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História Será? - Melhor dia - pt 2 (final)


Escrita por: DoceteeKun

Notas do Autor


Perdoa o cap grande e não desiste de mim!!

Enfim! Fiz ele maior que o costume pq fiquei mto tmp sem postar (perdão por isso, pf), ent achei o suficiente. Antes de vcs lerem, um rápido aviso: tentei fze eles fofos, mas n sou o mlhr ex de pss fofa, ent perdoa qlqr coisa! <3

Boa leitura, bjs!! :3

Capítulo 5 - Melhor dia - pt 2 (final)


A garota não tinha padrão para seus movimentos. Ora pulava, ora se agachava, chutava, segurava... E a cada movimento seus cabelos bagunçavam, bem como sua roupa. Ela estava linda, e fazia todos os movimentos com muita graciosidade. Além disso, vez ou outra soltava uma frase com sarcasmo.

Assim que chegou ao jardim, teve que usar magia nas lutas, pois os inimigos eram cada vez mais fortes. O poder dela era alto, mas ela não gostava de usá-lo, pois ainda não tinha muito controle de sua capacidade, podendo assim, machucar quem não deve sem consciência de seus atos.

Alguns demônios com quem ela lutava eram capazes de analisar suas inseguranças, para usá-las contra a garota. Mas, com a concentração certa, ninguém era capaz de reconhecer suas fraquezas. Apesar de odiar seu pai, tinha que admitir que o treino por ele proporcionado lhe dava muitos ensinamentos e muitas características uteis na hora da luta.

Fácil não foi, e nem rápido, mas ela conseguiu concluir a tarefa.

Logo, foi a toda velocidade para a casa de Arthur. Estava incapacitada de voar graças a roupa, mas ela conhecia atalhos e era bem rápida.

Lá chegando foi para o identificador. Tocou o sinal, e logo ouviu a voz de seu amado amigo.

- Quem é? – perguntou, sua voz exibia um tom preocupado

- A garota da sua vida! – brincou em resposta

- Hmm... – ele suspirou aliviado, e em seguida entrou na brincadeira – Seja mais especifica, tenho várias.

- Ah, é assim? Então tá bom! Aqui é a melhor! – respondeu, fingido estar brava e rindo

- Deixe-me ver... É a Clara? Ou talvez a Alice... Hm... JÁ SEI! A Yui?

- Não, não e não! Vou te dar uma dica. Ela te ama muito e é a mulher mais gostosa que você já conheceu... Ah, e seu nome começa com G!

- Só conheço uma garota que começa com G. Mas ela não é a garota da minha vida, muito menos a melhor, e nem é gostosa... Mas ela me ama. Ah, é a Giulie? Só ela pra achar que é tudo isso.

- Eiii!! *risos* É ela mesmo. Abre aqui para eu te bater por ter falado isso.

- Tá bom então! To até com medo aqui.

A porta se abriu, e a garota entrou. Ela conhecia bem o caminho. A cada passo, seu belo sorriso aumentava, pois ela sabia que ia vê-lo, e que estaria segura de qualquer coisa, pois estaria com ele. Não que ela não soubesse se defender, era uma sensação diferente de proteção.

Ao chegar no lugar e ver seu amigo, teve que prosseguir com a brincadeira.

- Quer dizer que eu não sou a garota da sua vida? – ela não conseguia parar de sorrir, mesmo para tentar fingir estar brava

- Hmm... Confesso, eu menti. – sua voz era grave, e ele também estava sorrindo

Ela correu para abraça-lo. Como ele era bem mais alto que ela (30cm), teve que pular em seu colo.

- Eu já estava preocupado, querida. Você demorou muito! – Arthur falou, apertando-a mais contra si.

- Eu estou perfeitamente bem! – antes de prosseguir, ela o olhou nos olhos – É que eu tive que passar por um desafio para te ver hoje.

- Entendo! O que importa é que eu estou com você agora! – ele tirou uma das suas mãos da cintura da garota e colocou em seu rosto, para acaricia-la – Como foi seu dia?

