1. Spirit Fanfics >
  2. Ser pai... >
  3. Ser Pai...

História Ser pai... - Ser Pai...


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Olá amores da Tia!

Essa oneshot surgiu a alguns meses atrás como um desafio feito a mim pela Princess-Roses para o aniversário do Afrodite! Mas Alexiel, nós já estamos em agosto, o aniversário do Dite foi em março! Sim eu sei, essa fic está escrita e betada (e aqui vai meu eterno agradecimento a ela, minha Diva) pela Amelinda desde essa época. Mas como todo mundo sabe eu fiquei doente nesse período um dos motivos dela não ser postada no período foi esse.

Outro motivo dessa fic só estar sendo postada agora, é minha superação. Eu queria que essa história tivesse tudo, literalmente tudo meu na obra, até mesmo a arte de capa dela. Esse desenho está feito desde março (Inspirada em uma fanart de Rugonis e Albafica) e eu não o conseguia terminar de pintar por causa da dor no pulso e como vocês viram.... EU CONSEGUIIIIIII!!!!! Terminei esse bendito desenho e agora a obra está aí, espero que todos gostem.

Agora as dedicatórias da Tia: Primeiramente, essa fic é um singelo presente/retribuição, pelo carinho de uma das minhas leitoras, já citadas aí em cima, a Princess-Roses. Minha flor, você não faz ideia da minha felicidade no dia em que li que a Rosa e a Lotus, foram uma história que você criou por minha causa, que eu te inspirei. A fic me foi um presente, um reconhecimento como autora e saber que inspirei alguém, saber que você tem um novo projeto de presente de aniversário atrasado para mim me deixou ainda mais feliz. Essa oneshot e sua minha Bela Rosa.

Agradecimento repetitivo, mas em cada fic eu irei agradecer a ela sempre! A Amelinda, que é minha palpiteira, minha beta nos pouquíssimos momentos que consigo roubar uma folguinha dela para me ajudar a ver os errinhos que eu deixei passar e tudo mais. Flor, você é minha Diva me inspira e obrigada por betar mais essa obra.

Outra que não posso deixar de agradecer é a minha Petit, que me aguenta, me perturba e só falta criar um grupo de torcida para me animar a escrever mais e mais a cada dia. Lucy, minha INHA favorita, é pra vc também viu! Adoro sua chatice todo dia!
E agora o ultimo e mais especial de todos os agradecimentos. A vocês meus leitores fieis, que acompanham minhas histórias tem paciência comigo e leem sempre, em silencio ou comentando. Amo vocês, sempre, sempre, sempre!

Agora chega de conversa.
Boa leitura amores.

Capítulo 1 - Ser Pai...


Ser pai...

 

Era mais um dia comum no Santuário. Shun revirava os olhos com o namorado reclamando, enquanto ele arrumava a pequena mala negra que estava sobre a cama. Fazia aquilo de forma metódica, reavaliando se tudo de que precisava estava ali, e também porque sabia que o discurso de Afrodite sempre era bem longo e deixá-lo falando sozinho era pior. Podia exercitar a paciência, enquanto ele despejava suas angústias daquele jeito louco e afetado que às vezes ele tinha.

- Shun, você tem que ir mesmo? – Fazia uma expressão manhosa, mexendo em uma mecha do cabelo. -  Naomi é tão pequenininha! Eu sou um desastre como pai ao cuidar dela.- fazia um ar de súplica exagerado.- Por favor, não me deixa sozinho com uma bebê! Olha, eu sou venenoso, isso não vai ser legal para nossa filha.

O virginiano riu com o jeito dramático de seu companheiro. Na verdade, o compreendia, por mais que a filha dos dois já estivesse grandinha, não tinha jeito, quando a mesma ficava mais dengosa era difícil de lidar com ela, e geralmente nesses momentos, era somente nos braços de Shun que encontrava alento. Naquela relação com a filha, mesmo em pouco tempo, algumas coisas já haviam ficado claras. Dite parecia assumir o papel de pai mais severo e sério, que dá muito amor e carinho, mas que quando precisa puxa a orelha de forma mais dura, sem nenhuma piedade. Já Shun era o tipo mais doce e para onde sempre ela poderia correr não esperando uma bronca ou uma solução mais enérgica, e sim um colo e conselhos sábios para resolver as coisas por si mesma. E por falar em jeito manhoso da menina, quando Naomi resolvia abrir o berreiro ou ficava doente, por mais grudada que fosse em Dite ela virava um monstro e só queria Shun.

