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História Sentimentos Proibidos - Amizade Colorida...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores!!!
Demorei um século!!! Eu sei...
E eu que tinha pensado que ia escrever mais nas ferias 😫
Nada dELE ainda, mas sabe aquelas pessoas que ficaram pensando "Sete anos é tempo de mais e eles vão ter arrumado alguém" ? 😏
Foquem no capitulo!!! 👀

Boa Leitura...

Capítulo 20 - Amizade Colorida...


Só espero até o momento exato em que saiu da empresa e desço todos os degraus, e então ligo imediatamente para Márcia.

- Eu consegui... Consegui mesmo Márcia! Senhor, nem acredito... - Falo tremendo, e nem me reconheço com toda essa emoção.

- Conseguiu mesmo? - Ela soa tão eufórica quanto eu.

- Bom, não... Vou fazer dois meses de experiência e se eu me der bem vou ser contratada... Mas eu vou me dar bem, eu quero esse emprego!!! - Falo com uma convicção sobre-humana.

- Claro que vai... - E sei que ela não está apenas sendo condescendente, ela acredita em mim. E isso me faz ama-la mais ainda.

- Tenho que ir pegar o carro. Mas vou aí mais tarde sem falta para conversamos, tá? -

- Claro, tá ótimo... - Desligo o telefone é sigo para o estacionamento.

Quando chego ao meu prédio, deixo o carro e vou caminhando para o elevador, por algum feitiço, ainda estou tremendo de euforia. É surreal. E tão infantil. Mas eu não ligo.

Espero pacientemente o elevador enquanto pego meus fones de ouvido na pasta e os coloco, acho que nenhuma musica conseguiria expressar meu estado de espírito agora. E por um minuto me permito pensar em quanto isso é triste, meu maior momento de felicidade comigo mesma é conseguir um emprego novo. É um pouco deprimente.
Mas me forço a esquecer isso é focar na música enquanto o elevador se fecha.

Saiu do elevador e começo a procurar a chave na minha bolsa, estou tão animada com a chance do trabalho que não percebo, pela primeira vez, que o corredor não está vazio.

- Kethylin Neonder... - Primeiramente tremo ao ouvir meu nome, mas então a voz me faz paralisar, cheia de veneno e deboche, tanto que me sinto tonta por alguns segundos. É como se todo o ar ti esse sido contaminado.
Levanto a cabeça devagar, tentando me controlar. Me lembrando que sou adulta. Não devo nada a ela.

- Verônica... - Solto um sorriso tão falso quanto a dela. Nem reconheço direito minhas ações. - Queria realmente puder dizer que é um prazer revê-la... Mas, não é. Com licença - Passo direto por ela, nem mesmo me dignando a dar a ela mais uma olhada.

- Hum... Ficou afiada com o tempo, menina. Mas me diga, as COISAS continuam IGUAIS por aqui? - Ela me pergunta, escuto o tom de riso na sua voz. E na minha mente peço para que o diabo leve ela de volta para onde quer que seja o lugar onde passou esses últimos meses.

- Não. Não está tudo igual sabe... Na presença de certas pessoas, eu fico um pouco enjoada - Digo e entro pra dentro de casa.
Toda a coragem se esvaindo assim que bato a porta.
No começo, evitar Verônica era um propósito de vida pra mim. Só mais um dos motivos para eu me entupir de trabalho e mal ter uma vida. Mas a medida que o tempo foi passando, e eu fui crescendo, percebi que nada, nem me esconder pra sempre, faria com que ela esquecesse isso. Então resolvi revidar. O que também não a faz esquecer.
E vê-la, ouvi-la, lembra o quanto ela contribuiu pra isso... Faz minha cabeça rodar mil vezes em meio segundo e então as lembranças chegam, e eu me sinto manipulada, derrotada e fraca...
Então esqueço de qualquer coisa que pretendia fazer é passo o resto do dia, e boa parte de noite, debruçada sobre a janela com minha garrafa.


Eu e Márcia passamos o resto da semana arrumando os documentos para segunda. Ela me ajuda quando temos que ir dar baixa na carteira, ver Luiz é a última coisa que quero nesse momento, mas vou porque sei que é a última vez. Ela me pergunta o que aconteceu comigo na quarta, mas eu desconverso e dou uma desculpa horrível. Ela sabe que estou mentindo, mas não volta a perguntar. Não que faça diferença, ela vai ver o MOTIVO mais dia, menos dia.

Vejo Keny em casa a tarde, trazendo roupas sujas e levando limpas... Ele nem me olha, e eu não faço ideia do que falar pós não vejo um verdadeiro motivo pra isso tudo... Eu só mandei ele cuidar da vida dele, o que tem de mais nisso?
Seja o que for, ele ainda não vem dormir em casa e não fala comigo em hipótese alguma. Então no fim de cada noite, junto tudo o que está me preocupando e bebo. Bebi nesses três dias mais do que me lembro de ter bebido em um mês...
Só paro quando já estou desmaiada no chão e no outro dia mal posso me levantar.