Ela contou cada detalhe, e tudo que sentia mediante os ocorridos de seu dia. A menina não estava mais no colo do companheiro, agora eles estavam sentados no sofá da sala, lado a lado e de mãos dadas.

- Resumindo: foi horrível, mas me sinto completamente feliz por ter ajudado minha mãe. E por estar aqui agora com você. – ela encostou a cabeça no peito do garoto – E o seu?

- Nada demais. – disse, direto

- Você podia confiar mais em mim sabia? – e ela parou de encostar nele, sentou na outra ponta do sofá e o olhou nos olhos – Eu todo dia venho aqui, me abro para você, conto cada detalhe do meu dia, tudo que sinto, para você chegar e falar só isso? Eu sou sua amiga ou o que? – esbravejou, com raiva

- Você é minha melhor amiga! Eu confio em você mais que qualquer coisa! Já falei disso contigo. Você já tem muitos problemas, e eu não quero lhe falar os meus para você ficar ainda mais mal. Não quero que você carregue esse peso em suas costas. – disse, tentando não parecer rude

- E eu posso te encher com os meus, não é? Eu não vou ficar pior, pois vamos dividir isso! Eu também quero te ajudar! Se você compartilhar sua vida comigo, nós vamos carregar esse peso juntos, e ele vai ser mais leve. Eu quero poder te ajudar também! Eu quero poder retribuir tudo que você faz por mim! – respondeu. Ela começou brava, mas ao fim, já estava lacrimejando

- Não chore, por favor. Vem aqui! – ele a puxou para seu colo, e a encarou – Está bem, a senhorita me convenceu. Mas não pense que é algo inédito!

- Fala logo!! – esbravejou novamente

- Okay, okay! Você sabe que eu sou órfão, não é?

- Sim! Eu estava com você quando tudo aconteceu...

- Pois é... Eu estava vasculhando algumas coisas aqui em casa por tédio, e acabei achando os antigos diários do meu pai. Comecei a lê-los, e descobri que eles não são meus pais biológicos. Sou filho de um anjo com um demônio, que se converteu para Deus.

- E qual o problema nisso? Você quer vê-los?

- S-sim... Mas não posso.

- Espera... Você iria se converter se pudesse?

- N-não! Obvio que não! Eu nunca te abandonaria! – ele acariciou a garota – Eu só queria vê-los, e isso é permitido, pois atualmente o céu e o inferno estão em paz. Mas, se eu o fizer, minha mãe se tornaria um anjo caído, e meu pai voltaria ao posto de demônio. Minha mãe biológica me teve aqui, e para se redimir, teve que me renegar e me deixar para os demônios. Meu pai quis segui-la, pois a amava... E-eu, só queria conhecer meus pais...

- ... – Giulie não sabia o que falar – Meu amor, vem aqui! – ela colocou a cabeça do garoto em seu peito, acariciando seus cabelos – V-você já conheceu seus pais, ok? Infelizmente, eles estão mortos, e seus nomes são Alex e Alexandre! E eles eram incríveis! ELES, são seus pais! Pais, são aqueles que nos criam! Entendo os motivos que os seus biológicos tiveram para lhe abandonar, mas eles fizeram sua escolha! Eles não são seus pais, ok?

- E-eu sei Giulie... Eu só queria alguém que os substituíssem, eu só não quero continuar sozinho... – se explicou, triste

- Ei! – ela levantou seu rosto, fazendo-o a olhar – Você nunca vai achar um substituto para seus pais. Mas você não está sozinho, ok? Eu estou aqui com você! – depois de acabar, beijou a testa do garoto

Arthur a olhou nos olhos, e a abraçou forte

Eles ficaram assim por um bom tempo. Arthur se sentiu em paz, pois sabia que poderia contar com sua amiga. Ela afastou todos os seus medos.