- Primeiro, você não é venenoso. Seu antecessor que diziam ter sangue tão letal quanto as suas rosas. Você é imune a toxinas, é completamente diferente. E segundo, vocês vão ficar bem,eu não posso negar uma missão, você sabe disso. Você agora é pai, nem sempre vamos poder ficar os dois cuidando dela ao mesmo tempo.

- Maldita Barbie! – Reclamava revirando os olhos. – O Shaka sempre inventa essas missões fora de hora e eu me fodo no fim de tudo. – Andava de um lado para outro angustiado.

- Oras Dite, cuidar da nossa filha é algo ruim? – Shun provocava, enquanto ia fechando a mala e a levando para a sala, onde a pequena estava no cercadinho sentada e brincando com uma boneca de pano. A menina abriu os braços para Shun, assim que o viu, dando saltinhos para que ele a pegasse no colo. – A nossa filha é uma princesinha que não dá trabalho nenhum. Não é minha bebê? – Naomi ria passando as mãozinhas no rosto do pai.

- Sim, nossa filha é linda.- suspirou sorrindo para ela e passando um dedo com carinho em seu rostinho. -  mas não é você que aguenta o berreiro dela, quando ela dá birra querendo você quando fica preso naquele plantão eterno.

- Dite - ele falava se aproximando e dando um selinho no companheiro, colocando a filha em seus braços. – Você é um ótimo pai, para com esse medo bobo que você tem de falhar com a Naomi. – Sorria de forma doce acariciando Afrodite - Relaxa um pouco, meu amor. Vocês dois vão ficar muito bem, são só dois dias. Agora eu tenho que ir, mas ligo para saber como estão, qualquer coisa me procura ou pede ajuda.

Shun dizia beijando a cabeça da filhinha. Deu um demorado beijo de despedida no companheiro e foi saindo da casa de Peixes sem olhar para trás. Dite olhou para a neném e sorriu para ela tocando sua mãozinha pequena com carinho.

- É, filhinha, agora somos só nos dois! – A neném parou, olhou para ele, torceu a boquinha em um bico lindo, mas que anunciava uma catástrofe iminente. Naomi abriu o berreiro, um choro alto e forte, soltando lágrimas dos olhinhos verdes. Esticava os bracinhos na direção em que o outro pai havia saído querendo o colo de Shun. – Ah, não, filhinha por favor, não começa!

Ele revirava os olhos, indo para dentro e sacudindo de leve a neném tentando fazê-la se acalmar.

 

***

 

Aqueles dois dias se passaram arrastando. Para piorar a vida de Afrodite, a serva que sempre ajudava a cuidar de Naomi havia ficado doente e literalmente ele estava abandonado e sozinho. A filhinha estava no canguru, grudada ao seu corpo; batia os bracinhos e puxava os cabelos de Dite falando horrores com aquela linguagem única dos bebês. Naquele dia, em especial, ela resmungava muito e estava meio enjoadinha.

Dite tentava pela milionésima vez acertar a temperatura da mamadeira da filha, porque o seu almoço mesmo, ele nem imaginava quando ia poder fazer de novo, já que o queimou no desespero de trocar logo a fralda da filha. Ele estava em um estado deplorável e a cozinha parecia uma verdadeira zona de guerra. Despenteado, todo largado e vestindo só uma camisa larga e cueca. No chão tinha um monte de brinquedos espalhados e Dite já mancava de leve, por ter arrebentado com seu pé ao pisar em um dos brinquedinhos da filha ao andar descalço pela casa, já que não havia achado suas sandálias. Provavelmente, quando ele colocou Naomi para brincar no chão, ela jogou embaixo de algum móvel.

 Foi quando, se a confusão já não fosse a suficiente, Naomi começou a chorar desesperadamente e a angústia de Dite foi ainda maior. O berreiro estava instaurado e ele tentava de tudo para acalmar a filha. A sacudiu dançando com ela pela casa, viu se precisava trocar a fralda de novo, tentou alimentá-la com o leite que teve de preparar pela terceira vez, já que o que fazia quando ela começou a chorar, derramou inteiro no fogão fazendo a maior lambança na cozinha, enquanto tentava acalmá-la após o início do berreiro.

- Oh meu anjinho, tem do dó seu papai e diz o que você quer! – A menina já estava vermelha de tanto chorar. – Vou ter que apelar mesmo e pedir ajuda minha pequena? Não faz isso com seu pai, por favor!

Dite era orgulhoso e não queria ter de pedir socorro. Achava que se fizesse isso, ia ser a assinatura de sua incompetência como pai, mas não teve jeito. Olhou sua loirinha chorando, mordeu o lábio tenso ainda procurando em sua mente outra solução e sacou de seu telefone, discando enquanto andava de um lado para outro ainda tentando niná-la. Logo ele suspirou ouvindo a voz de seu companheiro atendendo do outro lado.

