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História Ser Vida - Ser Vida


Escrita por: Dessamim

Notas do Autor


Olááá, esta fic é uma one-shot, nunca escrevi algo do tipo e ADORARIA se vocês comentassem o que acharam, pfv, eu realmente não sei o que pensar desse capítulo então se gostou e gostaria de ver mais nesse ESTILO (não é mais capts, essa fic aki só tem um u.u), COMENTEM!
A baseei qse totalmente numa comic q eu li (link no fim do cap), só mudei o final pq qria gerar furdúncio... Ahsauhsua não! Mas eu gosto de deixar brechas e não fins bonitinhos pftos q nn precisa de mais nada.
Agoooora, aproveitem!

Capítulo 1 - Ser Vida


Fanfic / Fanfiction Ser Vida - Ser Vida

O sangue da minha família é amaldiçoado, no nosso décimo sexto aniversário algo rouba nosso poder de respirar, mas existem meios de impedir isso.

Encantos, sal, avelã e ferro são os mais utilizados.

Para passar por isso, escolhi uma corrente que pertencia a minha mãe, ela era revestida em sete feitiços de proteção, além do fato de ser feita do metal seguro. Espero ansiosamente o relógio bater a meia noite, não sei o que irá acontecer. Nunca houve relatos do que é essa coisa que vem atrás de nós. Durante cento e cinquenta anos, todos os membros da minha família tem de passar por isso sozinhos, entretanto ninguém nos conta o que temos medo.

Só sei que algo tentará me fazer parar de respirar esta noite e eu não posso deixar isso acontecer.

O relógio da as suas doze badaladas.

Suspiro longamente e aguardo.

Sinto uma presença atrás de mim, olhando por cima do ombro, percebo que minha sombra está se alongando medonhamente na parede, a sombra para de crescer e me encara. Meus joelhos tremem brevemente, mas não há nada a temer, no momento em que a coisa me toca no pescoço, tentando agarrá-lo, minha corrente se aquece e a queima, fazendo-a se afastar.

Sorrio vitoriosamente.

Hm, acho que evitei muito bem a morte, penso de forma aliviada.

Encaro a sombra e espero ela ir embora de uma vez, só para ter certeza.

Exceto que ela não se vai.

O monstro me encara como se em desafio, cruzando os braços e – eu tenho certeza – sorrindo, demonstrando que não iria a lugar nenhum. Sendo aquilo uma injúria, cruzo os braços, agarro firme o ferro que pende em meu pescoço e dou as costas para a criatura, seguindo para o meu quarto. Preciso ignorar aquilo.

Durmo com o pensamento de que aquilo tem que ir embora em algum momento, porque ser vigiada enquanto se dorme é bem desconfortável.

Ainda mais por algo sobrenatural.

 

Acordo, na manhã seguinte, mas me mantenho de olhos fechados. Tenho medo de dar de cara com uma sombra minha deformada me desejando bom dia. Depois de uma breve oração para qualquer coisa que me veio na mente, passo meus olhos pelo quarto, ainda sem sair da cama. Sorrindo e agradecendo ao ser qualquer que me ouviu, sigo para o banheiro fazer minha higiene matinal.

Eu sabia que em algum momento aquela coisa se cansaria de ficar me olhando.

Pego a escova de dentes, ainda sorrindo, coloco a pasta, molho a escova e ergo minha cabeça, na intenção de olhar para o espelho. No momento em que começo a escovar meus dentes, uma sombra com ar de diversão me encara do espelho. Cuspo toda a espuma da boca em um grito, sem pensar, começo a xingar aquela porcaria de ser que me assombrava.

Ao longo do dia, percebo que a sombra não me deixará em paz. Continuará a me seguir, sem piedade nenhuma, me observará em todos os momentos.

Tudo só piora quando vou reclamar para meu pai e ele me dá as costas, dizendo que isso é problema meu.

─ Não fui eu quem amaldiçoou a família! ─ Grito batendo a porta do meu quarto.

No mesmo momento, ouço algo se quebrando; o monstro tinha acabado de derrubar o vaso que ficava na minha escrivaninha. Furiosamente, exclamo:

─ Você é tão inconveniente que deveria se chamar Morte, sabia?! – A encaro como quem diz “qual o seu problema?” – Sério, isso tudo é tão desnecessário!

O silêncio da coisa me traz um consentimento estranho. Ela pareceu ter prendido a respiração... Como se pudesse. O nojme daquilo é Morte, ou ela é a Morte? Existe algum ser com um nome assim? Duvido muito. Dou dois passos para trás e aponto para a criatura escura.

─ Você é... É a Morte, não é?

O que seria a cabeça daquilo, vira para o lado como se, naquele momento, me avaliasse melhor. Depois de um momento, dá de ombros e se dirige ao vaso da janela, mal me mexo para pará-la quando o som de algo se quebrando um andar abaixo deixa claro que não deu tempo.

─ Então, senhorita... “Senhorito”... Sério, qual seu gênero? Isso complica muito para eu chama-la de Morte – Bufo revirando os olhos – Você é um ser, então juntando ficaria “Ser Morte”. É tipo “Sir”, sabe?

Minha lógica parece não interferir no raciocínio lógico do Ser Morte que continua olhando pela janela em direção ao térreo – onde o vaso quebrado deve estar neste momento. Sem ter muito mais para fazer, coloco um pijama e me deito.

─ Poderia, pelo menos, me fazer o favor de fechar a janela? Não gostaria de mosquitos me incomodando.

