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História Sentimentos Proibidos - Lembranças e Reconciliações...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Eu disse que vinha quinta!!! 😌😌
Agradeçam minha rapidez a greve de onibus que não me deixou ir a escola... 😜😧😌
E a minha propria ansiedade pelo ultimo capitulo!!!
Aproveitem ai que tá acabado... 😟😟

Boa Leitura...

Capítulo 31 - Lembranças e Reconciliações...


Quando Márcia chega, estou pacientemente sentada numa das cadeiras acachoadas da recepção. Minha estranha alegria já esta de volta...

- Realmente não morreu... - Debocha enquanto me levanto e vou até ela. - Mas se morresse seria o corpo mais lindo que já vi... Você esta maravilhosa, Kethylin! - Me elogia quando começamos a andar em direção ao carro.

- Não estou? - Digo, sem pensar. A boca de Márcia abre involuntariamente de surpresa... - Ah, Desculpa... Que falta de modéstia. Só estou me sentindo muito bem... - Lanço um sorriso envergonhado pra ela.

- Estou vendo... Não estava brincando quando disse que ir a essa formatura te faria bem, né? - Me pergunta enquanto entramos no carro.

Dou de ombros.

- Parece que não... - Volto a sorrir. Ela dá uma última olhada em mim antes de dar partida.

- É bom ver você assim... - Diz gentilmente, encarando o trânsito.

Eu suspiro.

- É bom me sentir assim. -

 

O transito fica intenso na maior parte do caminho, por isso prefiro ficar calada e deixar Márcia prestar atenção na pista. Só quando já estamos bem perto da escola que ele tranquiliza, então voltamos a conversar...

- Falou com Keny sobre Kely, não foi? - Me pergunta de repente. Eu assinto. - O que ele disse? Quer dizer, além de que ele te faz mal? - Pergunta cautelosa.

- Nada de mais... algumas verdade. Ele disse... que mudei muito desde Kely? - Falo em tom de pergunta.

- É... Você mudou. - Diz com tom de fatalidade.

- Pra pior? - Pergunto, mas já sei a resposta.

- Annnnn... Não como esta pensando. Você ficou mais triste. Mudou no forma como leva a vida... O Keny provavelmente só quer voltar a te ver feliz... Assim como todos nós! - Sorri pra mim.

- Odeio pensar que vocês sintam minha dor... Eu não queria. Não queria afetar ninguém. Eu sinto muito... e espero que possa mudar isso logo. - Pauso, e observo a janela enquanto confesso... - Eu quero mudar isso... Eu não queria antes, mas agora eu quero. Acho que quero... ser feliz. - Volto a olhá-la, com um sorriso bobo... - Nem me lembro quando decidi isso... - Ela me lança um olhar de cumplicidade, e não fala nada.

Depois de mais duas esquinas chegamos a escola. Varias pessoas estão passando pelo portão enquanto tentamos entrar com o carro. Vejo muitos meninos e meninas sorrindo e brincando. Vestidos com as batas azuls e chapeis quadrados.

Por um momento sinto uma gostosa nostalgia do tempo de escola.

- Saudades? - Márcia me pergunta vendo a mudança na minha expressão.

- Um pouco... - Admito, voltando a admirar as pessoas ao nosso redor.

 

Quando Márcia finalmente consegue estacionar o carro, descemos e damos a volta pelo gramado num dos prédios da escola até o patio de trás, onde se encontram um grande palco montado com algumas cadeiras e um microfone mas a frente. Abaixo varias cadeiras em fileiras se encontram enfeitadas com fitas azuis da cor da bata dos alunos, distribuídas perfeitamente em baixo do sol agradável do fim da tarde. Alguns alunos já começaram a se sentar...

- Vou atrás dos meninos para tirar unas fotos... - Márcia diz tirando uma câmera da sua bolsa... - Lembra do acordo não é? Vai procurar uma cadeira e ficar com a bunda colada nela até acabar... Ok? - Fala com a expressão dura.

- Certo, mamãe... - Sorriu e beijo sua bochecha antes de seguir para a fileira de cadeiras, trocando a grama pelo concreto.

 

Paro em pé no começo das fileiras tentando decidir onde sentar.

Enquanto observo as cadeiras vejo pais sorridentes, alguns tirando fotos com o filhos, outros se despedindo deles para sentar mais atrás.

Meu coração aperta ao perceber que Keny não vai ter nada disso...

