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História Será Que Algum Dia? - Às vezes, Talvez, Começo - Prólogo


Escrita por: MissGmnz

Capítulo 1 - Às vezes, Talvez, Começo - Prólogo


Algum Dia?Às vezes. Talvez. Começo- Prólogo

 

 

Às vezes ela olhava em volta, e imaginava como era. Como sempre fora detalhista, não importava quantas vezes acordara naquela cama ou jantava naquela sala, Rachel sempre reparava em cada detalhe minucioso.

Era um apartamento um tanto grande, uma suíte e um quarto, ambos vazios, dois escritórios que nunca se encontravam limpos, uma cozinha completa e uma sala com enormes janelas, nas quais davam uma bela vista para o Central Park. Tudo grande demais para se cuidar sozinha.

Não era para ser sozinha... Pensou a garota.

Consequentemente, veio-lhe na cabeça a voz rouca dele em sua cabeça.

“– Quando for para morarmos juntos, será longe desta cidade. Será em Nova Iorque, como sempre foi seu sonho”.

Permitiu-se chorar.

Rachel nunca chorava. Agora, um ano após tudo, via que não valia tanto a pena.

Ás vezes ela sonhava como seria se não tivesse o conhecido. Na hipótese de nunca realizar seu sonho, se correria atrás das ambições dos dois.

Sempre praguejava a si mesma ao pensar nisto.

Rachel sempre fora forte. Conseguiria fazer tudo desacompanhada... Contudo, ás vezes duvida de que ele seria capaz do mesmo desprotegido.

  Observou novamente a casa, tudo que mais desejava era vendê-la. Remoer o passado é sofrer perante o futuro.

 Aquele lugar tinha seu cheiro no qual ela nunca desinfetou.

Aquele lugar tinha seu jeito no qual ela nunca desorganizou.

Aquele lugar tinha, principalmente, o sonho deles no qual ela nunca desistiu.

Até esta ocasião.

Agora era se despedia do que poderia ser a última lembrança dele.

Foi até os largos corredores, se despedido de cada canto. Parou em frente da entrada proibida e – com olhos fechados e punhos cerrados- adentrou na mesma.

O escritório de Max sempre fora um bagunça. O próprio sempre fora uma confusão.

Rachel sorriu de canto ao ver os CDs da banda the strokes espalhado por todo o cômodo. Havia outros variados de múltiplos artistas, nada obstante com a mesma carga sentimental e nostálgica dentro da garota.

Gotas cristalinas voltaram a escorrer pelo seu rosto como ocasionalmente acontecia quando a lembrança de seu sorriso vinha-lhe em mente. O tempo que passara sem ele fazia-lhe sentir como se tivesse o abandonado.

Percebeu os papeis espalhados pela sua escrivaninha. Ele sempre escrevia.

Às vezes, ele passava madrugadas escrevendo algo que Rachel nunca soube o valor. Sempre que ela perguntava, Max tramava um modo de redirecionar a questão.

Agora, achava que não lhe traria problema algum. Seria uma rápida espiada. Somente uma de seus milhares de anotações. Qual poderia ser o problema, ele poderia nunca descobrir.

Aquela poderia ser a última lembrança dele.

Seu coração nunca esteve tão apertado.

Doeu mais ao ver que o papel, que mais parecia uma carta, tinha uma data.

“Cinco de novembro de 20XI”

Um dia antes do acidente.

Jogou os papéis no chão. Fechou a porta violentamente e conduziu-se de modo precipitado até seu quarto, o trancado.

 Esgueirou-se entre os lençóis, se escondendo.

Onde estava com a cabeça?

– Burra, Burra, Burra. – murmurou para si mesma enquanto surrava seu próprio travesseiro.

Sabia, contudo, que estava errada. Em algum momento, teria que encarar tudo aquilo. Ela iria entrar naquele escritório e limpar a lembrança de Max de vez. Estava fazendo aquilo por ele. Rachel dirigiria a si mesma até as últimas recordações dele, e faria o certo.

Se conseguisse.

Respirou fundo, levantou-se, puxou a maçaneta e...

Talvez não fosse a hora certa.

Talvez fosse melhor esperar mais um pouco.

– Não, não, não – repetiu para si – Eu consigo! Nunca irei deixar o medo consumir-me.

Saiu correndo em uma pequena ponta de coragem - ou infantilidade - que tomou conta de seu ser.

Cruzou a porta do escritório, ignorando-o, propositalmente.

Trancou-se no banheiro e depois de muito tempo realmente prestou em si mesma.

