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História Separated by the war - Estranhos ocidentais


Escrita por: Cccn

Notas do Autor


Gente eu só tenho a me desculpar pela demora. Eu passei por alguns problemas psicológicos que não me permitiram escrever. Consegui melhorar um pouco com a ajuda de alguns amigos e familiares. Mais uma vez pesso perdão, não posso prometer que algo assim não irá mais acontecer mas realmente espero que não.

Capítulo 12 - Estranhos ocidentais


-Artie... tem certeza de que estamos indo pelo caminho certo? -Alfred perguntou impaciente por ainda não haver chegado à casa do japonês. 

-Claro que sim! Eu fui lá hoje! -Respondeu convencido.

-Você disse isso há meia hora Arthur! 

-Eu sei onde é... só não consigo lembrar direito.

-Eu sabia! Nós estamos perdidos! Socorro! -Gritou e logo foi interrompido pelo inglês que tapou sua boca.

-Cale a boca! Você sabe que horas são seu imbecil? 

-Não!

-Eu também não...  Mas tá de noite! 

-Eu desisto. -Falou o americano jogando sua mala no chão e se sentando no jardim da casa cuja estava passando pela frente.

-Se levante daí! Se chamarem a polícia eu vou deixar você ser preso.

-Se eu for você vai junto ô sobrancelhas! -Respondeu cruzando os braços.

-Quem está aí? Eu vou chamar a polícia! -Ouviram uma voz vinda de dentro da casa gritar.

-Eu avisei porra! -Falou Arthur começando a se desesperar.

-Nós viemos em paz! -Gritou Alfred enquanto pegava sua mala no chão, se preparando para correr.

-... Em paz? Alfred é você? -Mais uma vez a tal voz perguntou.

-Como você sabe? -Perguntou confuso. -Artie é um fantasma. -Sussurrou para que dessa vez apenas o amigo ouvisse.

-Alfred te controla. -O europeu repreendeu.

Ouviram o som da porta ser destrancada e viram que a silhueta que saiu de dentro da casa não era ninguém menos que Kiku.

-Kiku! Graças a Deus! Eu imaginei que iria morrer de fome! -Pulou encima do oriental, o abraçando de forma forte.

-A-Alfred-san... -Tentou, inutilmente se separar do abraço.

-Alfred! Solta ele! -O britânico ordenou como se estivesse falando com um cão.

-Ok, ok... -Falou o soltando do abraço. 

-Bem, vamos entrar? -O japonês comentou apontando para dentro da casa. -Está frio aqui e se quiserem eu posso ajudar com as malas.

-Não, não se preocupe, você já fez muito por nós. -Arthur falou deixando sua mala no chão. -Alfred carrega, não é Alfred?

-Eu?! Por que sempre eu?

-Porque você tem mais força! Eu poderia... -Encarou o japonês que se encontrava parado enfrente à porta. 

-Ah, claro! Desculpe. -Falou constrangido, logo saindo de frente da porta e coçando a própria nunca. Logo entrou, seguindo o inglês e por último Alfred pegou a mala de Arthur e adentrou a casa, fechando a porta com um leve chute. 

-Hey Kiku! O que tem pra comer? -O americano perguntou enquanto deixava as duas malas no chão.

-Alfred tenha modos! -Arthur praticamente gritou ao notar que o amigo mais uma vez estava agindo como o mal educado que ele era.

-Não se preocupe Arthur-san, não é culpa dele! -O rapaz de cabelo escuro falou, tentando acalmar o britânico que parecia estar estressado durante a maior parte do tempo. -Sinto muito Alfred-san, mas não tenho muita coisa para oferecer. -Abaixou a cabeça tímido, morava só e como não tinha uma condição financeira tão boa comprava pouca coisa, apenas o suficiente para que pudesse fazer suas três refeições. -Vocês vieram parar aqui de uma forma tão inesperada, então não tive tempo de me preparar. Mas eu tenho arroz e peixe! Vocês querem?

-Claro, obrigado por tudo Kiku. Nós compreendemos sua situação, a culpa de tudo isso foi nossa pra falar a verdade. -O inglês comentou esboçando seu melhor sorriso, como se nem tivesse surtado com o colega há poucos minutos. -Alfred, agradeça também!

-Thank you. 

-De nada. Eh... tudo bem se vocês dormirem na sala? Eu só tenho um quarto...

-Ah, sim... Sem problemas. -O de orbes verdes respondeu. -Você mora só, certo?

-Sim, essa casa era dos meus avós. Depois que meu avô morreu minha avó se mudou para casa de meus pais e eu vim para cá.

-Eu sinto muito. -Falou o europeu.

-Tudo bem, eu e meu avô nunca nos demos bem. Quando ele morreu fui eu que o tirou desta sala, afinal, eu era o único que não estava tão abalado com o ocorrido.

-E-espera... O tirou da sala? -Perguntou o americano com os olhos arregalados.

-Sim, ele morreu aqui.

-A-aqui?! -Gritou.

-Alfred contenha-se. -O europeu reclamou reconhecendo o medo de fantasmas do americano.

-Tá vendo o que você fez Arthur? Nos trouxe para uma casa mal assombrada!

-Alfred, por favor!

-Mal assombrada? Vocês acreditam nisso? -Kiku perguntou surpreso com tamanha infantilidade ocidental.

-Eu vou embora daqui! -Pegou sua bagagem mas Arthur puxou seu braço, o fazendo derrubar o que havia pego.

