História Sentimentos são confusos - ...E ele está com fome.

Whis somente olhava calmamente para Bills enquanto o mesmo dava um chilique que ia desde ‘Estou com fome! ’ até ‘O que esses dois estão fazendo aqui?! ‘ E andava de um lado para o outro.

Vegeta olhou para Kakarotto, que também o olhou. A mente do príncipe já estava a pensando em todas as coisas que poderiam acontecer a seguir, e quase nenhuma delas acabava em algo que não fosse Bills destruindo-os por algum motivo qualquer – como ir treinar em seu planeta enquanto ele dormia, por exemplo.

As maneiras na qual o deus da destruição poderia destruí-los não paravam de aparecer na cabeça do príncipe, talvez algo rápido, como alguma explosão de ki, ou talvez ele achasse que uma morte rápida não valeria a pena e iria tortura-los – assim como Freeza gostava de fazer? – ou talvez ele matasse um e fizesse o outro assistir...

Quando seus pensamentos foram interrompidos e ele voltou a prestar atenção ao redor, Kakarotto estava abanando a mão na frente do rosto dele e chamando o seu nome.

Por algum motivo as vezes quando o mais novo chama o nome do príncipe ele estende a silaba ‘ge’ de seu nome. Geralmente é quando o mais novo está pedindo algo, ou tentando chamar a atenção do mais velho. Vegeta nunca parou para pensar porque isso não o irritava tanto quanto o resto dos hábitos do saiyajin mais alto. Era exatamente assim – com o ‘ge’ estendido – que o mais novo o estava chamando nesse momento.

“O que foi? ” Perguntou, cruzando os braços.

“Você consegue entender alguma coisa que eles estão dizendo, Vegeta? ” Mais uma vez o ‘ge’ estendido.

“Como assim, Kakarotto? ” Foi só então que ele percebeu que os outros dois não estavam falando em nenhuma língua que reconhecesse, e também foi só nesse momento que percebeu o porquê, Bills estavaa apoiado em Whis, com os braços pendurados em volta do pescoço do mais alto, agora em vez de gritos resmungava, enquanto Whis parecia apenas estar se divertindo daquele jeito um tanto arrogante, na opinião do príncipe, como se soubesse algo que ninguém mais sabia, e isso fosse um tipo de piada interna divertida. O príncipe não tinha dúvidas de que Whis provavelmente sabia que tanto ele quanto Bills estavam sendo observados pelos saiyajins.

Kakarotto parecia que iria falar algo, mas antes que tivesse a oportunidade foi interrompido por um grito de Bills, que agora gesticulava apontando na direção dos dois.

“E o que eles estão fazendo aqui?!” Os dois saiyajins ficaram tensos, olhando na direção do deus. Whis apenas continuou sorrindo, sem sequer olhar na direção deles, só respondendo ao menor quando o mesmo voltou a olhar para ele “Não me diga que está treinando eles sem permissão”

“Mas Bills, eu pensei que você aprovaria a vinda deles aqui com as iguarias trazidas la da Terra...? ” E então Bills começou a importunar Whis sobre quais iguarias seriam aquelas, os saiyajins agora um assunto insignificante até Bills comer essas tais iguarias. Os dois saiyajins estavam suspirando de alívio.

E nesse exato momento, em uma velocidade que rivalizava com um míssil – se um míssil alcançasse algo parecido com a velocidade da luz -, veio o peixe oráculo, Whis, é claro, sem sequer olhar para cima, moveu-se alguns metros para o lado, segurando o deus nos ombro com as duas mãos, uma das quais estava segurando o cetro/cajado (sério como aquela coisa se chama? K). Em um tempo insuficiente para que os saiyajins percebessem o que via em sua direção, o peixe oráculo se chocou com força, por extranha coincidência, no cetro, ativando alguma coisa, e logo os dois saiyajins, que estavam no caminho, também por uma estranha coincidência, foram envoltos por uma coisa – algo tipo uma bola de luz- dramaticamente brilhante.

Whis suspirou. Bills ficou olhando por alguns segundos antes de perguntar se já poderia comer.

A última coisa que Goku se lembrava era que estava na nuvem voadora, fazia alguns dias que o torneio de artes marciais havia acabado, seu rabo estava de volta – havia voltado durante uma das lutas – e que estava indo atrás da esfera de quatro estrelas de seu avô. A sensação do vento era refrescante.

E então houve uma luz forte, que durou apenas alguns segundos. Ficou alerta, em posição para se defender no caso de algum ataque, e então suas pernas e braços ficaram dormentes, enquanto sua visão escurecia, e por um momento pareceu que estava caindo, antes de ser levado pela escuridão da inconsciência.

Vegeta já estava cansado de ouvir Raditz falar coisas sobre seu irmão Kakarotto, nunca havia o conhecido e já sabia praticamente tudo o que dava pra saber sobre o irmão mais novo de seu companheiro, e claro, Raditz nunca parava de repetir. Várias e várias vezes. Provavelmente essa era a milésima vez que ouvia Raditz repetir suas expectativas sobre o, provavelmente, futuro membro de sua equipe. Pensou nas opções que tinha e resolveu ir treinar, o que era a opção mais viável. A outra era arrancar as cordas vocais de Raditz.

Estava quase na porta quando por um momento sentiu como se alguém tivesse ligado uma lanterna alguns milímetros na frente de seus olhos, virou-se na direção dos outros dois, ver se algum deles também tinha visto – era praticamente impossível não terem visto – ou se teria sido alguma pegadinha doente feita por esses idiotas, suas pernas cederam e ele caiu no chão. Sentiu o rosto queimar e a última coisa que ouviu antes de desmaiar era as vozes frenéticas de Nappa e Raditz.

A mudança dos Ki’s dos saiyajins foi a primeira coisa que Bills percebeu depois que Whis rudemente havia agarrado seus ombros e empurrara-o para trás.

Foi então que sua mente faminta e sonolenta registrou o que aconteceu. Veio em fragmentos. Peixe oráculo. O cetro de Whis. Uma luz forte.

A próxima coisa que Bills percebeu foram as duas crianças – adolescentes, talvez? Era difícil saber - inconscientes no chão, envoltas por fumaça.

Bills olhou para Whis, que caminhava na direção dos dois garotos inconscientes, abriu a boca, quase perguntando se já poderia comer.

Por algum motivo ele ficou calado, apenas observando os movimentos de Whis.