Mas me levando, morta de vergonha e desprezo pela minha própria fraqueza... Eu deveria resolver meus problema, não me afogar no álcool por eles.
Mas eu sei, como sei que o sol é quente, que se eu ficar em casa... É exatamente o que vou fazer de novo.
Então levanto, e mesmo que me livrar da ressaca hoje seja mais difícil, eu não sedo, me livro da ressaca, visto meu maiô preferido, coloco metade da casa na minha bolsa e vou pro Clube.

Demoro um bom tempo antes de ligar o carro. Isso por causa do meu medo de dirigir quando tem a chance de começar a ver as coisas duplicadas a qualquer momento. Consequentemente quando chego no clube não é mais o começo da manhã...
A recepcionista me reconhece, mesmo fazendo um bom tempo que não venho aqui com frequência, ela sorri e me cumprimenta antes de me dá o crachá de sócia e me deixar entrar.
Deixo minha coisas no meu armário do vestiário e sigo pelo pequeno corredor azul até as piscinas.
E são muitas...
Pequenas ou grandes, fundas ou rasas, todas tão azul quanto o próprio mar.
As piscinas de visitante, mas perto da entrada, são mais juntas e, como hoje, estão sempre cheias, as dos sócios tem vários metros de distância uma das outras e tem tanto tendas quanto espreguiçadeiras ao redor.
Sigo direto para a de 7 metros, aqui o guarda não me reconhece e tenho que mostra o crachá mostrando que sou sócia e nadadora.
Essa não é uma piscina pra festas.

Reconheço Lucas assim que meus olhos caem na piscina.
Nem a água, que o deixa embaçado, pode diminuir o bronzeado perfeito e os lindos cabelos castanhos claros, quase louros, que secos criam cachos leves que dão vontade de tocar...
Vou até o chuveiro e tiro todo o creme do cabelo antes de entrar na água.
Nado devagar aproveitando o frio e a tranquilidade da água antes de me esforçar para alcança-lo...
Assim que chego até ele agarro o calcanhar de seu pé e ele começa a ir mais devagar, mesmo sem me ver sabe que sou eu, esse é o nosso sinal.
Nadamos assim até a borda da piscina e então ele finalmente para e senta na borda.

- Você veio. - Ele diz, me lançando seu sorriso matador que conheço tão bem.

- Eu vim... - Digo, me sentando ao seu lado e suspirando quando ele me abraça apertado. Não resisto, o abraço de volta e escondo meu rosto em seu peito nu molhado e choro. Só não me sinto mais ridícula por que, felizmente, não estou soluçando...
Então continuo chorando por um tempo, e não acho que conseguiria fazer isso nos braços de mais alguém...

- Não sabia que estava com tanta saudade. - Sussurra no meu ouvido enquanto faz cafuné na minha cabeça. Então eu sorriu em meio as lágrimas. É isso que Lucas faz! Sabe exatamente o que dizer pra te fazer sorrir em qualquer momento...
Só então percebo a falta que ele me fez!

- Eu estava morta de saudade! - Levanto o rosto.

- Não conseguiu o emprego? As coisas estão difíceis? - Diz, enquanto tira delicadamente as lágrimas do meu rosto.

- Quase. Mas não é sobre isso... - Encosto minha cabeça em seu ombro quando enlaça minha cintura com o braço - O passado voltando pra me atormenta... -

- Veio dá uma fugida? - Pergunta beijando meu cabelo.

- Algo assim... Ia acabar me afogando no álcool se não viesse. -

- Isso é ruim, porque meus planos incluem álcool. -

- O que quer dizer? - Levanto a cabeça pra encara-lo.

- Vai ter uma festinha no apartamento de um amigo da faculdade. Aqueles que eram menos importantes que você... E eu queria que fosse comigo! E vou insistir... -

- Não vai precisar. - Sorriu quando ele faz cara de desapontado, pensando que vou recusar. - Só espero que de tempo que nadar muito antes. Tem sorte que eu pensei em trazer uma roupa... -

- Você vai? - Pergunta com cara de surpreso.

- Vou... Primeiro, porque te amo. E segundo, não quero voltar pra casa nem tão cedo. -

- Bom, desculpa dizer mas estou bem feliz pelo seu passado ter voltado. Se esse é o preço pra aceitar sair comigo sem discussão... - Sorriu um pouco.

- Não sabe do que tá falando! - Falo, pisco pra ele e caiu na água.

Não conversamos muito mais pelo resto do dia, não precisamos. Nadamos juntos e apostamos corridas, depois só ficamos boiando tranquilamente por um tempo. Saímos para almoçar e depois voltamos e quando finalmente saímos definitivamente eu me sinto uma uva passa de tão encolhida. Mas claro que Lucas continua lindo como sempre...

- Não me lembro da última vez que ficou tanto tempo... - Diz depois que juntamos as nossas coisas e começamos a ir para os vestiários.
As piscinas já estão todas bem mais vazias...