- Você deveria esta sentada... - Uma arrepio violento atinge minha coluna quando o voz de Kely soa atrás de mim. - Esse não foi o acordo? - Pergunta me segurando pelos ombros e me virando para olhá-lo. - Não era pra você esta sentada desde que chegou? - As palavras dele fazem minha mente, que estava subitamente em pani, voltar a funcionar.

- E como você sabe sobre isso? - Pergunto zangada com a autoridade na sua voz.

- Isso não importa... - Desvia descaradamente da resposta. - Você tem que ficar de repouso e ficar em pé não é uma das definições... - Diz, tentado me puxar para a cadeira mais próxima.

Mas eu travo meus pés no chão e não saiu do lugar.

- Não estamos no trabalho. Aqui você não é meu chefe, não tem o direito de me dar ordens... - Digo quando ele desiste de tentar me mover e volta a me encara.

Kely suspira alto.

- Tudo bem, desculpe. - Diz soltando meus ombros e deixando a pele de baixo da renda formigando e desejando mais do seu toque. - Não quero dar ordem nenhuma. Só quero que, por favor, venha sentar antes que se sinta cansada... - Diz, esticando a mão para uma fileira quase totalmente vazia um pouco mais atrás.

As palavras dele me desarmam, e para não deixar tão claro o quanto ele tem vantagem sobre mim, sigo rapidamente para uma fileira atrás da que ele tinha indicado.

Mas Kely vem atrás de mim, e como se sua presença já não me perturbasse o suficiente, ele coloca a mão na base das minhas costas enquanto caminha a meu lado.

E o pior?

Não consigo me forçar a reclamar!!

 

Assim que chegamos a fileira me sinto aliviada e decepcionada quando sua mão sai da minha cintura. Sigo até a cadeira da ponta e me sento. Ele senta ao meu lado...

Novamente sinto vontade de perguntar a ele porque se preocupa comigo, porque esta perto de mim.

Mas não pergunto... Porque alguém bate no microfone, como que para testá-lo, no palco a nossa frente e desvia meus pensamentos.

Presto atenção, bom... o máximo de atenção que consigo quando meu corpo esta totalmente concentrado na pessoa ao meu lado, no que é dito pelos homens que passam pelo microfone. Mas a maioria tem discursos fracos e chatos de ouvir.

A essa altura todas as cadeiras já estão ocupadas e os alunos sorridentes sentados nas cadeiras da frente olham atentamente para o palco, mas provavelmente estão prestando tanta atenção quanto eu.

As coisas só ficam melhores quando a oradora, uma garota morena, alta e sorridente, começa o seu discurso alegre e espirituoso, ganhando o publico com suas piadas e com a sua simpatia.

Mas mesmo nesse momento, meu corpo continua vidrado em Kely...

Suspiro ao constatar isso.

- Está cansada? - Kely me pergunta de repente, pondo uma mão sobre a minha... Como se estivesse prestando tanta atenção em mim como eu nele.

Puxo minha mão de baixo da dele rapidamente, em um movimento involuntário em resposta a eletricidade que atravessa meu corpo com seu toque.

- Estou bem... - Digo, sentindo o clima ficar tenso. Então o encaro... - Serio, estou bem. Tudo bem... - E dou duas tapinha de leve em sua coxa enquanto sorriu pra ele, tentando amenizar as coisas.

E parece funcionar...

Seus ombro relaxam.

- Se sentir qualquer coisa, pode me avisar? Não espere desmaiar pra me deixar sabendo que esta mal... - Eu assinto e me volto para a frente confusa, ele não parece esta se referindo a agora.

Então no palco uma professora começa a chamar o nome da formandos para receber seu diploma, e novamente meus pensamentos se voltam para outro lugar.

 

Varias garotas e garotos sorridentes começam a subir no palco a medida que seus nomes são chamados. Cada vez que  um deles vira para frente vários flaches de câmeras são lançados sobre eles...

Dos meninos, por ordem alfabética, Keny é chamado primeiro.

Ele sobe no palco, Lindo, mesmo com a bata horrenda sobre o terno, Ken está radiante. Assim que pega o diploma vira pra frente e Márcia e o fotografo da escola já estão lá capturando ele...

Primeiro ele olha para alguém sentado entre os alunos, provavelmente Renan, e lança um olhar que provavelmente só eles entendem.

Então procura pelas dezenas de cadeiras até encontrar eu e Kely batendo palmas juntos.

Ele nós lança um sorriso tão grande que meu coração instantaneamente derrete... e então desce do palco para dar espaço para o próximo aluno.

