Meu voo saiu mais cedo, o que foi uma maravilha, porque quando cheguei em casa ainda deu para dormir um pouco antes de ir para o colégio. Entrei no avião pensando "Será mesmo que os meus pais gostam de mim? Porque eles fazem isso comigo? Como será minha vida daqui em diante?". Coloquei meus fones e fechei os olhos para escultar a minha música preferida do momento e acordei ouvindo o segundo enunciado "Senhores passageiros, aterrissaremos em 5 minutos, favor se direcionem aos seus respectivos aposentos e coloquem os cintos". Desembarquei e respirei fundo pensando "Vamos lá, uma nova vida, nova escola, novos colegas, novos professores, agora sou uma nova pessoa e tenho uma chance de recomeçar.", despertei de meus pensamentos com o meu pai me cutucando e mandando eu adiantar. Encontrei a Call e fui correndo abraçá-la, sorri enquanto o meu pai e os seguranças iam pegar as malas e verificar algumas coisas, minha mãe foi tomar uma chá e eu e a Call fomos esperar no carro:
- Então minha bonequinha como foi o voo? Preparada para a nova vida?
- Foi legal e não, eu não estou pronta. Call porque você não conversa com os meus pai e fala que eu estou em uma fase de adaptação e que preciso me acostumar nos lugares?
- Maddy, eu já te disse que já falei com eles. - ela disse pegando a mala da minha mão e me direcionando para o carro - E pelo que eu escultei da conversa com o Dr.Lroy eles terão que ficar aqui no mínimo 3 anos, para resolver tudo.
- Ah, eu quero só ver, aposto que não vou ficar aqui nem 1 mês e eu é que não quero ficar nessa cidade. - me recosto no carro - Eu estava muito bem onde estávamos.
Quando terminei de falar, um carro parou à nossa frente com 3 meninos dentro. O moreno que estava no banco traseiro abaixou o vidro sorriu para mim e piscou. Virando-se para a menina acompanhada de um garoto que tinha descido para ajudar ela com as malas, falou:
- Vamos logo Morgana, eu não tenho o dia todo.
A menina colocou as coisas no carro, sentou do lado dele, passou o braço pelo ombro do mesmo, deu um beijo em sua bochecha, sorriu para mim e levantou o vidro, mas não foi um sorriso qualquer, foi um sorriso provocador. Respirei fundo e olhei para a Call:
- Viu? É por pessoas aqui que eu prefiro morar até com a vovó em Mississipi.
- Maddy, eu convivo com você desde os seus 1 ano, sei que logo se acostuma e não vai mais querer sair daqui. Você ama esse lugar desde pequena. E outra, acha que não percebi aquele menino dando em cima de você? Rolou um climinha.
- Que climinha Callane? Eu e aquele energúmeno? Nunca na galáxia. E ele tem namorada você não viu?
- Você e aquele energúmeno, sim, você vai pagar sua língua. E eu não acho que eles namorem ele sequer reagiu ao beijo dela.
Avistamos os meus pais vindo para o carro e entramos no banco traseiro. Quando eles chegaram, minha mãe entrou e perguntou:
- Perdi alguma coisa?
- Não senhora. - A Callane respondeu
- Perdeu sim, desde os meus 3 anos.
- Filha, não começa com isso, você já vai fazer 18 anos, você nunca vai me desculpar? Já lhe expliquei que não consegui chegar a tempo.
- Se você me colocasse em primeiro plano, eu acho que chegaria.
- Maddy, pare com isso. Eu e o seu pai só trabalhamos tanto para te dar tudo do bom e do melhor.
- Se for assim, eu prefiro não ter mais nada, à ter tudo que eu quero e quase nunca ver vocês.
- Não fale isso, você não sabe o que é ser pobre Maddysson.
- Ah, eu não vou perder o meu tempo discutindo sobre isso. Dane-se
Parei de falar e coloquei os fones, fiquei com eles até chegar em casa. Para ir do aeroporto até em casa demoram 2hrs então eu fiquei 2hrs pensando apenas no garoto do carro, e se a Call realmente tivesse a razão? Chegamos em casa às 03:15 da madrugada e eu fui direto para o meu quarto, eu nem olhei como era, resolvi deixar para de manhã.
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