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História Sentimentos Túrbidos - Passado amargo do Uchiha


Escrita por: Yunov

Notas do Autor


Minna, mais um capítulo e espero que gostem!

Capítulo 26 - Passado amargo do Uchiha


Fanfic / Fanfiction Sentimentos Túrbidos - Passado amargo do Uchiha

Capítulo XXVI – Passado amargo do Uchiha

Não entendia como pela manhã era tão quente, mas a maioria das noites eram chuvosas...

Naruto resmungava aquela manhã por conta do calor que sentia, mas... Por mais que aquilo o incomodasse, não conseguia se abalar. Sentia uma tranquilidade em seu peito. E teve certeza que estava apaixonado por Hinata quando chegou à sala de aula e lá estava ela, sentada em sua carteira, rodeada por Sakura e Ino. Seu coração acelerou.

“Ela é tão inteligente...” ele pesou sorrindo, olhando em sua direção e mal percebeu que estava no meio da porta, impedindo a passagem de outros alunos que iam chegando.

- Quer sair da frente? – alguém o empurrou e saiu cambaleando, não conseguindo se equilibrar, deslizando no chão.

- Qual o seu problema? – Naruto se levantou e encarou Kiba, correu em sua direção e o agarrou pela camisa de farda.

- Você estava no meio! – Kiba gritou de volta.

- Era só pedir licença! – Naruto retrucou.

- Vocês querem discutir isso aqui ou na sala da diretora? – falou o professor Kakashi com um suspiro.

Ambos se soltaram com um resmungo e andaram com passos brutos aos seus lugares. Não deixando de se encararem.

- Bem... – falou o professor quando chegou à sua mesa – Hoje é o último dia das avaliações... Estarão liberados. As quadras de esporte estarão à disposição de vocês. E terá reunião dos representantes junto com os professores.

- Droga... – Sakura resmungou.

- Boa sorte a todos. – Kakashi juntou as provas e começou a distribui-las.

 

 

Vários alunos se amontoavam diante o mural do gabarito das provas que já estavam expostos. Alguns comemoravam já outros se recolheram para se lamentarem, prevendo uma nota não muito aprovativa.

- N-Naruto-kun? – ela o chamou quando o viu sentado em um canto do corredor.

- Oi, Hinata... – ele falou com uma áurea mórbida – Tsunade-ooba-chan vai me matar... Eron-Sanin vai me matar... – murmurou.

- Por que não estudamos juntos? – perguntou com receio.

- Você faria isso? – choramingou olhando para Hinata.

- C-Claro...

- Certo! – Naruto se levantou, mudando de humor instantaneamente. – Com você ao meu lado irei recuperar tudo!

- Hina! – Sakura e Ino correram de encontro a Hinata, abraçando-a fortemente. – Obrigada pela ajuda! – Ino falou apertando as bochechas da Hyuuga.

- Ei! – Naruto a puxou para si pelo pulso – Não faça isso com ela.

Aquela atitude fez a loira encarar os dois com certa desconfiança, mas logo um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

- O que será que aconteceu entre vocês? – ela perguntou.

- N-Não é da s-sua conta! – Naruto gritou já irritado.

Hinata já estava totalmente ruborizada, o que fez Sakura ficar aliviada, já que aparentemente tudo estava dando certo para aquele casal que com certeza se dão muito bem. Ela olhou para trás e percebeu que um par de olhos negros a olhava. Sasuke a estava observando de longe, vendo que ela o observava também, apresentou um sorriso canto de boca e saiu com as mãos no bolso.

Uma irritação surgiu fortemente quando viu Karin agarrar-se ao braço de Sasuke, andando ao seu lado e ambos sumiram de sua vista.

“Não seja ingênua novamente...” pensou consigo mesma.

- Sakura! – Ino a puxou – Você topa?

- Topar o que? – perguntou totalmente desorientada.

- Vamos para a casa da Hina hoje a noite! – falou indignada pela amiga estar distraída.

- Ah... Claro! – Sakura sorriu.

- Então... Vamos deixar o casal a sós. Agora você tem uma reunião para ir. – saiu puxando a Haruno pelo braço, ainda enraivecida.

- Ora... Essas garotas... – Naruto resmungou e voltou-se para Hinata, que ainda estava ruborizada, mas sorriu para ele. – V-Você é muito bonita. – ele falou sem encará-la.

 - Naruto-kun... – Hinata baixou o olhar totalmente constrangida. – Como estão suas mãos?

- Bem melhores... – levantou os punhos – Graças a você. Então... – ele riu e coçou atrás da cabeça – Você me acompanha?

