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História Sentimentos Proibidos - Enfrentando...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores!!!
Capitulo novo, como prometido!!!!!! 😍
Como eu tinha dito
Nesse capitulo vamos abordar um pouco mais dos outros personaguens...
Sem sair do foco e complicando as coisas...
Preparados?

Boa Leitura...

Capítulo 28 - Enfrentando...


Sinto alguém passando a mão sobre o meu ombro.

Tento abrir meu olhos totalmente, mas eles estão inchados e doem com a luz do... saguão. Só então percebo que pegue no sono... Minha cabeça lateja com o pequeno movimento que faço para encarar quem está ao meu lado. Márcia sorri pra mim. Parece cansada e o sorriso é do tipo " Não tô bem, mas você parece pior... ". E não tenho forças para sorrir de volta.

- Você parece mal... - Ela diz, a voz gentil e compreensiva fazendo as lagrimas voltarem aos meus olhos.

- Podemos não falar de mim agora? - Sussurro para ela, me arrumando na cadeira. Meu corpo doe.

- Hurum... - Murmura preocupada... Sinto que ela quer falar. - Mas é melhor irmos para o bar... - Dou de ombros, mas minha mente grita ÁLCOOL. - Só espera um pouco... - Diz, levantando e indo até o balcão e pedindo algo as recepcionistas. - Elas vão levar nossas coisas. - E só então percebo duas pequenas malas ao nosso lado. - Vamos? - Pergunta me estendendo a mão.

Aceito sua ajuda, mais assim que levanto minhas pernas fraquejam. Sinto tontura e que um pequeno caminhão de concreto passou por cima de mim.

Márcia rodeia minha cintura carinhosamente com um braço...

- O que ele fez dessa vez? - Me pergunta enquanto caminhamos.

Acho que sabe que não pretendo responder.

 

Entramos no bar e o encontramos quase totalmente vazio...

Atrás do balção marrom brilhante no fundo do salão só encontramos um ultimo funcionario que não nos nota quando entramos.

A luz aqui é mais baixa e em tons de azul, então não me sinto muito incomodada com manter os olhos abertos.

Passo os olhos pelas cadeiras e mesas e encontro uma pessoa... Virada de costas pra nos, numa mesa que tem uma janela para o jardim da frente, pós ainda estamos no terio. Ele encara o breu lá fora, também sem nos notar.

Eu preferia ir para uma mesa vazia... Mas é exatamente pra lá que ela nos faz seguir... e como não me sinto desposta o suficiente para protestar...

 

Nos sentamos no sofá acolchoado a frente de Victor e nem assim ele nos nota. Continua olhando para a janela e solta alguns suspiros...

- Noite solitária? - Márcia pergunta, finalmente quebrando o silêncio. Victor se vira pra nós, mas acho que tinha nos percebido sim, porque não parece surpreso ao nos ver.

- Uma das mais solitárias... - Murmura, puxando um sorriso com só um lado da boca e encarando um copo vazio a sua frente.

Márcia se levanta e vai até balcão. Eu e Victor nos encaramos por um tempo, e eu percebo a saudade que sinto dele.

Ele sorri pra mim... Tento fazer o mesmo, mas acho que não sou bem sucedida.

Márcia volta equilibrando três copos nas mãos. Nem questiono que isso deveria ser feito pelo garçom antes de pegar um e engolir de uma vez o liquido rosa e grosso. O gosto e muito doce, mas consigo sentir o álcool abaixo.  

Victor vira o copo tão rápido quanto eu e Márcia apenas bebe dois goles.

- O que aconteceu? - Márcia pergunta a Victor depois do terceiro gole.

Ele suspira a nossa frente enquanto encara, agora dois, os copos a sua frente. E demora um pouco até abrir a boca...

- Perdi alguém... - Márcia se sobressalta. - Ha... Não, ninguém morreu... - Ele se apressa em esclarecer. Mais olho para a expressão de Márcia e sei exatamente o que esta pensado.

Sim, alguém morreu sim. - Eu e Elleonor terminamos... - Diz, amargo.

- O QUE?? - Eu e Márcia falamos em uni solo, mas minha voz surpreendentemente soa mais alta.

- É... - Ele volta a afirmar.

- Porque? Como? - Arrasto minhas mãos sobre a mesa e seguro uma das dele. Por um momento sinto medo que ele me afaste e amaldiçoou Kely mil vezes.

- Não tava dando certo faz um tempo... Acho que amor não é o bastante no fim das contas. -

- Sinto muito... - Sussurro e dou um beijo na palma da sua mão antes de soltá-la.

- Tudo bem... - Dá de ombros. - Acho que só preciso enfrentar... -

- Acho que é o que nos três precisamos fazer... - Márcia diz.

Victor encara ela por um minuto.

- O que aconteceu? - Ele pergunta a ela. Voltamos a nos encostar. É a vez dela. Percebo que isso rapidamente virou uma sessão de terapia...

