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História Sentimentos Proibidos - Tensão...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores!!!
Eu nem vou mais me desculpar!!
Até eu tenho vergonha na cara...
A verdade é que eu não tinha onde escrever mesmo... e não corri atrás...
Então vou encarar que a maioria de vocês desistiu da história!!!
Pra quem ficou, tá ai um capitulo enorme e eu arrumei onde escrever e vou tentar voltar a ser frequente...
I PROMISSE!!!
(E perdão pelos erros... a coisa do corretor ainda tá complicada!!)

Boa Leitura...

Capítulo 26 - Tensão...


Sinto quando o elevador para.
Sei pela mudança no corpo de Kely que chegamos, e sinto por ter que me afastar de todas as sensações maravilhosas que me invadem quando tenho ele assim tão perto. 
Me preparo para que ele se afaste. Mas ele não faz isso de imediato... 
Ele contínua com os braços ao meu redor enquanto me guia para fora do elevador, sinto quando saímos do espaço fechado, mas não faz mas muita diferença. Não quando ele me mantém perto...
Ele me arrasta para um lado e, bem devagar, vai alargando o aperto ao redor de mim.


- Tudo bem? - Ele me pergunta quando arrasta as mãos das minhas costas até meu rosto.
Faço que sim com a cabeça, olhando nos seus olhos, e de novo tenho a sensação de ver a larva derretendo. Mas então acaba, Kely se afasta e da um passo para longe de mim. - A senhorita primeiro... - Aponta para o corredor e olha para o teto.
Quero insistir, força-lo a falar, força-lo a encara o que nós significados, ou o que o nosso passado significa. Mas olho para seu corpo, tenso, a mandíbula travada, a frieza nos gesto. E a mudança repentina faz cair por terra minha coragem.
Simplesmente suspiro, e sigo à sua frente pelo corredor.

 


Assim que entro na sala, onde só exitem homens, todos me olham de um jeito estranho. Mais assim que Kely entra todos desviam o olhar. Eu estou de terno e ele não. 
Posso imaginar muito bem as idéias se formando em cada uma das mentes. E isso não me deixa nada feliz.
Tento olhar pra Kely assim que me sento, e ver se ele também percebeu, qual sua reação. Mas seu rosto está tão vazio quanto o corredor lá fora agora. E isso me deixa ainda menos feliz.
Mas então a reunião começa. Hoje falamos sobre todos os projetos da empresa que está em ação. Derek e Simon, os supervisores das obras da empresa, são quem vem levando as últimas duas reuniões.
Simon, um coroa barrigudo, está a mais tempo na empresa, mas tenho a impressão que Derek, um quarentão enxuto, que entrou pouco antes de mim, tem muito mais competência que ele.
Vejo o quanto a opinião dos dois divergem, e não consigo ver profissionalismo na forma como Simon gosta de levar as coisas.


- As obras dos dois Hotéis na capital estão indo bem, provavelmente vamos conseguir terminar antes do prazo. O rancho que está sendo construído no interior vai mais devagar, mas também não vamos ter problema na entrega. As casas do subúrbio começaram a ser construído a pouco, mais também vão muito bem. - Derek diz, olhando para o notebook a sua frente. Então faz uma careta... - Os únicos projetos que vem me preocupando são os dos casarões do litoral... As obras vão devagar de mais e os matérias tem sido muito mal utilizados. Sei que já faz algum tempo que a obra começou, mas sugiro que mudemos algumas das contratações nesse caso... Não acredito que as coisas estavam sendo bem feitas... - Ele termina meio hesitante.
Simon o encara com uma expressão severa. Isso porque ele mesmo contratou a maior parte dos funcionários dessa obra.

- Besteira... - Simon diz. - Um pouco mais de verba e logo, logo tudo estará pronto... - 


E Derek se cala.
Mesmo que sua expressão mostre bem que não concorda com a ideia.
Olho para Kely e vejo que está distraído. Olha para a janela com os olhos vagos. Duvido que tenha escutado mais que o começo da reunião.
O que me surpreende, já que costumo o ver muito focado nas coisas que são ditas. 
Tento fazer contado visual com ele, mais percebo seu cuidado em manter seus olhos longe do meu alcançe, e percebo a indiferença que ele parece dirigir a mim.
Como se nada tivesse acontecido.
Mas tento ignorar a dor que isso me causa...
O que eu esperava? Que ele simplesmente tivesse pena das minhas crises e voltasse pra mim? 
Como se eu pudesse aguentar ser alvo da compaixão dele...

