História Será que o amor vai acontecer? - De volta ao passado

Acordo e faço minha rotina de sempre, mas no momento que eu iria preparar o café a campainha toca, acho estranho alguém bater na minha porta as 6:15 da manhã, mas vou atender, vai que é algo importante.

-Bom dia Júpter

-Você por aqui?

-É, to precisando conversar com alguém, pensei que a gente podia tomar café numa lanchonete aqui por perto e depois te levo pro trabalho.

-Claro Jungkook, deixa só eu prender meu cabelo e pegar minha bolsa. Entra –Dei espaço pra que entrasse, ele senta no sofá e eu vou para o espelho e faço um rabo de cavalo básico, meu cabelo não estava bonito para sair com ele solto.

-Vamos Jungkook?

-Vamos sim –ele se levanta do sofá e vai até a porta, deixa eu passar primeiro(ele também é muito cavalheiro), tranco a porta e vamos até uma lanchonete, fazemos nossos pedidos e quando a garçonete se afasta ele começa a falar

-Eu não tô bem Júpter –Eu fiquei preocupada, kook era sempre um cara de bem com a vida

-O que foi que aconteceu? 

-Eu acho que estou apaixonado –e agora? Como Tae vai ficar com isso? Ele já devia ter tomado uma atitude

-Então porque você está mal? Isso é uma das melhores sensações que tem.

-No seu caso pode ser, mas o meu é complicado.

-Ela não gosta de você? Ou tem alguma coisa que impede de vocês dois ficarem juntos?

-Não –dá um suspiro, ele olhava para baixo –não é nada disso.

-Então o que é kook? –me inclino na mesa para poder ficar mais perto dele e segurar suas mãos –pode contar pra sua quase cunhada –Ele solta um riso pequeno com meu comentário

-É que... –ele ficou muito hesitante em falar –não sei se a pessoa sente o mesmo por mim ou se tem algo contra.

-Sabe, vou falar uma coisa que minha avó me disse antes de morrer –sim eu iria usar o mesmo conselho que dei pro Taehyung –você tem que ser corajoso e dominar a situação, dizer a essa pessoa o que sente, se não te entender, ele não te merece.

-Não é tão fácil assim, é que eu vejo a pessoa todo dia, é torturante não saber se o sentimento é recíproco e eu não sou tão seguro assim –seus olhos começam a brilhar

-Não fica assim não biscoitinho, vem aqui, você ta precisando de um abraço –vou até ele e o abraço, logo ele responde ao abraço e sinto uma lágrima cair em meu ombro –não chora dongsaeng, qualquer coisa eu tô aqui com você

-Como você sabe coreano Júpter? –sua voz saiu abafada

-Meu pai era coreano e eu morei lá por um tempo –ele ergue sua cabeça com um olhar confuso

-Porque você nunca disse isso?

-Nunca tive a oportunidade, acho que nem Namjoon sabe disso –Nesse momento a garçonete chega com nossos pedidos, comemos enquanto conversávamos um monte de besteiras deixando a tristeza de lado.

 Depois disso fomos ao trabalho e tudo ocorreu normalmente, a não ser umas besteirinhas que nosso querido maknae Jungkook fez, nada de grave. Volto para casa andando para aproveitar a noite, as luzes dessa cidade que não é grande, mas também não é pequena, o vento fresco e despoluído que batia suavemente em meu rosto causando um frio agradável. Chego em casa e quando ligo o wi-fi do meu celulcar recebo uma mensagem.

Joonie<3: Que tal a gente sair esse final de semana amor? Faz tempo que a gente não sai...

Eu: E aonde pretende ir?

Joonie<3:Isso vai ser surpresa

Eu: poxa Nam, não vale me deixar curiosa assim.

Joonie<3:Não adianta, não vou dizer agora

Eu:Ta bom então, você venceu. Vou dormir agora, não estou me aguentando em pé.

Joonie<3: Tá certo flor, vai dormir e sonhe comigo kkkkk, Saranghrae

Eu: Convencido kkkkkk. também te amo.

