1. Spirit Fanfics >
  2. Sentimentos Proibidos >
  3. Ele's...

História Sentimentos Proibidos - Ele's...


Escrita por: SilviaMcMiller

Notas do Autor


Hello Leitores...
Tem gente que tá com os dedos coçando pensando que esse é o ultimo capitulo...
Mas não é!!! 😲😲
Gente, juro, eu tentei, tentei, tentei mesmo... Mas não deu!!! 🙃🙃😞
Quanto mais eu tentava ir pro final, mas o capitulo aumentava (Claro) e de novo eu cheguei no limite...
Então gente, esse é o penúltimo (Ou deveria, de novo kk)!!! Até por que não vai ter como fugir, já que o proximo capitulo já começa com o... fim... 👍😉😌😌

Boa Leitura...

Capítulo 33 - Ele's...


Demoramos pouco no trajeto do aeroporto até o hotel.

As ruas da cidade em que estamos não são tão movimentadas e o táxi praticamente voa no começo do trajeto. Apenas quando já estamos bem perto do hotel é que o transito se intensifica, mas a essa altura já não importa muito. Alguns minutos depois estamos na frente do hotel.

Eu já tinha o visto nas fotos das construções, mas nada se compara a visão que tenho no momento em que saiu do carro.

O jardin da frente é de um verde vivo e fresco, com uma linda fonte de água bem no meio do patio. Depois dos três degraus que separam a entrada do patio, o marrom claro das paredes contrasta com as lindas portas de vidros, brilhantes como cristal. E assim continua acontecendo com todas as janelas e varandas da sua extensão até o céu...

- É lindo... - Digo involuntariamente tentando ver onde o prédio acaba sob as nuvens.

- É um dos melhores projetos desse ano... - Kely diz ao meu lado. - E é ainda melhor por dentro. Vamos? - Pergunta, um sorriso brincando em seus olhos, de um que jeito que eu ainda não tinha visto.

Eu assinto, e seguimos lado a lado para a entrada.

Kely não esta brincando... Tudo por dentro é feito de tons marrons claro e creme, com lindas luminárias de cristal e quadros rústicos.

A recepção é pequena e aconchegante, e nos dirigimos diretamente ao grande balcão assim que entramos.

- Posso ajudar? - Uma pequena moça loira atrás do balcão diz, fazendo algo no computador a sua frente antes de nos encarar.

A mulher me olha de cima a baixo de cima a baixo antes de se voltar totalmente para Kely. Uma imagem de Verônica passa rapidamente pela minha mente.

- Temos dois quartos reservados... - Kely diz, e o tom sério em sua voz me faz ter pena da mulher.

- Ha... Dois? Claro, pode me dizer seus nomes completos, por favor? - Ela fala, sem conseguir conter toda a alegria no tom.

Mas então as coisas ficam tensas.

- Kely Masel Antony Neonder e Kethylin Marie Antony... Neonder. - Me lança um olhar estranho antes de terminar.

A moça rapidamente lança um olhar confuso para nossas mãos esquerdas.

Então se volta pra frente e começa a digitar algo no computador. Mas continua nos olhando furtivamente... A pergunta escrita nos seus olhos.

Poucos minutos se passam e então eu sinto o corpo de Kely mais perto do meu, e de repente sua mão pousa tranquilamente sobre a minha.

Volto meus olhos para ele, confusa e irritada, todo meu braço já pegando fogo. Tento puxar minha mão da dele, mas ele aperta mais, deixando claro que não pretende deixar que eu me afaste.

Volto a encará-lo... Kely sorri de leve pra mim, como se isso fosse algo que fizesse sempre. Mas eu foco em seus olhos frios que me mandam mensagens de aviso...

- Aqui esta. - A moça diz a nossa frente, e imediatamente nos viramos para ela. Mas ela esta fixamente olhando para nossas mão juntas.

Só então entendo o que Kely esta fazendo...

O rosto da mulher cora quando ela nota que estamos encarando ela, e então rapidamente ela pega as chaves em algum espaço em baixo do balcão e nos entrega.

- Quarto 35 e 36... Tenham uma boa estádia. - Mas ela fala com tanto mal gosto que não me importo em agradecer.

Kely pega as chaves e seguimos em frente de mãos dadas enquanto sinto os olhos da mulher sobre nossas costas, e assim que chegamos no corredor ele me solta.

- O que foi isso? - Pergunto enquanto andamos, estendendo minha mão dormente pra ele.

- É melhor ela pensar que somos amantes discretos do que irmãos... - Diz, sem me encarar e aumentando os passos.