Quis perguntar para onde, mas preferiu que aquilo fosse uma surpresa. Então quando assentiu, acompanhou Naruto, seguindo-o pelos corredores e escadas. Logo, soube para onde estavam indo.

- Aqui teremos um pouco de privacidade... – disse se aproximando da garota, envolvendo seu braço em sua cintura e colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha – Não acha?

Seus lábios se encontraram outra vez. E a cada vez que esse encontro ocorria, Naruto ficava surpreso o quanto gostava de provar daqueles lábios e Hinata ficava surpresa o quanto adorava beijá-lo.

Com as mãos em seu peito, ela riu e encostou o rosto ali, aspirando seu cheiro, que era incrivelmente mais cheiroso que seus cabelos.

“Ainda bem que comprei um perfume novo ontem...” pensou Naruto sentindo-se vitorioso.

- Aqui foi onde aconteceu nosso primeiro beijo... – falou Hinata ainda com o rosto no peito do loiro.

- Não exatamente... – Naruto riu com constrangimento, mas logo se calou ao lembrar que Hinata não se recordava do verdadeiro primeiro beijo deles e achou melhor ter aquele segredo guardado por enquanto...

- Como assim, Naruto-kun? – ela levantou o rosto, olhando-o curiosa.

- É... – pensou por uma instante – Eu beijava você nos meus pensamentos! Quer dizer... – tarde demais... A Hyuuga já estava extremamente vermelha e percebeu que era melhor ter ficado calado. – Você deve me achar um pervertido... – ele choramingou tentando fazer sua namorada se acalmar.

 

***

Ino andou preguiçosamente para outra sala de aula. Finalmente aquele seria o último dia de sua punição por ter se metido em uma briga dias atrás. Já estava exausta de ter que limpar lousas, mesas, varrer, passar pano... Aquilo não era uma rotina que um dia imaginou que fizesse.

- Ino... – aquela voz familiar a chamou, fazendo-a virar para trás.

- O que você quer? – ela perguntou quando viu Sai – Pensei que já não tivéssemos mais nada para conversar...

- Por favor... Você tem que me ouvir... – ele falou.

- Não, obrigada. – ela se virou, ignorando-o e continuou seu percurso, indo para outra sala.

- Ino... Eu imploro...

- Quer me deixar em paz?

- Ino! – ele a puxou bruscamente pelo pulso, obrigando-a a se virar novamente. – Estou pedindo para ouvir o que tenho a lhe dizer.

- Está me machucando! Me solta! – ela falou, tentando puxar seu braço.

- Eu já disse que aquilo foi um momento de indecisão... Eu estava confuso... – ele falou sem se importar com os protestos da garota.

- Não quero saber! Me solta!

- Solte ela... Ou está surdo? – Gaara entrou na sala e encarou Sai com fúria.

- Não se meta... – Sai falou entre dentes. – O assunto não é com você!

- Ah... – o ruivo estralou os dedos com uma mão envolvendo completamente seu punho, preparando-se para dar um soco – É comigo sim...

- Algum problema aqui? – Shizune, a secretária da diretora, surgiu na porta – Sai, queira se retirar... A punição é para Gaara e Ino.

Sai, vendo-se encurralado, soltou a Yamanaka e saiu acompanhando Shizune, não deixando de encarar Gaara, como se tivesse o ameaçando.

- Obrigada... – Ino suspirou aliviada – Eu acho...

- Você adora se meter em confusão. – ele resmungou.

- Não fui eu que ia dar um soco nele! – ela gritou com irritação.

- O que ele queria com você? – Gaara perguntou – Deveria falar para a diretora... Ele estava te machucando.

- Não vou chegar na sala de Tsunade-sama e dizer que um ex quer voltar comigo depois de ter me dado um chifre.

- Como ele pode? – surpreendeu-se quando percebeu que aquela pergunta saiu em voz alta.

- Cada um com seus motivos... – ela pegou o apagador e encarou Gaara – Não falei com ninguém isso... É nosso segredo... Tudo bem? – ela piscou e ficou surpresa quando o viu ficar com as bochechas um pouco avermelhadas.

Gaara virou-se para começar a limpar as mesas e, sem Ino ver, estava com um sorriso nos lábios, ficando imensamente grato por ela não ter comentado sobre o ocorrido mais constrangedor de sua vida.

 

***

Reunião encerrada e os representantes foram liberados. Tudo não passava de uma grande dor de cabeça, mas sabia que não adiantava ficar reclamando. E se conformava em saber que a aula de campo seria no fim de semana em uma fazenda, ficaria responsável em informar á sua turma. A gincana valeria nota, então aquilo também era uma vantagem também por ser a representante.

