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História Separados Por Uma Parede... - Conversando por uma parede?


Escrita por: Merlin_chan

Capítulo 2 - Conversando por uma parede?


Fanfic / Fanfiction Separados Por Uma Parede... - Conversando por uma parede?

POV.Jin

–Eu estava vendo algumas creppypastas quando quase caio da cadeira por me assustar ao ouvir alguém bater com força na parede de meu quarto, chego devagar perto da parede e bato na mesma devagar, tenho a impressão de que do outro lado alguém chega perto da parede.

–Quem está aí? –Perguntava a pessoa do outro lado da parede.

"Pera... Eu conheço essa voz... É o Namjoon?"; pensei

–Fiquei em silêncio.

–Entendi... Não quer falar né? –Perguntou Namjoon.

"Querer eu até quero mas você me odiaria mais ainda.... Melhor não"; pensei

–Bato duas vezes na parede com a unha.

–Duas vezes pro sim e uma vez pro não? 

–Bato duas vezes pro sim novamente.

–Ok.... –Ouço ele respirar fundo antes de falar –Sou Namjoon... Acabei de me mudar pra cá... Pra essa casa... Contra minha vontade só pra deixar bem claro... Posso conversar com você? Afinal... Nem mesmo os meus amigos se importam –Ouço ele sussurrar a última parte, bato duas vezes.

"O que eu tô fazendo? Não que eu vá contar as coisas dele pra alguém... Mas ele me odeia"; pensei

–Minha mãe é uma boa mulher... Ela se casou com ele por amor, mas ele é um idiota –Bato três vezes –Três vezes seria um porque? 

–Bato duas vezes.

–Ok... Ele bebe muito, vive gastando todo o dinheiro dela... E ela deixa –Ouço ele dar um murro na parede –Eu o odeio.

–Ponho minha mãos na parede.

"Como queria poder estar do seu lado pra cuidar de você"; pensei

–Bato seis vezes.

–Hum? Seis? Isso seria um calma?

–Bato duas vezes.

–Se continuar assim chegaremos ao quinhentos –Ele disse e logo soltou uma risada.

"Uma risada... Ae"; pensei

–Bato sete vezes.

–Sete? Terei que te decifrar –Ele solta outra risada –Sete seria idiota?

–Bato duas vezes e solto uma risada baixa.

–Eu ouvi essa risada ai em –Ele solta outra risada –Pelo menos agora sei que você é um ser humano e não um espirito... Ok... Deixa eu ver se entendi... Uma vez pro não, duas vezes pro sim, três vezes pro porque, seis vezes pro calma, sete vezes pro idiota... Mas e o quatro e o cinco?

–Reviro os olhos.

–Sem você falar fica dificil.

–Olho em minha volta, vejo um buraco logo em cima na passagem do telhado, pego um papel e escrevo.

[Uma vez: Não

Duas vezes: Sim

Três vezes: Porque?

Quatro vezes: Que foi?

Cinco vezes: Esta tudo bem!

Seis vezes: Calma.

Sete vezes: Idiota! 

Oito vezes: Eu estou aqui!

Nove vezes: Encoste sua mão na parede e respiro fundo, não estamos tão longe!

Dez: Posso te mostrar uma musica?]; escrevo e jogo pelo buraco

–Hum? Pra mim? –Ele pergunta.

–Bato duas vezes.

–Urum... Agora entendi... Você gosta bastante de musica né?

–Bato duas vezes e sorrio.

–Ok... Podemos fazer o nove? Estou precisando! –Ele diz num tom baixo e triste.

–Bato duas vezes, encosto a minha mão na parede e de alguma maneira sabia que ele também fazia o mesmo, ouvi seus soluços.

–Eu simplesmente odeio tudo.

–Fico em silêncio, acaricio a parede, encosto minha testa na parede.

–Odeio a maneira que meus amigos julgam os outros, a maneira que querem me mudar, odeio a maneira que o marido de minha mãe trata ela, odeio ela deixar ele a tratar desse jeito, odeio ter que sorrir mesmo querendo chorar –Ele dizia em meio a soluços.

–Bato cinco vezes.

–Obrigado... Pode cantar pra mim? É que... Meu pai costumava fazer isso quando eu era criança, isso me acalmava.

–Bato duas vezes.

–Obrigado –Ele disse e logo ficou em silêncio.