- Você acha? - Dou três passos mais rápidos, me ponho a sua frente e coloco um dedo em seu peito. Tento parecer firme enquanto a proximidade tira minha respiração. - Pós da próxima vez eu quero que dane-se o que você acha melhor. Traga outra pessoa com você nessas viagens se quiser, Sr. Masel. Mas quando eu tentar me afastar da próxima vez, é melhor que deixe que eu me afaste. - E então puxo uma das chaves da sua mão, me viro e começo a caminhar a passos largos pelo corredor. Deixando ele pra trás.

E em um segundo toda a raiva volta novamente.

 

Pego o elevador sozinha.

Os elevadores daqui não tem laterás espelhadas, e eu agradeço por isso. Minha raiva lentamente vai assentando na boca do meu estomago enquanto eu vou subindo até o terceiro andar, que é onde um pequeno folheto de instruções colado na lateral embaçada diz que ficam os quartos com numero três no começo.

Em pouco tempo chego até o andar... Aqui tanto as paredes quantos as portas são de um mesmo tom de marrom claro, apenas com as bordas das portas e os números sobre elas de um marrom levemente mais escuro. No teto alto as mesmas lindas luminárias, mas em uma versão menor, iluminam o corredor largo, e o chão é forrador por um macio carpete marrom escuro, quase preto.

Procuro pela porta 35, que foi a chave que peguei. Abro a porta e as luzes estão acesas, como que me esperando. Fecho a porta atrás de mim suspirando de alivio pelas malas postas ao pé da cama serem as minhas, e não as de Kely.

Sem mais paciência alguma para pensar em qualquer coisa, procuro a calça de pijama que enfiei na bolsa junto com as outras peças e vou até o banheiro.

Tomo uma rápida ducha quente, para tirar a tensão do corpo. Visto novamente o suéter, agora sem a blusa por baixo, coloco minha calça do pijama. Saio do banheiro direto pra cabeceira marrom madeira, pego minha bolsa de mão e pego meus remédios, que novamente estão atrasados. Tomo eles com um pouco de água da pia do banheiro, então volto para o quarto e me enfio em baixo dos macios lençois de seda creme, na enorme cama king size e volto a dormir.

 

Me acordo com o barulho de mensagem do meu celular.

A festa começa as 20:30. Encontro você em quarenta minutos.

É tudo o que a mensagem de Kely diz. Ignoro minha decepção interna e me forço a ficar feliz pela aparente facilidade dele em superar nossos conflitos.

O relógio do celular indica que alguns minutos já se passaram desde que a mensagem chegou, então levanto da cama rapidamente, tomo um banho de chuveiro, mas o tempo inteiro paquerando a hidromassagem, volto para o quarto e visto meu vestido, passando uns bons dez minutos para subir o zíper das costas. Vou até o espelho e me olho enquanto arrumo os cachos com o creme... Meu vestido é preto. Novamente escolhi um modelo tomara que caia com a resta na parte de cima e fazendo uma divisão no meio dos meus seios, levando o decote curvado até a lateral da minha cintura. Extremamente justo na parte de cima e se abrindo rodado a partir das coxas, assim que o visto pego meus sapatos de veludo negro com salto agulha e correias de parta e os calço.

Termino o cabelo e dessa vez capricho na maquiagem e passo tudo o que sei usar, terminando com a pele perfeita, os olhos bem destacados e a boca enorme.

Estou colocando o perfume quando duas batidas baixas soam na porta.

- Kethylin? - A voz abafada de Kely soa la fora. Não respondo, apenas me olho uma ultima vez no espelho, novamente me sentindo estranhamente bem comigo mesma e sigo até a porta.

Assim que abro a porta e meu olhos batem Kely, o ar muda.

É como um rodo. Percebo nesse momento que tinha colocado algo como um véu sobre meus olhos, como que para não vê-lo, ou não ver o que ele provoca em mim. Mas nesse momento sinto algo parecido com o limpador de para-brisa de uma carro passando na frente dos meus olhos e então não posso mais ignorar.

Kely é o homem mais lindo que já vi em toda a minha vida...

E não simplesmente por ele ser lindo na aparência, mas a forma como ele é familiar pra mim trás uma beleza diferente a ele.

O tipo de beleza que coloca meu sangue em chamas, o tipo de beleza que faz minha boca abrir involuntariamente no intuito de dizer o quanto eu acho ele perfeito...

Mas felizmente minha mente volta ao ar no momento exato em que os primeiros sons deveriam sair da minha boca e eu volto a fechá-la...

- Podemos ir? - Kely pergunta a minha frente, e não consigo impedir meu olhos de darem uma rápida ultima olhada no seu corpo musculoso, coberto por um terno negro de corte clássico e extremamente sensual, antes de voltar para o seu rosto. Que não é nada menos sensual que o resto.

