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História Separated by the war - A proposta de Francis


Escrita por: Cccn

Capítulo 10 - A proposta de Francis


Mais uma manhã começava na cidade de Nova York. O céu estava claro, os pássaros cantavam, as ruas estavam vazias por ser domingo de manhã; entretanto, quem andasse por lá naquele momento poderia ver um alegre francês caminhando com um lindo buquê de rosas em seus braços, logo parando para bater na porta de uma grande casa.

-Mon amour, eu estou aqui. -Se pronunciou ao ver a porta se abrir mas tomou um susto ao ver a moça de aparência jovial o encarando com ódio.

-Você me acordou. -Falou de forma grossa, porém o rapaz pareceu não se importar, já estava acostumado com o tratamento que recebia por parte de sua linda sogra.

-Bonjour Rose. -Falou com um lindo sorriso em seu rosto. -Estava com saudades. -Pegou uma das rosas do buquê e estendeu para a moça, sendo rejeitado.

-Meu filho ainda está dormindo, vá embora. -Tentou bater a porta, mas falhou quando o homem pôs o pé e a mão na mesma, a impedindo de fechar.

-Ora, não se preocupe, eu espero. -Empurrou gentilmente a loira da frente da porta para que tivesse a passagem livre, logo adentrando a casa.

-Ele está em coma. -Mentiu, mesmo sabendo que estava apelando e ninguém acreditaria.

-Nesse caso eu deveria levá-lo para o hospital mais próximo o quanto antes. -Comentou de forma irônica, subindo as escadas enquanto era observado pela mulher que permanecia parada ao lado da porta que agora se encontrava fechada.

-Ele já está lá. -Falou, dessa vez em tom de deboche.

-Oh, que coisa! -Continuou subindo, logo sumindo da vista de Rose. -Matt! -Cantarolou enquanto dava leves batidas ritmadas na porta do quarto do mais novo.

-O-olá Francis! -O garoto, que por sinal se encontrava muito bem acordado, abriu a porta com um sorriso tímido, fazendo um sinal para que o europeu entrasse.

-Olá mon petit, como você está? -Perguntou mas acabou não dando chance ao menor responder, pois já havia estendido o buquê, deixando-o próximo ao peito do garoto. -Trouxe para você. -Sorriu.

-O-oh... muito obrigado. -O rosto do pequeno canadense ganhou uma forte coloração de vermelho, o que era mais do que adorável para o francês. O mais novo, com um sorriso tímido em seus lábios pegou o buquê das mãos do rapaz de cabelos compridos e acabou por ficar ainda mais constrangido quando suas mãos se roçaram rapidamente enquanto pegava as flores.

-Não precisa me agradecer, alguém tão belo quanto você merece ser contemplado com os melhores presentes, porém como estou um pouco apertado esse mês, então apenas pude comprar essas flores. 

-Fra-Francis! -A essa altura o mais jovem já enterrava o rosto nas flores devido à sua vergonha. O francês já imaginava que tal atitude viria por parte do menor, por isso tratou de se assegurar que nenhuma das rosas continha espinho ou qualquer coisa que pudesse ferir seu lindo canadense.

-Ah, por que você tem tanta vergonha de mim? -Perguntou puxando suavemente o queixo do garoto, o fazendo erguer o rosto e olhar em seus olhos. -Mas tenho que admitir que você constrangido é a coisa mais linda do mundo. -Piscou para o outro que já tremia de constrangimento.

-Vo-Você quer chocolate quente? -Ofereceu, tentando fugir da situação.

-Depende, quem preparou?

-E-eu... algum problema? -Abaixou a cabeça com vergonha. O mais velho cozinhava tão bem, sentia-se mal em oferecer comidas tão simples a ele, afinal, não se considerava muito bom na cozinha, mas pelo menos o que fazia era comestível, ao contrário de Arthur. 

-Não, claro que não! Eu fico feliz que tenha sido preparado por você, tenho medo do que poderia acontecer comigo se tivesse sido feito por sua mãe. Mas enfim, eu vim aqui te fazer uma proposta Matt.

-E o que seria? -Perguntou com os olhos brilhando devido sua curiosidade, sabia que só poderia esperar o melhor vindo de Francis. 

-O que acha de dormir na minha casa hoje? 

-Não! -Rose, que ouvia a conversa atrás da porta, entrou no quarto, batendo a porta com força e se intrometendo na conversa. -Se afaste do meu filho seu pervertido! 

