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História Sentimentos Proibidos - Mudanças...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Obrigado pela paciência e eu prometo que esse é ultimo capitulo de transição da primeira parte da historia, os primeiros capitulos que criaram o senário da historia.
Talvez agora eu demore um pouco mais pra postar, mas vou continuar tentando ser frequente!!!

Boa leitura...

Capítulo 3 - Mudanças...


Mudei nossa rotina.
O fim de semana chegou e eu não aguentava mas passar um segundo dentro daquela casa. Porque a) Ken parecia cada vez mas distante, se escondendo dentro se casa e quando finalmente aparecia tinha os olhos inchados, eu realmente não via como passar mais dois dias trancado dentro de casa fosse fazer algum bem tanto pra ele quanto par mim. b) Kely.
Desde que voltou pra casa Kely sempre passou o sábado inteiro em casa, fazendo os trabalhos da faculdade e trabalhando em plantas por causa do emprego, ele revisava o dia todo entre a sala e o seu quarto, e eu realmente não fazia ideia de como encara-lo. Porque a) chorei nos seus braços ontem à noite até dormir e b) acordei curiosamente bem coberta sobre minha cama sem os sapatos.
Então resolvi que evita-lo até entender a situação era a melhor opção.
Me acordei cedo o suficiente pra sair sem encontra-lo, então me arrume as pressas e fui para o quarto de Keny. O encontrei já acordado assistindo TV.

- Levanta e se arruma que a gente vai sair. - Digo pegando as roupas sujas do seu cesto.

- O que? Eu não quer...-

- Não é uma pergunta, Ken, me encontra na cozinha em dez minutos.- E saiu sem esperar uma resposta.

Eu não sei cozinhar. E não é por falta de tentativa já que perdi as contas de quantas vezes já tentei, mas eu realmente não levo jeito, por isso, queimei um ovo antes de conseguir assar um comestível e mesmo quando termino aquilo não tem um aspecto nada apetitoso, então coloco tudo dentro de dois pães.
Quando Ken desce e vê faz uma careta mas come sem reclamar.

Em pouco tempo estamos andando calmamente pelas ruas largas e tranquilas do bairro.

- Pra onde vamos? -

- Boa pergunta. O que está mas perto? -

- O parque? - Ele responde meio entediado.

- Ótimo. Vamos pra lá. - Eu não dava realmente a mínima, com tanto que não estivéssemos em casa tudo estaria ótimo.

Não demoramos muito a chegar ao parque, que tinha um bom número de pessoas por ser sábado. No começo só ficamos andando pro lá, mas aquilo era tão monótono quanto os nossos quartos. Comecei a olhar ao redor e tive uma ideia.

- Vamos escalar umas árvores. - Digo enquanto puxo Ken.

Uma parte do parque, a que não era livre pra visitantes, tinha um bosque meio bizarro com várias árvores grandes e grama alta, não era um espaço muito grande mas algumas pessoas diziam que era um lugar legal pra escalar, os garotos da escola iam lá com frequência, mas eu nunca tinha ido.

- Sabe que isso é proibido, não sabe? - Ken me pergunta quando acho um lugar espaçoso o suficiente nos arames pra passarmos.

- Ninguém vai reclamar, o que os olhos não vêm o coração não senti. -

- E se os ouvidos ouvirem? - Isso me faz sorri, um comentário espertinho.

- Nenhuma boca vai falar, isso eu garanto. - lancei a ele um olhar ameaçador.

O lugar realmente era legal, mesmo com a grama alta havia muitos caminhos onde os matos eram baixos, evidenciando a fama do lugar. No começo só entramos cada vez mais até que as árvores que no começo era medianas se tornaram enormes e cheias de galhos.

- Eu vou nessa. - Digo quando encontro uma com a entrada mas acessível, com um galho mas baixo e com menos folhas deixando a luz do sol entrar. Estudo ela por alguns minutos antes de começar a subir, só quando já estou no quarto galho escuto Ken se movendo, olho pra trás e é claro que ele está subindo em uma também.

E assim que passamos a manhã e o começo da tarde, primeiro apostamos corridas nas árvores maiores, mas então depois de cairmos e nós machucarmos na correria resolvemos que seria melhor só apostar quem conseguia subir em mais delas. Duvido que tenha sobrado uma só árvore ali que nos não tenhamos escalado, e descobrimos que o fim do bosque dava pra uma rodovia qualquer.