- Está tão grande... - Kely sussurra ao meu lado, depois que paramos de aplaudir. Mesmo achando que a intenção do comentário não era uma resposta, eu dou uma...

- Não é? As vezes parece mentira que aquele garotinho virou um homem tão rápido. Parece que foi ontem que estávamos jogados na sala assistindo alguma besteira enquanto ele falava da escola... - Suspiro.

- É... - Diz, com um sorriso. Mas o sorriso logo vacila. - Ele parece feliz. E feliz por nós estarmos juntos aqui. Até mesmo por eu esta aqui... -

- Claro que esta. - Digo calmamente. Mas a forma como sua cabeça balança em resposta, a insegurança, me alarmam.

- Kely... - Ignorando todos os alertas do meu corpo, chego mais perto e seguro a mão de Kely entre as minhas. - Sabe que ele te ama, não sabe? - Ele me encara, e no máximo de sinceridade, dessa vez não reponde de forma nenhuma... - Ele te Ama! - Afirmo. - Ele ama nós dois de forma diferente mais que são iguais por serem as duas formas incondicionais. Ele te ama. Vejo isso nos olhos dele quando fala de você. Ele te ama mais do que amava aos dez anos, e te admira do mesmo jeito que te admirava muito antes. Eu não sei se já te disse isso antes... - Não consigo encará-lo, então fito nossas mãos juntas. - Mas eu sinto muito pelo forma como interferi na convivência de vocês. Ainda assim, Kely... - Volto a encará-lo. - Isso não importa. Os anos passaram mas ele continua te amando tão intensamente quanto você ama ele... Não duvide disso, OK? - E dessa vez quando ele assente, esta bem mais confiante. Mas a surpresa que vejo nos seus olhos, refletindo a minha própria comigo mesma, me desconcerta e solto sua mão rapidamente me afastando.

Poucos minutos depois ouço o nome de Renan ser chamado e eu volto a bater palmas e sorri, deixando de lado o desconforto.

Renan sorri pra mim e pra Márcia primeiro, depois procura Ken e por fim, da um abraço e um beijo na professora que entrega os diplomas e enquanto desce do palco grita "LIBERDADE".

Enquanto alguns pais olham assustados, os alunos gritam "LIBERDADE" de volta e por alguns minutos a professora para. Parece não saber se leva todo mundo para a diretoria, ou apenas apenas continua a cerimonia.

Depois que todos os nomes são chamados, a professora parabeniza os alunos e então acaba.

As pessoas ao redor começam a levantar, os alunos que se juntam para jogar os chapes pra cima, e logo depois começam a sair em direção aos toldos levantados do lado esquerdo, que abrigam a comida...

Bato palmas também, mas quando tento me levantar a mão de Kely pousa sobre o meu ombro me parando.

- Você fica sentadinha ai enquanto eu vou buscar algo pra você comer, OK? - E dessa vez não consigo ficar irritada. Apenas assinto e sorriu... - Ótimo. - Diz, depois de me olhar por mais tempo que o necessário e então, pra minha total surpresa, Kely se abaixa e beija o topo da minha cabeça, um gesto que exala proteção, antes de dizer... - Já volto. - E se afasta, me deixando em parafusos.

 

Depois que Kely some de vista no meio das pessoas minha surpresa vai sendo substituída por confusão e por fim por raiva.

Uma raiva mansa, mas perigosa...

O baque de uma cadeira ao meu lado me faz pular. Viro para olhar no exato momento que uma pessoa termina de sentar sobre ela...

Outra surpresa. Não consigo falar...

- Você esta linda... - Lucas fala, mas não olha pra mim e sim para frente. Parece tenso comigo e sinto um aperto no coração. Ele está lindo... com um terno cinza.

- Você também esta. - Digo, superando a surpresa. - O que tá fazendo aqui? -

- Porque, quer que eu vá embora? Porque dessa vez juro não vou insistir em ficar... - Agora parece zangado e inseguro ao mesmo tempo.

Demoro alguns segundos para responder...

- Me desculpa... - Falo por fim. - Eu agi como uma idiota, não foi? Eu sei. Eu estava irritada com algumas coisas e descontei em você. Sinto muito mesmo... - Sinto meu olhos molhando e paro de falar.

- Sente? - Lucas chega mas perto e leva uma mão ao meu queixo, levantando minha cabeça para eu encará-lo.

- Claro que eu sinto! Você não merecia ser tratado daquele jeito. Além do mais, eu perdi meu amigo. Como posso não sentir? -

- Mas não perdeu... - Diz, limpando uma lagrima enxerida que faz questão de fujir. - Eu estou aqui, não estou? Ainda sou seu amigo, Kethy... Eu te amo. Vai precisar de bem mais que ser grossa pra se livrar de mim... - Diz, com o sorriso bobo que eu tanto gosto no rosto.