- Eu também perdi alguém... Minha mãe... Ela... Morreu noite passada. - E seus olhos embasam. Os meu também... Não consigo vê-la chorar.

É a vez de Victor segurar suas mãos. Eu chego mais perto e a braço de lado.

- Chorar é bom... Leva um pouco da dor... - Digo pra ela, enquanto ela funga com a cabeça no meu ombro.

- Eu queria ter dito coisas que não disse... - Ela me encara. E eu não tenho o que dizer, porque não existe uma solução pra isso. Não mais. Victor, calado, provavelmente sente o mesmo.

Então apenas a abraçamos até que ela se recupere um pouco.

 

Depois que voltamos para o nossos lugares, Márcia finalmente engole toda sua bebida, então os dois me encaram.

Demoro mais tempo para falar... Porque, primeiramente, não sei se quero. Mas depois vejo que eles parecem um pouco melhores depois disso, então porque não tentar?

- Eu não perdi ninguém... Quer dizer, sim, eu perdi... Mas faz sete anos... - Os dois assentem, e é bom saber que sabem do que estou falando. Que não vou precisar explicar, porque não sei se conseguiria... - Mas eu não tinha aceitado isso ainda... Então, o que eu perdi foram as... esperanças. - No fim minha voz é apenas um sussurro... Cada um deles pega em uma das minhas mãos para me confortar.

Mas eu não tenho mais forças pra chorar, nem me lamentar. Eu me sinto vazia. E falar infelizmente não me ajuda...

 

Algum tempo depois Márcia diz que precisa ir pra casa. Me levanto com ela, mas Victor diz que vai ficar mais um pouco.

- Onde vai morar agora? - Pergunto enquanto esperamos ela ir no bar pagar as bebidas.

- Um inquilino do terceiro andar esta indo embora, pego o apartamento no domingo... -

- Se precisar de um lugar, sabe que pode ir lá pra casa, não sabe? - Ele assente e sorri.

- Obrigado, Kethy... - E esse sorriso sim parece de verdade.

 

Márcia vai comigo até meu andar, se mantendo perto quando o enjoo vem e eu me encolho no canto do elevador.

- Você vai ficar bem? - Tenho vontade de beija- la e bater nela ao mesmo tempo, por se preocupar comigo num momento difícil pra ela.

- Claro... - Minto. - Vai pra casa e descansa. Se eu precisar de alguma coisa desço até lá... - Então dou um beijo em sua bochecha e a abraço, tudo para impedi-la de me encarar e ver o que realmente sinto.

Solto-a e sigo apressada pelo corredor...

 

Assim que solto minha bolsa no chão depois que fecho a porta, a primeiro coisa que penso em fazer é pegar uma garrafa no freezer e me trancar no meu quarto para esquecer o mundo. Uma ideia tentadora, tenho que admitir a mim mesma, já que não consigo pensar em nada no mundo de que valha a pena lembrar.

Ainda assim, por algum motivo, eu não me sento confortável com o desejo.

Então, em vez de ceder, decido arrumar casa, que na verdade não estava desarrumada porque parece que ninguém entrou nela o dia inteiro. Mas eu arrumaria algo pra fazer.

 

Vou até meu quarto, tomo um banho e vesto um short jeans folgado e uma blusa de malha fina, de mangas compridas. Vou até a área de serviço e pego a vassoura.

Assim que chego novamente a porta da frente, de onde pretendo começar a limpeza, espero sentir-me extremamente cansada. Mas não sinto, afinal a soneca no saguão parece ter aliviado um pouco o cansaço. Do meu corpo, pelo menos... Agora, eu vou cuidar de distrair um pouco o psicológico.

Ligou o computador da sala e procuro por " Musicas Animadas " no youtube, coloco a primeira playlist que encontro e deixo que as musicas acalmem minha alma enquanto eu varro e passo pano por todo o apartamento, troco todos os forros lenços e cortinas por qualquer coisa florida que eu encontre, e abro todas janela pra deixar tudo ventilado.

O relógio bate quase 3:00 hrs da manhã quando finalmente guardo a vassoura.

A sala agora tem flores nos sofás, nas cortinas e pequenas flores adesivas da minha adolescência nas paredes. O mesmo na cozinha, no meu quarto, até mesmo banheiro. Livrei apenas o quarto de Keny.

Alguma musica de batida contagiante ainda toca no computador e meu coração, mesmo que ainda despedaçado, bate extremamente leve. Coloco varias musicas da playlist para baixar e enquanto isso tomo outro banho. Quando saio do banheiro, nua e pronta para deitar, pego meu pen drive com as musicas recém baixada, plugo no rádio que a um bom tempo não uso e deixo um volume baixo, apenas para não ser engolida pelo silencio. Como a noite esta fria, visto um casaco antes de deitar embaixo dos lençóis floridos.

Já não tenho mais forças para nada que não seja dormir.