 Ela estava desolada e decadente.

Seus cabelos castanhos não chegavam a se igualavam a imundos. Bagunçado, fazia tempos que ela somente os desembaraçava, sem se preocupar em pentear. Sua boca ressecada. Parecia um fantasma, pálida como uma folha de papel. Encontrava-se em um estado mais magro que o normal, por mais que esteja tornado-se mais uma sedentária com problemas de saúde. Depois de se ver neste estado, as marcas escuras criadas pelas surras do cansaço mal se destacavam.

As roupas estavam desbotadas. A regata preta na qual era única que ela usava já se encontrava surrada após todas as vezes que fora lavada. O short suplex cinza, que Rachel usava para academia em um distante passado, já quase não cabia de tão velho, e mesmo assim estava em seu corpo.

Enrolou-se na manta bege. Ano passado se encontrava no auge de seus vinte e cinco anos.

– Eu consigo.

E ela foi. Rachel realmente desistiu de fugir e seguiu até o escritorio de Max, segurou em suas mãos tremulas as cartas e se apoiou na escrivaninha.

Quase começou a ler quando recebeu mensagem do hospital. Cobrança da estupenda conta.

Suspirou e, por fim, decidiu ignorar.

Finalmente, pegou outro papel, na ordem, e leu:

“1 de fevereiro de 20XX”

“Este dia foi a primeira vez que falei com ela.”

“Era o primeiro dia no segundo ano.”

“Nota-se que eu escrevi a primeira vem que falei com ela e não que a vi. Já conhecia de nome Rachel. Ás vezes, quando estava com Nicolas, ele dava um ‘oi’ para a morena, no entando não me esforçava, nunca imaginei que a garota me responderia”

“Nunca fui um cara de muito amigos. Sempre tive problemas com relacionar-me com pessoas em geral. O que não é muito bom quando se esta para fazer 16 anos”

“Eu sabia que em algum momento me encrencaria naquele dia. Nunca esperei que Rachel Moore se importaria. Mas sabe a verdade? Ela não se importou.”

“O que aconteceu foi uma briga com Thomas, que estava enchendo Nicolas, e eu acabei entrando no meio. Até então, Rachel provavelemente não sabia minha existencia.”

“Nota-se o Até então”

“O problema: não havia ninguém para parar a briga. Estavamos em  uma sala no fim do corredor do último andar. Ninguém pensaria em passar o intervalo em um ambiente como este. Quase ninguém. Porque Rachel ama esse lugar, algo que hoje eu sei.”

“Somente Hoje”

“Quando ela se estressou com a gritaria, me assustei, já que nem havia percebido seu presença.Mas um esperança dominou meu inocente coração, Rachel poderia ser uma ótima pessoa para para com uma briga. Porém, a garota não o fez”

“No fim, acabamos sendo pegos e levados para a diretoria. Até mesmo Rachel. Ela parecia surpresa e com raiva de mim. Depois descobri que ela nunca havia sido chamada para nada no colégio.”

“Ela realmente não deve ter tido uma boa impressão minha nunca.”

“Ela realmente deveria me odiar”

“De qualquer maneira quando ela saia da sala do diretor pensei em perguntar como havia sido. Todavia não o fiz, pois já que ela saiu bufando. Má ideia”

“Então somente me despedi. Somente disse ‘tchau’. Obviamente fui ignorado com desprezo. Ela só me respondeu minutos depois, quando voltou para pegar algo. Até hoje não sei o que era. Só lembro dela passando por mim e gritando para eu sair da frente”

“Era quase um diálogo, não?”

“De qualquer maneira, mesmo naquele dia, fiquei encantado do modo como sua voz era bela.”

“Infelizmente, não foi ali que nos apaixonamos. Teriamos economizado muito tempo. Foi um pouco mais para a frente”

“Tchau”

 

Rachel sorriu triste.

Ela se lembrava deste dia mais nunca considerou grande coisa. Olhando agora, talvez tivesse significado algo.

Nunca soube que ele anotava essas coisas.

– Talvez... eu pudesse tentar... responder suas cartas Max. – Pensou em voz alta, como se ele estivesse ali. – Suas terriveis cartas.

Pegou um caderno qualque e começou a escrever:

“No dia que nos falamos pela primeira vez, já nos conheciamos à cinco anos. Eu nunca pensei que ele fosse a pessoa que se manteria ao meu lado por mais dez anos”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Oiii!!
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Comentem!
Ajuda muito ter a opinião de vocês
bjjks
tchauu


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