— Desliga essa luz Bryan.
— Acorda, senão vamos chegar atrasados na escola.
— Vamos andando pra escola?
— Sim.
— A mãe já chegou?
— Ela está dormindo no momento – ele taca um travesseiro em mim – Vamos menina levanta!
— Coloca uma camisa idiota, não mereço ver o seu tanquinho.
— É irresistível, eu sei. E você troque de roupa.
— Eu dormi com a roupa que eu ia pra escola, não sou burra igual você.
— Há Há Há... Sua blusa está toda amarrotada.
— Bryan... Empresta uma blusa?
— Por que não pega as suas?
— Porque elas estão manchadas de comida, as limpas eu já usei.
— Toma – ele jogou uma blusa branca com uma gravata preta nela – Já aviso que ela vai ficar grande.
— Eu não ligo... Empresta seu all star de cano alto também? É para combinar com a legging.
— Meu Deus, quer minha cueca também? – ele cruzo os braços e olhou para mim – Eles estão embaixo da cama.
— Muito obrigada, eu te amo lindo – fiz um coração com as mãos, ele me mostrou o dedo do meio – Sem educação.
— Vai escovar esses dentes, vamos com a Hazel, e você fica aí enrolando.
— Cala a boca.
Fui ao banheiro e fiz as minhas higienes. Eu estava indo para à cozinha, antes de descer as escadas passei pelo quarto de Bryan, ele estava deitado com uma bolsa d' água na testa. Meu irmão passou do meu lado e falou para eu ir logo. Desci as escadas e fui para a cozinha.
— Sr. Smith cadê a Hazel? – perguntei.
— Ela já foi, se vocês forem rápidos conseguem alcança-lá – ela disse.
Bryan e eu pegamos uma torrada e enfiamos na boca, e logo depois saímos correndo. Para nossa sorte Hazel só estava a dois quarteirões longe de casa, conseguimos alcança-la.
— Vocês são muito lentos – ela disse.
— Candy dormiu demais – Bryan disse.
— Eu estava cansada, que implicância.
— Vocês dois se amam – Hazel falou rindo.
— Não nos amamos – falamos juntos e ela deu risada.
Chegamos na escola e os dois me abandonaram. Eu estava tentando abrir o meu armário, mas eu não consegui e dei um soco nele.
— Calma, não é assim que abre esses armários – uma menina ruiva disse para mim com um sorriso no rosto.
— Então me ensine a mágica.
— Coloque sua senha – coloquei a senha e ela bateu duas vezes no armário e deu um tapinha em seguida, e ele abriu.
— Nossa!
— Quando eu cheguei aqui um menino muito bonito me ajudou, eu apenas tento fazer o mesmo – ela sorriu.
— Quem? – perguntei colocando meus livros no armário.
— Jimmy... Qual seu nome?
— Candy... Candy Miller. E o seu?
— Sophia Johnson, você é irmã do Bryan?
— Sou, como você sabe?
— Eu vi ele com a irmã do Jimmy, então fui atrás de fontes confiáveis para saber seu nome.
— Você viu eles? Para onde eles foram?
— Eles entraram na sala.
— Irmão traíra, me troca pela namoradinha – ela deu risada.
— Minha sala é do lado da sua, então... Vamos?
— Vamos.
Sophia era muito bonita, e ainda gostava de Jimmy, se eu gostasse dele não teria chances. Ela é uma garota bem legal. Paramos em frente à sua sala, Sophia me deu um beijo no rosto e falou tchau. Quando entrei em minha sala olhei para Bryan com um olhar mortal, ele ainda teve a ousadia de dar risada.
Quando as aulas acabaram, Soph estava na porta da minha sala me esperando para comermos.
— Eu não sabia que tinha um refeitório – eu disse.
— Quando eu cheguei aqui eu achei que não tinha também, mas Jimmy me falou que tinha.
Entramos no refeitório e nos servimos. Tive a impressão que todos estavam olhando para mim, mas acho que era só impressão. Soph e eu nos sentamos em uma mesa, ela adorava falar. Três garotas entraram no refeitório, aquelas de antes, e deram uma olhada fatal em mim.
— Sophia, quem são elas?
— A loira chama Ambre, a morena de
olhos azuis Anny e a de olhos verdes Margareth.
— A Ambre deu em cima do meu irmão, e a Anny tem raiva de mim.
— Ambre da em cima de todos e a Anny gosta do Jimmy, mas ele não gosta dela, ele gosta de mim – eu gelei.
— Sério? – ela ficou um pouco vermelha.
— Todos dizem que sim.
— E você gosta de quem?
— Promete não falar pra ninguém? – concordei com a cabeça – Eu gosto do Jimmy.
— Por que vocês não namoram?
— Porque não tenho coragem para pedir, você é boa com textos?
— Mais ou menos, por quê?
— Bom, eu vou fazer um discurso para os primeiros colegiais sobre o que é o amor, e eu não sou boa com textos.
— Eu tinha boas notas em redações, posso ajudar.
— Obrigada!
Soph disse que precisava ir para casa e me deu o número do seu telefone para eu mandar o texto. Não fazia ideia do que escrever sobre o amor, eu não tenho experiência nisso.
Eu estava perdida em meus pensamentos e esqueci que eu devia procurar meu irmão para irmos para casa, mas não o encontrei. Ele deve ter ido embora com a Hazel e me esquecido.
Coloquei meus fones e comecei a andar achando que estava indo na direção certa. A rua estava deserta, eu não lembro de ter passado por ela antes, comecei a ficar preocupada. Havia um carro preto parado, resolvi perguntar onde eu estava. O homem dentro do carro me olhou da cabeça aos pés e falou que eu estava na Rua Alameda Browser, agradeci e continuei andando. Resolvi mandar uma mensagem para o meu irmão para ele vim me buscar nessa rua, mas quando olhei pro lado o carro preto estava me seguindo. Não sei qual era as intenções daquela homem, nem quero pensar, vi uma bicicleta na outra quadra. Enviei a seguinte mensagem de texto para meu irmão:
Para: Bryan
Estou na Rua Alameda Browser, estou perdida e tem um carro preto me seguindo, me ajuda. EU TO FALANDO SÉRIO, E POR QUE VOCÊ ME ABANDONOU SEU TROUXA.
Atravessei a rua e o carro continuou me seguindo. Não sei de quem era aquela bicicleta, eu não ligava se estava roubando, mas eu montei nela e comecei a acelerar, e o carro? Ele também acelerou.
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