De forma emburrada, me viro na cama e forço meus olhos a se fecharem. Percebo um leve som de algo se arrastando e, de forma surpresa olho na direção dele, me dou conta que ele está realmente fechando a janela. Isso me traz sensações boas e esperança, não entendo exatamente o porquê e, quando estou começando a formar ideias, caio no sono.

 

Este ano foi difícil, Ser Morte continua aparecendo no espelho enquanto eu escovo os dentes ou me arrumo para sair, arranha a janela de noite e me manda ocasionais trotes gemendo como um zumbi. Sem contar as vezes em que eu tenho que limpar a palavra “MATAR” que ele adora escrever pelas paredes... Talvez eu nunca descubra de onde vem o sangue que Ser Morte usa para escrever.

Ele também vive me xingando por gestos pelos reflexos, principalmente quando começo a ignorá-lo. Criatura sentimental.

Comecei então, a aderi-lo em minha vida e isso foi mútuo, mais ou menos.

O prometo Netflix liberada se deixar as luzes em paz, sempre pego uma caneca extra de chocolate quente para ele ficar chacoalhando sinistramente pela casa, enquanto leio meus livros, e até comecei a desenhar um sorriso no espelho embaçado quando está emburrado.

Em troca, ele opina como uma boa amiga sobre o que visto e me avisa se passei da hora por ficar conversando com minha própria sombra – Ser Morte, no caso.

Mas hoje, as coisas foram diferentes. Enquanto eu falo, distraidamente, sobre uma viagem a qual estou planejando e me preparo para sair, me sobressalto ao ver que ele me deixou uma mensagem. Não uma frase, nem mesmo palavra. Não uma ameaça, mas sim uma declaração. Mais do que eu poderia imaginar que Ser Morte seria capaz de sentir.

Um coração está claro no vidro.

Sem palavras, só posso apreciá-lo e tocá-lo.

Por trás de tudo aquilo sinto algo próximo de um toque.

Estou feliz.

 

Nossa convivência está cada vez melhor. Não me incomodo com a sua presença constante, na verdade, ela me acalma, me conforta. Ele não parece querer me ferir, não parece querer meu mal, Ser Morte exala tranquilidade, não mais caos, como antes.

Quando estamos sozinhos, ele toca meu violão. Na rua, cruza nossos dedos, mesmo que ninguém possa ver. Nem mesmo me liga para ficar gemendo imitando um zumbi, agora algo como uma doce melodia cantada de lábios fechados me recebe quando digo “alô? ”.

Tudo isso... Tudo isso fez eu parar de me proteger.

E então, veio o momento em que a corrente de ferro se rompeu. Não sabia se sentia medo ou o que, é algo inesperado e totalmente diferente de como pensei que seria. Na verdade, eu nem pensei que poderia acontecer. Em um descuido, minha mochila se enroscou no colar e em um único puxão para soltá-la, se arrebentou.

Em choque, me viro para a sombra que sempre esteve comigo.

Pela primeira vez, pude ouvir a voz de Ser Morte.

─ Aqui está o negócio das maldições: São palavras.

Sua voz é calma e parece tão longe. Suas mãos se aproximam do meu pescoço agora nu, o rodeia e fazem carinho em minha bochecha. Tremo de antecipação, a maldição irá se provar verdadeira, será que foi tolice por ter parado de temer aquilo que nunca me fez mal?

Não! Aquilo nunca seria chamado de tolice, penso, mantendo meu olhar fixo no ser a minha frente.

─ Existem cem meios para roubar a sua respiração.

Ser Morte termina de falar e, com suas mãos firmes ao redor do meu pescoço, me beija.

A maldição se cumpre, o fato dele me beijar é tão surpreendente que levo vários momentos até recuperar o ar e retribuir. É mágico, é lindo, é impossível. Pouco me importo com o movimentar de nossos lábios, só quero estar ali, junto dele, sempre e mais um pouco. A situação desespera meu corpo a querer mais, não importa o quanto já tenho.

Tenho tudo.

Ser Morte se afasta, antes do que eu gostaria, e sussurra com os lábios ainda juntos aos meus:

─ Existe apenas um jeito de quebrar uma maldição.

Assim, ele some.

Não há drama nem nada, só... Se vai.

Um grande vazio se abre em meu peito e só posso sentir a falta da pressão do corpo, lábios e mãos sobre mim. Entretanto, mais do que isso, sinto falta da presença dele. Ele sempre estaria ali, não importa quantas vezes eu fechasse os olhos, quando os abrisse, Ser Morte continuaria me encarando. Agora, não mais, eu estraguei tudo...

Muitos querem a morte o mais longe possível de si, eu só a quero ao meu lado, tocando para mim. Não será tão simples Ser Morte se livrar de mim, como ele não voltará pelos meus filhos, eu irei até ele. Por bem ou por mal. Com feitiços, ou com uma adaga no peito, estaremos juntos como deveria sempre ter sido.

 

 

 


Notas Finais


Obrigada, muito obrigada por ler! Agora, pfv, comente! Estou muito interessada em saber a opinião de vcs!
Obrigada novamente!
Kissus, Dressa.

P.S.: Se algo ficou confuso ou vc não entendeu, me pergunte... Pd ser por comentário (bem mais legal!) ou por MP (nheh, serve [mintira, é legal tbm]).
P.S.²: Essa fic foi postada no Nyah tbm
Link comic http://charminglyantiquated.tumblr.com/post/152308033528/a-little-comic-about-kisses-and-curses-happy


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