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História Separados Por Uma Parede... - Mais um dia...


Escrita por: Merlin_chan

Capítulo 1 - Mais um dia...


Fanfic / Fanfiction Separados Por Uma Parede... - Mais um dia...

POV. Jin

Acordo, me levanto e vou rumo ao meu banheiro, me olho no espelho – Mais um dia... – Sussurro pra mim mesmo, escovo os dentes, logo depois me entro debaixo do chuveiro, retiro toda a minha roupa e deixo a aguá passar pelo meu corpo.

"Está tudo bem Jin... É apenas mais um dia normal, em uma escola normal"; pensei

–Termino o banho, visto uma camisa branca com uma calça jeans, em meus pés haviam um all-star preto com branco o qual eu amava, arrumei meu cabelo, peguei minha mochila e desci até a cozinha, ao chegar na mesma avisto minha mãe –Bom dia mãe.

–Bom dia querido –Ela disse sorrindo e pondo a mesa para o café da manhã.

–Sim... Eu sei.... Não.... Não iremos assinar esse acordo... –Dizia meu pai ao telefone enquanto entrava na cozinha –Bom dia... – Ele disse e deu um selinho em minha mãe, logo depois ele saiu.

"Meu pai... Um homem de negócios, quase nunca presta atenção na familia... Minha mãe... Uma mulher faxineira, sempre atenciosa com a familia... Espera ai.... Está faltando o...."; pensei

–Sou tirado dos meus pensamentos ao ver meu irmão entrar correndo na cozinha.

–ATRASADO, EU TÔ ATRASADO –Ele gritou, pegou uma maçã –Bom dia... Tchau –Ele disse enquanto dava um beijo na bochecha de minha mãe, ele saiu as pressas.

"Ah... Já apareceu... Meu irmão.... Um menino de 15 anos, sempre.... SEMPRE atrasado, essa é minha familia"; pensei

–Pego uma torrada, a como e tomo um leite, dou um beijo na bochecha de minha mãe –Tenha um bom dia mãe –Sorrio.

–Pra você também filho, cuidado viu, e se cuida –Ela disse sorrindo.

–Ok mãe –Com a mochila nas costas, saio de casa, vejo o ônibus da escola já na minha espera, entro no mesmo e me sento na frente.

–O gayzão chegou, vamos pular as janelas pois vamos pegar sua doença –Diziam alguns garotos do fundo.

–Fiquei em silêncio e tirei de minha mochila um caderno, comecei a escrever nele.

[Meu dia já começou ótimo, como esperado estão lá atrás e me zoando, tudo normal.... Infelizmente... Tudo normal -Seokjin] 

–Logo após escrever, guardo o caderno e escoro minha cabeça na janela, observando o mundo em minha volta.

POV. Nam

–Acordo, vou rumo ao banheiro, lavo meu rosto, me olho no espelho –Mais um dia.... –Ouço um barulho vindo da cozinha, respiro fundo –Infelizmente mais um dia –Retiro todas as minhas roupas, me coloco por debaixo do chuveiro, relaxo meu corpo enquanto a aguá passava pelo mesmo, suspiro.

"Infelizmente ainda não parei de respirar enquanto dormia... Infelizmente ainda terei que aturar tudo e todos por mais um dia"; pensei

–Termino o banho, coloco uma camisa listrada, uma calça jeans preta, e um all-star vermelho com branco, arrumo meu cabelo, pego minha mochila e desço, vejo uma garrafa de cerveja quebrada no chão, vejo minha mãe caída chorando no mesmo, ouço a porta da sala bater com força e alguém sair –De novo? –Digo indo até minha mãe e a ajudando a se levantar.

–Ele se irritou um pouco –Ela dizia secando suas lagrimas.

–Ele se irrita todo dia mãe, a senhora devia largar ele! –Digo e ela me olha.

–Está lindo filho. –Ela dizia com um sorriso falso no rosto.

"Já entendi, não quer tocar no assunto"; pensei

–Finjo um sorriso –Obrigado mãe.

