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História Será que é amor? - Dia dos namorados (parte 1)


Escrita por: RainbowDress

Capítulo 16 - Dia dos namorados (parte 1)


Algumas semanas haviam se passado, desde a foto, desde que soube sobre a posição do Luba em relação à "Kabbie". Sinceramente, eu não faria um grande caso da opinião dele, afinal, eu realmente agi mal com a Gabbie. Mas, em vez de me irritar com ele, escolhi uma outra estratégia. Nas últimas semanas tenho sido o melhor que posso com a Gabbie, para compensar a viagem estúpida e mostrar que realmente me arrependia.

Apesar de ser o que parecia, eu ainda não conseguia chamar nossa relação de "namoro". Porque isso implicaria em coisas como; apresentar pra família, chamar de namorada…Eu ainda não me sinto pronta pra isso. E, me sinto cobrada pela Gabbie nesse ponto.

O que sinto por ela ainda é no mesmo patamar que nossa relação, ou seja, eu não consigo classificar. E, acho que, paixão já não é o suficiente para denominar isso, porque vai além. Já está além do físico e mental, e passou a ser algo que monopolizou meu coração em um nível bem elevado.

Até mesmo o ciúmes subiu de nível. Com toda certeza o fato daquela amiguinha do Well ter se mudado pro prédio da Gabbie, fez meu ciúmes crescer desenfreadamente.

É uma insegurança, eu admito. Tudo porque essa Laura está mais perto dela do que eu. E o que mais me irrita é que é tudo por minha culpa; se eu não tivesse fugido inicialmente do sentimento, Gabbie nunca teria se mudado.

Hoje é dia dos namorados, e eu definitivamente não faço ideia do que programar.

Decidi ligar para Gabbie.

— Vem aqui. — Falei, logo que ela atendeu.

— " Vem aqui"? Ual. Você teria sérios problemas pra arrumar um encontro, se não estivesse comigo. — Soltei um risinho maroto. Ouvi uma risadinha sutil vindo do outro lado da linha.

— Ah, você me entendeu.

— Sim, eu entendi. Mas, custa ser um pouquinho mais carinhosa? Ah, e específica também. Onde você está?

— Tô em casa. Eu só consigo ser mais carinhosa pessoalmente, você sabe disso.

— Ok. Vou me arrumar e já já eu chego aí.

— Beijo.

Gabbie

Karen é muito maluca. Me liga no meio da tarde, sem nem dizer onde está, e a primeira coisa que ela diz é "vem aqui". Cara, eu não tenho bolas, que dirá de cristal.

Mas, me controlei o máximo que pude para não dizer nenhuma grosseria. Só faço isso por ela. Não sei exatamente o porque, porém, não penso tanto em relação às outras pessoas, não tenho tanto medo de mágoa-las como tenho com a Kah.

Tomei um banho demorado e me arrumei.

Quando Kah abriu a porta, inicialmente estava com cara de poucos amigos. Mas, assim que olhou pra mim, ela abriu um sorrisão lindo.

Ela me puxou, rápida e delicadamente, selando nossos lábios.

Foi um beijo carinhoso, mas rápido.

— Você tá tão linda. — Meu coração acelerou um pouquinho. Acho que sempre seria assim, quando ouvisse um elogio saindo dos lábios dela.

— Você também está. Maravilhosamente linda. — Karen estava incrivelmente linda; com um vestido preto coladinho e maquiagem "gótica suave".

Nós nos olhamos, em um típico momento de conversação silenciosa, sorrindo.

— Confesso que eu não programei nada. — Juro que não me surpreendi com isso.

— Você se arrumou toda desse jeito pra ficar em casa? — Brinquei.

— Eu me arrumei toda assim pra ficar em casa COM VOCÊ. Mas, relaxa, a gente não vai só ficar em casa.

— Como assim? — Me senti confusa. E feliz, feliz por ela ter se arrumado "pra mim".

— Luba me mandou mensagem…Chamando a gente pra uma espécie de encontro duplo. Ou jantar entre casais, sei lá como chamar. — Ela parou por um momento para pensar, fazendo uma carinha tão fofa de confusa. Não aguentei e a puxei pra um beijo. O beijo durou poucos segundos, foi tipo um selinho demorado. Karen me olhou com a mesma carinha de confusa. — O que foi isso? — Eu ainda segurava seu rosto entre minhas mãos.

— Você fez uma carinha tão fofa. Não resisti. — Respondi, acariciando suas bochechas, enquanto a olhava carinhosamente nos olhos. Karen sorriu um pouco, se afastando em seguida, colocando uma das mãos à altura de seu coração. — O que foi? — Perguntei preocupada, assim que me reaproximei.

— Nada. Eu só…

— Você só o que?

— Não importa. Vamos? — Disse, por fim, pegando sua bolsa.

— Em resumo...Você se arrumou pra ficarmos na casa de outras pessoas? — Falei em tom de brincadeira, tentando mudar de assunto, enquanto entrávamos no elevador.

— Pois é. — Sorriu fraco.

Karen

Quando Gabbie me beijou de surpresa, meu peito se encheu de um sentimento que eu não sei bem qual é. As batidas do meu coração mudaram de ritmo instantaneamente, e isso me assustou um pouco. Não só por causa das batidas…mas aquele sentimento que me invadiu tão rápido, que me preencheu e até mesmo…me fez transbordar. Me fez transbordar de algo desconhecido, mas incrivelmente bom e revigorante.

— Você tá bem? — Gabbie disse, agitando as mãos à frente do meu rosto.

Me espantei. Estávamos paradas em frente à porta do apê do Luba, e eu mal me lembrava de ter descido do carro.

— Você tá estranha desde aquele beijo. Passou o trajeto todo quieta, não disse nenhuma palavra sequer. E, agora continua com esse olhar distante e essa cara de quem tá viajando na maionese. — Pontuou ela. — Karen, você não tá mais contente com o que estamos vivendo? Se você quiser parar, é só me avisar. Eu vou chorar igual uma filha da puta, mas eu vou superar.

— Não é nada disso. Para com isso. Tudo você acha que é porque eu quero terminar.

Já tínhamos apertado a campainha, aparentemente, já que o Luba abriu a porta no exato momento da conversa.

— Brigando em pleno dia dos namorados? Sapatão é foda. — Falou zoando, rindo em seguida.

Percebi que Gabbie ficou estranha e logo tratou de disfarçar.

— Eu nem sei o que eu sou. — Afirmou ela, com um olhar distante.

— Ok, garotas, sem rótulos. Vamos entrando, porque as madames vão ajudar a mim e ao Well com o preparo do jantar.

E não foi bem o que aconteceu.

Luba e Gabbie sentaram o rabo no sofá e ficaram vendo TV.

Well e eu que fizemos o jantar.

Acho que até queimei algumas coisas, por distração.

O tempo inteiro a lembrança daquela sensação estranha não me deixava em paz.

O que eu estaria sentindo? Eu nem mesmo sabia como chamar.

Parecia tão forte quanto paixão, mas, ao mesmo tempo, parecia mais consistente que isso.

Não gosto de analisar sentimentos através de sintomas, porque isso parece ser caminho pra diagnóstico de doença.

Mas, o amor é meio isso. O que? Amor? Por que raios eu pensei nessa palavra? Eu nem mesmo chamo Gabbie de namorada.

Mas...será? Será que esse estardalhaço todo de dúvida e sentimentos estranhos seria isso? Aquela simples (gramaticalmente falando) palavrinha de quatro letras?

Será que é amor?



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