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História Será o fim? - Mudanças necessárias


Escrita por: pati_1525

Notas do Autor


Gente, muito obrigada por todos os comentários. Fico muito feliz de saber que vocês estão gostando!!!
Paola não está no seu melhor momento, mas isso vai passar kkkkkkk
Deixo aqui mais um capítulo, espero que gostem

Capítulo 3 - Mudanças necessárias


 

Acordei, no dia seguinte, me arrumei e fui direto para Band. Chegando lá, caminhei pelos corredores da emissora e parei diante da sala onde aconteceria a reunião que eu havia pedido, por telefone, na noite anterior.

- Com licença! – Abri a porta e entrei

- Claro, pode entrar, Aninha. – Falou Pato

Estavam na sala, Pato e alguns componentes do departamento jurídico da Band. Me direcionei a cadeira que estava reservada para mim e, então, começamos a reunião.

- Diga, Ana. O que de tão importante você tem para falar conosco que não podia esperar.

- Bom, vou ser direta com vocês – Parei e tomei coragem – Eu estou aqui para informar que não continuarei como apresentadora do MasterChef. Estou pedindo demissão.

A sala ficou em completo silêncio. Patrício e os demais estavam com cara de assustados, olhavam uns para os outros, como se procurassem uma explicação. Depois de algum tempo, Pato se manifesta

- Vocês podem nos dar licença? – Eles levantaram-se e saíram da sala

- Por favor, Pato, tente me entender – Eu estava preocupada com a reação dele

- É isso mesmo que eu quero, Ana. Quero entender. Você pode me explicar o que aconteceu? – Ele fala com a voz calma

- Apesar de a gente nunca ter anunciado nada, você e os meninos sabem que eu e Paola estamos juntas, não sabem?

- Claro. E sempre demos a maior força. Mas... por que a pergunta?

- Nós terminamos. Ela terminou comigo...

- Como assim, Ana? O que aconteceu? – Pato estava surpreso

- Nem eu sei te dizer. Foi tudo de repente, nem eu entendi ainda

Ali, sentada na sala de reuniões, contei todos os acontecimentos das últimas semanas. Minhas conversas com a Paola, as brigas e como chegamos a essa situação. Pato me ouvia atentamente

- Nossa, Ana... Nem sei o que te dizer – Ele fez uma pausa – O que eu posso falar é que eu estou aqui para qualquer coisa que você precisar, minha amiga.

- Obrigada, amigo. Obrigada!!!

- Desculpa, mas você acha que a única solução é sair do programa? Nós não saberíamos como fazer sem você.

- Eu não vejo outra saída. Eu só sei que não aguentaria ter que conviver com ela agora. Eu ainda a amo muito, Pato. Eu estou destruída. Eu preciso que você me entenda nesse momento. Eu não tenho condições de gravar uma nova temporada junto com a Paola. Eu preciso de um tempo – Falei segurando em suas mãos e deixando algumas lágrimas caírem

- Não fica assim, minha amiga – Ele diz secando algumas lágrimas que teimavam em cair – Eu entendo a sua dor. E, talvez, tenha uma solução para todos nós.

- Tem? E que solução seria essa? – Pergunto curiosa

- É o seguinte: a Band tem o projeto de outros dois programas. E, semana passada, estávamos discutindo se não seria melhor ter um intervalo maior entre as temporadas do MasterChef, para o público não ficar saturado, e colocar esses dois projetos novos no ar enquanto isso. Não decidimos ainda, mas, na próxima reunião, eu posso propor esse intervalo e te dar um tempo maior para se recuperar de tudo isso. O que você acha?

- Isso seria maravilhoso, Pato!!! Mas, de quanto tempo seria esse intervalo?

- Aproximadamente um ano e dez meses. Seria tempo suficiente para você?

- É tudo que eu preciso – Falei já um pouco mais animada

- Sabe o que seria ótimo? – Ele me olha e eu balanço a cabeça para que ele prossiga – Você ter alguma proposta para apresentar que pudesse justificar um intervalo tão grande.

- Sabe que eu acho que até já tenho um projeto para apresentar?

- Essa é a Ana Paula de Vasconcelos Padrão que conheço – Ele fala tão empolgado que eu acabo rindo

 

Uma semana depois, estávamos em reunião com os diretores da emissora. Pato propôs o intervalo e eu apresentei meu projeto. Ficaria viajando pelo mundo, durante esse período e produziria uma série de documentários para serem exibidos na Band.

Depois de muita conversa nossas propostas foram aceitas. Encerramos a reunião e eu segui para casa.

Eu tinha um mês para organizar tudo e começar a viajar. Passaria por 15 países nesse período. E os quatro últimos meses seriam para edição e montagem dos episódios.