-Você não vai a lugar nenhum! Kiku, me desculpe por isso.

-Não, tudo bem.

-Mas Arthur, o fantasma vai tentar me matar por... ele era avô da Sakura também? 

-Sim.

-Ele vai me matar por ter dado encima da Sakura!

-Por favor Alfred-san, não diga bobagens... o pai dela vai ter matar antes.

-Ele também está morto?! -Deu um salto para trás demonstrando seu desespero.

-não.

-Para Alfred! -O londrino deu um tapa em seu rosto, o fazendo prestar atenção em si. -Não vê que sou eu que vou te matar primeiro?

-Haha, você me ama!

-Pare de falar merda!

-Vocês dois, parem com isso, por favor! 

-Me desculpe por isso Kiku. Prometo que farei Alfred se comport... 

-Se eu for atacado por um fantasma eu processo vocês dois!

-Por Deus! Cale a boca Alfred! 

-Alfred-san, o que acha de eu preparar peixe para você? 

-Okay.

-Agradeça idiota! 

-Obrigado Kiku-chan. -O oriental franziu uma sobrancelha ao ser tratado com "chan" pelo estrangeiro.

-"San"... -Tentou corrigi-lo disfarçando sua insatisfação com um sorriso doce.

-Kiku-san...


Mais ou menos uma hora depois Kiku os chamou para que pudessem jantar. Nunca havia cozinhado para mais alguém que não fosse ele próprio, então ficou um pouco nervoso e chegou a questionar se o que fazia era realmente bom, logo sendo respondido pelas expressões satisfeitas dos estrangeiros.

-Isso está ótimo Kiku! Faz tempo que eu não como uma boa comida caseira. -Alfred o elogia sorrindo.

-Ei! Mas eu cozinho pra você todos os dias! -Arthur protestou parecendo estar novamente irritado.

-E quem disse que o que você faz é bom? 

-Eu disse! Minha comida é boa! -Cruzou os braços e virou o rosto convencido.

-Claro! E eu não sou um herói!

-Você realmente não é um herói seu merda!

-Eu sou sim! I'm the hero!

-Cale a boca. -O inglês bateu em sua própria testa. -Você tem problemas, isso sim.

O oriental apenas sorria enquanto assistia à cena, mas logo seu sorriso foi substituído por um suspiro longo e pesado, aparentemente triste.

-Algum problema Kiku? -O americano perguntou.

-Claro que sim! Você idiota. -Arthur respondeu logo percebendo que o asiático realmente parecia triste. -Hey, o que houve? Foi por causa do que dissemos?

-Não, não. É só que... vocês me fazem lembrar duas pessoas que conheci.

-Hum, e quem seriam essas pessoas? -Alfred perguntou parecendo mais sério e interessado.

-Bem, é uma longa história... Há um tempo eu conheci dois rapazes; um chinês e um coreano. Assim como vocês eles dois viviam discutindo, mas no fundo gostavam um do outro. Um dia eles tiveram uma briga feia, passaram cerca de uma semana separados. Então o chinês decidiu procurar por seu amigo, no entanto o mesmo havia desaparecido. Três dias depois o corpo do coreano foi encontrado sem vida, jogado em um terreno deserto de uma cidade vizinha. Ninguém sabe ao certo o que realmente aconteceu com ele, acredita-se que este foi violado e depois espancado até a morte, afinal ele foi encontrado sem suas vestes e haviam marcas de agressão espalhadas por todo seu corpo. -Deu uma breve pausa para que pudesse beber água e então continuou. -O chinês se culpou por não ter feito nada, por não ter ficado do lado dele quando pode, então voltou para China e eu nunca mais tive notícias dele. Antes de partir ele me disse que se você ama alguém, cuide desta pessoa, demostre seu amor o quanto puder porque o mundo não a ama da mesma forma que você e poderá tirá-la de ti quando menos esperar.

-Nossa... eu não sei o que dizer. -Alfred não aparentava estar tão surpreso, de certa forma já estava acostumado com esse tipo de história, já ouviu muitas assim de seu pai e das pessoas que conheceu no exército. 

-Realmente triste, mas infelizmente a vida é assim. -Arthur comentou, aparentando ter a mesma reação que Alfred.

-Sim... eu acho melhor eu ir. -Logo se levantou e pôs sua louça dentro da pia. -Amanhã eu cuido disso, podem terminar o jantar com calma, depois disso peço que durmam, ou simplesmente não façam barulho.

-Espera Kiku! -O rapaz de olhos azuis gritou, fazendo o japonês voltar sua atenção para si. -Sobre o seu avô...

-Não começa Alfred! -O inglês o repreendeu.

-Não se preocupe Alfred-san, afinal o senhor vai estar dormindo com Arthur-san não é?

-Sim mas ele não é assim tão confiável. 

-Tente confiar nele só por hoje. Agora, se me derem licença, irei me retirar, boa noite. 


O oriental seguiu até seu quarto. Os dois hóspedes já estavam o tirando do sério, e só de pensar que aquela era apenas a primeira noite de sabe-se lá quantas o assustava.

O japonês não esperava por algo bom durante esse período. Mas quem sabe os ocidentais não o trariam pelo menos alguns momentos de felicidade... é, quem sabe.

 

 


Notas Finais


E foi isso, me perdoem por qualquer erro de gramática que eu não tenha percebido. Gostaria muito que comentassem e me dissessem o que acharam do capítulo, até mais ^^


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