Sábado 06/03/1937 07:27
As pessoas gritavam e corriam desesperadas pelas grades ruas de Nova York, um dinossauro gigantesco estava destruindo casas, carros e pisoteava alguns enquanto andava. Nova York estava perdida, mas isso não seria problema para o nosso herói: Alfred F. Jones!
Ele pulou encima do monstro e quando estava prestes a matá-lo e acabar com o terror da população, pode ser ouvido um grito afeminado e agudo, o qual o fez cair.
O américano abriu os olhos e percebeu que estava em seu quarto. Se levantou da cama pensando no sonho que acabara de ter. Sempre gostou de estórias de heróis que salvavam o mundo de grandes monstros ou vilões e sempre sonhou em um dia se tornar um herói e ser reconhecido por todos nos Estados Unidos. Mas daquilo tudo tinha certeza de apenas uma coisa: O grito que o fez cair em seu sonho era real e vinha da cozinha da pousada.
O rapaz correu até a mesma e lá encontrou um Arthur incrédulo.
-Artie? O que houve? -Perguntou preocupado com o amigo, pousando a mão direita no ombro do outro.
-Uma tragédia!
-O que? -Falou tentando parecer preocupado, mas a frase o deixou um pouco animado, quem sabe não acabasse sendo o herói que enfrentaria a tal "tragédia".
-Roubaram o chá que eu tinha deixado aqui! -Falou irritado, ainda não acreditava que ele, um cidadão de bem, que trabalhava para poder comprar seu próprio chá fora roubado.
-Ah... -Se desanimou completamente. -Só isso?
-Só... Isso? -Arthur o encarou irritadíssimo, como assim "Só isso"? -Só isso Alfred? Eu fui roubado cacete! Você não nota a gravidade do problema? Eu vou ligar é pra polícia, isso sim!
-Desculpa. -Falou olhando pro inglês parado em sua frente. Sabia que roubo era algo inadmissível, mas o roubo de um chá não era algo assim tão grave, portanto não havia necessidade de envolver a polícia no meio dessa história. Porém, sendo o herói que é, era mais do que o dever de Alfred ajudar o europeu com seu problema, principalmente por ele ser seu melhor amigo.
-Você é um idiota Alfred!
-Eu sei que isso foi horrível, mas não precisa se estressar ou chamar a polícia, nós podemos comprar mais.
-Eu sei mas... Eu fui roubado.
-Podemos ir no mercado agora, depois de comprar o chá é só não deixar mais aqui na cozinha e sim trancado no quarto junto à nossas coisas.
-Okay. -Falou se rendendo. -A propósito, você está só de cueca.
~
Mais tarde no mercado
Alfred estava em uma barraca onde vendiam apenas bebidas. O britânico havia se separado de si para poder ir a uma outra barraca para comprar roupas para os dois.
O problema é que o único dinheiro que o americano tinha ali era o dinheiro contado do chá de Arthur que lhe fora dado pelo mesmo.
Depois de alguns longos minutos o inglês apareceu cheio de sacolas com suas compras, haviam levado poucas roupas para a viagem, então comprar algumas já havia se tornado necessário há um tempo.
-Então, onde está meu chá? -Perguntou encarando a sacola que o amigo tinha em mãos.
-Be-bem... Então, eu...
-Você o que Alfred? -Perguntou levemente irritado, sabendo que pela atitude do outro coisa boa era o que não estaria por vir.
-Eu usei o dinheiro para comprar café, desculpa. -Não queria ter feito aquilo, mas não havia levado café consigo para o Japão e fazia um tempo que não tomava, assim acabou se vendo tentado a comprá-lo.
-Oh... -Fez um expressão surpresa, seguida de uma irritada, pensativa, maligna e por fim: um doce sorriso. -Tudo bem, eu posso compra mais.
-Sério? Obrigado Artie! -Falou abraçando o britânico, logo sendo empurrado pelo mesmo.
Depois de comprarem o bendito chá e algumas outras coisas, os dois voltaram para pousada, onde Arthur correu para o quarto, logo pegando um papel e escrevendo algumas palavras, em seguida o dobrou e o colocou dentro de um envelope.
-Ei Alfie. -Alfred, que estava deitado em sua cama, se sentou e o olhou surpreso, raramente o rapaz de olhos verdes o chamava pelo apelido. -Como você foi parar na casa daquela garota?
-Da Sakura? -Perguntou confuso, sem conseguir entender onde o inglês queria chegar.
-É, ela.