- Shun? – Ele dizia sem graça, se roendo se raiva por ter de fazer aquilo. Tinha o orgulho ferido em saber que ele, um poderoso guerreiro capaz de fazer verdadeiros milagres, não conseguia cuidar de um bebezinho que não tinha feito nem um ano ainda – Me socorre! A Naomi não para de chorar um segundo, o que eu faço? – Ele ouvia a risadinha do namorado do outro lado da linha. Shun sempre se divertia com o jeito estabanado do companheiro.

- Fralda? – Começava a pontuar, sempre com aquele seu jeito sereno e paciente como se o mundo passasse plácido e calmo diante dele.

- Eu troquei tem cinco minutos. – Dite se movia de um lado para o ouro, já tirando a filha do canguru e a sacudindo de leve em seus braços.

- Comida? Deu a mamadeira dela na hora certa? – Podia-se ouvir o suspiro dele do outro lado da linha. Shun sentiu o coração apertar ao ouvir o choro da filha do outro lado do telefone, mas ainda faltava muito para ele chegar ao Santuário, mesmo que já estivesse a caminho.

- Ela abriu o berreiro e não quis nada. – Revirou os olhos cansado se jogando sentado e segurando a filha já deitada em sus braços - Ela até bateu a mão na mamadeira e derramou tudo no chão. Por Athena, isso lá era hora de a serva ficar doente! – Dizia suspirando fundo e andando de um lado para o outro já no quarto.

- A temperatura dela está normal? – Shun pensou em descartar uma doença.

- E desde quando a temperatura daqui é normal? – Fazia piadinha angustiado, se a filha tivesse doente ele seria o primeiro a identificar isso. As vezes ele até se pegava de madrugada levantando e indo vê-la dormir no quarto só para ter a certeza de que ela não havia passado mal a noite sem que eles vissem. - A Grécia está na fase inferno de quente. E olha que eu já fui para um inferno de verdade, e lá era bem gelado comparado a isso!

- Dite, sem piadas. – Shun sorriu tentando ser sério. - Eu sei que você só faz isso quando tá desesperado.

- E eu tô desesperado, Shun! Ela vai ficar com falta de ar já, já, de tanto que chora. – Dite dizia angustiado – Daqui a pouco quem está chorando com ela sou eu!

- Eu sei meu anjo, - Shun era um poço de paciência.- mas fica calmo que eu já sei o que ela tem.

- Então diz logo, caramba – ele se exaltava e se levantava com a neném - O que eu faço, pelo amor de todos os deuses? Eu não aguento mais ver nossa filha chorando desse jeito! – Dizia em completo desespero, já quase se descabelando.

- Simples. Tira a roupa! – Ele falou, rindo.

- Shun, agora é você que está com piadas fora de hora. – retrucou sem paciência.

- Eu não estou com piadas, amor. – Dite pôde ouvir a risada de Shun do outro lado da linha - Encha a banheira, com água de morna para a fria, e entre dentro da banheira com Naomi. – orientou, dando uma risadinha da mente poluída do companheiro.

- Está zoando que é só isso, um banho frio? Naomi está com calor? _ Dite estava incrédulo por não ter pensado nisso.

- Não, não estou brincando. Um banho frio, acompanhada do carinho e proteção do pai dela, essa é a solução. Nossa menina vai se acalmar com isso.

- Você tem mimado demais a Naomi Shun... – Ralhava, já tirando a roupa do neném.

- Olha quem fala! – Shun sabia que sempre foi Dite a tentar dar de tudo para a filha, mesmo bancando o pai sério. Aquilo era como uma compensação por tudo o que passou sendo órfão. Ele tentava ser tão bom para a menina como Agnes foi para ele. – Anda, vai logo cuidar dela.

- Tudo bem, - suspirou - obrigado amor.

- De nada, me liga depois para dizer como ela está. Daqui a algumas horas eu tô chegando.

-Ligo sim. – Ele respondeu, com Naomi já sem roupinhas e tirando a sua camisa – Eu tô com saudades.

-  Eu também. – Disse de maneira meiga - Ah, Afrodite tem mais uma coisa.

- O que Shun? – quis saber, já com a banheira cheia, conferindo a temperatura da água para a filha assim como a profundidade da mesma para que ela pudesse brincar sentadinha.

- Depois que ela acalmar e você ainda tiver, digamos... como veio ao mundo... Manda fotos para mim.

- De santo você só tem a cara! – Dite não resistiu a uma gargalhara. - Seu tarado!

- É por isso que você me ama. – Disparou certeiro.

