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História Separated by the war - Ludwig está de volta


Escrita por: Cccn

Notas do Autor


Olá, desculpem-me pela demora e um feliz natal atrasado.

Capítulo 11 - Ludwig está de volta


Era uma bela noite na cidade de Berlim. Tudo estava muito calmo, podia-se dizer que até demais; principalmente na casa dos Beilschmidt. Havia se passado uma semana desde que as duas garotas haviam se mudado para lá; no entanto, Ludwig ainda não havia voltado de sua viagem.

Enquanto isso, no quarto das estrangeiras, a garota de Veneza rolava em seu pequeno colchão, bagunçando a roupa de cama, o que de certa forma deixava o local mais confortável e aconchegante. Estava entediada, não sentia sono e deveria estar por volta das duas horas da madrugada. 

Mais uma vez cogitou acordar a amiga que dormia num colchão há poucos passos de distância do seu; porém, a moça havia passado o dia na rua fazendo sabe-se lá o que, deveria estar cansada. Então o melhor a fazer seria ficar quieta e não incomoda-la.

Rolou mais uma vez, ficando de costas para o teto e fechou seus olhos com força numa tentativa de pegar no sono. Ficou assim por três minutos até que um barulho no andar de baixo a fez abrir os olhos rapidamente.

Pensou que poderia ser Gilbert, mas logo ficou tensa ao se lembrar que ele foi dormir na casa de um amigo e que só voltaria quando amanhecesse. 

Tentou se manter calma com a idéia de que ele apenas voltou mais cedo e se levantou da cama, abraçada ao seu travesseiro. A passos lentos caminhou até a mesinha de madeira próxima à janela e pegou a lanterna que sua amiga usava quando saía durante a noite. 

Abriu e fechou a porta do quarto com cuidado para não provocar nenhum ruído que acordasse a húngara e então desceu as escadas. Seus pés estavam descalços, suas pernas tremiam dificultando a descida. Com a mão direita se segurava com força no corrimão tentando evitar uma possível queda, já com a esquerda abraçava o travesseiro contra sua barriga e segurava a lanterna, a qual mantinha a frente de seu corpo.

Ao chegar na sala, pegou o travesseiro com a mão direita para poder iluminar cada canto daquele local, um de cada vez de forma lenta para então derrubar tudo e cair ao notar uma silhueta masculina que obviamente não pertencia a Gilbert.

-Você está bem? -A voz dele era forte e grossa, apenas comprovando que não era Gilbert, soava de forma preocupada e pode perceber que o homem se aproximava.

-Por favor, não me bata! -Implorou começando a chorar de forma alta, sempre fora muito medrosa.

-O que? Não vou te bater! -Sentiu a mão dele tocar seu ombro e se ajoelhar para que pudesse ficar cara a cara com a menina. -Qual é o seu nome?

-Fe-Felicia... -Respondeu ainda chorando.

-Sou Ludwig Beilschmidt.

-Você é da família do Gilbert? -Perguntou enxugando suas lágrimas com a mão esquerda.

-Sim, sou irmão dele. Você é uma das garotas estrangeiras não é?

-Sou. -Tentou forçar um sorriso. -Muito prazer.

-Igualmente. -O rapaz se levantou e andou até suas malas, pelo que pode ver através da luz da lanterna eram grandes e pareciam pesadas, no entanto Ludwig as carregou com facilidade. -Sabe onde está meu irmão? -Perguntou voltando sua atenção para a moça no chão mais uma vez.

-Ele foi dormir na casa de um amigo, se não me engano se chama Antônio. -Falou finalmente se levantando e pegando suas coisas.

-Ah, sim, era de se esperar. Muito obrigado senhorita e perdão por tê-la assustado.

-Não, eu que devo pedir desculpas; a casa é sua, o senhor apenas estava entrando e eu vim aqui te atrapalhar, me perdoe. Mas se o senhor quiser eu poderia te ajudar com as malas. -Caminhou se aproximando dele, não sentia mais medo, mesmo com um jeito de "durão" ele parecia ser uma boa pessoa.

-Não precisa, estão pesadas, eu mesmo cuido disso. 

-Eu insisto. -Pegou uma das malas da mão do alemão mas logo a derrubou no chão devido ao peso. -Desculpe. -Levantou a mala com dificuldade e caminhou de forma lenta até a escadaria.

-Você não vai conseguir, vai acabar caindo. Deixe que eu levo. -Tomou a mala das mãos da moça e subiu as escadas de forma rápida, sendo seguido pela italiana. 

Felicia se apressou em ultrapassar o alemão e abriu a porta do quarto que acreditava que seria dele, logo acendendo a luz e dando passagem para que ele pudesse entrar.

Quando o homem adentrou o local, finalmente pode ver seu rosto com nitidez, o que a fez dar um pulo para trás e por a mão direita sob a boca, abafando o "Ooh" que havia soltado.

-Algum problema? -Ele encarou a veneziana enquanto colocava as malas no chão e depois cruzou os braços esperando uma resposta.

-Na-não, nenhum. É que... você apenas me lembra muito alguém que já conheci.

-Hum... -Comentou perdendo o interesse no que a moça dizia.