–Respiro fundo e começo –You are the avalanche

One world away

My make believing

While I'm wide awake

Just a trick of light

To bring me back around again

Those wild eyes

A pshychedelic silhouette

I never meant to fall for you but I

Was buried underneath and

All that I could see was white

My salvation

My, my

My salvation

My, my

You are the snowstorm

I'm purified

The darkest fairytale

In the dead of night

Let the band play out

As I'm making my way home again

Glorious we transcend

Into a psychedelic silhouette

I never meant to fall for you but I

Was buried underneath and

All that I could see was white

My salvation

My, my

My salvation

My, my

My salvation

My, my

My salvation

My, my

My salvation

My, my

(Autora: Não me pergunte como o Namjoon não descobriu que era o Jin pelo canto, não pergunte)

–Ouço ele respirar fundo do outro lado da parede –Sua voz é encantadora, muito obrigado.

–Sorrio, passo minha mão sobre a parede, bato onze vezes.

–Onze? Obrigado?

–Bato duas vezes.

–Por nada.

–Me viro e encosto as costas na parede, pego meu caderno e começo a escrever no mesmo.

[Mentiras tem perna curta certo? Mas sinceramente.... Algumas valem a pena -Seokjin]

–Sorrio, ouço uma musica vindo do outro lado da parede.

–Gostas de pop?

–Bato duas vezes.

–Ok... Ouve essa aqui –Ele põe coldplay-paradise –Conheces?

–Bato duas vezes e sorrio, pego um desenho meu do jeff the killer e mando pelo buraco do telhado.

–Pra mim? Hum... Jeff the killer, gostas de creppypastas então?!

–Bato duas vezes.

~3 horas depois~

–Nossa... Já são 2 da manhã... –Ele diz e solta uma risada.

–Olho no relógio, bato duas vezes.

–É melhor irmos dormir, sua cama é encostada na parede?

–Bato duas vezes.

–Ok... Se deite, já estou deitado.

–Me deito e fico olhando pra parede.

–Boa noite... Mão na parede –Ele ordena/pede.

–Ponho minha mão na parede.

–Até amanhã de noite.

–Bato duas vezes, sorrio, e durmo olhando pra parede e com a mão na mesma.

~No outro dia~

–Acordo, me levanto  e tomo um banho, desço na cozinha, minha mãe fazendo almoço, meu pai no telefone, meu irmão saindo correndo, tudo normal, saio e pego o ônibus, depois de alguns minutos Namjoon entra, olho pra ele e por algum motivo ele se senta do meu lado... Coro brutalmente.

–Oi.

–O-Oi –Gaguejo.

–Meus amigos não vieram hoje –Ele solta uma risada.

–Mas os outros alunos vieram, você não se importa?

–Me importo... Mas resolvi te dar uma chance... Não quebre minha confiança ok? –Ele diz me olhando e sorrindo.

–Coro e sorrio –Ok! Mas porque veio se hoje tem passeio?

–Porque eu sabia que você viria e meus amigos não, aproveitei pra tentar falar contigo... –Ele olha pela janela –Olha! –Ele aponta –Que cachorrinho fofo.

–Sorrio e olho –Sim! Olha aquele gatinho! –Aponto!

–Verdade! Animais são realmente fofos.

–Sim! –Sorrio, o ônibus chega no passeio, descemos.

O que é aqui? –Ele diz me olhando.

–Um museu.

–Museus são chatos –Ele diz num tom desanimado.

–Rio –Não se você souber apreciar o suficiente –Pego em seu pulso e o puxo pra dentro, começo a mostrar as imagens e falo a história de cada uma enquanto ele me olhava atentamente, vejo ele ir rumo há uma obra de arte com os olhos brilhando, rio e vou até ele –De Picasso...  –Digo me aproximando –A Vida.... É o nome deste.... Esta pintura é inspirada no suicídio do pintor Casagemas, amigo de Picasso. Morto pela desilusão amorosa, Casagemas é retratado abraçado àquela que parece ter sido a causa de seu infortúnio, uma modelo que freqüentava o atelier de ambos, Germaine. Talvez Picasso quisesse garantir ao amigo o abraço da amada, ao menos na eternidade do imaginário da arte... –Digo e olho pro Namjoon.

–Profundo... –Ele diz ainda olhando a arte –Você acredita no amor Jin?

–Apesar de as vezes ser dificil... O amor existe, nos lugares pequenos do mundo –Digo e olho a arte.