Quando chegamos em casa estamos totalmente quebrados, suados, pegajosos e fedendo, mortos de sede também, mas valeu a pena, por que também estamos rindo como nunca.

- Quando vamos voltar lá? -

- Não sei, quando meus pés sararem, e o meu joelho. -

- E a sua bunda. - Ele se dobrou rindo.

- Aquilo não foi engraçado. - Mas eu também estava rindo, porque até pra mim, quem caiu de bunda, foi hilário.

Nossa alegria se esvaiu quando chegamos em casa, mas isso já era de esperar, eu não tinha a ilusão que uma tarde no parque pudesse mesmo resolver tudo.

- Desçam pra jantar às sete. - É a primeira coisa que Kely diz assim que estamos em casa. - Temos que conversar. - ele não nos encara, isso não pode ser bom.

Ken me olha confuso. Dou de ombros e balanço a cabeça, também não faço ideia.

Voltamos a nossa rotina chata pelo resto do dia, mas a cada hora que se passa começamos a ficar meio inquietos, quando o relógio bate seis e meia já estamos prontos pro jantar, quanto as sete chegam praticamente corremos pra mesa, onde Kely já se encontra.
Nos sentamos um do lado do outro de frente pra Kely, o que é estranho, era Papai quem sentava ali.
Estamos frustados. Kely não solta nada, ele simplesmente coloca a comida calmamente, mesmo que eu não esteja batucando os pés no chão como Ken, estou tão impaciente quanto.
Só depois de três grandes colheres de comida e um gole do líquido transparente em seu copo, que parece muito com álcool, Kely começa a falar.

- A situação é a seguinte. - Ele perde totalmente o linha responsável na qual parecia querer seguir. - Quando fui falar com o advogado sobre vocês ele disse que possivelmente vocês iam ser mandados para algum parente da família, a tutela de vocês sabe? - finalmente nos encara, e se apressa em continuar quando vê nossos bocas abertas. - Não, vocês não vão a lugar nenhum, eu peguei a guarda de vocês. Mas então, é sobre isso que quero falar. Quando peguei a guarda de vocês fiquei com os bens de vocês que foram deixados no testamento, até vocês terem 18. Isso inclui a casa. Mas vocês sabem, eu não ganho tão bem e ainda estou terminando de pagar minha faculdade e o apartamento, tem um pouco de dinheiro que eles deixaram mas não vai durar muito tempo. Então a única solução que eu achei foi... - Ele limpou a garganta, isso era ridículo, ele ia nos vender por acaso? porque se não era isso, não era mesmo necessário todo esse suspense. - Bom, precisamos de uma renda extra e a única solução que vi foi... Eu sinto muito, mas vamos alugar a casa. Vamos nos mudar. -


Nossa reação impressionou tanto a Kely quanto a nós mesmos.

- Quando? - Eu e Ken perguntamos quase que no mesmo instante, com as vozes até que animadas.

- O mas rápido possível. -

- Amanhã? - Eu perguntei.

- Vocês acham que conseguem se ajeitar até amanhã? - disse com a testa franzida.
Concordei com a cabeça sem nem olhar pra Ken.

- Amanhã seria ótimo, ainda tenho que ligar pra o caminhão de mudança mas... - Ken já tinha corrido pro próprio quarto, mas não tive que ir atrás dele, eu sabia que ele estava fazendo as malas. - não acho que vai ter problema pra eles virem amanhã. - Kely terminou olhando o rastro inexistente de Ken pela porta.

- Faz isso sim, e não se esquece de fazer uma lista dos móveis que vamos levar, apartamentos nunca são muito grandes.- digo me dirigindo calmamente por meu quarto.



Kely confirma a mudança pra amanhã antes de irmos dormir e eu e Ken já estamos de malas prontas. Quando vou pro quarto de Ken a noite, pra nossa rotina de dormi juntos ele me surpreende.

- Posso dormir sozinho hoje, Kethy? - ele pergunta quando me vê na porta do quarto.