- Tchau, seu tarado. Até daqui a pouco!

Ele riu com aquilo por um segundo, mas logo o berreiro de Naomi o chamou de volta à realidade. Conferiu a temperatura da água novamente e suspirou, entrando na mesma e se sentando. Colocou a menina com cuidado sentada, com as costinhas apoiadas em suas pernas e suspirou, jogando água devagar sobre o corpinho dela.

Naomi olhou para o pai com aqueles enormes olhos verdes brilhando pelas lágrimas e foi parando de chorar aos pouquinhos. Ainda tinha aquele típico resmungo pós choro de bebês. Batias as mãozinhas na água olhando para a mesma e depois para o pai.

- Pronto, você só estava com calor, não é mesmo?– Disse, jogando água pacientemente sobre o corpinho dela, que começava a bater os bracinhos na água divertidamente. – Agora o meu neném vai ficar calminho.

Ele riu e deu máximo de carinho para sua menininha, a deixando se divertir bastante na água. Pegou alguns brinquedinhos para ela, os jogando na água e começou a passar o sabão no corpinho, fazendo uma massagem gostosa e relaxante na neném, assim como Shun o havia ensinado a fazer. Os olhinhos de Naomi não desgrudavam da face de Afrodite. Era um momento doce e tranquilo de comunhão entre pai e filha, que transmitia a tranquilidade não vivenciada nas últimas horas que os dois haviam passado. Logo terminavam o banho e ele já a via bocejando, cansada. Saiu da água colocando um roupão e a enrolando em uma toalha.

- Pronto, neném – ele bocejou cansado. – Acabamos, agora você vai dormir e deixar o papai descansar, né?

Seguiu para o quarto, aliviado de agora perceber a risadinha alegre da filhinha, enquanto ele a tinha deitado sobre a cama e a vestia com uma roupa bem levinha e fresca. Foi naquele momento que Naomi deu a ele o maior presente de sua vida. Desengonçada, ela olhou para o pai e abriu os bracinhos na direção dele, como se quisesse tocá-lo e de um jeitinho doce.

- Pa... pa... papa!

Dite ouviu aquilo com os olhos arregalados, piscando repetidas vezes como se não conseguisse acreditar no que seus ouvidos. Fora os sons infantis comuns, Naomi ainda não tinha formado nenhuma palavra, ou algo perto disso. Aquela era a primeira palavrinha de Naomi e foi para ele! Ela ainda tinha os bracinhos abertos para ele, quando o pai a pegou nos braços, sorrindo bobo, e enchendo a neném de beijinhos.

- Você disse sua primeira palavrinha, você me chamou de papai! – Ele ria girando ela no ar e a menina soltou uma gargalhada gostosa e feliz com o que para ela era uma brincadeira do pai - Me chamou de pai antes de chamar o Shun, ele vai se roer de inveja! Você pode até ser grudada nele, mas foi o loiro gato aqui que você chamou de pai pela primeira vez... Eu tô tão feliz, minha princesinha!

Ele ria e então arrumou a cama se deitando recostado em vários travesseiros e colocando a pequenininha em seu peito, deitadinha. Fazia carinho nela a ninando de forma carinhosa e gostosa.

- Esse foi o melhor presente de aniversário atrasado que eu recebi, meu anjinho. – Bocejou cansado. – Eu nunca vou ser grato o suficiente pela Helena ter me dado você, por ter me ajudado a ser pai com o Shun, nunca mesmo. – Ele suspirou, fechando os olhos cansado. Naomi já havia dormido em seus braços. – Obrigada Athena, obrigada por ter me dado uma nova vida para poder ter isso, mesmo depois de tudo o que eu fiz.

Acabou dormindo ali junto com a filha, estavam exaustos. Algumas horas depois Shun chegou à casa de Peixes, que estava entregue ao silêncio. Ao entrar, vagaroso, no quarto do casal, deu de cara com aquela linda cena. Afrodite tinha a filha sobre o peito, os longos cabelos loiros espalhados pelos travesseiros e ambos dormiam em paz, na mais bela cena de carinho paternal que o virginiano poderia ver. Sorrindo e silencioso como somente um Cavaleiro poderia ser, ele se sentou na poltrona e tirou seu bloco de papel e bolsa de lápis de cor da cômoda e começou a desenhar aquela cena. Afrodite ia amar ter aquele momento imortalizado pelas suas mãos, como um presente quando acordasse.

- Por todos os deuses, eu não poderia ter uma melhor família do que essa. -  Shun disse em um sussurro antes que os primeiros traços ganhassem o papel. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, deixem seus comentarios vai! Bjjjj


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...