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História Será para sempre? - Um


Escrita por: Hamay

Notas do Autor


Espero que gostem <3 ^^

Capítulo 1 - Um


Kiara acorda com o barulho do despertador em seus ouvidos, atrapalhando seu lindo sonho, em que ela estava no show de The Neighbourhood acompanhada de Johnny Deep. Ela leva uma das mãos para desligar o seu despertador que a irritava cada vez mais. Acordar às 6h da manhã não é muito divertido, ainda mais sabendo que irá para uma nova cidade, para uma nova casa e terá uma nova “mãe”. Ela nunca imaginou que ia dar adeus a seus amigos de infância.

- Filha se arrume rápido! Estamos atrasados. – diz seu pai, com uma voz rouca, de alguém que acabará de acordar.

Ela murmura e com muita preguiça, se levanta. Vai até uma caixa no chão que se encontra uma troca de roupa. Quase caindo de tanto sono, decide tomar um banho rápido para ficar mais disposta. Ao terminar, sai do banheiro e da à última olhada no seu quarto rosa vazio. Ela sente uma vontade enorme de se jogar no chão como uma criança no mercado fazendo birra, mas o seu orgulho é maior que tudo nesse mundo. Ela apenas sai do quarto de cabeça baixa, e começa a ter várias lembranças, tanto boas como ruins, naquela casa. E pensa: “Que clichê”.

- Filha, vai querer passar em algum lugar para comer alguma coisa? – pergunta seu pai.

- Não pai. Não estou com fome. – ela sabia que ia se arrepender daquela decisão, mais cedo ou mais tarde.

- Bom então vamos! Já deu tchau para seus amigos?

Ela não respondeu, porque ia se estressar e estressar seu pai. A única coisa que veio em sua mente foi: “Não pai, vou me mudar e não avisei ninguém!”. Mas sabia que se falasse isso, seu pai ia deixar um bom tempo de castigo. Não queria ficar de castigo muito menos viajar sem trocar uma palavra com seu pai.

Quando entra no carro, Kiara sente um frio na barriga. Seu pai rodeia a chave do carro e da à partida, e finalmente cai sua fixa de que está mesmo se mudando para uma nova cidade. A ansiedade aumenta cada vez mais tanto sua, como de Tatte.

Kiara, não trocou nenhuma palavra com seu pai. Tatte até tenta puxar assunto, mas Kiara dá resposta curtas como sim e não, muitas vezes um talvez. Ela está nervosa demais para dar respostas completas ou justificadas. A única coisa que consegue pensar é: “Como vou me encaixar na nova escola?”.

- Filha, você gostaria de ter um irmão ou uma irmã? – pergunta Tatte, inseguro da resposta de Kiara.

- Como assim? O senhor está dizendo que a Karen está gravida?

- Não! – ele da um sorriso – Ela não está, só quero saber se você gostaria de ter um irmãozinho ou uma irmãzinha.

- Bom pai, se ela ficar gravida sem planejamento dos dois, eu vou entender. Eu nunca imaginei tendo que cuidar de um irmão ou irmã mais nova. Porém não me incomodaria. Mas também não estou dizendo que eu quero um. – Tatte não se espantou com a resposta de Kiara, ele já esperava. – Mas porque da pergunta pai?

- É que eu e Karen estávamos falando de filhos semana passada. Ela quer ter um filho do sangue dela, mas só se sua decisão for sim. – disse Tatte.

- Que tal conversarmos nós três juntos, será muito mais fácil pensar na resposta. – Tatte apenas concordou.

Kiara fica cada vez mais entediada, sabia que ia demorar mais um pouco para chegar, então decide puxar assunto com seu pai sobre a nova cidade.

- Pai, quando eu vou começar na nova escola?

- Bom amanhã. Karen já te matriculou!

- Eu vou poder ir sozinha para a escola? – pergunta Kiara com um sorriso de canto.

- Vai, mas isso depende de você. – os dois começam a rir da situação, sem motivo, só começam a dar risada.

- Pai, eu vou ter que chama-la de mãe?

- Isso também depende de você, mas por mim, não precisa. Só a trate bem e seja uma boa filha postiça. – seu pai brinca, fazendo cocegas em seu joelho. Ela solta uma risada. Mas o silêncio prevalece.

Cada vez mais ansiosa. Ela pega seus fones e aumenta no máximo o volume, não queria escutar ninguém, nem mesmo os pássaros. Ela adora ouvir seus cantos, isso a tranquiliza. As músicas a distraem e faz pensar no mundo alternativo, e ela gosta muito disso. Mas não espera que isso te distraia, ela quer é sair daquele carro e voltar para casa, voltar para sua antiga escola, voltar para seus amigos. Gritar para o mundo todo que não esta pronta para mudar de rotina, de casa, de cidade, muito menos de escola.

Kiara nunca foi àquela pessoa que faz amigos até no ponto de ônibus, sempre foi a mais reservada. Ela não se orgulha nem um pouco de ser assim, tímida. Por dentro ela tem varias perguntas para fazer, para varias pessoas que nunca teve coragem de dar um “oi”, mas por fora ela é aquela garota que só se abre com seu pai.

- Estamos chegando! – alerta seu pai, mas ela não ouviu, pois esta com o fone de ouvido com a música no ultimo. Tatte espera parar num sinaleiro para arrancar seus fones – Eu disse que estamos chegando!