Era o meu último dia no Brasil, antes da viagem. Então, resolvi fazer uma visita especial. O relógio marcava 17:30h quando estacionei em frente ao colégio de Francesca. De longe avistei ela e Paola, de mãos dadas, indo em direção ao carro

 - Minha princesa linda! – Gritei e Fran se virou no mesmo instante

- TIA ANAAA! – Ela veio correndo em minha direção e pulou no meu colo

Vejo que Paola estava vindo em nossa direção, mas ignoro completamente sua presença

- Como você está, meu amor? A tia já estava morrendo de saudade – Falo enquanto seguro Francesca no colo

- Eu também tava com saudade! Você não me ligou e também não foi me visitar – Ela disse fazendo uma carinha triste

- Ai, minha princesa... a tia Ana está trabalhando muito. Mas agora eu estou aqui com você e a gente pode matar a saudade

- Que ir lá pra casa brincar comigo? A gente pode assistir o filme da Frozen – Ela falava, animada

- Hoje eu não posso, princesa!

- Aaah, por que? – Ela já formava um bico

- Na verdade, a tia Ana tem uma coisa pra te contar

- O que? O que? – Achei graça da empolgação e curiosidade dela

- Eu vou precisar viajar, meu amor. E vou ficar um tempo sem poder te ver – Fran parecia triste e isso cortou meu coração

Paola só observava e não falava nada, mas eu pude ver a mudança na expressão dela quando me ouviu falar sobre a viagem

- Mas você prometeu que a gente ía se ver sempre, mesmo você não sendo mais a namorada da mamá

- Eu sei, princesa. É que a tia Ana precisa trabalhar e, dessa vez, o trabalho é viajar por vários lugares. Mas eu prometo que a gente vai se falar todos os dias por telefone. Você vai poder me ligar e falar comigo sempre. A gente só não vai estar pertinho assim, como a gente tá agora – Falei apertando ela nos meus braços – Mas a gente ainda pode se ver pelo celular. Não é legal?

- É – Ela falou sem demonstrar muita empolgação

- E sabe o que mais? – Coloquei ela no chão e me ajoelhei de frente pra ela – Em cada lugar que eu for eu vou comprar um presente diferente para uma certa princesa

- Pra mim? – Ela já sorria de novo

- Claro! Você conhece outra princesa?

- Ebaaaaaa – Ela comemora levantando os bracinhos

- Foi só eu falar de presentes que você já ficou toda feliz, né sua sapeca? – Abracei Fran e a enchi de beijos. Ela ria sem parar

- É que eu gosto de presentes, tia Ana – Ela ainda ria

- Eu sei bem... – Eu ria do jeitinho dela – Mas agora eu tenho que ir, tá bom? Só vim dar um beijo e matar a saudade da minha princesa linda – Dei mais um beijinho nela – E agora eu quero um abraço bem apertado

- Tá!!! – Ela me abraça forte

- Te amo, minha princesa linda!

- Eu também te amo, tia Ana!

- Fran? – Paola se pronunciava pela primeira vez – Você espera a mamá lá no carro? Eu preciso falar com a tia Ana

Fiquei sem saber o que dizer. O que ela queria comigo?

Dei mais um beijo em Francesca e ela foi em direção ao carro

- Faz tempo que a gente não se ve – Paola inicia uma conversa

- E nem teria motivo, né? – Falei ríspida.

Paola ignorou minha resposta e continuou

- Você vai viajar? A trabalho?

- Vou! – Me limitei a dizer

- Por quanto tempo? É trabalho da Band? E o programa, como vai ficar?

- Vou viajar por algum tempo. Sobre o programa, é melhor você perguntar ao Pato, que é o diretor.

- Nossa, Ana! Não precisa falar assim... apesar de tudo, nós podemos ter uma boa relação e....

- Nós tínhamos uma relação, Paola – Interrompi – Mas você acabou com ela há algumas semanas, esqueceu?

- Não... – Ela abaixou a cabeça – Mas...

- Eu não tenho tempo pra isso, Paola. Acabou! Você mesma olhou nos meus olhos e disse isso – Meu peito doía ao lembrar da cena – Então, se você não está contente com a situação, lembre-se que foi você mesma quem a criou. Com licença!

Saí sem esperar uma resposta. Eu não aguentaria mais um minuto ali sem chorar. E eu já tinha prometido a mim mesma que não derramaria uma lágrima na frente dela.

Fui para o meu carro e pude ver quando Paola entrou no carro e partiu. Assim que me vi sozinha dentro do meu carro, me permiti chorar. Como era dolorido te-la ali, tão perto, e não poder abraça-la, beijá-la... Paola parecia um pouco abatida, mas, mesmo assim, continuava linda. O perfume inconfundível, as roupas simples e o jeito elegante e sexy que só ela tinha.

Por que eu tinha que amar tanto aquela mulher? E por que ela me magoou daquela maneira? Eu não tinha resposta para nenhuma das minhas perguntas. A minha única certeza, naquele momento, é que eu precisava me afastar e arrancar Paola Carosella do meu coração, de uma vez por todas.



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