Forço minha mente a sair da minhas questões pessoais, e voltarem a reunião. 
Então me forço a abrir a boca em vez de só observar...


- Eu não acredito que isso seja recomendável... - Falo, não muito alto, e mesmo assim toda os olhos da mesa se viram pra mim. Surpresos por eu abrir a boca. Encaro o notebook a minha frente. Mas por vergonha que para buscar informações. - Os números não mentem, e mostram claramente que qualquer gasto a mais com essa obra vai torna-la uma obra sem nenhum retorno financeiro satisfatório... - Derek me olha com um leve sorriso nos lábios assim que termino de falar. Já Simon, depois que se recupera da surpresa de ouvir minha voz, parece muito irritado.

- E também não teríamos que gastar para mudar as contratações? - Me pergunta de forma rude, como se minha opinião fosse ridícula.

- Não tanto quanto para sustentar os gastos absurdos que está obra está tendo... - Falo, sem me alterar pelos seus modos.
Simon encara Kely, Derek faz o mesmo, eu os sigo. Kely está me encarando, como se me vendo pela primeira vez, mas vejo que isso é apenas profissionalmente, quando procuro algo a mais​ não vejo absolutamente nada. 
Novamente, como se nada tivesse acontecido.

- Concordo com a Srta. Marie. Não vamos gastar mais com esse projeto... - Então devia o olhar do meu... - Derek, pode cuidar disso? - Derek assente, com um sorriso mal disfarçado no rosto.
E quase mais nada tenso acontece até o fim da reunião.

Quando nos levantamos para sair da sala, Simon chama Kely e começa a sussurrar coisas. Provavelmente nada de bom. 
Fico um pouco preocupada com Kely, mas então vejo seu rosto de relance e sei que está alerta de novo.
Saiu da sala e me posiciono ao lado do elevador para espera-lo.
Dez minutos, vinte minutos, meia hora se passam, eles dois são os únicos a permanecer na sala, e não ouço nada parecido com passos vindo em minha direção.
Então suspiro e, desistindo, pego as escadas.



Kely não aparece pela resto do horário de trabalho.  Começo a confirmar os compromissos da próxima semana, reservo seu quarto no hotel que construímos, e que vai ser inaugurado na próxima semana, compro as passagens de avião, marco a reunião da semana que vem e baixo todos os arquivos de possíveis contratos para estuda-los em casa. Um bom numero de pessoas liga a tarde a procura do Sr. Masel, mas tenho que dispensar todos, porque não faço ideia de onde ele está, o que me faz sentir incompetente.
Quando o relógio bate três horas da tarde eu perco o pouco de esperança que eu ainda tinha de que ele aparecesse.
Coloco no espaço de pendências da agenda dele uma visita a cada uma das obras que Derek disse não estarem indo muito bem..
E continuo meu trabalho pelo resto da tarde. Ficando cada vez melhor em ignorar qualquer pensamento sobre Kely, e seus braços ao meu redor do elevador, seu olhar carinhoso...


Vinte minutos antes do horário acabar, a porta ao meu lado se abri. Sei que é Kely pela forma como é aberta. Mas simplesmente continuo fazendo meu trabalho sem nem olha-lo... Mesmo que os meus próprios olhos queiram outra coisa.
Meus ouvidos ficam super sensíveis aos seus movimentos. Escuto quando ele caminha devagar até a sua mesa e se senta na cadeira. Escuto sua respiração que não parece muito normal. Mas me forço a não olha-lo, mesmo com toda a curiosidade que sinto.
Fica tudo ainda mais difícil quando de repente sinto seu olhar perfurando meu rosto. Sei que ele está me olhando, sei que está me encarando e mesmo assim continuo de olho no computador a minha frente... Mas percebo que nem sei mais no que estava trabalhando. Tento continuar atuando mais não é tão fácil quando não tenho nada mais em que prestar atenção.
Então, pra minha eterna sorte o pequeno relógio na parte inferior da tela diz que são 18:00 horas. Minha carta de alforria.
Tento conter meu suspiro de alívio enquanto fecho todas as abas de pesquisa e desligo o computador, junto todas as minha coisas e organizo a minha mesa, me levanto, pego minha bolsa e começo a caminhar em direção a porta...
Sem lançar nem mesmo um olhar se quer pra Kely. Me sinto orgulhosa de mim mesma.
Estou a três passos da porta quando ele me chama.