Engulo em seco e assinto, com medo que ele tenha visto o que provavelmente esta estampado na minha cara.

- Ótimo. - Diz, estendendo a mão para que eu siga na frente.

Faço isso reparando que sua voz, normalmente fria, esta rouca e pausada. Como se algo o tivesse surpreendido...

Atravessamos o longo corredor em silêncio. Sinto os olhos de Kely abrindo buracos nas minhas costas...

O ar aqui já parece extremamente denso e tenso, mas nada se compara a como fica quando entramos no elevador. Assim que as portas da caixa de metal se fecham sinto um perturbador calor me atingir, acelerando de forma audível minha respiração.

E eu realmente não consigo decidir se isso é ou não pior que um ataque de pânico!!!

 

Quando o elevador para na cobertura, onde fica o salão de baile, e as portas se abrem, o ar frio da noite que bate em mim ainda não é o suficiente para resfriar o ar.

Kely sai da elevador na minha frente, mas para na porta pra me esperar. Eu começo a descer devagar, com medo que minha pernas moles me desequilibrem sobre o salto e eu caia de cara no chão...

Depois de uma pequena eternidade chego finalmente ao lado de Kely.

- Tenho que ir falar com o gerente do hotel... Vamos? - Mas enquanto ele diz isso e coloca um braço em torno da minha cintura, é como se ele estivesse me perguntando " Eu posso fazer isso? ". E quando o seu calor aconchegante me envolve, me persuadindo a assentir eu decido.

Não, nos obviamente não podemos ter um relacionamento profissional sem complicações. Mas como é meio tarde para desistir disso agora eu simplesmente me calo e caminho com Kely até um grupo de pessoas muito bem vestidas...

 

A festa é ótima.

A decoração em bronze é tão detalhada que, se não fosse o vento frio da noite ao ar livre eu provavelmente me esqueceria que não estamos dentro do hotel.

O patio redondo esta com as pilastras da cobertura delicadamente envoltas em fitas de seda, grandes cortinas envolvem quase todo o lugar, deixando só alguns espaços dos corrimãos amostra, como janelas.

Não que qualquer rajada de vento tenha me feito tremer de frio ou algo do tipo, não com o braço de Kely permanecendo quase a noite toda ao meu redor enquanto pulamos de grupo em grupo, eu conversando animadamente sobre assuntos mais básicos, enquanto Kely trata sobre negócios, e só entro na conversa dele quando ele pede minha opinião ou me pergunta algo sobre a empresa. O que acontece frequentemente durante a primeira parte da noite, que é a parte em que mais conversamos.

Algum tempo depois de termos chegados, quando já não consigo ver um grupo ao qual já não tenhamos nos juntado, um homem, que provavelmente é responsável por dirigir a festa, pega um microfone e pede para nos dirigirmos ao segundo patio na esquerda, também coberto e decorado com detalhes, flores e jaros e lustres de bronze, onde duas grandes mesas de aço bronze estão montadas.

Kely senta ao meu lado no jantar, mas como em todo o começo da noite nos mal nos falamos, abrindo a boca apenas para comer ou participar de conversas com pessoas do nosso outro lado.

É como se a aproximação que enfrentamos no começo da noite tivesse deixado um traço de estranheza entre nós. O que só me convence mais do quanto isso definitivamente não vai dar certo...

- Problemas no paraíso? - Uma senhora grisalha, de aparentemente quase setenta anos, que esta sentada ao meu lado, me pergunta.

- Como? - Pergunto confusa.

- Seu namorado... - Ela diz olhando pra Kely, e não me da tempo para desmentir... - Não se preocupe, querida. Vocês vão superar e um dia vão lembrar dessa briga pensando no quanto foi idiota. Você combinam, eu sei que vão se acertar... - E ao terminar dá duas batidinhas de leve na minha mão que pousa sobre a mesa.

Antes que eu possa respondê-la a voz do homem volta a soar pedindo para nos dirigirmos agora de volta para o primeiro patio. A hora da dança, a voz bem humorada diz, mas isso faz um tremor de medo descer pela minha coluna.

Assim que nos levantamos da mesa o braço de Kely volta instantaneamente, e de forma quase possessiva, para minha cintura.

- Quer dançar? - Me pergunta, com o mesmo tom de voz de mais cedo, e percebo que ele esta hesitante. Sua voz, a posição do seu corpo, a forma como se movimenta... A única coisa totalmente segura parece ser seu abraço sobre mim... E em algum lugar em meio a esses pensamente eu inconscientemente volto a assentir pra ele.