–Aqui! –Ela diz pegando um dinheiro que restava de seu salário e me entregando.

"Minha mãe.... Uma mulher garçonete... Ela trabalhava como garçonete portanto não ganhava muito dinheiro, mas sempre insistia em me dar o resto de seu salário..."; pensei

–Não mãe, use para a casa –Sorrio –Estou bem!

–Você precisa comer algo meu filho. –Ela dizia me olhando.

–Não tenho fome –Dou um beijo em sua testa –Tenho que ir, qualquer coisa me ligue.

–Ok, se cuida meu filho –Ela diz sorrindo e guardando o dinheiro em seu bolso.

–Ok –Saio dali, ao abrir a porta pra sair de casa vejo o marido de minha mãe.

–Já vai vagabundar né? –Ele dizia num tom cruel e com bafo de cerveja, aquilo me embrulhava o estomago.

–Olhei no fundo dos olhos dele com raiva –Não sou você! –Disse e sai andando dali, pude ouvir uma reclamação vindo dele mas pouco me importava.

"O marido da minha mãe.... Um homem.... Um animal que não trabalha, bêbado, vive nas costas de minha mãe.... Eu simplesmente o odeio mais do que posso imaginar"; pensei

–Vejo o ônibus escolar, entro no mesmo e logo vejo Jin, olho pra trás e vejo meus amigos me olhando curiosos pra ver como irei reagir.

"Droga..."; pensei

–Quantas vezes tenho que falar que não é bem vindo aqui seu gay do caralho?! –Disse olhando pro Jin.

–Ele sorri e responde –Quantas vezes for preciso, não irei embora, quando largar seu orgulho e quiser ser meu amigo estarei aqui –Ele disse isso de uma maneira que só eu poderia ouvir, ao ver meus amigos se aproximando ele abaixou a cabeça como se estivesse sendo humilhado.

"Sempre fingindo ser humilhado pra não me ferrar... Esse garoto é estranho... Só mais um dia normal"; pensei

–Bem feito –Dizia meu amigo, o mesmo me puxou pelo braço até o fundo, me sentei do seu lado, puis os meus fones e fiquei observando a cadeira aonde o tal garoto gay sentava.

"Eu devia ir lá falar com ele? Não. Meus amigos nunca me perdoariam"; pensei

POV. Jin

–O ônibus chega, eu desço primeiro que todos, indo rápido para meu armário, guardo minhas coisas no mesmo, pego meus materiais pra aula de fisolofia, tranco meu armário e vou rumo a sala, vejo Namjoon vir logo atrás, me sento na frente como sempre, e como sempre Namjoon se senta no fundo da sala com seus amigos, concentrado na aula sinto bolas de papel me acertarem.

–SEU GAY, ABAIXA A CABEÇA –Ouço um grito vir de trás da sala.

–Olho para trás e por alguns segundos meus olhos encontram o de Namjoon, seus olhos eram frios e profundos, logo deviei o olhar, olhei pra frente e abaixei a cabeça como pedido, uma musica rodava em minha mente.

"Fiz uma curva errada, uma ou duas vezes, cavei até conseguir sair, sangue e fogo, decisões ruins, tudo bem, bem vindo à minha vida boba, mal tratada, deslocada, mal compreendida, sabichona, tá tudo bem, mas isso não me parou, errada, sempre em dúvida, subestimada, olha ainda estou por aqui, querido, querido, por favor, nunca, nunca se sinta, como se fosse menos do que perfeito pra caramba, querido, querido, por favor, se em algum momento você se sentir, como se fosse nada, você é perfeito pra caramba pra mim"; canto mentalmente

–Ouço o sinal tocar, me levanto, pego meus materiais, saio da sala e vou andando rumo ao meu armário, os amigos de Namjoon passam correndo por mim e se esbarram de propósito em mim, um dos meus cadernos cai, quando me viro pra trás me surpreendo ao ver Namjoon se levantando com meu caderno em suas mãos, sinto meu coração acelerar, sorrio e ele me entrega o caderno –Obrigado!

–Tanto faz! –Ele diz passando por mim.