            Tomo um banho, janto qualquer coisa que estava na geladeira me esperando, escovo os dentes e vou dormir Os outros dias se seguiram na mesma maneira, Jungkook vinha aqui sempre no mesmo horário para tomar café na mesma lanchonete e sempre falava dessa pessoa misteriosa que ele deixava claro que não iria me contar quem era nem tão cedo, também falávamos de coisas aleatórias, isso me fazia perceber o quanto ele ela inocente e inexperiente, acho que essas são as maiores virtudes dele, é tão fofinho, dá uma vontade de proteger como se eu fosse a nonna e foi assim que ele começou a me chamar, eu amei isso, achei muito lindinho de sua parte.

            Namjoon apareceu no meu trabalho na quinta-feira para me levar pra casa e decidirmos como seria o final de semana, no sábado ele iria me levar a algum lugar que ele insistia em não revelar, disse que iria escolher as minhas roupas pra sair, achei uma ótima idéia, ele é bem mais estiloso que eu mesmo, no domingo passaríamos na minha casa.

            No sábado acordo cedo, faço minhas higienes, tomo café da manhã, visto a roupa que Namjoon separou pra mim e o espero assistindo teorias de Michel Jackson, desenhos animados, de um boygroup de k-pop que eu simplesmente era fã(sim, curto muito k-pop, tô muito viciada em Monstra X no momento) e também teoria da pixar ( sou muito viciada em teorias), fico assim até Namjoon tocar a campainha

-Bom dia flor –Fala depois que eu abro a porta e ele me levanta do chão

-Bom dia oppa, vamos? To muito curiosa

-Vamos –dá um beijo rápido e saímos de lá. Ele me leva a uma feira de exposições, tinha tudo lá, cada coisa mais linda que a outra, do outro lado tinha um parque, brincamos lá a tarde toda, parecia que tínhamos 12 anos, quase no final da tarde decidimos ir ao cinema.

            O filme terminou por volta de 19:30, estávamos prontos para irmos pra casa pra terminarmos o sábado com uma maratona de filmes, mas eu escuto uma voz familiar chamar meu nome m fazendo parar.

-Júpter? É você mesma?

-Lúcia? Não acredito que você está aqui. A quanto tempo –andei até ela e dei um forte abraço, já fazia 3 anos que eu não tinha nenhum tipo de contato com ela, minha única companhia nos tempo em que minha tia me atormentava, sentia tanta saudade dela.

-Então você se mudou para cá né? Nem tentou falar comigo depois que fugiu.

-Você sabe que eu tive que sair as pressas, acabei perdendo meu celular no caminho e não tava nem doida de voltar lá, não depois de tudo –nessa hora Nam pigarea –Ah, Lúcia, esse aqui é meu namorado, Namjoon –a expressão dela muda na hora, ela que antes tinha um sorriso, agora está surpresa

-Prazer em conhece-la, é bom finalmente conhecer uma amiga dela –ele estende a mão para cumprimenta-la, mas ela estava estática, por alguns segundos ela ficou nos encarando até balançar a cabeça, como estivesse saindo de um transe

-Ah, prazer –ela também esticou a mão –que bom que finalmente ela achou alguém que cuide dela.

-Como se eu precisasse unnie. –ela era apenas um ano mais velha que eu

-Você sempre precisou meu bem

-Você fala coreano? –Nam perguntou um tanto animado

-Não, só poucas palavras, por causa dela. Quando ela ficava com raiva de algo, ficava xingando em coreano e eu nunca entendia, mas tem umas coisas que ela me ensinou, tipo que ela é minha dongsaeng.

-Me responde uma coisa, o que você está fazendo aqui?

-Eu tenho um crush virtual, como ele morra aqui decidi marcar de nos encontrarmos na cidade dele, como eu sou muito curiosa, não consegui esperar até amanhã e fui logo conhecendo a cidade.

-Que bom que você está aqui então, depois você aparece na minha casa, vamos marcar alguma coisa com todo mundo

-Como assim todo mundo?

-Meus amigos –Nam respondeu –São legais, te juro –ela deu um riso soprado

-Deixa eu te passar meu número, que amanhã tu liga pra gente marcar pra sair –pego um papel e caneta que estava na minha bolsa, anoto meu número e dou para ela.

-Gente, foi muito bom ver vocês, mas eu preciso ir, daqui a pouco começa a sessão do filme, tchau gente.

-Tchau –Eu e Nam falamos uníssono