-O que diabos você tem contra festas do pijama? 

-Eu não nasci ontem Fran, meu filho pode até cair na sua conversa bonita mas você não me engana!

-Okay, agora eu fiquei ofendido. 

-Ainda bem, porque era a intenção.

-Mãe... O Francis só queria...

-Pelo amor de Deus Matthew! Essa coisa é um lobo em pele de cordeiro! Só você que não vê?

-"Coisa"... -Repetiu com desgosto. -É engraçado né? Você deixa o Alfred ir pro outro lado do planeta com o paranoico do Arthur e não deixa o Matt ir ali em casa.

-Eu não te dei permissão pra falar assim do Arthur debaixo do meu teto! -Cruzou os braços.

-Claro, o sobrancelhas mutantes é o queridinho né? Falei com ele recentemente e a situação parece tá feia por sinal.

-O que houve com eles? -Matthew perguntou pensando nas coisas que aqueles dois poderiam ter feito estando fora do país.

-Não sei de muita coisa, mas recentemente o Arthur me ligou, disse para eu ligar pra ele em não lembro quantos minutos e então desligou. Eu, inocente, acabei ligando e ele apenas falou coisas sem sentido, como se estivesse fingindo falar com outra pessoa.

-Ah, o Arthur sempre foi meio estranhinho mesmo. -Rose comentou.

-Ele parecia estar tentando armar alguma armadilha pro Alfie.

-Bem, no máximo os dois podem acabar internados como da última vez. -O mais jovem do trio comentou.

-Eu particularmente não duvido de absolutamente nada vindo deles. Mas voltando ao assunto, Matt você quer dormir comigo hoje?

-Por Deus Francis! Eu já não disse que não? -Mais uma vez a mãe do garoto respondeu em seu lugar.

-Rose, Matthew já é maior de idade, ele já pode responder por si só.

-Se você insiste tanto por que você não vem dormir aqui? -Perguntou, como se estivesse o desafiando.

-Ora, porquê? Porque eu não gostaria de te perturbar. Pensa só: Você e seu marido, só vocês dois nessa casa enorme por uma noite. Você deveria me agradecer, isso sim!

-Ou aqui ou nada.

-Será um prazer dormir aqui Rose. -Deu um sorriso falso, deixando sua insatisfação óbvia.


                                                            ~


Os três estavam deitados no tapete do quarto de Matthew, tentavam dormir mas nenhum conseguia. Francis se encontrava na esquerda, Matt na direita e Rose no meio dos dois.

-Rose... tem certeza que quer mesmo dormir aqui? 

-Se eu estiver te incomodando é só você ir embora.

-Não precisa ser tão grossa... só tenho boas intenções com seu filho.

-Francis, eu te conheço.

-Estou disposto a me casar com ele.

-Você sabe que dois homens não podem se casar... não ainda, acredito que no futuro poderão, mas daqui há vários e vários anos, nenhum de nós estará vivo.

-O casamento não está só em um papel ou em uma festa na igreja. Não é Matt? -Se levantou um pouco para encarar o rapaz mas se assustou ao perceber que o mesmo havia dormido no final das contas.

 

Francis é um francês que, assim como Arthur, foi para os Estados Unidos ainda quando criança. Durante sua adolescência havia se apaixonado pelo inglês, mas o mesmo morria de amores pelo português, o qual vivia correndo atrás de uma garota espanhola. 

Depois que Afonso e Isabella se casaram, finalmente teve o inglês para si, mas acabou descobrindo que aquilo não era o que queria. De que adiantava ter o corpo se não tinha o coração? Foi então que ele finalmente percebeu o quão encantador o irmão de Alfred era. O garoto parecia ter uma queda por Francis, que era bom, porém, percebeu que se não fosse rápido acabaria o perdendo para um cubano. Aquele maldito cubano.

Foi assim que seu romance com o pequeno começou. Não estavam namorando, nem haviam trocado beijos, apenas alguns abraços, mas podia sentir que estavam avançando bastante. Separe fez questão de deixar claro que tipo de relação gostaria de ter com o mais novo, mas como sabia que o mesmo era muito tímido apenas respeitou seu tempo de forma paciente.


Notas Finais


Mais uma vez gostaria de deixar claro que Rose é uma personagem original e por mais que ela tenha parecido chata não é bem assim.

Obrigada aos que leram até aqui, me desculpem caso tenha algum erro e se possível gostaria que comentassem.


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