 

Caminhamos juntos até o meio do patio, os casais estão se posicionando ao nosso redor e esperando a musica começar. Todos bem vestidos e esbanjando dinheiro com seus ternos finas a as mulheres com tantos diamantes ao redor do pescoço que quando se posicionam sobre a luz mal posso ver seus rostos.

Mas então a musica começa. É uma dança de pares, mas o ritmo é mais animado. As pessoas começam a dançar e sorri ao nosso redor, mas estamos meio distantes e nem ele nem eu sabemos como começar isso.

Então passamos a primeira parte da musica apenas nos balançando duros.

Mas em um certo momento no meio da musica Kely chega mais perto...

- Vamos Kethy, se solta. - Ele sussurra pra mim e isso faz meu coração pular. Quando as lembranças invadem minha mente não sei se sinto uma saudade dolorosa do passado ou se me sinto feliz por estarmos podendo dançar juntos de novo.

Eu nunca sei de nada quando ele esta assim tão perto.

Mas como estou decidida, ou quase, a por um fim logo mais a esse emprego, eu sorriu pra ele e começamos a dançar de verdade.

As duas primeiras danças tem o ritmo mais animado e eu e Kely, mesmo levemente mais afastados que os outros casais, nos divertimos em meio aos passos rodopios. E no meio dessa diversão percebo que a tensão já não esta mais entre nós e me surpreendo ao perceber que no fim, estarmos juntos não é algo tão ruim...

Mas então a terceira musica é lenta, e até tentamos continuar dançando um pouco mais afastados, mas não funciona. Assim nossos corpos tem que se juntar, e todo o peso da atração inquietante que nossos corpos tem um pelo outro cae violentamente sobre mim quando meios seios entram em contato com o seu peito, sob o terno. Sinto que estamos nus, e isso faz com que eu perca totalmente o poder sobre as minhas pernas e no fim eu apenas balanço de um lado para o outro enquanto Kely dança por nós dois.

Quando a terceira musica acaba me preparo pra pedir a Kely para parar, porque nesse tipo de dança eu obviamente me saiu melhor sentada, e porque não posso passar um minuto a mais tão perto dele sem ter um ataque... Mas não preciso.

- Tenho que ir falar com alguém... - Kely diz repentinamente, assim que a música acaba, e bruscamente se afasta, quase me fazendo cair sobre as minhas pernas moles.

Confusa faço um esforço para seguir até a borda do patio e me apoio no corrimão de mármore envolto em fitas cor bronze. Tento mais uma vez focar na decoração do lugar e me esquecer um pouco do resto.

- A senhorita me daria a honrar? - Me sobressalto ao ouvir a voz de um senhor soar ao meu lado.

Olho para ele e estou pensando se já estou recuperada o suficiente quando algo atrás dele chama minha atenção...

Kely está na outra ponta do salão.

Esta dançando, mas meus ouvidos, que nem tinham reparado que outra musica já tinha começado, ficam surdos...

Kely tem uma linda morena nos braços. Cabelos longos, corpo perfeito em um longo e justo vestido pêssego, e o rosto perfeitos com uma olhos dourados em que estão escrito "Desejo" de uma forma gritante.

E eu não devia ligar, eu não devia me importar com o fato de que Kely olha pra ela com um claro entusiasmo, não devia ligar para seus corpos colados, eu não devia ligar para o quanto eles parecem bem juntos...

Mas de repente uma onde ciumes começa a corroer de forma venenosa os meus ossos e eu sei que tenho que sair daqui. Porque esse não é o tipo de coisa que posso guardar pra mais tarde, não é o tipo de coisa que eu possa fingir que não estou sentindo quando ele voltar, não é o tipo de sentimento sobre o qual eu teria controle.

Por que, mesmo depois de tudo, essa não é uma cena que eu aguente ver, por que pela primeira vez sinto o gosto da dor de pensar que Kely pode ser de outra pessoa...

 

O homem ao meu lado abre a boca e fala alguma coisa, mas eu o ignoro totalmente e desvio dele, saiu tropeçando até a saída do patio, batendo em algumas pessoas no caminho, mais sem me importar, e continuo ainda mais rápido quando consigo chegar no caminho do elevador.

Continuo "andando" e sentindo que só vou estar bem quando eu estiver longe dessa festa.

Desse Hotel.

Dessa cidade.

Dele...

Ou Deles...


Notas Finais


Então o proxímo, sim, é o ultimo!!! 👍❤❤
(Ou Dereria Ser #2)
E tem epílogo...
(Olhem a atualização da capa!!!) 😘😉
XoXo...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...