História Será Que Tudo É Por Acaso ? - Cara Estranho

P.O.V´S DA LÍVIA 

No dia seguinte eu acordei e o Matheus ainda dormia. Fui tomar um banho e descer pra tomar o café da manhã no restaurante do hotel, mas antes disso eu fiz um bilhete e deixei em um local de fácil visibilidade pro Koda, caso ele acordasse nesse tempo e quisesse me fazer companhia. Adentrei o restaurante e vi uma mesa com lugar pra duas pessoas, montei um prato para mim e fui até lá. 
 

Quando me sentei percebi olhares vindo em minha direção e eu odiava isso. Tinha um cara em uma mesa perto de mim, ele me encarava fixadamente e eu já estava ficando nervosa com a situação. Um garçom passou e ele o chamou o garçom respondeu o que ele havia perguntado, 10 minutos depois o garçom para na minha mesa e deixa uma flor acompanhada de um bilhete.
 

No bilhete dizia "uma flor para uma flor"
 

Não acredito que ele escreveu isso, que clichê. No mesmo instante lhe mostrei o dedo do meio, ele riu e eu revirei os olhos e voltei a comer. 
O cara sumiu da minha vista, sendo que eu senti que alguém ainda me observava, dessa vez eu não sabia de onde vinha os olhares, mas os sentia. Quando menos esperava o cara sentou na cadeira que sobrava. 
 

Eduardo : uma moça tão bonita como você deveria ser um pouco mais educada -me olhou sorrindo e eu continuei comendo- prazer, Eduardo, posso me sentar ?

Lívia : NÃO ! - olhei bem séria pra cara dele -

Eduardo : mesmo assim vou -sorriu- posso saber seu nome e o motivo de estar sentada aqui comendo sozinha ?

Lívia: NÃO ! - some da minha frente peste !-

Eduardo : sério que você só sabe dizer não -sorriu -

Lívia : NÃO ! Olha só, eu só quero comer em paz, mas você parece que não se toca -o encarava -

Eduardo : eu só saio daqui quando a bela moça marrenta me disser o nome dela. 

Lívia : então vai ficar aí a vida toda. Não lhe dei confiança pra me mandar flores e muito menos pra chegar em mim e sentar na minha mesa. Esse lugar está guardado para uma pessoa em especial -eu estava nervosa.-

Eduardo : mas eu posso te fazer companhia até essa pessoa chegar, se ela chegar. Você está aqui a muito tempo. Acho que te deram o fora -riu vitorioso e imaginando que eu não teria resposta. Coitado, nunca deve ter escutado falar de mim. -

Lívia : olha aqui ô garoto -nessa hora senti uma mão em meu ombro e um perfume que eu conhecia bem. -

XX : algum problema aí amor ? - ele encarava o tal Eduardo-

Lívia : tem sim. Esse cara sentou no seu lugar e não quer sair -joguei minha cabeça pra trás para olhar ele, ele se inclinou e me deu um beijo-

Luan : bom, se eu demorei a descer foi porque você me deu uma canseira ontem a noite e outra, você não me acordou hoje cedo. E você -apontou pro Eduardo- se ela disse que esperava alguém é por que realmente estava esperando alguém 

Eduardo : desculpa. Achei que fosse desculpa dela pra me dar um fora. -me olhou sem jeito -

Luan : só vou desculpar se você sair do meu lugar e nos deixar comer em paz -falou com os olhos semi serrados e o cara saiu da mesa. Alguns segundos depois eu ri - que foi ?

Lívia : quem vê assim até acredita que é machão -ri -

Luan : mas eu sou sim tá -fez cara de mal e eu fiquei admirando aquilo- que foi que cê tá me olhando assim ?

Lívia : nada não. Dormiu bem, sentiu dores ou algo do tipo ?

Luan : não. Eu tive uma enfermeira muito boa cuidando de mim, ela me deu até beijo pra sarar - sorriu malicioso - mas voltando ao assunto de antes. Eu estava lá de trás olhando aquele cara te cantando, minha vontade foi de dar uns murros nele. 

Lívia : você dar uns socos nele ?- cai na risada - depois de ter visto ontem como você bate eu acho improvável. Agora vou subir, o Carlos deve estar me esperando -joguei beijo pra ele no ar e fui saindo. Ele veio atrás de mim. -

Luan : você podia evitar falar o nome dele na minha frente. Enfim, posso te acompanhar até a porta do seu quarto ? -apenas afirmei com a cabeça -
 

Quando entramos no elevador o sem vergonha do Luan me puxou pra um beijo, ainda bem que não entrou ninguém no elevador kk e quando paramos na porta do meu quarto ele repetiu o ato. 
 

Lívia : vou entrar -o beijei-

Luan : eu te disse que aquele beijo era o primeiro de muitos -riu convencido-

Lívia : Tchau, Luan. - entrei correndo no quarto e rindo, mas algo me deixava nervosa. Eu conhecia aquele Eduardo de algum canto.. Só não lembro de onde-

Matheus : bom dia. Por quê essa carinha ?

Lívia : um cara estranho insistiu pra sentar pra tomar café comigo. Eu o conhecia de algum lugar, só não me lembro de onde. A sorte foi que o Luan apareceu de não sei onde e me ajudou.

Matheus : Luan isso, Luan aquilo -debochou e eu ri - desculpa por não descer. 

Lívia: tudo bem. Já está pronto para bater perna ?

Matheus : só vou escolher uma roupa. 

Lívia : então eu vou tomar um banho e trocar a minha também. 

P.O.V´S DO LUAN 
 

Eu resolvi descer pra tomar café no restaurante do hotel. Quando cheguei lá vi a minha pequena sentada na mesa e um cara junto com ela, já fiquei bolado, mas observando de longe e me lembrei de quando ela me tratava do mesmo jeito que fazia com ele. Fui na direção da mesa e pus a mão em seu ombro ela jogou a cabeça pra trás e eu a beijei, depois disso o cara se tocou e saiu, mas não parava de olhar pra ela um segundo sequer da mesa onde estava. Disfarcei e a levei até a porta do seu quarto e depois voltei ao meu. Acabei nem tomando café da manhã '-'

P.O.V´S DA LÍVIA 

Levei o Matheus em todos os cantos onde eu tinha ido com meus pais e ele simplesmente adorou tudo. Quando estávamos saindo do hotel eu notei que o tal Eduardo nos olhava e logo depois pegou seu celular e fez uma ligação. Tive medo da atitude desse cara e deixei o Matheus alerta. 
 

Matheus  também disse que conhecia aquele cara de algum lugar, só não lembrava de onde. Matheus ficou tão bolado que resolveu voltar pro hotel, mesmo contra a minha vontade. Graças a Deus tive tempo de mostrar a ele as praias de que eu tinha gostado, principalmente a praia "deserta" e que o guia turístico disse que só os "casais apaixonados" iam querendo uma aventura diferente rsrsrs. Pro nosso azar o tal Eduardo também estava entrando no hotel e não tirava o olho de mim por nada. 
 

Quando entramos no quarto eu dei um grito e meu primo se assustou
 

Lívia : ERA O COMPARSA DO JOHNNY ! -disse desesperada- era ele, tenho certeza. - fiquei imóvel-

Matheus : tem certeza ? - afirmei com a cabeça - Vou avisar aos padrinhos. - ia saindo do quarto mas o puxei. -

Lívia: não me deixa sozinha não. -eu estava assustada- liga pra mamãe e pro papai. Diga que venham pra cá, só não me deixe sozinha. 

Koda me abraçou e ligou para os meus pais que chegaram de imediato no meu quarto.