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História Separated by the war - Flor de cerejeira


Escrita por: Cccn

Capítulo 1 - Flor de cerejeira


           06/02/1937 - Tóquio

A história que irei contar começa aqui, em um simples jardim japonês. No mesmo haviam várias sakuras, e, dentre elas, a mais bela de todas; uma jovem, com lindos cabelos negros que realçavam seu rosto e olhos cor de mel. A moça usava um kimono cor de rosa e a mesma flor de seu nome em seu cabelo. Ela caminhava tranquilamente, descalça, pelo jardim. 

Sakura vivia com seus pais em uma pequena casa, a mesma sempre foi tímida e inocente, por isso perto de outras pessoas chegava a ficar corada e sem voz. Seu único amigo era seu primo Kiku. Os dois sempre foram muito unidos; Kiku costumava protege-la de tudo e de todos e ela sabia que seu primo seria capaz de dar sua vida por ela, se necessário.

-Querida venha me ajudar a preparar o jantar! -Ao ouvir isso a pequena volta para casa em direção à sua mãe. -Desculpe por te atrapalhar, mas já tens 16 anos e precisa se acostumar a cozinhar. Afinal, logo iremos procurar um noivo para você.

-Mas mãe, eu não quero casar!

-Pare de falar besteira! Afinal, logo eu e seu pai não estaremos mais aqui, no entanto, quem cuidará de você? 

-Meu primo. -Fala rindo ao lembrar-se do mesmo.

-Filha, assim que o Kiku se casar ele não poderá perder mais tempo com você. E com quem você vai se casar? Com um personagem dos seus romances europeus? Sinto muito, mas eles não existem.

-Quem sabe, não é? Existe tanta gente nesse mundo. -As duas se viraram ao ouvirem uma voz familiar vinda da janela aberta.

-Kiku! -Sakura fala sorrindo ao ver seu primo.

-O que está fazendo garoto? -A outra perguntou o encarando de forma reprovadora.

-Aproveitei que hoje é sábado e vim passar o final de semana com vocês, afinal, não venho aqui há muito tempo.

-Você veio aqui semana passada!

-E isso é muito tempo.

-Não! Mas aproveitem o seu tempo juntos, pois essa é a última vez que você aparece aqui! 

-Última?! -Os dois perguntam surpresos.

-Sim! Você a mima muito, e ela nunca vai amadurecer se continuar vindo para cá!

-Já sou madura! -A mais nova falava indignada. 

-Se fosse não estaria me respondendo! Afinal, se já é madura, por que tem tanto medo de casar?

-Como assim medo de casar? -Kiku perguntou, se intrometendo na conversa.

-Saiam daqui agora, antes que eu os obrigue a lavar a casa inteira. -Falou demonstrando nem um pouco de paciência.

Os dois voltam para o jardim, onde se sentam em um banco de rocha. Ambos permaneceram calados, mas em suas mentes pareciam gritar. 

Sakura não havia se conformado com o fato de ter que se separar de seu primo. Sua mãe já havia ameaçado proibi-la de ver o seu primo, porém a jovem nunca acreditou que a mãe estivesse falando a verdade; pois, Kiku era como um irmão para ela, separar-se dele era a pior coisa que lhe poderia acontecer.

Já Kiku a amava. Sua diferença de idade era pequena, apenas dois anos, por isso, os dois se davam muito bem. Durante sua adolescência já sentia atração pela prima; se puniu por um bom tempo pelo fato de amar alguém na qual considerava sua irmã, mas com o tempo acabou se acostumando com seu amor platônico. Essa paixão era algo que ele guardava apenas para si, sabia que se um dia contasse para alguém da sua família, tais veriam aquilo como uma boa forma de união de bens e forçariam a pequena a se casar com o mesmo.

-Sakura... -Quebrou o silêncio. -Você vai ficar bem sem mim?

-Vou tentar... -Falou dando um sorriso bobo. -Durante esse tempo tentarei provar para minha mãe que não sou mais uma criança.

-E em relação ao seu medo de casar? 

-Não tenho medo, apenas não me dou bem com homens.

-Você se dá bem comigo...

-E você? Quer se casar? 

-No momento não.

-Não existe alguém de seu interesse? 

-Hoje vi 12 estrangeiros, pareciam ser americanos. Acredito serem espiões. -Mudou de assunto.

-Espiões? Meu pai também os viu, disse que eram 12 estudantes.

-E o que acha que estudantes americanos vieram fazer no Japão? Aqui não há nada de novo para eles.

-Sendo eles espiões ou não, não é da nossa conta.

-Sim, mas não confio neles, são monstros disfarçados de homens. Por favor, não aproxime-se deles. 

-Eu não me aproximo nem de homens do meu país, por que acha que eu me aproximaria deles? 

-Me promete que não terá contato com nenhum deles? 

-Eu prometo. -Falou dando um sorriso que logo foi retribuído por seu primo.

Naquele final de tarde, mal sabia ela que em um futuro não tão distante iria quebrar brutalmente sua promessa. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Se possível deixem um comentário :3 Gostaria de agradecer à Margarida por ter editado o capítulo. Beijos ><


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