- Então me perdoa? - E ele assenti. Tirando definitivamente esse peso do meu coração. Tiro suas mãos do meu rosto e estico os braços. - E pode me abraçar? - Ele volta assentir e me envolva pela cintura me apertando contra o peito, eu coloco os braços ao redor do seu pescoço e escondo o rosto em seu peito deixando mais algumas lagrimas escaparem.

- Você tem o dom de me faz voltar a ser criança... - Digo, me lembrando de um abraço muito parecido com esse no clube a alguma tempo atrás.

- Se serve de consolo... Nunca vi uma mulher mais bonita quando chora. - Diz, me fazendo sorrir e nesse momento um arrepio passa pela minha coluna. Sinto que estou sendo observada.

Mas quando me afasto de Lucas e olho pra trás, Kely esta de costas conversando com alguém. Ainda assim, suas costas estão tensas...

- Então... Foi por esse cara que me trocou? - Lucas diz, tomando minha atenção de volta. E pra minha surpresa não parece com raiva, apenas meio triste.

Abro e fecho a boca varias vezes antes de responder...

- É complicado... - E acho que ele já ouviu isso muitas vezes de mim.

- Eu sei que é. Mas uma dia vou forçá-la a me contar a historia toda... - Diz, voltando a pegar uma das minhas mãos.

Eu assinto, já não me sentindo tão assustada com a ideia como a meses atrás.

- Tudo bem... Agora eu tenho que ir, afinal, minha irmã acha que é por ela que estou aqui. - Diz se levantando.

- Tem uma irmã aqui? -

- Na verdade, uma sobrinha. Eu vim como acompanhante da mãe dela. - Sorri novamente.

- Todo esse sacrifício e não é por ela que veio? - Provoco.

- Não, Kethy, não é por ela... - Então beija minha testa. - Até mais... - Diz, e se afasta.

 

Quando Kely volta trás um pratinho com uma fatia maior que a media de bolo, dois brigadeiras e vários tipos de salgados.  

Ele faz questão de evitar me tocar quando passa pra mim e se afasta assim que o faz.

- Vou procurar Márcia... - Diz, já saindo.

Eu podia me preocupar. De fato, sinto meu coração apertar e doer um pouco. Sinto uma pontada de decepção. Mas penso, depois de lembrar de tudo o que ele já me disse.

Afinal, não é melhor assim?

E então ignoro meu coração e volto minha atenção para o delicioso bolo com chantili cremoso a minha frente.

Quando Márcia volta os meninos estão com ela... Mas Kely não esta por aqui. E eu me recuso a perguntar por ele.

- Se comportou? - Ken me pergunta enquanto me abraça. Dou uma tapa em seu ombros.

- Eu sou a irmã mais velha... - Reclamo e o aperto mais. - Parabéns... - Beijo seus cabelos e ele me solto.

- O que meus amigos vão pensar de mim? - Pergunta quando se afasta e deixa Renan me abraçar.

- Que você é hétero... - É Renan quem diz. E depois de dois segundos de um silêncio surpreso... caímos na gargalhada.

- Vamos, temos que ir pra casa... - Márcia diz passando um braço na minha cintura quando Renan me solta.

Começamos a andar em direção ao carro, mas os garotos não vem com a gente.

- Eles não vem? - Pergunto, me apoiando em Márcia. Repentinamente cansada.

- Não, disseram que tem uma festa... Fiz mal em não perguntar muito? Ou em não mandar Kely pedir permissão? -

- Nãooo. Já são grandinhos... deixa eles decidirem... -

- Foi exatamente o que pensei que diria! - Diz, e finalmente chegamos ao carro.

Assim que afivelamos o cinto a celular de Márcia apita.

- Hora dos remédios... - Fala, tirando um potinho com três comprimidos e uma garrafa de água do porta luvas.

- Serio? - Sorriu balançando a cabeça e pegando os comprimidos e a garrafa.

Assim que termino de tomar encosto a cabeça no banco com um suspiro.

- Cansada, não é? - Assinto.

E antes mesmo que ela dê partida no carro eu já estou dormindo.


Notas Finais


Gente, proxímo capitulo promete!!! 😉🙃🙃
E comenta ai quem pensou que o "Reconciliações" tinha a ver com o Kely...
Até 👋👋

XoXo...


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