- Kethylin... - Ele diz com a voz baixa, hesitando... Escuto quando levanta e começa a andar em minha direção. Perco qualquer controle sobre meu corpo e viro para encara-lo. Sua expressão está insegura, seus passos são devagar e seus olhos me encaram tensos. O quanto ele é lindo volta a bater em mim com toda força. E eu o quero tanto que não posso ignorar. Mas meu coração se quebra mais um vez ao perceber o quanto está evidente que ele não sente mais o que sinto...
Espero que ele chegue até onde estou, mas quando ele está quase na minha frente me lembro que ainda estou com o terno dele... E meu coração volta a murchar por saber que é só isso que ele quer... Começo a tirar o casaco assim que ele chega perto de mim, mas não muito perto.


- Desculpe, eu esqueci... - Digo estendo a peça para ele.


- Ah, não, nao é isso... Pode colocar de novo? Não quero que fique doente... - Diz tudo paralisado onde está. Demoro alguns minutos para devagar, vestir o terno de novo. Sem entender... - Eu sei que já está tarde, seu horário já acabou... Mas... Eu acho que precisamos conversar. Kethylin, esse é o Nosso Ambiente de Trabalho, e eu não acho que seja Saudável agirmos com qualquer intimidade aqui. Mas parece que as lacunas sobre o nosso... passado não permite que sejamos totalmente... Profissionais. Então eu... estava pensando se poderíamos ter uma conversa franca... Sobre tudo o que aconteceu... e então superar logo isso... - Enquanto fala ele desvia os olhos de mim cada vez que vai enfatizar uma palavra. E quanda fala "isso", sinto meu peito gelar com o desdém em sua voz.
E eu entendo cada palavra que ele diz, mesmo que minha mente pareça mais lenta. E eu não quero isso... Todo meu corpo recusa quando coisa sobre agir de forma profissional. Eu quero muito mais que isso...
Mas faço que sim com a cabeça porque a) Um parte de mim já perdeu totalmente as esperanças de ter mais qualquer coisa além de amizade com Kely. E b) Se tenho que escolher entre ser sua funcionária/amiga e continuar o vendo, ou dizer dizer a ele o que sinto e vê-lo ir embora da minha vida mais uma vez. Eu prefiro a primeira opção. Sem pestanejar.


Kely sai da minha frente e estendi uma mão de lado, me convidando a voltar a entra. A passos lentos eu entro, colocando novamente minha bolsa sobre a minha mesa enquanto escuto ele fechar a porta atrás de mim e depois tranca-la com uma chave que eu não o vi pegar. Então ele caminha até o meu lado, colocando vários passos entre nós e lança a chave sobre a mesa, o barulho metálico do baque é todo o que quebra o silêncio por vários segundos.


- Vamos até o sofá? - Ele fala finalmente, me dando o poder de voltar a andar. 
Caminho até o sofá sem nem olhar em sua direção, tenho medo dessa conversa antes mesmo de ela começar a acontecer. Mas continuo andando.  
Porém Kely não vem comigo, enquanto me sento no sofá escuto ele abrindo uma das portas do outro lado da sala, alguns longo segundos depois ele está de volta. Não olho pra ele enquanto se aproxima... Tenho medo do que meus olhos podem dizer.
Kely senta a minha frente, se afundado no sofá, e me estende uma taça com um líquido cor ferrugem dentro. - Acho que isso pode... ajudar... - Diz enquanto pego a taça.
Viro a taça de uma vez só, o líquido rasga minha garganta e faz minha cabeça rodar. Tenho que fechar os olhos pra alguns minutos, mas quando volto a abri-los já posso sentir o álcool deixando meu corpo mole e relaxado, soltando minha língua.
Devolvo a taça vazia a Kely e espero que ele termina a sua. Mas ele faz isso devagar, como se com medo de começar a falar. Quando finalmente termina, coloca as taças no chão ao lado do sofá e se volta pra mim.


- Você pode... começar... - Diz, ainda não parecendo seguro.


- Acha mesmo que isso vai ajudar em alguma coisa? - É só um sussurro, mas ele escuta.


- Sim, vai ajudar!! Tem que ajudar... - Devolve o sussurro, tentando entretanto convencer mais a si mesmo que a mim.


- Eu não sei por onde começar... - Digo, me reencostando no sofá.