Os professores ficaram encarregados de atribuir as atividades às equipes, que era claro que seriam as duas turmas de sua série disputando.

Sabia que Karin ia se empenhar bastante, já que era sua rival. Não podia perder para ela.

- Sakura... – Sasuke estava em um corredor, como se estivesse a esperando, o que a deixou surpresa em vê-lo. – Parece estar bem cansada, outra vez. – ele falou, entregando algo para ela e, quando foi ver, parecia ser um milk shake.

- O que faz aqui? – ela perguntou pegando o copo. Estava realmente precisando já que estava com muito calor e faminta. Ainda era seu sabor favorito: morango. Como ele sabia disso?!

- Isso não importa... Posso acompanha-la?

- Abusou da Karin? – ela perguntou o encarando – Agora para mim faz todo o sentido.

- O quê? Karin não tem nada a ver... Estou aqui por vontade própria.

- Sasuke-kun, não é muito difícil de prever seus planos... – continuou a caminhar, mas Sasuke a acompanhou. – Não preciso de você me seguindo.

- Você precisa se acalmar um pouco.

- Será que você não saber ouvir um “não”? – Sakura vociferou – Você é tão mimado assim? Seus pais não põe limite em você?!

Ela o olhou ainda irritada, mas logo arregalou os olhos quando percebeu que ele estava tremendo e permaneceu em silêncio. Até que Sasuke levantou o rosto e viu um rastro de uma lágrima em seus olhos.

- Você não sabe de nada. – ele falou e saiu, deixando-a sozinha.

Não havia entendido muito bem o que acabara de ocorrer, mas... Não podia acreditar que estava sentindo um aperto no peito por ver Sasuke daquela maneira. Por quê? Depois de tudo que ele já tinha lhe feito passar, por que ainda sentia algo por ele?

Nunca o tinha visto tão triste. Mas por qual motivo exatamente? Isso ela não sabia e provavelmente nunca saberia.

Não estava muito preocupada em saber o motivo, mas ao menos queria ter a oportunidade de se desculpar com Sasuke. Por mais que se sentisse a pior trouxa do século, sua moral falava mais alto e via-se na obrigação de pedir desculpas.

Lembrou que havia combinado de ir à casa de Hinata, que por uma incrível e maravilhosa coincidência, morava no mesmo prédio que Sasuke. Agora teria que ter coragem de bater na porta do Uchiha e, além de ter que encarar Itachi, teria que encarar também aquele par de olhos ônix que com certeza estavam furiosos ou irritadiços, de qualquer forma é péssimo. Teria que ser altamente cautelosa e paciente para não piorar a situação.

A noite logo havia chegado e a inquietação de Sakura apenas se intensificado, seu coração apertava e ficava mais nervosa mesmo estando ali com suas amigas, nada lhe fazia se acalmar.

- É? – Ino se inclinou mais para Hinata demonstrando mais empolgação – Então estão mesmo namorando? Quero mais detalhes!

- I-Ino-san... – fumaça já saia da cabeça de Hinata com tamanho constrangimento – É embaraçoso...

- Vocês se beijaram na escola? – a loira continuou a provocando – Como você é ousada...

- Ino-san... – a Hyuuga sentia que estava prestes a desmaiar.

- Foi de língua? – Ino continuou a atormentar a pobre garota, que apenas ficou mais constrangida.

- Ino! Pare com isso! – Sakura a repreendeu, tentando acalmar os nervos da Yamanaka.

- Eu só quero saber... – ela cruzou os braços.

- E você e Gaara? – Sakura perguntou, tentando se vingar por Hinata.

- Ino-san e Gaara-san? – perguntou Hinata, sem entender.

- Você não soube Hina? – a Haruno continuou e com um sorriso nos lábios, vendo que Ino já estava vermelha – Ela sentiu a coisa de Gaara.

- Coisa?

- Não converta a Hina-chan! – Ino gritou tapando os ouvidos da Hyuuga que estava com olhos inocentemente confusos.

- Ora... – Sakura cruzou os braços – Ela e Naruto estão namorando... Uma hora isso também vai acontecer com ela.

- Acontecer o que, Sakura-san? – perguntou Hinata.

- H-Hinata... – a loira ficou surpresa da grande inocência de sua amiga e sentiu pena – Bem... Algum dia você vai também sentir a coisa de seu amado loirinho. Então esteja preparada.

- Preparada?

- Pode ser uma decepção ou...

- Enfim... – Sakura a interrompeu – Com certeza vocês não chegaram a esse ponto ainda... Mas não irá demorar muito, já que você tem um corpão de se invejar.