–Por alguns segundos o olho, por alguns segundos acredito ter visto ele me olhar também enquanto se passava por mim, o vejo indo rumo ao refeitório, vou rumo ao meu armário, guardo meus materiais, pego um caderno meu, vou até um lugar escondido perto do jardim da escola, me sento no chão, observo o céu por alguns segundos mas logo volto meus olhos para o caderno, o abro e começo a escrever.

[Hoje definitivamente não é um dia normal, Kim Namjoon pegou meu caderno no chão e me entregou... Pode ser coisa boba e minima eu sei, pode ter sido um ato de compaixão, mas comigo? Ele nunca teve nenhum ato de compaixão comigo! Nem com ninguém! Afinal, é o Kim Namjoon! O Kim Namjoon que eu amo desde a 4 série -Seokjin]

–Olho pro céu e sorrio –Talvez esse ano não seja um ano normal... –Ouço o sinal tocar, me levanto, vou rumo ao meu armário, pego meus materiais de geografia, vou pra sala, me sento na frente e como sempre Namjoon e seus amigos no fundo.

"Querido, nunca, nunca se sinta um nada, você é mais do que perfeito pra mim"; cantei mantalmente

~Depois de todas as aulas~

–Ouço o sinal de ir embora tocar, pego meus materiais, saio da sala, guardo meus materiais na mochila, vou saindo da escola e como sempre vejo Namjoon agarrado com uma garota diferente, por um segundo enquanto passava por eles vi Namjoon abrir os olhos e me olhar, logo depois eles pararam de se beijar, sinceramente? Não ligo!

–GAYZÃO PASSANDO –Ouço um amigo dele gritar enquanto eu passava.

–Como se isso me ofendesse –Sussurro.

–O que você disse? –O amigo de Namjoon disse segurando em minha camisa e me empurrando contra a parede.

–Robert... Não aqui! –Disse Namjoon tirando as mãos do seu amigo de mim –A diretora está olhando.

–Ok... –Robert olha nos meus olhos com raiva –Mas você não escapou não muleque –Ele disse indo rumo ao ônibus.

–Não o responda! –Disse Namjoon pra mim –Se não você irá apanhar –Ele disse e logo foi pro ônibus.

–Pego minha mochila que se encontrava no chão, saio andando rumo ao ônibus, entro e me sento na frente, escoro minha cabeça na janela olhando as arvores.

"Quando esse inferno acaba?"; pensei

–Sinto uma lagrima escorrer sobre meu rosto, a seco rapidamente, o ônibus para no ponto a umas 7 quadras da minha casa, desço, saio andando e o ônibus vai embora, chego em casa, entro, vou direto pro meu quarto e escrevo em meu caderno.

[Hoje o Namjoon me defendeu de um amigo dele.... Será que estaria ele gostando de mim? Não pode ser..... Ou pode? -Seokjin]

–Tiro meu all-star, me sento na frente do computador e começo a ver historias de creppypastas.

POV. Nam

–Desço do ônibus, chego em casa, entro e vejo um monte de caixas que minha mãe estava empacotando –Mãe? O que houve?

–Vamos nos mudar, o aluguel está ficando caro e eu estou sem dinheiro suficiente, tem uma casa bem barata no bairro Augusts –Ela disse sorrindo.

–Mas... 

–Sem mas... Por favor, seja um bom filho e me ajude a arrumar as caixas.

–Ok –Ajudo a arrumar as coisas.

"E quando não sou um bom filho?"; pensei

~1 hora depois~

–Pronto –Dizia a minha mãe olhando a nova casa com muitas caixas esparramadas sobre a mesma, enquanto o marido dela estava jogado no sofá –Filho pode ir descansar, vai pro seu quarto, eu termino aqui embaixo.

–Ok... –Subo pro meu quarto, jogo minha mochila com força no chão, fecho a porta –Droga... Eu não queria vir pra cá –Digo e logo bato na parede com o pé.

"Que saco..."; pensei

–Depois de alguns segundos, pra minha surpresa, ouço alguem bater de volta do outro lado da parede devagar.



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