- Cla-aro. Claro que pode Ken, o quarto é seu. - Sorri e me retirei. Mas continuei sorrindo enquanto caminhava pro meu quarto, Ken estava voltando.


O dia da mudança foi um tanto turbulento, o caminhão chegou cedo pela manhã e Kely teve que nos acordar pra ajudar, o que foi bem estranho em contraste com mamãe nos chamando.

- Kethylin, pode por favor descer pra me dá uma ajudinha? - Ele disse quando dei sinal de está acordada.

E eu concordei. No fim realmente não levamos muitas coisas, levamos as camas, os guarda roupas e o sofá junto com a TV e o raque, o fogão e a geladeira da cozinha, a máquina de lavar da área de serviço, a maioria das nossas coisas pessoais e mais algumas coisas pequenas como ventiladores e rádios. Sem contar com os retratos nenhum de nós quis levar nada dos nossos pais, Kely disse que tínhamos que arrumar um lugar pro resto das coisas logo, mas não forçou.

A viajem em si foi bem mas longa que eu pensava, provavelmente três ou quatro vezes o tempo de casa pra escola, o que me deixou preocupada, mesmo assim quando chegamos lá ainda era cedo.
O prédio era lindo. Lindo e enorme, era o tipo de lugar onde um universitário sem nenhuma renda além da sua própria não podia viver. Olhei com suspeita pra Kely assim que começamos a sair do carro. Ele captou meu olhar e entendeu.

- Foi o dono da agência. Ele arquitetou o prédio e consegui um desconto enorme num dos apartamentos por isso, mas ele já tem apartamentos de mais é decidiu me dá esse por eu ter ajudado no trabalho. - deu de ombros.

Não posso dizer que engoli isso, mas não discuti. A recepção também era linda, toda aço e azulejos em tons escuros, e mulheres bonitas de terninho atrás do grande balcão de mármore preto, algum sofás mas nenhuma planta, era confortável ao mesmo tempo que fazia você tremer de frio.
Kely falou com uma das mulheres da recepção que de forma típica deram a ele um atendimento especial. Caminhamos direto para um elevador vazio e seguimos até o 36 andar, dois andarem antes da cobertura, esse deve ter sido um ENORME desconto.

O apartamento era diferente. A primeira coisa que eu vi quando cheguei na verdade foi o nada, sem contar com as paredes o lugar estava totalmente vazio. Mas não era tão pequeno quanto eu imaginada, primeiro vinha o espaço que aparentemente era da sala uma fenda lateral aberta que dava para a cozinha, deduzi pela bancada de mármore, e uma porta de madeira com um tom claro que Kely disse que dava para um corredor onde ficavam os quartos e a lavanderia. Mas não tivemos muito tempo pra admira nada pós tivemos que descer e trazer o resto da mudança, essa foi a parte mais demorada do dia pós o elevador não era tão grandes e algum móveis foram levamos pelas escadas, o que foi um sufoco.
Quando tudo estava finalmente dentro do apartamento eu estava morta, subir em árvores com certeza ficou no chinelo, mas ainda não tinha acabado, ainda tínhamos que arrumar tudo aquilo, e estávamos tão cansados e doloridos que foi uma tortura.
Em algum espaço de tempo no fim daquele tarde tudo estava no lugar, ainda parecia meio vazio mas isso poderíamos resolver depois, o importante que estávamos instalados e acabados o bastante pra dormir por duas semanas.

Os banheiros eram dentro dos quartos o que foi meu paraíso pessoal, meu quarto era obscuro como todos os outros cômodos, mas eu me senti totalmente confortável quando me deitei, dispensando todas as roupas, na cama pra dormir aquela noite.

É esta a resposta pra pergunta que eu vi nos olhos de Kely por todo o dia enquanto observava a minha animação e a de Ken com a mudança. Não queríamos continuar morando naquela casa e convivendo com o oco que a falta dos nossos pais deixou em cada parede, e a mudança tinha resolvido muito mas que o problema do dinheiro. Porque agora eu e Ken não teríamos reserva quanto ao seguir em frente.
Porque não era mas o Seguir em Frente Sem Nossos Pais. Agora era um Recomeçar.

E isso sim parecia o certo...


Notas Finais


Então é isso Leitores, até o próximo com FINALMENTE o começo do love...

XoXo...


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