossas exigências na verdade, mas antes de falar sobre ele eu queria saber, se poder, porque deixou o último emprego. Vejo que tem vários cartas de recomendação de seus chefes, mas também que não permaneceu muito em nenhum emprego até agora. Pode me contar? - Ela me encara.
Não, não posso contar. Essa é a reposta certa, mais na verdade, se esquivar de uma perguntar é tudo o que não se pode fazer numa entrevista.

- Vou começar pelo início. - Ela assente. - A alguns anos atrás meus pais morreram em um acidente de carro... Para não alongar muito a história eu fiquei com a guarda do meu irmão mais novo e tinha acabado de terminar a escola. Aceitei o primeiro emprego que consegui, eu precisava de uma renda para nos sustentar e não tinha muita escolha. Com o tempo as despesas foram aumentando com a medida que nós dois crescíamos e esse foi o motivo central para a mudança dos primeiros empregos. Esse último foi o primeiro que consegui na área em que escolhi para mim, mas infelizmente não era como imaginei. A verdade é que depois da faculdade decidi procurar unicamente empregos na minha área e esse não me deixava satisfeita... Então decidi procurar outro. - Sou tão sincera quanto posso.

- E faz muito isso, mudar de emprego? - Me pergunta.

- Como a senhora viu, fiz bastante até agora. Mas nunca abandono meus empregos, é uma questão de necessidade... Prefiro sair de um emprego, do que ficar lá sem me dedicar totalmente ao que faço. - Ela me encara por um minuto inteiro procurando algo na minha expressão, parece satisfeita com o que encontra quando volta a falar.

- Bom, Srta. Marie, essa na verdade é a única pergunta que tenho a fazer a senhorita. Sendo sincera, o seu currículo é o único que realmente atendeu a todas as nossas exigências, por mais incrível que pareça. O Sr. Masel perdeu a última secretaria bem... subitamente. Ela ficou grávida pela terceira vez e era uma gestação de risco, teve que largar o trabalho. Nossa empresa vem crescendo muito e não podemos ficar sem esse tipo de profissional. Então, quero que a senhora venha na segunda, e comece dois meses de teste... Se funcionar, o emprego é seu. - Não pude responder. Apenas fiquei piscando... Será que ela acharia estranho se eu pedisse para me beliscar? - Não se preocupe, vai receber pelos dois meses de trabalho... Então, concorda? - Ela me encara com os olhos enormes. E OK, essa é a entrevista mas estranha da minha vida.

- Há, Claro. Aram, seria ótimo... - Meu coração acelera. Então eu tenho realmente chance de conseguir o emprego.
Pelo primeira vez, não quero um emprego pelo salário ou pra estar dentro do meu curso na faculdade. Eu quero o emprego porque realmente desejo trabalhar aqui...
E tenho chance.

- Ótimo, ótimo. Pode trazer os documentos na segunda e mais tarde, talvez, a carteira pra assinarmos. Agora pode me dar licença? Estou até o pescoço de trabalho, sabe o caminho de volta, não sabe? - Pergunta, levantando da cadeira e indo juntar todos os papéis da outra mesa.

- Sim, eu sei. E obrigado pela... oportunidade. - Sorriu pra ela antes de ir lutar mais uma vez com a porta.
Mas agora estou feliz por fazer isso.
Eu vou voltar...


Notas Finais


É isso gente...
Eu sei, nada dELE por enquanto. 😰
Mas falta pouco... 😏
E, serio, quem ai tem alguma teoria? 😶
Cometem pra mim... ❤️

XoXo...


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