- S-Sakura-san... – Hinata tornou-se novamente um tomate. – Mas o que seria essa “coisa”?

- O... – Ino tentou falar, mas não conseguia tal ousadia – Como eu posso dizer isso...

- Pênis! – Hanabi apareceu no quarto da irmã, escancarando a porta.

- Isso mesmo... – a Yamanaka concordou ainda sem se tocar quem havia dito aquilo – Hanabi-chan?!

- Hanabi! – Hinata gritou totalmente surpresa com o que acabara de ouvir e de sua pequena irmãzinha.

- Um menino falou isso na escola hoje Onee-san. Quero botar o nome do meu gato. – falou a pequena Hyuuga e pensou por uns segundos – Quando eu tiver um, claro...

- Hanabi, esse nome não é apropriado – já não sabia mais o que fazer com sua irmã mais nova.

As horas se passaram bem rápidas, logo Ino e Sakura se despediram de Hinata e cada uma tomou seu caminho de casa, mas a Haruno deu meia volta, sem que sua amiga visse, retornando ao prédio com passos apressados, quase correndo. Não demorou a estar em frente à porta do apartamento onde estava escrito Uchiha.

“Será que Sasuke-kun irá me receber amigavelmente?” ela pensou com apreensão, sem conseguir apertar a campainha ou bater na porta. Tudo o que queria era que aceitasse suas desculpas e não a enxotasse, o que era mais provável, afinal, da última vez que viu o rosto de Sasuke, estava furioso. A ideia mais sensata era ir para casa e não persistir em ficar ali feito um poste no meio da porta.

Por que não conseguia apertar a maldita campainha?

“Foda-se!” ela pensou decidida, mas antes de apertar, ouviu um baque estranho vindo de dentro do apartamento, como se alguém tivesse caído no chão, em seguida o barulho de vários vidros caindo. A madeira abaixo de seus pés tremeu com o impacto.

- Sasuke-kun! – Sakura adentrou o apartamento e, para sua surpresa, a porta estava aberta, mas o que encontrou caído no chão da sala de estar elegantemente decorada foi Itachi. Ao seu redor havia estilhaços de vidro que pareciam antes ser copos e uma garrafa de alguma bebida alcoólica, pois o aroma do álcool e estava impregnado no cômodo.

- Quem é? – Itachi tentou se levantar apoiando as mãos no chão, mas as feriu com os vidros que estavam espalhados, que o fez cair novamente.

- I-Itachi-san... – Sakura correu para ajuda-lo a se levantar, tomando cuidado para não o machucar. Julgando pelo cheiro que ele tinha, estava alcoolizado. Por quê? Isso era algo que ela não sabia e nem mesmo imaginou que aquele homem era do tipo que bebia exageradamente a tal ponto.

- Você outra vez... – ele falou e sorriu – O que faz aqui? – Itachi fora arrastado para um quarto que Sakura não soube de quem era, mas pela decoração, ou melhor, falta de decoração ou fotos, parecia ser um quarto de hóspedes. Ajudou-o a deitar na cama.

- Onde fica o kit de primeiros socorros? – ela perguntou e acompanhou onde o dedo de Itachi apontava. O banheiro daquele quarto. Correu até lá e abriu a porta do armário abaixo da pia, encontrando a caixinha branca com uma cruz vermelha, pegou-a e procurou o que iria precisar. – O que houve com você? – ela perguntou enquanto retirava os cacos de vidro que estavam penetrados com uma pinça.

Olhando-o de perto, Itachi conseguia ser tão maravilhosamente bonito quanto Sasuke. Ambos com cabelos negros, olhos igualmente negros e maliciosos. Uma aparência máscula, como se esbanjassem feromônios.

- O que faz aqui? – ele perguntou, como se sua voz invadisse sua mente, puxando-a para a realidade.

- Bem... – Sakura suspirou, retirando o excesso de sangue das mãos machucadas.

- Sasuke não é muito bom em lidar com garotas... – Itachi falou com um sorriso – Mas ele está se esforçando.

- É muito difícil de acreditar nisso... – suspirou novamente. – Eu já fiz o possível. Sinto que nada irá mudar. Sasuke-kun faz o que bem quer sem se importar com os sentimentos dos outros... O único que consegue lidar com ele é Naruto.

- Sasuke tem um passado conturbado... – encarou as próprias mãos, avaliando o belo trabalho que aquela garota fez. A dor havia diminuído.

- Pode me contar? – Sakura perguntou e sentiu um constrangimento lhe abater logo em seguida – Quer dizer...