–Vejo Namjoon sorrir e me olhar –É bom saber que alguém pensa assim... Isso até me faz acreditar um pouco que o amor realmente existe.

–Sorrio e olho pra ele –Em alguns lugares ele existe sim!

–Ele sorri.

–Bom... Vamos antes que o ônibus nos deixa pra trás... –Digo saindo dali quando sinto me puxarem.

–Vamos pra outro lugar... Esse passeio está legal mas ao mesmo tempo entediante –Ele diz me olhando.

–Baka... –Digo revirando os olhos –Se formos vão sentir nossa falta.

–Vão não, eu sou um bagunceiro então se eu for vão agradecer... E você é basicamente invisivel... –Ele diz e logo se cala –Ah.... Desculpa.

–Tiro meu braço da mão dele –Obrigado, mas eu não vou –Vou pro ônibus, me sento, vejo Namjoon entrar e se sentar do meu lado.

–Me perdoa... Não quis falar daquele jeito com você –Ele diz me olhando.

–Sabe... A arrogância já vive em você mesmo estando longe dos seus amigos –O olho –Vai caçar outro pra encher o saco –Saio do ônibus e vou andando.

–Ei.... Espera –Ele diz correndo atrás de mim, ele segura em meu pulso.

–O olho –Você é um idiota Kim Namjoon –Digo e volto a andar.

–DROGA... EU JÁ PEDI DESCULPAS –Ele diz e dá um murro no vidro de um comercio.

–O olho e vou até ele –Namjoon... Você tá louco? O dono da loja vai.....

–EI! VOCÊS DOIS! –Ouvi o grito de dentro da loja.

–Acho que ele já percebeu –Disse Namjoon me olhando.

–Suspiro –Saiba que eu te odeio –Tiro meu skate da mochila, subo no mesmo e ponho Namjoon em cima dele também, saio andando, vejo Namjoon se desequilibrando, pego os braços dele e o ponho me abraçando –Segura firme! –Acelero mais.

–Obrigado –Ele dizia enquanto apertava minha cintura a abraçando.

–Ok... –Acelero mais, sinto ele subir suas mãos pros meus ombros, sorrio –Você nunca andou de skate antes?

–Não... Minha mãe não tem dinheiro pra comprar um... E todo o dinheiro do meu trabalho vai pra casa –Ele diz abrindo os braços e sentindo o vento.

–Sorrio, acelero e vou desviando das pessoas na calçada –Acha que já pararam de nos seguir?

–Sim! –Ele diz voltando a segurar em minha cintura.

–Ok... –Paro o skate –Pronto! –Ele desce do skate e eu também, pego o skate na mão –Você me deve uma... –Digo saindo andando.

–Volte aqui.... –Ele diz correndo até mim e andando do meu lado –Me desculpa pelo o que eu disse.

–Não... Tudo bem... Você tem razão... Eu não faço falta –Digo andando mais rapido.

–Não! Eu estava errado! Você faria falta sim.... Você é legal, eu sentiria sua falta –Ele diz tentando me acompanhar.

–Sério? –Digo o encarando.

–Sim! –Ele sorri pra mim –Tenho que ir pra casa... Mas perdemos o ônibus.

–Ponho o skate no chão, subo no mesmo e estendo a mão pra ele –Vem! Eu te levo.

–Obrigado –Ele diz subindo no skate, depois de alguns minutos nós chegamos na casa dele.

–É aqui? –Pergunto apesar de saber que era.

–Sim! –Ele diz descendo do skate.

–Ok... –Desço do skate, pego o mesmo e entrego pra ele –Presente.

–Não precisa.

–Pega logo e sem reclamar –Digo num tom debochado e mandão.

–Ok –Ele ri e pega o skate –Obrigado, mas eu não sei andar.

–Eu te ensino... Hum... Amanhã depois da escola pode ser?

–Pode! –Ele diz animado –Mas você não vai cansar indo pra casa de apé?

–Não... Eu moro aqui perto! 

"Perto até demais"; pensei

–Ah... Ok –Ele disse sorrindo –Então tchau –Ele diz e entra em casa.

–Tchau... –Ando um pouco e quando percebo que ele já entrou, eu volto e entro na minha casa, vou direto pro meu quarto, me jogo na cama –Que que eu tô fazendo? –Sussurro pra mim mesmo baixinho.



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