Então faço isso...

 

Um tremor me acorda pela manhã. Uma luz fraca e gentil entra pela janelas que tem as cortinas abertas, esquecidas ontem a noite. Outro tremor passa pelo meu corpo, estou morta de frio! Mesmo com a casaco grosso e o edredom...

Meus olhos latejam e minha cabeça doe. Me sinto extremamente cansada... Fecho os olhos e respiro fundo tentando acalmar a dor quando ouço um barulho de panelas batendo.

Por curiosidade de saber quem está em casa, faço menção a levantar. Mas assim que tento meu corpo mais uma vez treme, dessa vez fraco, e volto a cair na cama.

Tento mais duas vezes e acabo afegante e sem sucesso. Então desisto e grito por Márcia, que é quem provavelmente esta remexendo na minha cozinha.

Pouco tempo depois a porta é aberta, mas é a voz de Ken e não a de Márcia que fala.

- Posso entrar? - E antes de responder, me esforço para subir o edredom até meus seios e deixar apenas os braços cobertos pelo casaco a mostra.

- Pode... - Keny entra, parece já esta pronto para ir a escola. Ele vem até minha cama e senta aos pés dela. A porta aberta deixa entrar um vento frio entrar e eu subo a edredom até o pescoço para cobrir minhas mãos geladas.

- Márcia me pediu para da uma olhada em você... Disse que não estava nada bem. - Ele me observa por um tempo... - O que aconteceu, Kethy? -

Suspiro.

- Nôs brigamos... - Digo, sentindo uma vontade subta de dizer o que aconteceu pra alguém, mesmo sentindo meu peito rasgando e as olhos embaçando pelo lagrimas. Então ignoro até minha decisão de não colocar Ken no meio disso... - Eu tentei... eu fui tão burra. E ele reagiu tão mal. Eu pensei que ainda tivéssimos chance, eu pensei que talvez ele pudesse me perdoar... Mas ele não pode. - Minha voz embarga... - Eu não devia nem está falando isso pra você... - Enxugo minhas lagrimas no edredom.

- Claro que devia... - Sua voz esta triste. - Odeio ver você assim, não consigo o imaginar te magoando tanto. Ontem ele pareceu tão... Legal. -

- A culpa foi minha... - E volta a suspirar, dessa vez exasperado.

- Não aguento mais te ouvir dizendo isso!!! Já pensou que talvez NÃO. Talvez a culpa não seja apenas sua, Kethy, você só pode se culpar pelas coisas que fez, pelas decisões que tomou. Tudo o que vier dele é culpa dele... Não pode se culpar por ele ter ido embora, não pode se culpar por ele ter agido como um idiota... - Me fita com piedade... - Quando tempo ainda vai passar se torturando e definhando por causa do passado e vivendo como um zumbi o futuro? Se ele te faz tão mal, tem que deixá-lo ir... porque... porque eu quero minha irmã de volta!!! - E agora Keny também esta chorando. E eu não tenho o que dizer... porque ele está dolorosamente certo...

Um soluço escapa da minha garganta.

- Eu não sei como deixá-lo ir... - Sussurro derrotada.

- A gente vai descobrir um jeito juntos... - Diz, se arrastando para mais perto de mim sobre a cama e me abraçado.

Ele tem um sobressalto.

- Jesus, Kethy, você esta queimando em febre... - Diz, se afastando de mim e colocando as costas das mãos sobre minha testa e meu pescoço.

- Não me sinto muito bem... - Falo, mais minha voz fica rouca e mal consigo pronunciar algo compreensível.

- Vou buscar um remédio... - Diz, se apresando até a porta.

- Keny... - Tento falar antes que ele saia, e o esforço faz minha garganta queimar. Mas ele escuta e volta... - Pode pegar uma... roupa de baixo e uma calça pra mim? - Ele demora alguns segundos tentando decifrar o que digo antes de ir até o guarda roupa e a arrancar uma calcinha e uma calça Jeans azul bebe de lá...

- Já volto... - Diz, colocando-as sobre a cama e saindo.

Faço um esforço sobre-humano para vestir as peças, principalmente a calça.

Quando Keny volta ainda estou subindo o zíper.

- Não consegue levantar? - Me pergunta colocando o copo de água e a tabela de remédios que trás nas mão sobre a cabeceira.

- Não... Pode me ajudar? - Ele assente e se aproxima, colocando os braços ao redor de mim. Minha cabeça doe violentamente agora, sinto o suor brotando na minha pele, mais ainda estou com muito frio, minha garganta parece tampada e meu olhos latejam a cada movimento.

Forço meus pés trêmulos a se firmarem no chão quando rapidamente Keny me coloca de pé. Mas é rápido demais... A mudança de posição repentina faz minha cabeça dar um giro de 360° graus, e tudo de repente fica escuro...


Notas Finais


Sem mais detalhes... 🤐
Até a quarta amores ❤❤❤

XoXo...


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