- Tudo bem... – ele a interrompeu – Como forma de agradecimento. – olhou para Sakura, que havia sentado na beira da cama, atenta ao que estava prestes a falar – Eu o abandonei no orfanato quando era criança... Por isso Sasuke me odeia tanto.

- Por que fez isso? – Sakura perguntou, incrédula e surpresa.

- Nossos pais foram assassinados. – ele olhou para a Haruno, tentando disfarçar a dor que era falar tal acontecimento. – Sem suspeitos, sem pistas. – seus olhos foram para o teto do quarto lembrando a época mais difícil de sua vida – Mas penso que foi bom para Sasuke...

- Como pode ter sido bom?! – vociferou Sakura.

- Os pais de Naruto haviam morrido em um incêndio na mesma época. Ele foi para o mesmo orfanato que Sasuke e lá se conheceram.

- Não sabia que eram amigos de infância.

- Sasuke pode parecer durão, mas tem uma grande consideração por Naruto. Eu não era um bom tutor na época... – Itachi continuou – Preferi fugi a encarar a situação.

- Deve ter sido difícil para você... Ter que encarar uma responsabilidade tão grande e de repente...

- Fui um péssimo irmão... Mesmo depois que consegui sua guarda... – ainda tentava esconder seu pesar – Ele tem a aparência de nossa mãe, então não conseguia encará-lo. Agora estou tentando ganhar sua confiança...

- Sasuke-kun carrega um grande peso sozinho...

- Ainda não acabei.

- Não? – perguntou ela já horrorizada.

- Sasuke era abusado por uma funcionária do orfanato...

- O quê?

- Logo descobriram e ela foi demitida e presa, ainda pagou uma indenização que ainda hoje guardo. Sasuke não quer esse dinheiro.

O que era aquilo molhando seu rosto? Lágrimas? O passado de Sasuke foi realmente um inferno. Como ele conseguia conviver com aquilo? Acordar todos os dias com aquele peso todos os dias? E o mais importante... Que sensação era aquela de ter a necessidade de cuidar das dores de Sasuke? Queria cuidar de Sasuke, tomar suas dores, ajuda-lo a não passar por tudo sozinho.  

Não conseguia mais o ver como um quebrador de corações e sim como um guerreiro.

- Ele tem problemas em confiar nas pessoas, mas não o julgue...

- Sasuke-kun tem sorte de ter um irmão como você, Itachi-san.

- Obrigado. – viu-se comovido com aqueles olhos esverdeados e aquele sorriso. Lágrimas silenciosas deslizaram por suas bochechas – Obrigado por tentar me entender...

Ela não o havia julgado nenhuma vez, apenas tentava compreende-lo. Chorou por Sasuke, quer tomar seu peso, ajuda-lo a superar seu passado. Sabia que ela estaria disposta a fazer o que fosse preciso. Não queria mais ver seu irmão sozinho, queria que seu vazio fosse preenchido.

- Itachi-san?

Itachi colocou rápido as mãos em seu nariz quando percebeu um rastro quente escorregar até seus lábios, sentindo um gosto metálico, sentindo-se tonto logo em seguida.

- Você deve ir agora... – ele falou ainda com as mãos em suas narinas, que escorria sangue.

- O que está acontecendo? – ela se inclinou, aproximando-se de Itachi, tentando tirar suas mãos.

- Itachi... – aquelas voz fora ecoada no quarto – O que...

- Sasuke-kun? – Sakura ficou atônita quando a figura de um Sasuke enfurecido surgiu no quarto.

- Vocês dois... Vocês dois estão tendo algo? – ele perguntou totalmente alterado.

- Não é o que está pensando! – Sakura se adiantou em tentar se explicar.

- Não me interessa mais... – ele falou, saindo do cômodo e batendo a porta com força.

- Deixe-o... – Itachi falou segurando o braço de Sakura, impedindo-a de seguir seu irmão – É melhor você ir para casa agora...

- Mas... Sasuke-kun... – tentava argumentar algo, mas o pânico estava lhe dominando.

- Você não irá conseguir nada indo atrás dele agora.

Pelo pouco que conhecia aquele Uchiha, sabia que Itachi tinha razão... Iria apenas ouvir ignorâncias de Sasuke, o que possivelmente iria fazê-la chorar. E, com relutância, foi embora para sua casa.

 

 

   

 

 


Notas Finais


Minna, o que acharam? Espero que tenham gostado! Quero saber a opinião de vocês, gosto muito de ler nos comentários. Até o próximo capítulo :* Ainda há muitos acontecimentos... hahaha.


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