Depois de um tempo, a menina acabou com o abraço:

- Mas... Como seu pai sabia de tudo isso? – Giulie questionou, curiosa

- Ele só sabia quem eram meus pais, pois os mesmos deixaram uma carta explicando que não podiam ficar comigo, mas se me matassem eles nunca conseguiriam ir para o céu, especialmente meu pai. O resto eu descobri sozinho...

- Você devia ter me contado isso antes, Arthur! Eu não queria que você passasse por tudo isso sozinho... – uma lágrima escorreu em seu rosto

- Eu não queria te encher com minhas inseguranças.

- Isso não me enche, amor! Bom... Você ficou triste por seus... “Pais” quererem te matar? – questionou, com medo da reação de seu amigo

- Até quis ficar triste, mas não consegui. Eu.., não queria conhece-los, não me importo com eles. Só tentei me convencer a isso para fugir da dor que meus verdadeiros pais deixaram...! – e o menino começou a lacrimejar novamente

- Ei, ei, ei! Olha pra mim! Já imaginei que era isso que estava lhe deixando triste... Mas não tente fugir desse sofrimento, desabafe comigo! Eu vou estar aqui para te apoiar e te ajudar a superar isso! Só que naturalmente, está bem? – ela falou tudo o olhando no fundo de seus olhos

- S-sim! Obrigada por tudo!

- Agora vamos ver um filme, aproveitando que estamos na sala! – ela o fez deitar em seu colo, e começou a fez um cafuné nele

Em questão de segundos, o controle da televisão já estava na mão de Giulie, e ela ligou um programa.

- Você é incrível, sabia? – Arthur suspirou, sincero  

- Sabia! – respondeu, risonha

- ... Eu te amo..! – ele acariciou sua perna

- Eu também, meu bobo! – retribuiu o sentimento, depositando um beijo na bochecha do menino e voltando ao cafuné e a ver o filme

...

 

#239 anos depois#

 

A garota foi tirada de seus pensamentos, quando se esbarrou em um garoto.

- Oh, perdão! – ela ainda não tinha visto o rosto do sujeito, e estava prestes a continuar a fugir

- Tudo bem, senhorita! - respondeu, simpático

Uma lágrima escorreu de seu rosto. Ela não pensou em mais nada. Toda sua racionalidade tinha ido por água a baixo ao escutar aquela voz.

- A-Arthur? – a garota começou a chorar

- Eu deveria saber seu nome? – o garoto respondeu, confuso

“Sim!”

- N-não... – ela limpou as lágrimas e o encarou

- O-oh! Não chore, senhorita! – ele a abraçou

Naquele momento, as lágrimas que ela lutou para acabarem, escorreram novamente, só que muitas novas apareceram. Ela chorava cada vez mais forte.

A garota tentou se conter, mas não conseguiu. Abraçou forte seu amado amigo. A cada segundo seu choro aumentava. Ela sabia que aquilo não era certo, que ele devia esquecê-la, que ela lhe fazia mal, que ele devia esquecer todo aquele passado, como fora combinado antes dela recuperar suas memórias, mas ela simplesmente não conseguia, o amava demais. Ela não aprendera a dizer adeus.

- Você está melhor? Precisa de alguma coisa? – Arthur disse, preocupado.

“Ah, essa solidariedade. Mesmo eu sendo uma desconhecida agora, ele me ajuda e ainda se preocupa. Eu o amo tanto. Ver ele sem me reconhecer me atinge, e muito. Achei que suportaria essa dor ao vê-lo ao acaso. Mas estava enganada. Eu preciso dele, preciso dele comigo. Nem que ele nunca saiba meu nome. Só preciso dele ao meu lado...”

- E-eu... Preciso ir... – respondeu, tentando parar de chorar

Antes que seu amigo pudesse responder, ela saiu.

- E-ESPERE! – ele gritou, já longe

Até tentou voar, mas suas asas estavam presas na roupa.

Giulie parou um pouco longe, o olhou, e suspirou.

“Te amo tanto” pensou, aos prantos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!! <3


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