-Eu apenas sai andando e acabei parando enfrente a casa dela.
-Mas qual caminho você fez?
Sem entender direito o que estava acontecendo o americano se levantou, pegou um papel e uma caneta, fazendo alguns rabiscos e explicando tudo com calma para o amigo.
-Entendo... Mas por que você entrou justamente na casa dela?
-As árvores do jardim chamaram minha atenção, eram todas cor-de-rosa.
-Ah... Seu desenho ficou bem legal, vou guardar. -Tirou o papel das mãos do mais alto, o dobrando e guardando em seu bolso. -Olha, eu vou mandar essa carta pra minha mãe. -Pegou a carta que havia escritor e a balançou para que o outro pode-se ver. -Já volto.
-O-okay...? -Falou sem entender nada do que estava acontecendo ali, o garoto estava muito estranho naquele dia.
Depois que finalmente conseguiu encontrar a casa da japonesa, Arthur andou cautelosamente até encontrá-la de pé, virada de costas para si. Jogou a carta um pouco atrás dela e simplesmente saiu correndo do local.
A jovem se virou assustada ao sentir uma presença próxima a si, mas não havia ninguém ali. Olhou para os lados confusa até que enfim fitou o chão e lá encontrou uma carta.
Ficou um pouco confusa e receosa a respeito de se deveria ler a carta ou não, mas no final acabou a pegando do chão e a abrindo.
"Querida Sakura, se lembra de mim? Eu gostaria de poder te encontrar novamente, se não for incomodo, amanhã passarei em sua casa às 11:20 para te ver, está bem? Com amor, Alfred."
-Que idiota. -Resmungou para si enquanto ria da atitude do estrangeiro e guardava a carta dentro de sua roupa. -Está bem... Pode vir, Alfred. -Falou acreditando que o rapaz estivesse no local e pudesse ouvi-la.
De volta à pousada: Ao voltar pra o local onde estava hospedado o londrino foi até o telefone que ficava na sala e discou alguns números rapidamente.
-Oui? -Falou a voz do outro lado da linha.
-Francis? Preciso de um favor seu! -Foi direto ao ponto.
-Arthur? Ah mon cher, tudo que você quiser.
-Ótimo! Me ligue em seis minutos está bem?
-Seis? Arthur do que está falan... -O francês não conseguiu concluir sua frase, pois Arthur já havia desligado o telefone e corrido até seu quarto, onde Alfred provavelmente se encontrava.
-Alfred! -O chamou enquanto adentrava o local.
-Hum?
-Vem cá.
-O que foi dessa vez Artie? -O encarou entediado.
-Por que não vamos para a sala? -Sugeriu sorrindo.
-Fazer o que lá? Eu estou bem aqui.
-Estou com vontade de ficar lá com você, vem comigo. -Puxou o braço do americano, o forçando a ir consigo.
Ao chegarem no local desejado pelo mais baixo, ambos se sentaram em um pequeno sofá e permaneceram calados, alguns minutos depois o telefone tocou e Arthur praticamente se jogou encima do mesmo.
-Hi?
-Então, o que você queria?
-Ah, Sakura! Que bom que ligou! Sou eu, Arthur, o amigo de Alfred. Como posso ajudá-la?
-O que? -O francês perguntou confuso, não entendendo nada do que estava acontecendo. O que deu no inglês? Será que ficar tanto tempo no oriente o deixou mais maluco do que já é?
-Hum? Você quer que o Alfred vá na sua casa?
-Na verdade eu não quero...
-Amanhã? De que horas?
-Vou apenas fingir que não percebi que você está tentando enganar o Alfred.
-Às 11:20? Certo!
-Hoje eu comi um peixe estragado.
-Claro que ele pode ir.
-Agora estou me sentindo um pouco mal.
-Certo, até mais então, foi um prazer falar com você novamente.
-Okay, estou com saudades.
Arthur desligou o telefone e então encarou Alfred com um sorriso vitorioso.
-Ela te convidou para visita-la!
-Eu ouvi.
Estou tão orgulhoso, finalmente uma garota se interessou por você!
-Não fale assim! Outras já se interessaram por mim antes!
-Claro que sim. E eu sou a rainha Vitória!
-Mas você realmente acha que ela está interessada em mim?
-Claro que sim! Sabe o que eu faria se fosse você?
-O que?
-Beijaria ela.
-O que?! Te-tem certeza?
-Sim, não se preocupe, vai dar tudo certo... Apenas confie em mim. -Sorriu docemente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.