- Pelo começo... - Diz. Mas ele não entende... procuro uma forma de começar mais não existe uma forma menos dolorosa de mexer numa ferida tão grande e aberta. É como colocar sal em afita... não importa se pode ajuda, o que importa é só a agonia inevitável do processo. Ainda assim, respiro fundo e começo a falar:


- Quando eu acordei no outro dia... depois daquela noite, eu estava confusa, demorou um pouco para eu lembra o que tinha acontecido. Eu estava caída no chão do banheiro e minha cabeça doía muito, foi quando eu percebi o que tinha acontecido... Quando Keny chegou​ em casa eu estava desesperada, não sabia com explicar... eu... Pensávamos que íamos ir para um abrigo ou algo do tipo... Márcia ajudou muito... - Continuo falando, sentindo um novo buraco de abrindo em mim a cada nova memória. Tenho que deixar tudo isso de lado, penso, tenho que ser fria e objetiva... Mas minha voz falhar em vários momento e minha​ visão turva, falo rápido de mais em alguns momentos e gaguejo constantemente. Me sinto patética enquanto falo, Kely me olha, e sinto que ele vê cada uma das minha fraquezas. E não posso impedi-lo.


Quando finalmente acabo de falar eu olho para Kely por alguns segundos, tento ver uma reação dele. Mas só continua a me encara, me analisar, como um experimento. Mas sinto que é fachada, seus olhos estão frios e impessoais, mas seu corpo está tenso... Em um momento quase posso jurar que o vi tremer.


- Sua vez... - Digo. Preferindo pular da janela a ouvi-lo...


- Claro... - Ele dá um grande suspiro e se aconchega mais ao sofá, como se tivesse passando muito tempo em uma posição sem perceber. Sua voz é totalmente fria quando ele recomeça. Parece confiante de novo. - Quando sai de casa naquela noite, vim para o trabalho... - Então ele para de olhar pra mim, como se perdendo a coragem​. Kely fala sobre a confusão do chefe quando disse que não tinha onde morar, fala sobre ter que dormir no trabalho, fala sobre o chefe fazendo um empréstimo para que ele abrisse a própria empresa, e percebo o carinho que ele tem pelo homem que mais a frente ele informa que já morreu, então a história encurta. Ele fala sobre começar a empresa, sobre pessoas que o ajudaram a chegar onde está...
Não sinto como se ele estivesse falando de si mesmo e da sua vida, sinto como se estivesse me dando uma aula de empreendedorismo.
Em um momento ele se cala e diz " Isso é Tudo... " , Mas eu sinto como se tivesse dado tudo de mim e não tivesse recebido nada em troca.


Passamos mais um breve momento constrangedor olhando para as janelas e o teto, até que nosso olhos se encontram por um momento e como um estalo eu vejo um pouco da complicidade que tínhamos antes.


- Sinto muito... - Ele diz pra mim, mais um vez deixando a máscara de lado e me dando um pouco do meu Kely.


- Eu também... - Sussurro pra ele e lanço um sorriso fraco. Não é como se tudo estivesse resolvido. 
Mas é um começo.


- Acho que essa é a hora de você ir... - Diz, depois de dar uma olhada no relógio. 
Me levanto e sigo ele até a sua mesa, parando a frente e esperando enquanto ele pega a chave. Quando ele começa a demorar, e eu decido que não é possível manter a fachada a menos de alguns metros, rapidamente me viro e vou atrás da minha bolsa...


- Droga... - Escuto ele praguejar atrás de mim. Me viro novamente.


- Algum problema? - Pergunto hesitante.
Ele não responde de imediato, só continua bagunçando papéis sobre a mesa e xingando, depois de um enorme suspiro ele me encara.


- Não sei onde está a chave... - Diz com uma expressão torturada. - Pode... Pode... Deixa pra lá... - Balança a cabeça e volta a remexer nos papéis.


- O que? - Deixo minha bolsa sobre a mesa e sigo direto para trás da sua mesa, mandando a sensatez pro inferno - Quer ajuda? - Ele se vira e me encara.


- Se não se incomodar... - Tenho a impressão que custa muito pra ele dizer isso.


- Claro que não... - Empurro a cadeira de couro para fora do espaço da mesa e entro lá.
Começo a pegar os papéis e organizá-los em fileiras enquanto olho de baixo deles. Mais não encontro nada na mesa inteira. Kely começa a abrir as dezenas de pequenas e grandes gavetas que se encontram em toda a parte interior da mesa, bem escondidas. Do lado que ele está abrindo as gavetas estão destrancada, mais percebo que do lado em que estou existe um pequeno moio de chaves e que cada uma das gavetas tem uma fechadura.