-Haha -Forçou uma risada. -Deixe-me te ajudar a organizar suas coisas, sim? -Não permitiu que o outro respondesse e abriu sua mala, começou a guardar as roupas do alemão em sua gaveta, cujo logo correu para a ajudar.

-O senhor trabalha para o exército? -Perguntou em meio ao trabalho, devido ao fardamento conhecido por ela dentro da mala.

-Sim. -Respondeu de forma curta e fria.

-Então trabalha para Hitler? 

-De certa forma. 

-O senhor gosta do que faz? -Perguntou sem olhar para o rapaz, mas como sua resposta não veio, se virou para poder encara-lo. -Desculpe, acho que estou sendo invasiva.

-Não, não gosto do que faço. -Soltou um suspiro conformado. -Acho que é só isso que posso te dizer. 

-Não contarei sobre o que me disse a ninguém, prometo. -Deu um leve sorriso.

-Sei disso. 

Ambos continuaram com o trabalho por um tempo, pelo que parecia Ludwig passou muito tempo longe de casa. Felicia, que já era acostumada com o trabalho doméstico fez tudo de forma rápida, já Ludwig tinha dificuldades para dobrar as roupas e fazia o trabalho de forma mais lenta.

-Bem... Terminou, tenha uma boa noite. -A garota sorriu e caminhou até a porta do quarto, pronta para deixar o local quando o loiro chamou sua atenção.

-Muito obrigado pela ajuda, irei te recompensar depois. 

-Não precisa, trabalho com isso há anos, já estou acostumada.

-E por favor, me perdoe por tê-la acordado.

-Ah, eu já estava acordada.

-Falando nisso, onde você está dormindo? Pelo que me lembre não há nenhum outro quarto preparado para ser utilizado aqui.

-Eu e Liz estamos em um quarto que pelo que saiba estava vazio antes, Gilbert conseguiu dois colchões para nós duas.

-Colchões? Então está dormindo no chão? 

-Sim, mas não tem problema, é bem melhor que o lugar que eu dormia antes.

-Verei o que posso fazer em relação a isso. Você está cansada não é? Pode ir.

-Está bem. Eh, eu... posso te chamar de Lud?

-Hum?! Fa-faça como quiser... 

-Está bem, boa noite Lud! -Se despediu dando um beijo no rosto do alemão e se retirando do quarto, fechando a porta atras de si. 


                                                       ~

Na manhã seguinte a húngara acordou cedo, tentou chamar Felicia porém a jovem tinha o sono pesado e parecia não ouvi-la. Resolveu desistir e desceu para cozinha, onde faria seu trabalho. Pouco tempo depois Gilbert entrou pela porta da frente, cumprimentando a moça com um beijo na testa.

-Onde está Felicia? -Falou sentando-se em uma cadeira.

-Está dormindo, tentei acorda-la mas não funcionou.

-Gilbert! -Ludwig o chamou enquanto descia as escadas.

-Lud! Veja só Liz, ele voltou! -Gritou enquanto se levantava quase em um salto da cadeira.

-Ludwig! Meu deus! Como você cresceu! -A moça falou impressionada.

-Ah, oi Liz, você também cresceu. -Deu um sorriso forçado e a cumprimentou com um breve aperto de mãos.

-Lud, estou tão feliz que voltou! -Gilbert, mais uma vez gritou e se jogou encima do irmão, abraçando-o. 

-Me solte Gilbert! -Tentou afastar o irmão, mas o outro se recusava a solta-lo.

-Bom dia. -Dessa vez quem anunciou sua presença foi a italiana, que descia as escadas de forma sonolenta enquanto esfregava os olhos.

-Por Deus Felicia! Parece que você não dormiu nada! -A húngara comentou a repreendendo.

-Desculpe, eu tive insônia.

-Hum... Mas e você Lud? Por que veio sem avisar? Se soubesse teria feito um bolo! 

-Não queria incomodar. 

-Pois não adiantou, farei um bolo da mesma forma. -Falou decidida, cruzando os braços. 

-Não precisa se preocupar com isso.

-Você gosta de bolo de que?

-Por favor, não.

-Chocolate! Todo mundo gosta de chocolate! 

-Liz!

-Feli, pega uma panela.

-Está bem. -Correu até o armário onde estavam as panelas. -Liz se você quiser eu posso fazer.

-Não, não. Eu cuido de tudo só. 

-Nesse caso eu faço biscoitos. -Comentou sorrindo.

-Está bem, bolo e biscoitos então.

-Já que é assim daremos uma festa! -Gilbert se intrometeu.

-Gilbert pelo amor de Deus! -Mais uma vez o loiro gritou, incomodado com a situação.

-Chamarei sua noiva e alguns amigos meus.

-Gilbert você não consegue ficar quieto? -Gritou, já impaciente.

No final das contas Ludwig acabou conseguindo convencer o irmão a não chamar ninguém de fora e os quatro fizeram a festa entre si. Não pode-se dizer que foi uma festa digna para Ludwig Beilschmidt, foi apenas uma festa simples que de certa forma conseguiu divertir o alemão, ao contrário das grandes festas que ele frequentava apenas por obrigação. 


Notas Finais


Mais um capítulo entregue >< Perdoem qualquer erro e por favor comentem se possível. Ah, e um feliz ano novo e boas estas para vocês.


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