Ela se assusta e fica mais ansiosa ao mesmo tempo nervosa, não estava pronta.

- Chegamos! – anuncia seu pai.

Ela olha aquela casa, uma casa grande, bem cuidada, com um jardim cheio de flores coloridas. A casa é uma cor meio creme.

Tatte tira as malas do carro e leva para dentro da casa. Por dentro ela é muito organizada, muito bem decorada, muito linda.

- Oh! Vocês chegaram! – eles se assustam quando ouvem essa foz feminina, mas era só a Karen – Chegaram bem de viagem?

- Oi meu amor. Sim, foi bem tranquilo! – diz Tatte dando um abraço e um selinho em Karen, Kiara só vira o rosto fingindo estar olhando para a sala de jantar.

- Oi! – nesse momento Kiara sente um abraço por trás, mas lembra de que é a Karen e retribui o abraço se virando de frente para ela. – Esta ansiosa para conhecer seu quarto? – Kiara apenas assenti com um sorriso – Então vamos, eu mostro aonde é!

Ela segue Karen até o quarto, os corredores daquela casa são tão bonitos, tão organizados, que Kiara tem dó de passar ali e quebrar aqueles enfeites lindos de vidro. O seu quarto fica no final do corredor, com uma porta branca, como de todos os cômodos. Ao entrar, ela fica de boca aberta, pra ela, aquele quarto é um sonho, ele não era grande nem muito pequeno, um tamanho ideal. Ele tem uma parede preta e o resto era branco, em cima de sua cama tem uma prateleira cheia de livros, que no caso eram o que ficava na antiga casa.

- E ai gostou? – pergunta Karen

- Sim, ele é muito bonito! – Kiara responde isso com um sorriso enorme em seu rosto – A propósito, amei essa parede preta.

- Fiquei sabendo que gosta de preto – Karen sai do quarto e a deixa sozinha.

Ela esta tão feliz com seu novo quarto, que até fica emocionada. Kiara se joga na cama de tão cansada, mas lembra de que tem que arrumar suas roupas. Levanta-se com muita preguiça, não queria tirar suas roupas de sua mala para por no guarda-roupa.

Após terminar ela se deita na cama e olha para teto.

- Kiara! – chama seu pai.

- Estou indo. – responde  entediada, não queria descer, queria ficar ali olhando para aquele teto branco.

Descendo as escadas ela sente um cheiro muito bom, que a deixa cada vez mais faminta. Karen e Tatte estão sentados, esperando por ela. Se senta ao lado de seu pai. Ela olha pra a mesa, e pensa: “Como ela se preocupa em arrumar a mesa.”.

- A comida estava ótima – anuncia Tatte.

- Obrigada. – agradece Karen sem graça.

- Licença. – diz Kiara se retirando.

Ela se dirige para seu quarto. Deita em sua cama e olha para o teto, ela gosta de ficar olhando para o além às vezes. Isso a faz pensar em sua mãe, em como seria a vida se sua mãe tivesse sobrevivido ao acidente de carro. Mas logo pega no sono.

- Kiara. – uma voz familiar ecoa em meio à neblina.

- Essa voz é familiar.

- Filha, eu estou aqui. 

- Mãe? Não pode ser. – aquela voz tão doce, estava cada vez mais longe.

- Kiara.

- Mãe, estou aqui. – Kiara corria, corria, mas não encontrava nada. Ela se ajoelha e começa a chorar.

- Kiara você está bem? – alguém pergunta, mas ela continua ajoelhada corando.

- Filha. – uma voz masculina se pronuncia. Kiara abre os olhos e vê Karen e Tatte ao lado de sua cama. E lembra que aquilo não se passava de um horrível sonho.

- O que foi? 

- Eu e Karen vamos sair, já voltamos.

- Está bem.

- Não abra a porta para ninguém. Não atenda ao telefone. Não saia de casa. – Kiara o interrompe.

- Sim pai. Eu já sei.

 Assim que eles saem, Kiara, vê o relógio que marcava 16h37min. Ela pega seu computador para ver as fotos que ela guardava de sua mãe. Ficou olhando e ouvindo músicas por horas. Até que ouve um barulho da porta da frente se abrindo.

Corre para ver quem, com medo de que seja um ladrão, pega um taco de beisebol e vai até a sala. Mas era apenas Karen e Tatte voltando. Ela se revira para trás para se certificar de que já de passa das 18h00min, para brigar com eles.

- Pai aonde vocês foram? Viu que horas são?

- Sim Kiara, nós fomos ao advogado e passamos numa lanchonete para comer alguma coisa. Quando vimos, já era 19h00min, eu liguei mas ninguém atendeu, então pensei que estava dormindo.

- E não trouxe nada para eu comer?

- Sim eu trouxe. – ele entrega um saco com um sanduíche natural e  um suco de laranja em latinha.

- Obrigada pai.

- Não agradeça a mim, agradeça a Karen. Ela que se lembrou de você.

- Ah, sendo assim. Obrigada por lembrar-se de mim Karen, porque se dependesse do meu pai, ele não lembraria. – diz Kiara debochando de Tatte. Karen solta uma risada – Eu vou deixar aqui, quando eu voltar do banho eu como. – Kiara se retira, para ir tomar banho.


Notas Finais


Gostaram???????


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