- Vai abrir essas também? - Pergunto.


- Não sei, acho que a reserva esta em uma dessas aqui. - Diz, concentrado no que estava fazendo.
Me ajoelho para seu lado e começo a abrir as gavetas também. Algumas dela contem projetos, outras celulares, outras contem caixas com miniaturas de construções. Algumas tem mais papéis e só quase no fim acho uma mais funda que as outras que contem um número nada pequeno de chaves de todos os tipos.


- Acho que é isso. - Digo, me sentindo​ orgulhosa de mim mesma. Kely suspira ao meu lado.


- É isso mesmo... - Diz, mas eu mal escuto. Só consigo me concentrar na sensação que seu hálito quente causa sobre minha pele. Mas acho que ele não percebi meu estado.
Kely tira a gaveta da abertura do mogno e a coloca sobre a mesa. - Agora só tenho que achar a certa. - Ele diz. Me apoio sobre a mesa para ficar em pé e quando faço força a mesa cede sobre meus dedos. 
Sinto os braços de Kely ao meu redor e ele me puxa para cima, me apoiando na mesa. 


- Tudo bem? - Faço que sim com a cabeça sem querer encara- ló. Olho pro chão e perco ar... Todas as chaves estão terrivelmente destribuídas sobre o carpete.


- Que merda... - Falo.


- É... - Diz, imperturbável. - Vamos ter que juntá-las uma por uma. - Mas só pelo fato de não receber alguns bons gritos dele, já agradeço a Deus.
Novamente Kely demora mais tempo que o necessário para me solta... e quado o faz é como se sentisse que nunca mas devesse fazer isso. Mas a minha pele formiga tanto em baixo do tecido do terno que nem mesmo essa contatação abala as batida fortes e ridiculamente esperançosas do meu coração.


Kely se abaixa a minha frente e começa a juntar as chaves. Faço o mesmo, mas sou bem mais lenta que ele. E a aproximação dos nosso corpos, os esbarros dos nossos braços e penas, a eletricidade no ar, que persistem até que eu tenha pegado todas as chaves a minha vista, não ajudam em nada. A tensão é tão palpável que me apoio na mesa, assim que me levanto, para acalmar os tremores do meu corpo, dessa vez longe de onde estamos colocando as chaves. 
Enquanto Kely termina com suas chaves eu decido me sentar sobre a mesa e começar a organizar as que estão lá. Me sinto cansada... Não lembro a ultima que tive um dia tão... Intenso.
Jâ estou terminando de separar as chaves por tamanho e marca quando ele finalmente volta, com um numero bem pequeno de chaves para toda a demora.


- Bom trabalho... - Diz, com a voz mais rouca que o normal, chegando mais perto.
Sorriu e levanto os olhos... e meu sorriso vacila assim que percebo o quanto estamos perto. Sua cocha bate na minha, seu pescoço a centímentros da minha boca, suas mãos se movendo bem do meu lado...
Kely começa a mexer nas chaves, mas estou cega... cega e descontrolada... porque sinto meu corpo se inclinando um pouco mais pra perto... e quando sinto seu cheiro eu não consigo mais aguentar... eu me inclino mais ainda e beijo a lateral do seu pescoço. Como se algo tivesse me possuído.
Kely para imediatamente o que esta fazendo e se vira pra me encara, surpreso. E eu nem ao menos consigo me forçar a abrir a boca... só continuo encarando e sabendo que meus olhos mostram exatamente o que quero.
A respiração de Kely ofega, os movimentos do peito aceleram... E para minha enorme surpresa ele se aproxima mais, se posicionando no meio das minhas pernas. 
Suas mãos firmes, mas hesitantes, vão para minha cintura, minhas mãos tremulas vão para seu pescoço, ele começa a chegar mais perto, meu corpo se acende como uma arvore de natal...
Mas, dois milésimos de segundos antes de sua boca encontrar a minha, eu vejo um traço de tortura em seus olhos. E sinto que devia ter parado ai...

Mas, de novo, não tenho mais nenhum controle sobre mim mesma...
 


Notas Finais


Não tomem suas conclusões ainda...
Vamos descobrir um outro lado do Kely??
Até o Próximo...

XoXo...


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