- Como eu disse, nada de voltar pra casa cedo... - Falo calmamente. É quase irreal como me sinto leve agora, nem mesmo a lembrança do porre de ontem, ou do motivo dele, consegue mexer muito comigo.

- Quanto tempo demora pra se arrumar? - Me pergunta na porta do vestiário feminino.

- Alguns minutos, só vou tomar um banho quente e me vestir. - Ele concorda com um aceno de cabeça e beija minha testa antes de entra no vestiário masculino, que fica bem a frente.

Eu e Lucas nós conhecemos na faculdade. Não fazíamos o mesmo curso mas mesmo assim por alguma coincidência sempre acabávamos nos esbarrando.
No começo eu tinha dado um gelo nele, como na maioria dos caras da faculdade que, eu sabia só queriam sexo.
Mas com um tempo ele foi me amolecendo e suas gracinhas, que descobri serem mais despretensiosa do que pensei no começo, acabaram sendo uma parte importante do meu dia.
E ele virou meu amigo. Claro! Mas não só pelo seu jeito tão carinhoso de ser...
A familiaridade que eu sinto na presença dele é surreal. Tenho sempre a sensação que o conheço a séculos e mesmo quando brigamos ou ficamos muito tempo longe um do outro... Não posso negar que não existe muitos pessoas no mundo com quem eu deseje está fazendo um constante contato físico...
Ele é o mais perto que consigo chegar de encontra um casa de verdade em uma pessoa física!
Penso nisso enquanto tento tirar todo o cloro do meu cabelo.
Quando finalmente consigo me sentir satisfeita com o banho visto minha lingerie vermelha com um short jeans curto e folgado, com uma blusa de renda solta que mostra meu sutiã.
Não uso essas roupas a um bom tempo. Mesmo sendo novas, lembram de mais minha adolescência...
Mas hoje me sinto tão bem que quase não ligo.
Quase!
Passo creme nos cabelos e amasso até ficarem definidos e volumosos. Passo perfume e calço minhas rasteiras, depois de pegar todas as minhas coisas sigo pra fora...

Eu e Lucas seguimos até o estacionamento onde pago para que meu carro possa ser levado para o meu apartamento com minha bolsa dentro.
Então seguimos para o carro dele...

- Não vai me contar detalhes sobre o que está te aborrecendo? - Me pergunta quando já estamos em movimento.

- Eu não estou aborrecida agora, mas se me fizer falar sobre isso eu provavelmente vou ficar. Acho melhor não. -

- Tá, mas sabe que pode falar sobre tudo comigo não é? - Eu assinto e meio envolvida pelo momento me inclino pra frente e lhe dou um selinho.

E não é estranho. Nunca é...
Nunca namorei Lucas, mas também não posso dizer que somos simplesmente amigos.
Ele sempre soube que é complicado pra mim ter esse tipo de envolvimento com qualquer pessoa...
Então mesmo que seja óbvio que ele goste de mim, esse tipo de interação entre nós não acontece muito.
Ainda assim existe momento como esses...

Momento em que eu tenho certeza que de, de qualquer pessoa no mundo, ele séria o único com quem eu teria realmente vontade de dividir minha vida...

- Por isso gosto tanto quando você vem nadar comigo... - Ele sussurra com um sorriso bobo no rosto tira um braço do volante e estica me convidando.
Esse é meu convite do dia.
E eu aceito.
Me arrasto te ficar juntinho dele e me encosto ao seu lado aproveitando o calor do seu corpo e calados seguimos a viajem.

Quando chegamos ao apartamento do prédio em que está acontecendo a festa, que fica no subúrbio da cidade, ela já esta rolando a todo o vapor.
Diferente do que Lucas me disse, ele me deixa beber nada com álcool e passa a noite toda ao meu lado.
Dançamos muito e conversamos com os amigos dele, não acho ninguém que eu conheça de verdade mais mesmo assim me divirto muito com as conversas divertidas nas quais ele faz questão de me colocar...

Quando começo a bocejar de forma involuntária, por causa de todo o esforço que fiz hoje na piscina, Lucas não demora nada pra se despedir de todo mundo é me levar pra casa...

- Vai demorar muito e meu sinceramente não estou com vontade de dormi naquele apartamento vazio... - Falo em meio a vários bocejos pendurada em seu ombro. - Posso dormi na sua casa? - Pergunto não aguentando e fechando os olhos.

- Tem certeza disso, Kethy? - Me pergunta. Eu assinto com a cabeça no seu ombro sem abrir os olhos. - Ok. Não que eu ache que você vá chegar até lá acordada... -

E não sei se estou mesmo acordada quando chegamos. Mas sinto o carro parando e ele me carregando até dentro de casa, sinto ele me deitando na cama e tirando meu short e me cobrindo. Me sinto apagar por algum tempo e depois consigo sentir quando ele se deita ao meu lado e me puxa pra si...

E então eu me afogo definitivamente na escuridão…


Notas Finais


É, sete anos é bastante tempo!!! 😶
Até o próximo 👋

XoXo ...


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